O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Para onde vais Portugal, com COVEIROS competentes e ASSESSORES de Merda? Para o buraco?

A internet vai promovendo a difusão de evidências da atenção de muitos e o apelos à Resistência e, ou indignação de todos, perante a irresponsabilidade e, ou, diletantismo daqueles a quem pagamos para serem eficientes, competentes, responsáveis e em transparência!
Eis um fino exemplo disso mesmo e de outras coisas:

CASO Nº 1


Ora atentem lá nesta coisa publicada no Diário da República nº 255 de 6 de Novembro:

No aviso nº........(2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J.
Para um cargo de "ASSESSOR", cujo vencimento anda à roda de 3500 euros).
Na alínea 7:... "Método de selecção a utilizar é o concurso de prova
pública que consiste na "... Apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."


CASO Nº 2

Já no aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança um concurso
externo de ingresso para “COVEIRO”, cujo vencimento anda à roda de 450 EUR mensais.

Método de selecção:

Prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita, com a duração
de 90 minutos.*
A prova consiste no seguinte:

*1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional;
*2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças;
*3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
*4. - Depois vem a prova de conhecimentos técnicos:Inumações, cremações,
exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
*5. -Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos
mortais.*
*6. -Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar:
se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.

*7. -No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades
físicas e psíquicas do candidato.

ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE €450,00 (?) MENSAIS!
Enquanto o outro, com €3.500,00 de vencimento, só precisa de uma cunha...!!!

Em conclusão:

Para enterrarem os mortos, os Portugueses, não prescindem de gente comprovadamente culta e informada em boas condições físicas e psiquicas, pelo contrário, para contribuir para a administração da coisa pública, pretensamente para melhorarem as condições de vida dos vivos, é absolutamente necessária gente que, independentemente da sua categoria, para cuja demonstração não é exigida qualquer comprovação objectiva, possa ser contratada desembaraçadamente de acordo com critérios definidos pelo Instituto da Cunha e independentemente da sua condição psíquica ou física.

Por estas e por outras é que em Portugal existem Coveiros Cultos e Assessores de Merda.
Se calhar é também por isto mesmo que tantas vezes nos parece estarmos a ser governados por loucos!
Ou não, na verdade, se o objectivo for lançar Portugal num buraco, porque razão haveriamos de exigir maiores qualificações aos coveiros desse designio, quando achamos que não se justificam tantas exigências para aqueles dos simples cemitérios?

Sem mais comentários!

domingo, 3 de junho de 2012

Diminuir o nosso ou o dele?


“Diminuir salários não é uma política, é uma urgência”
António Borges

Coelhinho...

sábado, 2 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Chefias da Câmara de Silves, nova lei vai mudar alguma coisa?


REGRAS E CRITÉRIOS PARA O PROVIMENTO DE DIRIGENTES DAS CÂMARAS MUNICIPAIS

Diretor de Departamento Municipal, cargo de direção intermédia de 1º grau:

Pode ser provido nos Municípios com população igual ou superior a 40 000, correspondendo, a cada fração igual, o direito ao provimento de mais um cargo.
Os municípios em cujo número de dormidas seja igual ou superior a 400 000 têm direito ao provimento de mais um cargo até ao limite de quatro por cada fração igual.

Nos casos dos cargos de direção superior de 1º grau e de direção intermédia de 1º grau, os Municípios que, no âmbito da repartição dos recursos públicos entre o Estado e os Municípios, tenham uma participação igual ou superior, respetivamente, a 8% e 2% no montante total dos fundos, podem prover, no primeiro caso, mais um diretor municipal, e, no segundo caso, mais um diretor de departamento municipal.

Chefe de divisão municipal, cargo de direção intermédia de 2º grau:

É provido no número de um em Municípios de população inferior a 5000, por dois onde a população é superior a 5000 e inferior a 10000 e por três em Municípios com a população superior a 10000, aos quais acresce, por cada fração igual, mais um cargo de direção intermédia de 2º. Grau.
Os Municípios cujo número de dormidas turístico seja igual ou superior a 100000, por cada fração igual, podem prover mais um cargo, com o limite de seis.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

domingo, 27 de maio de 2012

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Museu da Cortiça. Futuro à guarda de um Ourives ou de um Pedófilo?

“Duas pequenas notas: Os meus sucessivos pedidos de intervenção da Câmara Municipal junto do Grupo Nogueira ficaram sem resposta. A Autarquia tem de estar preparada para não abdicar deste espaço. E, se o valor for este, melhor... Que a Sociedade Civil se pronuncie.”, diz Fernando Serpa, em agonia, no blog “vereador c.m. Silves”.

Compreendemos a sua inquietação, somos parte interessada porque sociedade civil e já nos “batemos” neste blog suficientes vezes pelo Museu da Cortiça, por isso partilhamos o seu pesar.


Nas “ETIQUETAS” deste blog, se clicarem “Fábrica do Inglês” perceberão melhor o conteúdo do que pensamos sobre o assunto.


Pouco mais poderemos, hoje, adiantar. Mas, mesmo assim, ainda nos ocorrem alguns comentários.

A Autoridade Tributária certamente se encontra a agir em conformidade com a Lei. Não será por aí que devemos entrar. Se pugnamos por um Estado Social, pugnamos por sustentá-lo. Só assim temos legitimidade para o criticar com autoridade. A autoridade dos cidadãos contribuintes que o precederam, criaram, sustentam e administram.


A Lei porém não se esgota no direito fiscal, nem os interesses que este visa prosseguir se confinam à letra da lei.


A lei das insolvências determina a suspensão da execuções – todas -. Porque razão não suspendeu esta execução fiscal? Gostaríamos que o Vereador informasse, se soubesse, e, se não souber, que procure informar-se, para partilhar com os cidadãos essa informação cuja indisponibilidade é mãe do obscurantismo e da especulação, ambas contrárias ao dever de representação dos cidadãos que o Dr. Fernando Serpa aceitou ao candidatar-se e se consubstanciou na sua pessoa ao ter sido eleito e aceite o mandato!


Por outro lado, virando a peça de artilharia para outra altitude:


A quem se encontra entregue o discernimento de decidir em conformidade com o interesse público?


Quem decide o que é o interesse público e mais precisamente quem decide que o interesse público se encontra bem entregue a um funcionário público, ainda que legitimamente competente, ainda que a agir dentro das suas competências e atribuições, ainda que a agir dentro da legalidade?


Será que já ninguém deve obediência ao bom senso? Ou será tão só que se pensa que a lei esgota o bom senso?


É falso! A lei não esgota, por principio, o bom senso e para haver bom senso a curar do interesse público não tem, necessariamente, de ter-se um comportamento ilegal!


A pelintrice do orçamento geral do estado, em sede de receita e a falta de músculo na contenção da despesa (e não nos referimos aos exageros na saúde ou educação) justificam qualquer atitude?


Na encruzilhada em que as contas públicas se encontram podem encontrar-se (pelo menos) dois caminhos que ficarão para a história:


O caminho da sensatez de gerir os poucos recursos de que o pais dispõe com a precisão de um ourives, em cooperação interactiva e em solidariedade proactiva, ou o caminho da desorientação, da insensatez, do cada um por si e do salve-se quem puder!






O caminho da sanidade de um bom pai de família, ou o caminho da insanidade de um ultraliberalismo arrivista que acredita que o mercado tudo regulará.


O Greenspan também já pensou assim e viu-se no que deu!


Mas será possível alinhar pelo Greenspan da Reserva Federal Americana e esquecer o Greenspan do Senado Americano perante quem, com integridade aquele confessou (com todas as letras) estar enganado?




Ir por um, ou por outro caminho, ditará a nossa história próxima! E o exemplo que vier a ser dado marcará as gerações futuras! Para o melhor ou para o pior!


Conservar o Museu da Cortiça na sua vocação e destino originais, parece nada ter quer ver com aquela encruzilhada do orçamento geral do estado, ou com o discernimento de quem dirige os destinos nacionais nesta hora de agonia, ou com as modas ideológicas.


Mas tem e muito!


Com o que não tem que ver é com a simples Lei que agora serve para lhe afunilar o destino.


Na verdade, deixar à Lei estrita ou a um seu aplicador míope, o zelo pela economia do Algarve ou mesmo a nacional, é tão promissor como deixar um filho à guarda de um pedófilo!


Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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Património Natural

Algarve