O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

UM CIDADÃO, MIJA FORA DO PENICO, AS VEZES QUE FOREM NECESSÁRIAS!

Depois da declaração pública de Carneiro Jacinto, ficou tudo claro como água cristalina.
O aparelho venceu, como habitualmente, a “temeridade” de quem exerceu o seu direito de cidadão (ao candidatar-se), de indignação (reagindo ao status quo, à mediocridade da conduta pública dos eleitos, à gestão opaca e controversa da coisa pública do concelho), de oposição (ao opor-se pública, aberta, frontal e lealmente, à líder do PSD no concelho e Presidente da Câmara de Silves), de rotura (com a aura mediocritas), de quem arriscou a pensar pela sua cabeça e a agir em conformidade. “Mijou fora do penico”!
Na classe política não há lugar para gente imprevisível e independente (leia-se:fora de um controlo).
Não há lugar para cidadãos plenos!

12 comentários:

Anónimo disse...

Há quem só se candidate a presidente e não conceba sequer ficar como simples vereador. Tudo ou nada, não é posição para quem ainda tem muito caminho a percorrer. E de quem já faltou desde já a uma primeira promessa: "haja o que houver, ela (a candidatura) se irá concretizar". Veremos agora como se comporta o cidadão Carneiro Jacinto na oposição, e se a sua energia interventiva não esmorece e é capaz de aguentar a travessia do deserto. Por mim, duvido.

Anónimo disse...

Ficaram orfãos!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Apoiado. Cidadãos livres e plenos não fazem o género da classe politica.

Anónimo disse...

Lamentando o sucedido quer pela forma quer pelo resultado e sem prejuizo de voltarmos ao assunto em post futuro, gostariamos de exprimir a nossa solidariedade ao cidadão Carneiro Jacinto.

Anónimo disse...

O Homem não precisa só de solidariedade precisa de apoios para continuar o seu caminho. É o caso?

Apoiante de CJ

Anónimo disse...

Querem maior prova da podridão que reina na classe política do que esta?? Sejam eles do PS ou do PSD. Onde é que já se viu Lisete Romão em empate técnico com Carneiro Jacinto! Só mesmo outro oportunista como Miguel Freitas poderia aceitar resultados destes! Quanto menos barulho houver dentro do partido melhor, mais hipóteses tem de manter o seu tachinho em Bruxelas, na mama!
Para Carneiro Jacinto abdicar daquilo que anunciou como "seus princípios" e desistir é porque a única coisa que queria era protagonismo à custa de uma câmara municipal podre e de um município desesperado, resumindo favinhas contadas, mas como afinal percebeu que ainda faltavam contar algumas favinhas da colheita anterior desistiu, e sendo assim fez bem! Seguiu os princípios de qualquer bom papagaio político.
Venha o próximo e oxalá seja honesto para o povo e um vigarista para os "camaradas".

Anónimo disse...

Será que o Freitas, ao menos,depois de tanto esforço, arranja algum tachinho para o sr. Carneiro Jacinto?

A condizer com o estatuto,em Bruxelas ou no Turismo do Algarve?

A ver vamos

Anónimo disse...

Um conselho para o Carneiro Jacinto promova uma lista para a eleição de delegados ao congresso nacional e veja quantos votos tem.

Anónimo disse...

O PESADELO ESTÁ PARA DURAR

Desde que Carneiro Jacinto surgiu na cena política Silvense, vai para dois anos, e mais propriamente, desde que iniciou este seu blog, que acompanho com muita atenção tudo o que ele tem escrito e que se tem escrito sobre ele. Várias vezes até, deixei aqui alguns comentários (que outros linkaram para vários outros espaços).

Por vezes também, já me tinha imaginado na situação actual, ou seja, escrevendo um comentário, pelo “desaparecimento” do ex-candidato, a meio do percurso, e tenho de confessar que se me afigurava bem mais fácil. Hoje, perante a realidade do facto consumado, não sei por onde começar.

Dizer que o Concelho ficou a perder poderá ser considerado como que fazer juízos de valor prematuros das qualidades de CJ para o lugar a que se propunha, uma vez que ainda não deu quaisquer provas nessa área; porém posso afirmar, como já o fiz mais do que uma vez, com o aparecimento de Carneiro Jacinto, tudo foi politicamente diferente na cidade e no concelho de Silves, nestes dois últimos anos aí, todos ficámos a ganhar.

A propósito do surgimento de CJ na vida política de Silves, lembrei-me do texto que em Fevereiro de 1947, quando, em França, se preparavam eleições, Camus escreveu, no Combat, que assim começava: “Os problemas que há dois anos nos excedem vão cair no mesmo impasse. E, sempre que uma voz livre procure afirmar, sem pretensões, aquilo que pensa, logo uma matilha de cães de guarda, de todas as cores e feitios, começará a ladrar furiosamente, para abafar o eco dessa voz.”

Rebusquei esta passagem do texto de Camus porque ela retrata fielmente a razão concreta pelo qual Carneiro Jacinto, neste momento, está fora da corrida à Presidência da Câmara de Silves. “O sistema” também funcionou neste caso, também se protegeu, e CJ cometeu o erro de não se ter lembrado disso, pois de certeza que ele sabia que assim iria ser. Toda a gente ficou muito preocupada; desde a CDU até ao PIS (Partido de Isabel Soares), sim porque em Silves não existe PSD, passando pelos “agarrados” medíocres personagens do Partido Socialista, toda a gente ficou em pânico.

Sobre o Partido Socialista e a este propósito escrevi há alguns meses: “Para além da sua debilidade institucional no estatuto de partido da oposição, ESTE PS Silvense, não tem credibilidade, nem força, nem vontade para mudar a situação, e são por isso responsáveis por um dos cancros mais virulentos do actual sistema político concelhio: a falta de qualquer vigilância institucional da governação. Este cancro é muito mais grave quando o executivo tem maioria absoluta e muito tempo à frente. O estado do PS em Silves como partido de oposição, é um partido fragilizado, sem quadros, nem recursos humanos, preso a uma espécie de lobbie interno, agarrado como uma lapa à meia dúzia de pequenos poderes e subserviente de alguns empregos que lhe são concedidos por Isabel Soares, sem real influência na sociedade, minados pelos interesses e descredibilizados. Precisam de uma grande volta, mas não são capazes (nem lhes interessam), de gerar as forças para essa volta, ainda que os seus dirigentes tivessem consciência do seu estado devastado, o que não é o caso. Esta é a principal responsabilidade da oposição PS na sua própria crise e na crise que atravessa o Concelho de Silves.”

Como dizem muitos comentadores deste e de outros blogs, Carneiro Jacinto deverá candidatar-se como “Independente” dos partidos: alguns até dizem que ele, para pelo menos cumprir com que disse na conferência de imprensa de apresentação da sua candidatura, deveria ir até ao fim.

O acompanhamento e a análise da estratégia seguida, e os efeitos psicológicos daí resultantes que fiz, através do que escreveu no seu blog e demais intervenções, do seu percurso de candidato a candidato, leva-me a uma fácil e triste conclusão de que Carneiro Jacinto deu por terminado este processo.

Nunca se saberá no que se poderia traduzir o capital político que os seus 30% alcançados na sondagem, somente com dois anos de trabalho, comparados com os 30% de Lisete Romão – que vive no concelho há 50 anos e já foi candidata - : há quem defenda que são números susceptíveis de se acreditar que a vitória sobre Isabel Soares estava perfeitamente ao seu alcance: por razões várias comungo desse pensamento e diria até que não era tão difícil como apregoam.

Dizem alguns que daqui a um ano, Carneiro Jacinto e seus apoiantes do PS, irão exigir a demissão de Lisete Romão e de Comissão Política Concelhia e tomar conta do partido, caso aconteça a derrota que inevitavelmente irá acontecer. Também por razões várias, não acredito que essa situação possa vir a ter lugar, pelo menos com CJ.

Este comentário não acaba aqui: por ser muito extenso brevemente será concluído.

O PESADELO

Anónimo disse...

oh pesadelo, não é por escreveres o mesmo texto em todos os blogs que vais ter gente a olhar para ti pá!!

Anónimo disse...

Meus Amigos

Não percebemos o senhor Carneiro Jacinto.

Afinal que quer o homem que afirmou que ia até ao fim, "haja o que houver"?

Não se quer candidatar à Câmara de Silves como independente?

Não quer tomar conta do partido?Já podia tê-lo feito,nas anteriores eleições concelhias que ocorreram recentemente.

Quer mais um lugar arranjado pelo Partido Socialista, agora pela dupla Miguel Freitas& José Sócrates?

Insónia

Anónimo disse...

Uma morte sem glória.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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