O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pouca-terra, pouca-terra:Governo quer promover turismo ferroviário para turistas nacionais e estrangeiros

In Observador de 3. 5. 2017

O Governo pretende promover o turismo ferroviário como forma de levar portugueses e estrangeiros a conhecer o interior de Portugal, afirmou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.


O Governo pretende promover o turismo ferroviário como forma de levar portugueses e estrangeiros a conhecer o interior de Portugal, afirmou esta quarta-feira a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, durante uma viagem na linha do Douro.

“A preocupação é que o comboio seja um meio de levar as pessoas a descobrir o país. No programa nacional de valorização de coesão territorial e no programa de valorização turística do interior incluímos um projeto que é conhecer Portugal de comboio, de forma a que seja também um instrumento para levar pessoas a ir para o interior e a descobrir o nosso território, quer os portugueses quer os estrangeiros”, declarou a governante.

Ana Mendes Godinho foi uma das passageiras da primeira viagem do histórico Comboio Presidencial, que durante dez dias vai conciliar a visita ao Douro, património da Humanidade, com a alta cozinha, assegurada por cozinheiros distinguidos pelo guia Michelin, combinada com vinhos da região.

Este produto do Comboio Presidencial é também uma forma de atrair e posicionar o turismo ferroviário internacionalmente como uma forma de mostrar que aqui em Portugal há este produto único relacionado com o património ferroviário e com os comboios”, declarou a responsável pelo Turismo.

A secretária de Estado destacou que “cada vez mais, as pessoas estão à procura de produtos autênticos, genuínos, ligados ao território”, enquanto as autoridades têm apostado “na desconcentração da procura que visita e que vem a Portugal para que conheça todo o território nacional, nomeadamente o interior e que acrescente mais valor às regiões”.

A região do Douro, acrescentou, tem registado uma procura crescente de turistas, a começar pelos brasileiros, mas também norte-americanos e franceses. Ana Mendes Godinho sublinhou que o turismo se tem tornado “uma atividade sustentável e não meramente sazonal”.

“Temos aqui um grande destino, em muitos sítios identificado como o segredo mais bem guardado na Europa, com paisagens, vinhos, gastronomia e pessoas únicos e com este património natural e cultural”, comentou, referindo que os socalcos das vinhas “são uma das poucas construções humanas que se veem do espaço”.

O presidente da Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, considerou que o Douro “é uma pérola da promoção turística regional”. “O comboio tem hoje uma participação muito importante na promoção turística regional”, referiu. O responsável adiantou que, no próximo mês, a CP vai anunciar o lançamento de carruagens turísticas para o Porto e Douro, uma oferta para este verão.

O Comboio Presidencial, que circulou até 1970, depois de ter servido monarcas e presidentes portugueses, regressa à circulação durante dez dias, em viagens turísticas, em que são oferecidas refeições de ‘chefs’ com estrelas Michelin, preparadas numa cozinha improvisada no antigo furgão de bagagens e correios.

Até dia 7 de maio, a equipa do ‘chef’ Esben Holmboe Bang (restaurante Maaemo, Oslo, três estrelas) assegura a cozinha – dois dias antes do arranque do evento, o cozinheiro de origem dinamarquesa sofreu uma lesão numa perna e ficou impossibilitado de viajar a partir da Noruega.

Nos dias 10 e 11 de maio, é o português Pedro Lemos (restaurante Pedro Lemos, Porto, uma estrela) quem assume os comandos da cozinha e, de 12 a 14, será a vez de João Rodrigues (restaurante Feitoria, Lisboa, uma estrela). Diariamente, serão servidos 64 menus, com harmonização de vinhos, sendo 500 euros o preço por pessoa.

A viagem na linha do Douro, ao longo de nove horas, faz o trajeto entre a estação de São Bento (Porto) e a Quinta do Vesúvio (Vila Nova de Foz Coa), uma das poucas propriedades que a família Symington – uma das principais produtoras de vinho do Porto – mantém reservada do público, e que era a favorita de Dona Antónia, icónica figura da história do Douro. A organização da iniciativa pretende promover uma nova edição na época das vindimas, entre setembro e outubro deste ano.

1 comentário:

Anónimo disse...

O que interessa isto a Armação?

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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