O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Resposta está em sermos melhores!


Já não é novidade que a taxa de ocupação hoteleira no Algarve durante o mês de Janeiro sofreu um recuo de 16 por cento, situando-se nos 24 por cento comparativamente com o mesmo mês de 2009.
Se, por um lado, as maiores descidas se terão registado na zona de Monte Gordo e Vila Real de Santo António com menos 25 por cento, aquelas que se verificaram nas zonas de Carvoeiro e Armação de Pêra cuja ocupação desceu 21 por cento, e em Lagos e Sagres cerca de 18 e mesmo em Albufeira, que resistiu mais, o decréscimo terá sido de 16 por cento, não são menos preocupantes.

A conjuntura internacional será uma explicação de uma seriedade inquestionável, mas não justificará tudo...

A oferta Algarvia tem muito a melhorar e esse facto também é inquestionável...

O que fazer então? Perguntar-se-á...

A resposta, neste contexto já competitivo antes da crise e hoje ainda mais extraordinariamente concorrencial, só pode ser uma. Ainda que, de complexidade crescente, face à sofisticação progressivamente maior do desafio e das clientelas: continuar a fazer o que tem sido bem feito, melhorar o que tem sido feito sofrivelmente, que é muito do que se faz e inovar na medida do possível. Investir mais eficientemente os meios disponíveis e melhorar a oferta a todos os níveis dos actores turísticos.

Estas medidas a serem implementadas, desde logo colherão os benefícios do turismo interno, parente pobre, para muitos ignorantes, da procura turística e melhorarão a nossa oferta e, deste modo, a nossa competetividade.

Em Armação de Pêra depois dos inúmeros desmandos licenciados pela C.M.de Silves, que borraram a nossa baía impondo-lhe o ambiente urbano-depressivo que conhecemos e apesar da requalificação da frente-mar cujo mérito assenta mais no esbatimento de alguns erros estruturais que propriamente na beleza da obra, sim porque a beleza que resta é a natural e continua a ser a que existiu desde sempre e resistiu à betonização, há ainda muito por fazer quer pelo sector público (municipal e nacional) quer pelo sector privado (por todos os prestadores de serviços e investidores) para ser realmente uma estância de turismo objecto de uma procura nacional e internacional consistente ao longo do ano e não apenas uma mera oferta de sol e mar.

Para já, iniciativas como o desfile de Carnaval pelo Carnaval, são importantes mas não são suficientes para garantir a sustentabilidade da actividade económica da Vila nesta fase do ano.

Adiar uma reflexão séria sobre a sustentabilidade económica da Vila e seus habitantes é irresponsabilidade. Acusar exclusivamente a C.M.de Silves do facto, se satisfaz a ira de muitos, também não é suficiente para vermos o problema resolvido, já que sabemos bem que para Silves não passamos de uma galinha de ovos de oiro, pela qual aquela não nutre sequer o paternalismo.

Importa assim aos interessados (os agentes económicos de Armação) promover essa reflexão e chegarem a conclusões que sejam implementadas, recorrendo posteriormente aos apoios públicos ou privados que existirem.

Na verdade, hoje, como sempre: “quem quer vai, quem não quer, manda!”.

Entretanto, gozemos o Carnaval. Intensamente!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Atingimos hoje as 60.000 Visitas e 106.000 Páginas visualizadas!


Sabedoria


"À beira de um precipício só há uma maneira de andar para frente: é dar um passo atrás."
Michel de Montaigne

domingo, 7 de fevereiro de 2010

MINHA BANCA, MEU AMOR...

"Preferia uma dona de casa nas Finanças"


07 Fevereiro 2010 - 00h30
Entrevista
"Preferia uma dona de casa nas Finanças"

Correio da Manhã/Rádio Clube - Há alguns anos um Presidente da República dizia que ‘há vida para além do défice'. Nesta altura, apetece perguntar se há vida para além da crise?
Medina Carreira - Agora há crise e défice. Jorge Sampaio, meu amigo e colega de faculdade, devia estar calado. Com o que se passou até agora verifica-se que ele não devia ter dito isso. Sabe que o problema do défice é a febre de uma doença que é a economia. Porque se nós tivéssemos uma economia que produzisse rendimento poderia não haver défice.
ARF - O mal está na economia?
- Nós temos dois males. A economia que não funciona e as políticas orçamentais que são erradas. Sem a produção de rendimentos os governos vão redistribuindo rendimentos. Que começam por ser pagos através do agravamento dos impostos. E quando o agravamento não pode ir mais longe começamos a pedir dinheiro emprestado. Nós andamos a pagar pensões e subsídios de desemprego com dinheiro emprestado. Uma parte do dinheiro que devemos é para aí. Nós criámos uma espécie de Estado social falido, que poderia funcionar noutras circunstâncias mas que é vítima de duas mudanças destrutivas.

ARF - Quais?
- A primeira a demografia. Quando as políticas sociais começaram a surgir na Europa havia um equilíbrio demográfico. Nasciam tantas pessoas como morriam. Em segundo lugar havia economias prósperas. Hoje não há economias prósperas e há um grande desequilíbrio demográfico. E isto não se resolvera sem outra economia. Se não tivermos outra economia teremos de cortar nas pensões, nos salários e tudo.
ND - O défice é só um sintoma?
- É. Realmente é a economia e as más políticas. Nós devíamos ter políticas em função da economia que temos. Os políticos fazem aquilo que lhes dá na cabeça. Todas as semanas descobrem mais um subsídio. E com esta economia este Estado social está falido. É uma questão de dez, quinze, vinte anos.

ND - É preciso cortar a eito?
- Se não criarmos outra economia vai ter que se cortar, goste-se ou não se goste.
ARF - Neste momento estamos neste pântano, com os mercados a olhar para Portugal, défices elevadíssimos e essas coisas todas. O ministro anuncia um PEC mais duro do que o grego. O que é isso? Cortar salários? Despedir funcionários públicos, baixar pensões?
- Eu estou curioso em saber como é que vão resolver o problema. Repare. Se a economia crescer 1,5 % em 2011, 2012 e 2013 terá que se cortar em muita coisa. Nomeadamente salários e vantagens sociais.

ND - Cortar?
- Sim.
ND - Não apenas congelar?
- Não. Não apenas congelar. Congelamentos é chão que deu uvas.
ARF - E reduzir os funcionários públicos?
- Não se pode reduzir porque o Estado se comprometeu a não reduzir.
ARF - Disse que precisamos de uma outra economia.
- Precisamos de uma outra economia. Repare, Vendemos vinte e importamos trinta e estes dez de diferença são pagos com empréstimos. A ideia que construir auto-estradas faz crescer a economia. Fazemos essas obras com dinheiro emprestado. É uma ilusão, é um crescimento que não é crescimento. Nós estamos a endividarmo-nos à ordem dos 60 milhões por dia, dois milhões e tal por hora. Isto não tem solução.
ARF - Não tem solução?
- Não. Eu costumo dizer que o melhor ministro das Finanças seria uma senhora porque têm muito mais senso que os homens. Qualquer dona de casa no Ministério das Finanças perceberia ao fim de três meses que não tinha solução. Marido não ganha mais, mulher não ganha mais, todos os meses gastamos mais do que temos, bem isto tem de bater em qualquer sítio. Porque ninguém faz caridade à escala internacional. Ou nós temos juízo e nos metemos no que temos ou temos sarilho.

ND
- Já tivemos uma ministra das Finanças e mesmo assim não resultou.
- Eu preferia uma dona de casa. Porque teria senso comum, que é uma coisa que não existe hoje nos políticos. E porque os políticos estão pouco tempo no poder e não querem saber disso. Porque a seguir virá alguém que vai fechar a porta.
ARF - Sim alguém virá fechar a porta.

- No imediato a nossa solução é vir alguém do estrangeiro dizer-nos que temos de fazer coisas.

ND - Como aconteceu no passado?
- Como aconteceu no passado. No passado os Governos estavam sempre de braços cruzados à espera do FMI. Diziam coisas horríveis do FMI mas era só para fingir, para enganar a malta. Mas é a solução Eu estou ansioso por ver a notícia de que chegou um estrangeiro ao aeroporto da Portela que vem cá dizer o que temos de fazer.
ARF - Porque há falta de coragem política?
- Não. Estão à espera que o odioso fique para o estrangeiro. Isto é clássico.
ND - Quem é que poderá ser esse estrangeiro?
- Isso é-me indiferente. Desde que seja alguém de fora.
ND - Na altura era o FMI. E agora?
- Não sei. A União Europeia, FMI e União Europeia, o Ecofin, não sei. É mandatarem alguém. É a razão pela qual o Salazar chegou ao poder.
ND - Toda a gente está a fazer essa comparação, é curioso.
- Não é curioso, é assim. Quando Salazar desceu a Lisboa já não tínhamos solução. Como não tinham política foram buscá-lo ao Luso e trouxeram-no para Lisboa para consertar o Orçamento.

ARF - Também veio de fora.
- Praticamente foi um estrangeirado que desceu a Lisboa. Nós não temos espírito e rigor para fazer as coisas com seriedade. Político anda a vender-se a toda a hora.
ND - É a história de termos políticos e não termos estadistas?
- Não gosta dessas comparações. Mas acho que nem temos políticos nem estadistas. Temos uma gente que anda na política, o que é diferente.
ARF - O senhor fala em décadas e critica quem anda a olhar para as décimas. Os políticos não percebem o que se passa na economia há décadas?
- Não, não percebem. Porque um governante não olha para décimas. Olha para décadas. Nós desde os anos 80 que podíamos perceber que isto ia acontecer.

ARF
- Não percebem ou não querem perceber?
- Não percebem.
ARF - Não percebem mesmo?
- Não percebem. Porque estão hipotecados ao dia ao dia, ao imediato.

ARF
- Isto leva-nos a esta crise da Madeira, das finanças regionais. O que é que entende desta crise?
- Acho que é uma fantochada da parte do Governo, que não se importa de mandar fazer auto-estradas que custam milhões de milhões e agora prende-se ali por uma linha podre. Da parte da oposição, porque quer dar os seus ares. É tempo perdido. Se forem mais 50 milhões ou 100 milhões é indiferente. No Estado que gasta 85 mil milhões aquilo não tem significado nenhum.
ARF - Andamos nestas crises, os mercados olham para isto tudo, não é uma irresponsabilidade?
- Não sei, o tempo dirá. Mas eu acho que o primeiro-ministro anda a ver se arranja uma crise para provocar eleições e apanhar de costas o PSD.
ARF - Para ter de novo maioria absoluta?
- Sim, eu penso que é isso que está em causa. A retirada perante os professores, perante os tribunais e isso tudo pressupõe esse objectivo.
ND - Esse é o problema dos políticos. A tal falta de visão.
- Ai têm visão a mais. Mas é uma visão rasteira.
ND - É curta?
- É rasteira. O problema em Portugal não é estabilidade política. Nos últimos quinze anos o PS está no Governo treze. E nos últimos sete anos tivemos maiorias absolutas. O que é que aconteceu? Nada. A Educação é a lástima que é, a Justiça é outra lástima, a corrupção é mais que lástima, a burocracia é sempre a mesma lástima, não há lei de arrendamento que sirva, não há nada. E havia estabilidade e maioria absoluta.

ND - Acha que estamos num impasse?
- Em que sentido?
ND - Num impasse de regime, como País?
- Como País sobrevivemos. Até os haitianos vão sobreviver, quanto mais nós. Não vamos morrer.
ND - Não podemos é viver como agora?
- Com esta política e com estes políticos não vamos longe. A primeira coisa que um político sério tem de vir dizer á televisão é a verdade. Para convencer a sociedade do que é preciso fazer. Antes de começar a congelar ou a diminuir seja o que seja temos de convencer as pessoas que outra alternativa é sempre pior. Ora ninguém vem à televisão dizer a verdade. Vemos sempre uns sujeitos a pensar nas palavras. Os palradores.

ARF - O nosso problema não é crise internacional?
- Não. A crise veio antecipar as dificuldades. Sem crise estaríamos nesta situação dentro de dois ou três anos. Nós não nos parecemos com os gregos. De facto os gregos estão pior. Mas nós estamos a caminhar para ser gregos deste ponto de vista. O problema é que não temos forças políticas e gente susceptível de convencer a sociedade das dificuldades e das soluções difíceis que temos de aplicar.
ARF - Não há ninguém?
- Ninguém com legitimidade. Têm andado a enganar toda a gente.
ND - Estes ataques internacionais não pioram a situação?
- Andam por aí a atacar as agências de rating. Pois é. Mas são eles que mandam nos nossos juros.
ARF - A curto e médio prazo não temos solução nenhuma?
- Temos uma solução. É irmos escorregando para a pobreza.

ARF
- Para a pobreza.
- Sim. Se não recompusermos a economia é isso. E a esquerda é a primeira responsável por isso. A esquerda quer é redistribuir e não percebeu que não há riqueza para distribuir. Claro que se podem matar uns ricos, mas mesmo matando-os a todos cada um de nós recebe dez euros.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nascido nas praias de Portugal...


(...)
Meu riso de dentes podres
Ecoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
Rompi as arcas e os odres.
(...)
Moldei as chaves do mundo
A que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
Do sonho, esse, fui eu.
(...)
O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.

António Gedeão, Poema da malta das Naus

O Rigor e a Incontinência são velhos, de séculos!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

De trás para a frente:Uma existência perfeita, segundo Woody Allen...


"A minha próxima vida, quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso do lar por estar demasiado saudável, ir receber a pensão, começar a trabalhar e receber logo no primeiro dia um relógio de ouro. Trabalhar 40 anos. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a escola primária ... ficar criança e brincar muito e tornar-me numa pessoa cada vez mais pura. Não ter responsabilidades e ficar um bébé. Por fim, passados 9 meses a flutuar num SPA de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia ... voila! Acaba tudo num maravilhoso orgasmo!"

Woody Allen

Carnaval em Armação de Pêra

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tudo o que este país (e de resto o mundo) precisa!



A Evolução requer: Princípios, Competências, Atenção, Iniciativa, Acção, Contratualização, Inovação e Participação!

Tudo o que, articuladamente sintonizado num objectivo relevante, escasseia neste concelho, neste país e no mundo!


"A verdadeira medida de um homem não é aferível pelo seu comportamento em momentos de conforto e conveniência, mas pelo seu comportamento em tempos de controvérsia e desafio!"
[Martin Luther King]

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Carnaval trapalhão 2010

Carnaval trapalhão é em Armação de Pêra

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Censura ou Reserva da Privacidade?


«Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.»
[Texto de opinião escrito por Mário Crespo, para o Jornal de Noticias de dia 1 de Fevereiro de 2010, não publicado por decisão da direcção do JN]Dizem uns que se trata de censura a eventual pressão politica junto de um orgão de informação com vista à não publicação do artigo que transcrevemos, assinado por Mário Crespo, o qual se sente vitima de uma forma perversa de censura.

Dizem outros que um artigo assente em informação obtida por meio de uma "escuta" constitui uma violação do direito à privacidade de cada um.
Na verdade a invasão da privacidade de cada um não acontece somente no caso das escutas ilegais, mas também num caso como este.

Dizemos nós que, hoje em dia,corremos o risco - qualquer um de nós - de ver publicada uma conversa privada se se não respeitar escrupulosamente o principio do respeito pela privacidade de qualquer cidadão.

Mário Crespo, colaborador habitual do jornal em questão nunca se coibiu de dizer o que pensa sobre Sócrates e o seu Governo. O que justificaria o veto do director do jornal à publicação do artigo, desta vez?

Acreditamos que a obtenção de informação de forma ilícita terá justificado a sua posição.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Fernando Serpa de vento em popa e o Rei cada vez mais Nú!


O Vereador, tanto quanto parece, acredita realmente no valor democrático da transparência na administração pública. E não se cansa de o evidenciar!

O seu blog é demonstração bastante da sua militância, trilhante, mas de grande utilidade pública.

Revelador de um conjunto de pequenos mistérios que estão por detrás de algumas decisões que vêm a público, ajuda-nos a perceber, preto-no-branco, muitas coisas que já sabiamos mas que, por falta de suporte factual, não podiam passar de meras especulações.

Exibe-nos quão poucochinhos são os critérios de muitas decisões camarárias, evidencia fotograficamente omissões lamentáveis nas atribuições do municipio, quando se refere a obras elementares eternamente adiadas, destapa opções infundadas da edilidade visando exclusivamente beneficiar interesses particulares, quando fala da feira de saldos, alerta para os efeitos perniciosos das radiações electromagnéticas das antenas de comunicações móveis, indigna-se tacitamente ao exibir despudoradamente um elenco de despesas que fazem corar o cidadão-contribuinte médio, etc. etc. etc.

Antes de qualquer outro comentário, em nosso entender, é-lhe devido um firme e justo obrigado por parte dos cidadãos do concelho!

Na verdade a sua atitude é absolutamente incomum na classe politica. Esperamos continuar a beneficiar da forma de exercer nobremente actividade politica por parte deste cidadão-eleito.

Se a classe politica o permitir!Porquanto, não que queiramos encarnar o famigerado Velho do Restelo, o Dr. Fernando Serra escolhendo ser um: “enfant terrible”, torna-se muito desconfortável, para já, para os seus colegas da vereação no poder pela sua “nudez” que exibe, depois, para os seus colegas da oposição, representantes de partidos mais à esquerda, mais tipicamente radicais, pelo protagonismo que lhes tira, e depois ainda para os seus colegas de partido, os quais, antevendo ocupar o poder, não lhes convém muito ver estas práticas virarem moda.Convenhamos que a prática politica deste socialista contrasta frontalmente com as práticas timidas e tolerantes que eram patentes.

Com uma ressalva, tratar-se o Dr. Fernando Serpa de um: “enfant gaté” de outras instâncias partidárias, de um chefe com outros atributos e sobretudo competências internas.

Não sendo este o nosso mister, importa agora reflectir sobre algumas informações traziadas a publico pela mão deste cidadão-eleito.

Os valores apresentados, dos 142.000 euros da Ópera no Castelo, aos 45.000 euros em que importou o mobiliário da Casa de Chá do Castelo, passando pelos 37.500 euros que custou o Desfile de Moda Silves Fashion, e pelos 27.000 euros pelas bicicletes e T shirts do Silves Tour, revestem-se de predicados suficientes para várias adjectivações sendo que as de: escandaloso e provinciano, nos chegam para já.
Sabendo nós muito bem o que uma gestão responsável, criteriosa e competente poderia fazer, só com estes quasi 50.000 contos-de-reis, na satisfação de necessidades elementares e essenciais, em Silves ou noutras Vilas do Concelho, mormente Armação de Pêra, no que em contentores de lixo diz respeito, não podemos deixar de acusar a C.M.Silves e a sua presidenta de absoluta irresponsabilidade.

Nem precisamos de recorrer à crise para fundamentar o total despropósito e verdadeiro desmando que constitui malbaratar os recurso aportados pelo cidadão-contribuinte em despesa tão sumptuária num quadro de necessidades elementares do concelho por satisfazer!

São praticas correntes como estas que ameaçam a legitimidade da pressão na cobrança dos impostos, instrumento vital do orçamento que as permite.

A transparência tem a virtualidade, entre outras, de incomodar, pela perca da intimidade das decisões politicas, onde mais doi aos seus autores: no mau uso dos dinheiros publicos, até à fartar-vilanagem, que são deste modo, vistos à lupa por aqueles de quem se pretendem ocultar: os cidadãos-contribuintes!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

Algarve