O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Armação de Pêra: «Ciclo de Conversas à Beira Mar»


Dia 12 de Maio, vai realizar-se a primeira conversa do "Ciclo de Conversas à Beira Mar", um espaço de debate informal com o objetivo de discutir temáticas relacionadas com a valorização dos nossos oceanos.

O primeiro tema é o "Cabaz do Peixe" um projeto de comercialização de peixe da pesca artesanal, que tem como objetivo a venda de peixe fresquíssimo, da pesca local, a preços mais económicos e diretamente aos consumidores, melhorando os rendimentos dos pescadores e permitindo a comercialização de espécies usualmente rejeitadas (cavala, etc.).

Nesta primeira conversa é convidada Catarina Grilo coordenadora do grupo-Oceanos da LPN que lançou o conceito em Portugal em parceria com entidades ligadas à pesca artesanal em Sesimbra. Neste projeto-piloto em Sesimbra, são parceiros do Projeto Cabaz do Peixe a Associação dos Armadores da Pesca Artesanal Local do Centro e Sul, a Câmara Municipal de Sesimbra, o IPIMAR e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

O objetivo da LPN é estender o conceito a outras comunidades piscatórias portuguesas, onde este procedimento possa trazer vantagens à pesca local. Venha conhecer esta iniciativa e partilhar as suas ideias!

O "Ciclo de Conversas à Beira Mar" é uma iniciativa conjunta do CCMAR (Centro de Ciências do Mar), LPN (Liga para a Proteção da Natureza), Associação de Pescadores de Armação de Pêra, Clube de Futebol "Os Armacenenses", Junta de Freguesia de Armação de Pêra, da empresa Divespot e tem como media-partner o jornal SulInformação.

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º De Maio Pingo Doce


Um estranho 1.º de Maio, terão estado mais pessoas a fazer compras no Pingo Doce do que nas manifestações sindicais do Dia do Trabalhador.

Se uma cadeia de supermercados consegue fazer uma campanha de 50% de desconto, qual é a sua margem de lucro?

Será que a Jerónimo Martins teve uma "febre" de solidariedade, ou foi só publicidade?

E as filas que se formaram no Pingo Doce de Armação, será preparação, para o dia 14 de Maio à porta da Junta de Freguesia?


sábado, 28 de abril de 2012

Uns são filhos outros são enteados...

A uns pedem para emigrar, outros ficam por cá...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Reformar ou não reformar, eis a questão!


São já, digamos que inúmeros, os economistas, estrangeiros e nacionais, de pequeno, médio e grande prestigio, que vaticinam, perante a evidência dos números, o facto de Portugal vir a necessitar muito proximamente de novo empréstimo, o qual, se Deus quiser (e só se Ele quiser, atente-se!)terá outras condições, sobretudo em matéria de prazo para o respectivo reembolso.

O Governo insiste em que não vai ser necessário e que tudo vai bem no quartel de Abrantes!

Portugal e os portugueses em geral são um pais e um povo fiel(e tementes) a Deus, razão pela qual, acreditamos que tal venha a suceder!
Com a mesma "fezada"acreditamos que Portugal ainda venha a surpreender (uma vez mais...) o mundo, com a descoberta (uma vez mais...) de petróleo no seu território.
Alguma coisa nos diz que, prestes que se encontra do esgotamento a última colónia - a teta europeia - ainda não é desta o fim da linha. É uma fezada está claro! Mas, na costa algarvia, já dispomos de gás natural para quinze anos de consumo. É um sinal que, se não é Divino é pelo menos divinal para a nossa balança comercial.

E o mesmo virá a suceder com o ouro negro. Acreditem! E não só por razões religiosas...mas também, e sobretudo!

Na verdade, se este povo que é o nosso, tem conseguido, ao longo destes últimos 900 anos (com uma pesada mas curta excepção- os espanhois, lembram-se-)independente politicamente, sem ter uma classe política especialmente dotada para a gestão da coisa pública, sem uma classe empresarial especialmente poderosa, numa palavra: sem elites, e só (o que neste pais parece ser o suficiente) com um povo especialmente sereno e tolerante (com algumas, firmes e sintomáticas, excepções que confirmam a regra), tem razões para se sentir tão angustiado quanto orgulhoso.

Orgulhoso porque, sem elites verdadeiramente à altura do seu percurso e realizações históricas, conservou a sua independência, respondendo -sempre- aos desafios históricos que a ameaçaram com empenho e sucesso.Entretanto, com uma capacidade de resistência incrível, vai conseguindo sobreviver à incompetência habitual e, a espaços, à verdadeira imbecilidade das suas elites.

Angustiado porque as suas "elites" nunca foram capazes de estruturar e desenvolver uma economia forte, malbarataram sistematicamente a enormidade de recursos que tiveram à sua disposição ao longo de séculos de exploração das riquezas coloniais, as quais fizeram encaminhar, pela via do consumo e do novo-riquismo, para a sustentabilidade da industria europeia, a quem também ofereceram outras enormidades de, por exemplo, conhecimento cientifico, que nem aproveitaram, nem venderam sequer.

Estas riquezas extremas e as extraordinárias condições competitivas que os recursos disponíveis permitiam e que diferenciaram o poder régio português ( A Coroa portuguesa ao tempo de Manuel I era mais rica que a Coroa inglesa e, naturalmente a mais rica da Europa), não contribuiram para melhor bem estar dos portugueses, o que, atenta a época, é compreensível.

Já completamente incompreensível é o facto de não terem contribuído de forma decisiva para a criação de uma elite económica que pudesse vir a promover o desenvolvimento e a sustentabilidade do pais.

Igualmente incompreensivel foi o facto do poder real, dispondo de tamanhos meios, pouco ou nada ter feito para alicerçar e estruturar um estado economicamente forte, pouco ou nada tenha feito para incrementar a educação do seu povo, malbaratando a suas riquezas no pérfido caminho da afirmação efémera do seu poder económico (D. João V, deu instruções ao embaixador de Portugal em Roma nos seguintes termos: Gastai!Gastai!Gastai! e se não houverde onde gastar deitai o dinheiro ao Tibre para que se saiba em Roma da grandeza (da estupidez dizemos nós) do Rei de Portugal!)(Os escultores de Roma estiveram a trabalhar durante oito anos, em exclusivo, para o Rei de Portugal)

Nesta mesma altura, para construir o Aqueduto das Águas Livres, D. João V não hesitou em aumentar os impostos ao Povo!

A Republica politicamente carregada de bons princípios, não logrou proporcionar uma alteração substancial na economia e trouxe para as lides democráticas e para a dinâmica do poder a dimensão miope de uma classe política inculta, provinciana e paroquial, com honrosas mas insuficientes excepções.

A ditadura salazarista pela via da autoridade e do terror, saneou a democracia, arrumou a casa, alicerçou e estruturou, pela primeira vez, um Estado moderno, com as contas em dia e conservou com orgulho a dinâmica rural da nossa economia.

A esperança da liberdade política nascida com Abril mantem-se, mas a esperança de sermos uma economia europeia esfumou-se depois de esgotados os fundos europeus, malbaratados pela incompetência das mesmas elites.

O que tem sido comum em todas estas fases, aquelas aqui grosseiramente divididas, por parte das elites, tem sido o transversal abuso das nossas inteligências!

Como, atento o passado histórico das mesmas, não é expectável que melhorem significativamente e dado o facto de termos evidenciado, ao longo de 900 anos, não sermos assim tão idiotas, não será altura dessa gentinha, comprovadamente poucochinha, propondo-se reformar o pais, começar por se nos dirigir com outro respeito pelas nossas inteligências?


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