O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ARMAÇÃO COM A ABERRAÇÃO SEMPRE À ESPREITA...

A nossa Vila, inserida num enquadramento natural de rara beleza, é pródiga em exemplos de mau gosto.

Os mamarrachos reproduzem-se como se de cogumelos se tratassem. Por muito que se diga, proteste, reclame ou amaldiçoe, o mamarracho sobrevive, renasce e reproduz-se a uma cadência estonteante como se fossem baratas.

Os responsáveis são uma mescla de mau-gosto por parte dos proponentes de certas edificações combinado com a ausência total de politicas de preservação estética da Vila, de recuperação e correcção do resultado das atrocidades urbanísticas, enfim de uma vontade inequívoca e prioritária de inversão dos caminhos da degradação que tem caracterizado as ultimas décadas.

Pelo contrário, para os responsáveis, do ponto de vista estético, urbanístico e económico, Armação de Pêra não passa de um prostíbulo... de segunda categoria...inserido numa lógica de exploração típica da fase selvagem do capitalismo.

A esta gente não assiste uma ideia que seja, para Armação! É o estatuto máximo a que podem ter direito.

Absortos ainda com as obras da frente-mar (que a UE com os meios que o contribuinte europeu abastece e que para Armação constituirão um alívio significativo à carga de mau-gosto que a sobrecarrega à exaustão), os armacenenses deram-se conta que os responsáveis primeiros pelas verdadeiras atrocidades urbanísticas, os quais, sempre à espreita, não dormem, aproveitavam-se do seu estado de enebriamento, para atacarem de novo com uma nova ode à aberração, desta vez através de um apoio de praia entre a Lota e a Fortaleza!

Prontamente as reacções populares não se fizeram esperar e avançaram para a Câmara de Silves. De pouco lhes valeu...até ver!

Consta-se que Isabel Soares não acreditou no que via, crente no facto de, tratando-se do primeiro de Abril, se trataria de uma mentira, já que nunca vira tantos manifestantes de Armação à sua porta!

As explicações oficiais da entidade competente chegou mesmo a afirmar, preto no branco, tratar-se de uma remodelação.

Não estão a falar para Armação certamente, pois qualquer um sabe que a barraca que ali existiu, esfumou-se há mais de trinta anos...

São burocratas que se justificam perante os seus pares (que desconhecem a realidade local) mal vejam uma decisão asneática ser afrontada por uma reacção popular que ponha em causa, publicamente, a estabilidade da paz fúnebre das suas funções.

Sem nunca se terem preocupado com o cumprimento do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Burgau/Vilamoura, no que em Armação diz respeito, como oportunamente denunciámos, vêm agora invocar o cumprimento daquele Plano. Este Plano é lei quando lhes interessa, caso contrário "fecham-se em copas"!


Com mais de cinco desproporcionados metros de altura encontra-se em edificação um novo atentado ao bom gosto e á harmonia, apodado de apoio (?) de praia, para o que der e vier...


As responsáveis licenciadas no mau-gosto e licenciadoras do mesmo, têm nome: Administração da Região Hidrográfica do Algarve, Administração Regional de Saúde, Capitania, Associação dos Indutriais de Hotelaria e a Câmara Municipal de Silves!

Tudo boa gente, sem qualquer ligação ou preocupação com Armação de Pêra!

Correm ainda rumores acerca dos interesses duma personagem privada que faz um lobbing eficaz dos seus objectivos de vir a monopolizar o espaço de praia entre a Fortaleza e o Rio!

Os interesses particulares que servem são patentes, só não se vislumbram que interesses públicos prosseguem?

6 comentários:

Quim Zé disse...

O interesse público não interessa, o que interessa é o partido e os amigos...

Napoleão Bonaparte disse...

Finalmente, uma referência neste blog ao mais recente desconchavo urbanístico de Armação de Pêra!!! Como se a praia já não estivesse suficientemente concessionada, ocupa-se ainda mais o areal com edificações desnecessárias. A única coisa boa de Armação é a praia e agora estão a ver se dão cabo dela. Isto é o que se chama sensibilidade política...

Julgo que as manifestações e os abaixo assinados dos Armacenenses são perca de tempo, já deviam ter recorrido para os Tribunais Administrativos para suspender as obras e impugnar os actos de aprovação da RHA e da CMS. Pois, nem tudo o que as entidades públicas aprovam é legal, se assim fosse, que sentido faria existirem tribunais...

Anónimo disse...

O Nuno vai ficar com a concessão desde a praia da Rocha da Palha até à praia dos pescadores.

E ninguém põe mão nisto.

Anónimo disse...

«Queremos a rotunda, queremos a rotunda!» é o grito da população de Pêra


Cartazes de protesto pela falta de rotunda no cruzamento de Pêra da EN125


Perto de uma centena de moradores da freguesia de Pêra (Silves) manifestaram-se esta quarta-feira, dia 8, ao fim da tarde, no cruzamento da Estrada Nacional 125 que dá acesso à localidade, desenhando, simbolicamente, uma circunferência no meio da estrada com as pessoas, como se de uma rotunda se tratasse.

«Queremos a rotunda, queremos a rotunda!», gritavam os populares, que aprovaram por unanimidade uma moção, que irá ser enviada ao primeiro-ministro, ao ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, aos grupos parlamentares na Assembleia da República, à Câmara Municipal de Silves e às Juntas de Freguesia de Pêra e Alcantarilha.

Os moradores exigem a construção, com carácter de urgência, de uma rotunda no cruzamento da EN 125 em Pêra, e pretendem ainda que o Governo assuma que, ao contrário do que tem afirmado, este local constitui um ponto negro, assim como uma zona de acumulação de acidentes.

Reivindicam, também, que o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações concretize a intenção manifestada de resolver este problema em Junho de 2007, já lá vão dois anos, assumindo que este local apresentava e apresenta condições menos adequadas ao volume de tráfego existente.

A obra para este local, segundo o vereador Rogério Pinto, da Câmara de Silves, que esteve no local, já foi enviada para conhecimento da Câmara, estando indicada a construção de uma rotunda, mas não há data marcada para o seu início.

Será uma obra no âmbito da anunciada requalificação da EN 125, englobada no lanço Lagoa-Guia.

Elsa de Almeida, porta-voz da população, afirmou: «há a necessidade e muita urgência no arranque das obras da rotunda neste cruzamento, para que seja garantida a segurança da população e que os acidentes mortais não voltem a acontecer».

A população está unida em torno desta reivindicação e há o propósito de continuar a lutar por esta ou por outras formas, enquanto não estiver solucionado o problema.

Este cruzamento, pela intensidade de tráfego, é perigoso e propício a acidentes graves, como o que se verificou no passado dia 13 de Março, em que aí morreu um sargento da GNR.

Em 2007, a EN125 estava em primeiro lugar na listagem de estradas com sete pontos negros, mas actualmente a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária retirou esta via do mapa das mais mortíferas.

Em 2008 morreram oito pessoas, no primeiro trimestre do ano, nas estradas algarvias, mas este ano já foi ultrapassada, no mesmo período, a dezena de mortos.

O primeiro-ministro José Sócrates anunciou em Março de 2008 que a requalificação da Estrada Nacional 125 deveria estar concluída em 2010, de acordo com o projecto de requalificação, passando a chamar-se Litoral Algarve, frisando que as principais motivações da obra eram a de salvar vidas.

As forças da GNR estiveram no local e mostraram-se colaborantes para com a manifestação, cortando o trânsito aquando da movimentação das pessoas.

Anónimo disse...

Oh anónimo não é Nuno é Marco Bruno

Anónimo disse...

A questão que se deveria por é ele é testa de ferro de quem?

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

Algarve