O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Medidas "ad terrorum" da dupla Gaspassos com resultados bem à vista!

Gaspar e Passos na sua labuta diária, esticando o contribuinte até ao tutano.
 
Quatro de junho é o Dia da Libertação de Impostos, data simbólica em que os portugueses se libertam das obrigações fiscais: cinco meses e quatro dias de trabalho, 155 dias, é o tempo necessário para pagar todos os impostos e começar a retirar dividendos do trabalho.

A tributação sobre os rendimentos do trabalho está a aumentar e os trabalhadores portugueses são obrigados, desse modo, a trabalhar cada vez mais dias, apenas para cumprir as obrigações fiscais. Em 2013, são necessários 155 dias.

Segundo o relatório que analisa a realidade da União Europeia – ‘The tax burden of typical workers in the EU 27’, da autoria da organização New Direction, Fundação para a Reforma Europeia, tornado público nesta sexta-feira – o dia 4 de junho é a fronteira entre o trabalho com objetivo de pagamento de impostos. Só a partir desta data os rendimentos do trabalho entram totalmente no bolso dos portugueses.

São mais de cinco meses de trabalho para ‘alimentar’ a máquina fiscal, que exige cada vez mais dos trabalhados. Em 2011, por exemplo, bastaria trabalhar até 29 de maio para ‘celebrar’ o Dia da Libertação de Impostos. No ano seguinte, houve um aumento do fardo fiscal, sendo que só a 3 de junho os rendimentos se tornaram líquidos. E em 2014, o Estado exige mais um dia de trabalho para cumprir as obrigações fiscais.

A partir do dia 4 de junho, todos os rendimentos do ano fiscal passam a líquidos, numa fasquia virtual, uma vez que a taxação é feita ao longo do ano.

Num olhar sobre a União Europeia, verifica-se que Portugal é o sétimo país onde os trabalhadores têm menos horas de trabalho para o fisco. No ano passado, Portugal era nono classificado.

domingo, 19 de maio de 2013

Arte Publicitária: de há muito ao serviço do Turismo.

Não chove em Portugal mas entram turistas a cântaros” cartaz de 1954 da autoria de Nuno Costa. Encontra-se na “Boston Public Library”
 

1947



sábado, 18 de maio de 2013

Albufeira e Portimão são acólitos de Vitor Gaspar!Cegos que não querem ver...

 
A solução do aumento dos impostos é a preferida pelos responsáveis das autarquias de Albufeira e Portimão.
Vitor Gaspar tem seguidores por todo o pais, apesar das inumeras evidências acerca dos danos que esta solução univoca (aumento de impostos) provoca na já exaurida economia do pais e das regiões. 
Atacar a origem dos problemas e reformar as estruturas concelhias dá trabalho e atrapalha as eleições que estão aí e são coisa que ninguém quer!

Estes são bons exemplos de como, por todo o aparelho de estado, da administração central à local, todos se recusam a ver o óbvio: na verdade que mais precisamos para constatar que, continuar a fazer o mesmo e esperar resultados diferentes, é insanidade absoluta!

Por cá, por Silves, entalado entre aqueles dois concelhos, não consta que a autarquia tenha tido tamanha desfaçatez. Será que os seus responsáveis foram bafejados por uma réstea de bom senso? ou tão só se pretende, a qualquer custo, a presidência para depois se tomarem as medidas indesejáveis que os outros autarcas já não podiam deixar de tomar?

 

De acordo com a associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP)Albufeira e Portimão chegaram mesmo a aplicar a taxa máxima de IMI sobre estes imóveis.



Luís Lima, Presidente da APEMIP refere que "o mapa do sobe e desce do IMI, mais a subir do que a descer, revela uma grande insensibilidade social por parte de um elevado número de municípios. É inacreditável que num período em que as pessoas sufocam com a fiscalidade aplicada sobre o património, ainda haja autarquias com a coragem de aumentar o IMI, e algumas até de aplicar a taxa máxima. Continua a achar-se que o imobiliário é uma espécie de árvore das patacas".

Ainda assim, 19% dos municípios, entre os quais Lisboa e Guimarães, decidiram diminuir a taxa de IMI aplicada sobre os imóveis já avaliados. "Estes sim demonstram uma verdadeira noção da realidade actual e das dificuldades que os seus munícipes atravessam", afirma Luís Lima.

O presidente da associação considera ainda que é "um absurdo que a OCDE afirme que se deve aumentar a fiscalidade sobre o imobiliário, quando Portugal é um dos países da Europa com uma das mais elevadas cargas fiscais sobre o património, como a APEMIP já demonstrou num estudo publicado em Outubro do ano passado".

quinta-feira, 16 de maio de 2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Provem de tudo, vejam do tudo..." a começar pelo presidente que temos!E depois, quando fôr o momento, temos que lhe dar o descanso que nós sim, claramente merecemos!



Rogério Pinto igual a si próprio, timido, vencido, sem projecto, limita-se a repetir lugares comuns daqueles que, tendo o poder nas mãos, não sabem o que fazer com ele.

domingo, 12 de maio de 2013

A razão pela qual Rogério Pinto não faz o novo campo da Armacenense...


Ele sabe do entusiasmo que os armacenenses têm pelo clube, por isso não quer que aconteçam acidentes.

sábado, 11 de maio de 2013

Afinal a praia de Armação de Pera não é privada!


Existem documentos que o provam.
Porque é que as autoridades escondem a verdade?

quarta-feira, 8 de maio de 2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

Fadiga presidencial


por Manuel Maria Carrilho in DN 2/5/2013

A crise tende a multiplicar os impasses, os impasses tendem a aprofundar a crise. Assim se adensa, tanto na vida das pessoas como na das nações, o carrossel de todos os dramas. E o pior que nestas situações pode acontecer é ficar-se preso na teia do que Gregory Batteson designou uma vez como o "double bind".

Trata-se de um dilema que coloca uma pessoa ou uma comunidade perante mensagens ou exigências conflituantes, de tal modo que bloqueia qualquer saída, dando origem a comportamentos paradoxais. É o que acontece quando um professor diz a um aluno "para não ser tão obediente" - ele deve obedecer-lhe desobedecendo ou desobedecer-lhe obedecendo?
Aníbal Cavaco Silva já tinha revelado tendência para a criação deste tipo de situações paradoxísticas, colocando frequentemente os portugueses perante dilemas semelhantes, ao declinar variações discursivas que consistem em acentuar vivamente uma perspetiva para, logo depois, apontar no sentido oposto.

Foi assim que, depois de denunciar com vigor a espiral recessiva que ameaçava o País, veio defender sem equívocos a política que a provocou e os protagonistas que a incentivaram. Que, depois de denunciar a incompetência da troika, do seu memorando e do seu acompanhamento, veio exigir e aplaudir o seu cego cumprimento. Que, depois de denunciar a desorientação e a inação europeias e os seus custos, veio apelar à submissão aos seus mais contraproducentes ditames...

Que, no dia da comemoração da democracia instaurada no 25 de Abril, veio fazer a apologia da sua inutilidade, aconselhando o País a preparar-se para acolher mais ou menos de joelhos os imperativos do novo poder global, de matriz financeiro-especulativa, que hoje corrói todos os regimes democráticos.

Só faltava mesmo a cereja no bolo: e ela apareceu com a insólita aposta de fazer o País caminhar para o consenso através da intensificação dos antagonismos e em apelar à convergência político-partidária estimulando a desconfiança na democracia!

Este passo é, todos o reconheceram, dificilmente compatível com as funções de representação nacional, de mediação institucional e de pedagogia política que deveria caracterizar o exercício presidencial. Não admira por isso que, com esta espiral paradoxística de Cavaco Silva, o País dê crescentes sinais de um novo tipo de fadiga, a fadiga presidencial...

É que há, no bizarro apelo ao consenso do Presidente da República, dois problemas: um de timing e outro de conceito. O de timing remete-nos para o ano de 2009, e para a incompreensão da gravidade da crise que era já então uma evidência, e que devia ter dado lugar a um pedagógico esforço de abertura e de realismo.

A situação deveria ter levado o Presidente da República a procurar então uma solução governamental maioritária, dado que um governo minoritário vive quase sempre num registo de preocupação diária com a sua sobrevivência, o que o torna necessariamente débil e fugaz, como mais uma vez se viu!...O Presidente da República deixou passar a oportunidade, como depois deixaria passar outras...

O que nos leva ao segundo ponto, o do conceito. O consenso remete sempre ora para uma identidade de valores ora para um acordo de objetivos. Mas nem num caso nem no outro se trata de dados adquiridos ou inequívocos, sobretudo numa comunidade em crise, como hoje acontece.

É justamente por isso que o consenso exige uma magistratura presidencial extremamente trabalhosa e exigente do ponto de vista da comunicação e da pedagogia . Eleito por sufrágio direto dos portugueses, autónomo em relação aos partidos, livre das pressões do curto prazo e do imediato, é dele que se espera uma atenção ao essencial que permita criar os laços e estabelecer as relações que as políticas partidárias hoje dificilmente conseguem tecer.

Para o fazer não basta, todavia, jurar a constituição perante o Parlamento. Exige-se mais, requere--se um desígnio, uma visão, um sinal que atraia e focalize a hoje tão disputada atenção dos cidadãos. Exige-se proximidade, afeto, cumplicidade, conversa - o contrário do estilo mestre-escola, em que Cavaco Silva se especializou.

É onde Cavaco Silva mais tem falhado. A sua reação à generalizada crítica que o seu discurso do 25 de Abril suscitou diz realmente tudo: " depois não digam que eu não avisei!", comentou. Na verdade, o seu magistério foi sempre estritamente funcional, burocrático, minimalista, no limite vertiginosamente apolítico!...Uma im- prudência porque, como a política tem horror ao vazio, mais tarde ou mais cedo os acontecimentos tinham de o colocar de novo na arena político-partidária. Foi o que aconteceu com o discurso do 25 de Abril.

Cavaco Silva não só falhou o alvo do seu apelo ao consenso, como perdeu o "momentum" em que o podia fazer com autoridade e eficácia. Resta-lhe agora, aos olhos dos portugueses, vacilar - para usar os termos do filósofo Jean-François Lyotard - entre o litígio e o diferendo: enquanto o primeiro pode ficar pela discordância mais ou menos acentuada, já o segundo conduz ao conflito e à guerra. O tempo o dirá.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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