O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 3 de julho de 2016
sábado, 2 de julho de 2016
Regling, grande maluco, vais levar um carolo
Depois de Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças, ter
dito que estava mais preocupado com Portugal do que com a situação do Deutsche
Bank, eis que surge outro alemão, Klaus Regling, diretor-geral do Mecanismo
Europeu de Estabilidade (MEE), a entidade responsável pelos resgates aos países
que integram a União Europeia, a dizer o mesmo.
Só pode ser coincidência, claro: dois alemães a dizer o mesmo, coisa estranha. As declarações, feitas por Regling numa conferência citada pela France Press, acabaram por ser divulgadas no Twitter pelo próprio MEE, desta forma singela: “O único país que me preocupa é Portugal, independentemente do Brexit, porque o governo [português] está a recuar relativamente às reformas”.
Ora muito bem, Regling. Se tu achas que a situação portuguesa é mais perigosa para a instabilidade dos mercados e da economia europeia e mundial que o Brexit, estás seguramente a precisar de óculos ou então de voltar à universidade, porque deves ter feito o curso cortado à cadeira de Macroeconomia. É que um país que vale menos de 2% do total da economia europeia incomoda seguramente menos a União que a saída do clube do Reino Unido, a terceira maior economia da UE. É óbvio, não é, Regling?
Mas digo-te mais. Quando fazes uma afirmação desta gravidade, através de um tweet, como se fosses um miúdo traquina, devias explicar tintim por tintim em que dados é que te baseias. Eu sei que te incomoda o aumento do salário mínimo (que esteve congelado durante quatro anos - mas isso não interessa nada, pois não?) que passou de 485 euros para 505 no final de 2015, para 530 este ano e que deve chegar aos 600 euros durante a legislatura. É isso que vai provocar um terramoto na economia portuguesa?
Eu sei que queres ainda mais reformas no mercado laboral. Mas se o despedimento coletivo e individual já foi tão flexibilizado, o que queres mais? Que se possa fazer um Simplex com o nome “Despeça na Hora?” É claro que também queres acabar com a contratação coletiva. Pois… também se pode acabar com os sindicatos, com a lei da greve e com a generalidade dos direitos dos trabalhadores. Se voltarmos ao período antes da Revolução Industrial, o nosso mercado laboral atingirá, enfim, a flexibilidade que tu e mais uns quantos como tu acham que devia existir em países como Portugal. Mas não sei se te conseguimos agradar.
Só pode ser coincidência, claro: dois alemães a dizer o mesmo, coisa estranha. As declarações, feitas por Regling numa conferência citada pela France Press, acabaram por ser divulgadas no Twitter pelo próprio MEE, desta forma singela: “O único país que me preocupa é Portugal, independentemente do Brexit, porque o governo [português] está a recuar relativamente às reformas”.
Ora muito bem, Regling. Se tu achas que a situação portuguesa é mais perigosa para a instabilidade dos mercados e da economia europeia e mundial que o Brexit, estás seguramente a precisar de óculos ou então de voltar à universidade, porque deves ter feito o curso cortado à cadeira de Macroeconomia. É que um país que vale menos de 2% do total da economia europeia incomoda seguramente menos a União que a saída do clube do Reino Unido, a terceira maior economia da UE. É óbvio, não é, Regling?
Mas digo-te mais. Quando fazes uma afirmação desta gravidade, através de um tweet, como se fosses um miúdo traquina, devias explicar tintim por tintim em que dados é que te baseias. Eu sei que te incomoda o aumento do salário mínimo (que esteve congelado durante quatro anos - mas isso não interessa nada, pois não?) que passou de 485 euros para 505 no final de 2015, para 530 este ano e que deve chegar aos 600 euros durante a legislatura. É isso que vai provocar um terramoto na economia portuguesa?
Eu sei que queres ainda mais reformas no mercado laboral. Mas se o despedimento coletivo e individual já foi tão flexibilizado, o que queres mais? Que se possa fazer um Simplex com o nome “Despeça na Hora?” É claro que também queres acabar com a contratação coletiva. Pois… também se pode acabar com os sindicatos, com a lei da greve e com a generalidade dos direitos dos trabalhadores. Se voltarmos ao período antes da Revolução Industrial, o nosso mercado laboral atingirá, enfim, a flexibilidade que tu e mais uns quantos como tu acham que devia existir em países como Portugal. Mas não sei se te conseguimos agradar.
Aqui para nós, Regling,
tu não fazes a mínima ideia do que estás a dizer, pois não? Ouviste o Schäuble
e foste na onda. Não percebeste que o Schäuble estava a desviar as atenções do
buraco negro que é o Deutsche Bank, considerado pelo FMI o maior risco para a
estabilidade mundial do sistema financeiro e cuja filial norte-americana ainda
esta semana chumbou nos testes de stress efetuados pela Reserva Federal dos
EUA.
Regling, tu passaste a tua carreira profissional basicamente a pular entre o FMI e o Ministério das Finanças alemão. Estás onde estás porque és alemão, percebes, Regling? E é por isso que tens de repetir o que diz o chefe.
Apesar das parvoíces que dizes, pelo que vejo nas fotos não pareces mau rapaz (se bem que as fotos não garantam nada). Em qualquer caso, Regling, chega cá a cabeça. Mereces um bom carolo pelo disparate que disseste – e que no cargo em que estás não podes nem deves dizer.
Por Nicolau Santos
Expresso Diário
01 Julho
2016
Etiquetas:
economia,
politica internacional
sexta-feira, 1 de julho de 2016
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Plano de Pormenor de Armação de Pêra em discusão pública
O período de discussão pública prévia da alteração do Plano de Pormenor de Armação de Pêra vai decorrer entre 30 de junho e 20 de julho.
Estes 20 dias de discussão pública resultam de uma deliberação daquela autarquia, tomada a 11 de maio e que deu início ao procedimento de alteração do Plano de Pormenor de Armação de Pêra, aprovando os respetivos Termos de Referência e a minuta de Contrato para Planeamento.
Durante este período, os interessados poderão formular sugestões e/ou apresentar informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no âmbito do respetivo procedimento de alteração.
Para o efeito deverá ser utilizada a ficha de participação a remeter para a Câmara Municipal de Silves, Praça do Município, 8300-117 Silves ou pelo email alteracao.ppap@cm-silves.pt.
Os interessados podem ainda consultar pessoalmente a deliberação de início do procedimento de alteração do PPAP, os termos de referência, o contrato para planeamento (minuta) e a qualificação da alteração do PPAP para efeitos de sujeição a Avaliação Ambiental Estratégica na Câmara Municipal de Silves (Divisão de Ordenamento e Gestão Urbanística, Ordenamento do Território), ver aqui e na sede da Junta de Freguesia de Armação de Pêra.
Para qualquer esclarecimento adicional, deverá ser contactada a Divisão de Ordenamento e Gestão Urbanística, Ordenamento Territorial da Câmara, através do telefone 282 440 825.
Etiquetas:
Administração participativa
domingo, 26 de junho de 2016
sábado, 25 de junho de 2016
sexta-feira, 24 de junho de 2016
quinta-feira, 23 de junho de 2016
quarta-feira, 22 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
domingo, 19 de junho de 2016
sábado, 18 de junho de 2016
sexta-feira, 17 de junho de 2016
quinta-feira, 16 de junho de 2016
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