O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Colheita de Sangue em Armação de Pêra



Associação dos Dadores de Sangue do Barlavento do Algarve promove uma colheita de sangue no dia 24 de Maio em Armação de Pêra.


A recolha terá lugar na Escola Básica 2.3 António Contreiras das 10:30 às 14:00

terça-feira, 26 de abril de 2011

Em Armação de Pêra a CMS e JF oferece lixo a quem nos visita!

Os turistas que nos visitaram nesta Páscoa e que se deslocaram à nossa praia encontraram este lindo cartão-de-visita.

Isabel Soares e Fernando Santiago, tem por hábito oferecer a quem nos visita lixo, infelizmente a imagem de marca da nossa terra esta começa a estar ligado a este “produto”.






sábado, 23 de abril de 2011

Mobiliário urbano: Reutilização sim, restauro também!

Com o restauro do mobiliário urbano seria um êxito a sua reutilização

A reutilização de mobiliário urbano que se encontre em condições de uso pareçe-nos uma medida de bom senso económico, muito apropriada à conjuntura que vivemos, sendo portanto de consagrar.

É o caso desta "geração" de bancos de jardim que também se encontravam no Largo da Igreja, os quais, não sendo uma obra prima, com o restauro adequado, (o que, pelos vistos, já ia para além do talento autárquico) poderiam ter sido repostos, para prazer dos mais velhos que não têm onde se encostar quando sentados nos blocos de granito.

Apesar da bondade do principio, nem sempre é assim: é o caso dos ecopontos que não mereceram o rejuvenescimento que se justificava numa Vila turística onde foi feito um enorme investimento.

A estética em matéria de ecopontos, em Armação, não mereceu um avo que fosse.É a força de atração do lixo que resiste a sair da cena pública armacenense !

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Obras: qualidade da treta...





Obras de requalificação da frente de mar, uma obra com um ano, mas as deficiências continuam à vista de todos.

Desta vez o revestimento do acesso à praia da "rochinha" foi-se com as ondas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Manuel Delfino Ribeiro:A devida homenagem da Vila a um Presidente exemplar, mandatário de excelência!

Maio de 1974:Tomada de Posse da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Armação de Pêra. À esquerda Manuel Delfino Ribeiro, assinando o termo de posse, Luis Ricardo. Junto a Luis Ricardo:Abilio Leote Ribeiro.

Em Dezembro de 1976 realizavam-se em democracia plena, as primeiras eleições autárquicas em Armação de Pêra.

Em resultado do escrutínio sairiam eleitos, como primeiro Presidente da Junta de Freguesia democraticamente eleita em Armação de Pêra, o Snr. Manuel Delfino Ribeiro, como tesoureiro o Snr. Abílio Leote Ribeiro e como secretário o Snr. Rui de Sousa Vilanova.

Pouco tempo depois de tomar posse, o Presidente, Manuel Delfino Ribeiro, filho da terra e homem enraizado profundamente na actividade do comércio do pescado, em cuja actividade atingiu notoriedade nacional, interpretando fielmente as justas aspirações da população que dependia da pesca, determinou-se com entusiasmo em promover a satisfação de algumas necessidades elementares da população.

O tempo era de acção e o Presidente era um empreendedor, generoso e voluntarista.
A premência de certas carências não se compadecia com aturadas reflexões e muito menos com os ditames da burocracia que, embora abalada, sobreviveu à mudança virando a casaca para as cores
democráticas.

Empreendeu assim, logo desde a Comissão Administrativa a que presidiu, entre outras realiz
ações, a construção de um edifício digno, esse sim definitivo, para a instalação da Lota de Pesca.

A justeza dos propósitos, a premência da sua determinação em satisfazê-los, a capacidade de realização, a vontade indómita que o compeliu ao ponto de financiar a própria construção do edifício, fizeram o resto.

E, se é certo que veio, mais tarde, a reaver os custos suportados, é sobretudo certo que todos nós sabemos que estamos a falar de uma atitude impar, a um nível sem qualquer paralelo conhecido na história desta terra.


A Armação de Pêra real, de sempre, não a Armação “de ninguém” do cosmopolitismo turístico, devedora ao homem, de uma homenagem à altura do singular exemplo de abnegação, realização, generosidade e modelo de autarca em democracia, cumpriu, no passado dia 10 do corrente, dia do 78º aniversário da freguesia, este dever, “imortalizando” o homem e o exemplo com a atribuição do seu nome a uma rua da Vila.


Singela homenagem da terra que, apesar da justiça da mesma ainda em vida, lhe continuará a dever e sobretudo ao exemplo que constituiu, a obrigação da memória futura.


Digna de registo é assim a iniciativa da Assembleia da Freguesia de Armação de Pêra que deu cumprimento à proposta – aprovada por unanimidade – de homenagear justamente o cidadão armacenense: Manuel Delfino Ribeiro, primeiro presidente da Junta de Freguesia, eleito em democracia.


A homenagem só pecou pela falta de precisão no nome do homenageado: Delfino, não Delfin!


A presença no acto do executivo da Junta de Freguesia e da direcção da Associação de Pescadores, é elucidativa sobre a natureza consensual da justa homenagem!

terça-feira, 19 de abril de 2011

FOI PEDIDO O RESGATE - um texto de Medina Carreira


Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país. Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.
Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos. Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos).

Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto:


1. Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate.
Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão já teriamos taxas de juro nos 20% ou mais). Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio. Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda. O resto é calculismo político e teatro. Como sempre fez.

2. Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI.
Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem). A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates. O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado).

3. Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo.
Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá). Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma? E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto óasis em Portugal? Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança. Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas? E todos sabemos que o engº relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo?

4. Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário.
Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação). E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais. É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade. Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas. Mais nada. O resto é folclore para consumo interno. E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses). Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda? Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente).


Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos. E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui. Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.

Henrique Medina Carreira
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

A saga dos lixos não nos abandona....nem o seu efeito!

Luis Ricardo Patrício, militantemente, remeteu-nos esta carta, reclamação de um cidadão amigo de Armação, por si recebida.

A questão suscitada constitui um lugar comum nas impressões do turista que nos visita. Constitui também um lugar comum no resultado da negligência com que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal “zelam” pela praia, pela Vila, pelo destino turístico e pela economia da Vila.


Motiva esta realidade também uma palavra para os donos dos animais que se passeiam pela praia e pela Vila.

O amor que muitos cidadãos evidenciam pelos animais é estimável, mas a desconsideração a que votam os demais cidadãos, instituições administrativas, que suportam com os seus impostos e dos demais, a quem, com o seu comportamento anti higiénico e anti social, sobrecarregam com trabalho suplementar de limpeza, é desprezível.


Acusar a Junta de Freguesia e a Câmara de Silves é imprescindível e justo, pois a sua conduta é useira e vezeira pelos caminhos da irresponsabilidade de manter a sua incompetência à vista de todos.


Mas, não será por isso que deverá deixar de ser objecto de acusação, a conduta displicente dos donos dos animais.

Não se justificará, no interesse da eficiência e dos custos das incumbências da Junta e Câmara, desencadear uma campanha de sensibilização dos donos de animais para apanharem os dejectos que os seus animais deixam na via pública ou na praia?

Se não souberem como fazer, por não se tratar de uma campanha eleitoral, contactem as mesmas agencias publicitárias que elas fá-lo-ão com todo o prazer, certamente!


Eis a justificada reclamação:

Boa Tarde a todos,


Mais uma Páscoa se aproxima e com ela as férias tão desejadas por muitos, incluindo os comerciantes expectantes com a possibilidade de poder vir a ter uma facturação adicional que permita continuar com os estabelecimentos abertos e cumprir para com os seus compromissos.


Num momento de crise todos os esforços são poucos para tentar atrair pessoas a cada uma das muitas cidades do Algarve que disputam pela presença destes forasteiros que muito ou pouco sempre deixam algum dinheiro.

Albufeira embeleza os seus jardins, Portimão promove-se com campanhas de marketing impares e nós........

Este fim de semana levei os meus filhos à praia de Armação de Pêra e a verdade é que, não recorrendo a nenhum exagero, desde o passeio, na zona onde estacionei o carro, as ruas, o passadiço da praia e a própria areia da praia, encontrei dejectos de cão (muitos mesmo), fraldas, pensos, garrafas, baldes de lixo cheios......etc. ...

Ao confrontar algumas pessoas locais, disseram-me que a responsabilidade é da Junta de Freguesia.....é da Marinha....é da senhora (Qual senhora???) ....o certo é que é "MERDA" por todo o lado. E ver os miúdos brincar com canas e cócó de cão não é dos melhores cenários de ver garanto-lhes.

Junto algumas fotos.


Conclui que "nós" em Armação de Pêra não precisamos de promover, de nos embelezar, de vestir a melhor roupa para receber as visitas, porque elas bem ou mal tem que vir para aqui porque já cá compraram casa.

Boa, continuem assim, é esse o caminho.


Certamente que todos tem uma boa desculpa, ou porque ainda não é verão, ou porque estamos em crise, ou porque a junta tem a carrinha avariada......Não se esqueçam é que nos concelhos vizinhos também existe a crise e no entanto já estão todos prontos para receber visitas e proporcionar umas boas férias.


Tenho uma casa de férias em Armação de Pêra há 10 anos e para cá venho há 20 anos. Hoje, eu e a minha mulher, decidimos colocar a nossa casa à venda.

João Filipe

Almada

sábado, 16 de abril de 2011

Sobre o problema da Irlanda. E aquele de Portugal.

A coisa está preta e Eles continuam a mandar-nos poeira para os olhos!

ou a redefinição do Velho do Restelo?...

As noticias sobre o estado da nossa economia e das contas públicas são, generalizadamente, preocupantes.

Há mesmo quem, com grande qualificação técnica, manifeste, em entrelinhas, sérias reservas sobre a verificação da ajuda europeia. Adiantam mesmo que não se encontra fora de cogitação despedirem-nos do grupo. Outros referem que o FMI tem uma posição mais realista defendendo condições de prazo e taxa de juro mais adequadas ao nosso padecimento, face ao que a própria Europa, mais inquisitorial e punitiva, deseja ver aplicadas.

Todos são unânimes acerca da responsabilidade incontornável da classe política nacional nas razões profundas da crise, assim como na subalternidade do seu poder no futuro próximo. Quanto a este em particular outros colocam sérias reticencias acerca do futuro do estado social e adivinham a natureza verdadeiramente simbólica das futuras pensões de reforma daqui a 10, 20, 30 anos, acusando os governantes de opacidade estrutural e deslealdade na omissão de aviso e verdade aos cidadãos, principais interessados, cerceando-os de meios de informação que lhes permitam orientarem as suas vidas e economias pessoais em conformidade. Falam ainda de uma nova divisão administrativa que conduza à “fusão” de várias autarquias (como nós, armacenenses, os percebemos e quão certos estão).

Tudo isto é triste, tudo isto é fado!

O Ministro das Finanças alemão e o líder partidário finlandês candidato eleitoral pelo partido de os “Verdadeiros Finlandeses”, por razões de politica doméstica ou outras que sejam, têm mostrado ao mundo também o conceito em que têm os portugueses, que é baixo.

Mas, convenhamos, os lideres portugueses têm feito por isso.

No entanto, estamos em crer que os portugueses, são muito mais que isso e podem fazer mais e melhor . O mesmo temos dificuldade definitiva em dizer acerca da classe política nacional. Na verdade consideramo-la indigna do povo que têm para governar, com o qual se têm governado.

O triste espectáculo que, apesar de tudo isto, mantêm em cena: Passos Coelho, Cavaco Silva e José Sócrates, é disso prova cabal.

Por tudo isto, Medina Carreira e a sua percepção realista sobre Portugal e a sua classe política é cada vez mais incontornável.

Indesejado como o Velho do Restelo, consegue provar, com a verificação dos seus receios que uma das personagens literárias mais odiada da nossa história, afinal tinha toda a razão, uma vez que, muito sensatamente, provavelmente cumprir Portugal teria trazido melhores resultados a todos nós, que cumprir os descobrimentos...

Sintomática é a reacção mais ou menos generalizada à sua leitura dos factos. Os portugueses não apreciam claramente a dureza da verdade. Nisso se tem acoitado a classe política, fazendo de tudo para irem mantendo o pagode entretido com a leitura distorcida que fazem do essencial.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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