O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não é possivel cozinhar a galinha de cabidela e esperar, lucidamente, que ela continue a dar ovos!

Estamos a consumir a última semana de Julho, com a crise às costas, porém, vivos.

Armação de Pêra é um bom exemplo de um activo – o Algarve - que, em circunstâncias particularmente difíceis, vai resistindo.

A procura durante a época balnear regista índices para além do que a situação económica permitia antever.

Dirá o snr. GASPAR, mesmo contra inúmeras opiniões de alguns dos seus assessores, que tal circunstância é demonstrativa de que a malta aguenta e que ainda dispõe de “gorduras” que pode partilhar com a “sua” Autoridade tributária.


Dizem muitos dos empresários algarvios que, este verão, é apenas o canto do cisne, para os seus nano, micro, pequenos e até médios negócios, os quais por virtude das crises, internacionais, nacionais e regionais, antevêem-se a percorrer o corredor da morte a ocorrer, com algum optimismo, lá para Novembro.

Quer o primeiro, que, uma vez mais, optou por ser explorador do medo (que outra razão poderemos encontrar ao substituir a designação de Administração tributária – como, de resto, tem razão de ser – por Autoridade tributária, como de resto, sempre foi, sem ter qualquer razão conceptual de ser?) e despesista (esta alteração de imagem teve necessariamente custos, claramente dispensáveis, sobretudo na situação económica em que se encontra o erário público, quer os segundos, estão de acordo no seguinte: o verão motiva um consumo fiel e beneficia a economia do Algarve!

Em mais nada se encontram em sintonia!

O primeiro porque ainda não compreendeu que, mesmo no corredor da morte, em sistemas penais de países civilizados, embora com vertentes mais arcaicas como o dos EEUU, o condenado tem direitos, designadamente a algum bem estar (?), como a última refeição à escolha!
Reconhecer esse direito, poderá ser – e é concerteza – um “branqueador” de consciências, mas também é expressão de misericórdia e portanto manifestação de uma vertente humanitária do poder de quem para tanto o tem, embora não o devesse ter.

O snr. GASPAR tão temeroso discípulo dos poderes financeiros, entre outros o americano, a quem consulta e presta contas, deveria retirar das rotinas da pena de morte e dos seus corredores malditos, algum saber.

Não sobre a vida, a tanto não ambicionaríamos já que ficou claro que ele e os quem pensam como ele, se encontram determinados em por um ponto final na lição de vida que Portugal deu ao ser o pais que atingiu, partindo das mais altas, a mais baixa taxa de mortalidade infantil do planeta. Mas sobre a dignidade que a morte merece!

Hoje, a grande maioria estará de acordo em que o Estado, o da classe politica que a miséria moldou e que o veio a ocupar, e em medida excessiva, tem de ser reformado, para ser sustentável e para deixar de constituir um factor de obstáculo à economia em vez de um factor do seu desenvolvimento.

Essa mesma maioria expressiva concorda em que, para isso, tem de se atalhar caminho e ajustar o Estado e muitos de nós ao que a nossa economia permite.

De igual modo pensa toda essa gente que é absolutamente necessário que, o crescimento sustentável da receita só pode ser humanamente tolerável com o prévio crescimento da economia!

Estão muito poucos de acordo em que estas politicas tenham esse objectivo e ninguém espera realmente que, por esta via, isso venha algum dia a acontecer!

Os activos como o Algarve e muitos outros mais que Deus deu, contrariamente ao que os políticos regionais pensavam, não são capazes de só por si, sustentar o despesismo e os juros dos empréstimos destinados à pesporrência da classe politica municipal! Está provado!

E não é preciso ser um Bom aluno como o snr. GASPAR pretende parecer, para perceber que, por este caminho, sem desenvolver a economia ou apenas permitir que ela sobreviva, não será possível pagar os compromissos!

Porquanto, não é possível cozinhar a galinha de cabidela e esperar, lucidamente, que ela continue a dar ovos!

A não ser que se entenda, o que é vulgar naqueles que tomam a Autoridade como um fim em si mesmo, que o que faz turismo, o comerciante que depende do turismo e todos os outros fora do seu gabinete de crise, têm um baú sem fundo, mas cheio de moedas de ouro que não manifestam e que são a razão de todos os nossos males!

Idiotas ou Algozes, escolham, porque insensatos são, em qualquer dos casos!

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