O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Revalidar a carta de condução aos 65 anos

Recentemente alguém resolveu deliberar que para renovar a Carta de Condução, passaria a ser dispensável o até aqui exigido atestado médico. Agora, surgiram por aí uns especialistas,que se lembraram de criar e baptizar um pomposo plano denominado de “PENSE 2020”, o qual obriga os condutores com 65 anos ou mais que queiram revalidar a sua carta de condução, a terem que frequentar uma acção de formação obrigatória. A medida consta na proposta do Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária e tem como finalidade - segundo os ditos cujos - fazer baixar a sinistralidade rodoviária.

Ainda segundo estes “especialistas”, pretende-se com esta medida, que as pessoas com 65 anos ou mais tenham aulas para "actualização obrigatória de conhecimentos".

Pergunta-se:
Actualização de conhecimentos ou mais um saque ao bolso do contribuinte?!... É que se fôr para “sacar mais algum” ainda se percebe – embora devessem chamar o boi pelo nome. Agora para actualização de conhecimentos!... Conhecimento da realidade é o que falta a esta gente.

Ora vejamos:
Basta pesquisar o Relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária publicado em 2015 – o de 2016 ainda não se encontra disponível - para se chegar à conclusão que estamos na presença de um excelente trabalho, esmiuçado com vários gráficos que escalpelizam e tipificam os acidentes e atropelamentos por dia da semana, por hora e por condições atmosféricas.

Uma análise muito bem feita e onde constam os múltiplos acidentes por classe etária. E sendo assim, vamos então aos números ali produzidos:

- Classe etária dos 20 aos 24 anos - 4788 acidentes;

- Classe etária dos 25 aos 29 anos – 4644 acidentes;

- Classe etária dos 30 aos 34 anos – 5025 acidentes;

- Classe etária dos 35 aos 39 anos – 5585 acidentes;

- Classe etária dos 40 aos 44 anos – 5167 acidentes;

- Classe etária dos 60 aos 64 anos – 2558 acidentes.

Agora vamos às classes que deverão ter formação:

Classe etária dos 65 aos 69 anos – 1996 acidentes;

Classe etária dos 70-74 – 1630 acidentes;

Classe etária com mais de 75 anos – 2164 acidentes.

Dito isto, os números valem o que valem!... É natural que depois dos 65 anos os condutores sejam sujeitos a rigorosas inspecções médicas e a partir dos 80 às ditas acções de formação para avaliação das suas capacidades.

Mas se olharmos atentamente os números que “são deles”, é na faixa dos 20 aos 44 anos onde residem o maior numero de acidentes. E sendo assim pergunta-se:

O que se deve fazer a esta gente para baixar a mortandade nas estradas?!... Em que planeta vivem estes chamados especialistas?!...
Porque não exigir isso sim a tal formação obrigatória a condutores que possuam um cadastro que a justifique, e um quadro de honra para os cumpridores pelo seu exemplo?!...

Será que, com o velho argumento da segurança, o loby das escolas de condução continua a fazer o que quer para ganhar dinheiro à custa dos outros?.

Assim, muita gente, em vez de ser avaliada dos seus conhecimentos sobre as regras rodoviárias, é pura e simplesmente obrigada a ter uma frequência de aulas de que não estava provado que precisaria.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

domingo, 25 de dezembro de 2016

Pais Natal mergulham em Armação de Pera para ajudar crianças


Os pais Natal mergulharam hoje mais uma vez no oceano, na praia de Armação de Pêra,com o objetivo de angariar dinheiro para comprar sapatos novos para crianças carenciadas no Algarve.

A iniciativa solidária "Nadar por Sapatos", realiza-se há mais de dez anos e reuniu dezenas de participantes, sobretudo estrangeiros, que se vestiram a rigor com o fato de Pai Natal.

A ação volta a repetir-se no dia 1 de janeiro, com o mesmo propósito de angariar dinheiro para comprar sapatos a crianças desfavorecidas.

O mergulho acontece em frente a um hotel Holiday In, que promove o evento, envolvendo os hóspedes e a comunidade local.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

sábado, 17 de dezembro de 2016

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Boas Festas para Todos, com desejo de empenho e participação, do Blog CIDADANIA!

AGUENTA-TE MÁRIO (por Miguel Esteves Cardoso)

AGUENTA-TE MÁRIO
Há tanta gente a torcer por Mário Soares que até assim, na estranha mistura de apreensão, esperança e amizade, ele consegue juntar pessoas que doutro modo nunca se juntariam. O sempre excelente Eduardo Barroso teve a generosidade de partilhar, como médico e cidadão, algumas preocupações com a saúde do tio Mário, lembrando que os 92 anos dele “são 92 anos muito vividos”.
Na rua não se fala de outra coisa. Não ouço perguntar “acha que ele se safa?”
Ouço sim, vez após vez, dizer “Deus queira que se safe”. Já vimos Mário Soares sair-se bem de tantas encrencas e azares que não podemos deixar de ser optimistas.
Queremos que ele recupere e possa voltar com gosto à vida. Nunca me tinha sentido parte de uma ansiedade pública pela saúde de uma pessoa. É como se Mário Soares fosse da nossa família – e não só da família humana. Mesmo quem não o conhece sente que o conhece. Deve ser por isso que se mistura tanta preocupação com tanta boa vontade.

Pode não ser lógico nem realista o que sentimos mas o facto de ser sentido merece ser registado e saudado, por ser tão raro e, apesar de causar sofrimento, por ser comovente. Não se deve inteiramente à personalidade irresistível, fascinante e marota de Mário Soares.
Ouço muitas pessoas a falar numa divida, com essa mesma palavra: devemos-lhe a nossa liberdade. É uma divida que nunca se consegue pagar. Pagamos com a nossa consciência dela e com a nossa gratidão.

É essa liberdade que eu tomo para dar conta que estamos, mais uma vez, a contar com ele.
Miguel Esteves Cardoso, in “Público” de 15 de Dezembro de 2016

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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