A senhora presidenta da Câmara Municipal de Silves é uma protectora das artes, alma muito generosa, sobretudo à conta do orçamento municipal. Por mais estafado que o mesmo se encontre, há naquele, pela mão milagrosa daquela mecenática figura, sempre cabimento para mais uma despesa, por menos prioritária que seja.
Muitos conhecerão o projecto da ex Orquestra de Jazz de Lagos, agora Orquestra de Jazz do Algarve e saberão da sua qualidade que é inquestionável, bem como da importância da sua escola – o atelier de jazz e música moderna do Algarve (AJMMA).
Esta Orquestra teve durante uns anos um apoio decisivo da Câmara Municipal de Lagos, o qual, vá lá saber-se porquê, foi entretanto sonegado.
Entretanto, assegurou o fundador da OJA ao Observatório do Algarve:
“Obtivemos da autarquia de Silves os apoios que nos permitem dar continuidade ao projeto, e que se resumem à manutenção da estrutura de 3 pessoas para suporte da orquestra e escola, já que a atuação dos músicos nos concertos não está incluída”.
Algumas conclusões licitas:
- o orçamento municipal de Silves substitui o orçamento de Lagos no suporte da Orquestra de Jazz do Algarve.
- o orçamento municipal de Silves tem cabimento para mais esta despesa.
- tudo o que se tem dito acerca das dificuldades financeiras da autarquia não passam de atoardas sem qualquer fundamento porquanto o desafogo reina em Silves.
- De facto a crise não condiciona a saúde financeira do município de Silves, que o digam os inúmeros credores do mesmo e os funcionários que necessariamente não vão ver os seus contratos renovados.
Exemplos como este são abundantes pelas autarquias e governo central deste pais que é Portugal. Até quando será permitido que um conjunto de verdadeiros manjericos perfumados, distribuídos por todo o pais, continuem a agir como se de senhores feudais se tratassem, sobre os impostos que cobram aos cidadãos ou sobre o crédito que contraiem para que os cidadãos, através dos impostos, taxas, contribuições e demais alcavalas, venham a pagá-los um dia com a rentabilidade financeira dos agiotas?
São verdadeiros hooligans do erário público que urge socializar, desencrustando-os, para já, dos orçamentos, fazendo-os posteriormente frequentar cursos de formação democrática intensivos antes de poderem voltar a ser eleitos.
Deste episódio, atenta a dramática situação financeira de Silves, verdadeiramente burlesco, resta perguntar onde se encontra o contraditório nesta gestão da autarquia?
Gostaríamos de saber o que tem a dizer a oposição, já que o que os credores e os funcionários pensarão, calculamos nós!
Sobre o que as alimárias pensam e a distância a que estão da real e do futuro próximo, este exemplo chega para nos elucidar a todos!
Que Deus nos valha, porque esta gente não é capaz!
2 comentários:
Enquanto as Bandas Filarmónicas e as respectivas Escolas de Música vão definhando pelo concelho, por falta de apoios da Câmara Municipal!!!!
Será normal uma Filarmónica estar a emprestar livremente instrumentos ao Conservatório de Lagoa...? E troca de músicos? Será como noutros locais do barlabvento onde meia dúzia de entidades afinal se reduz a uma, mãe de todas e... Somos Silvenses não é? Ainda bem... viva o negócio de uns, perdão... um!
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