O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 1 de março de 2008

PÉROLAS A PORCOS…

Vagueando pela blogosfera do concelho, demorámos um pouco mais, dada a inevitabilidade em que se converteu, no blog do verador, entre outras razões, por se dar ao trabalho de prestar o verdadeiro serviço público, que é o de publicar as actas das reuniões da Câmara Municipal de Silves.
Ainda gostavamos de saber porque razão a oposição não insiste em reclamar a prestação desse serviço público, ainda mais completo, pelo site oficial da Câmara, como é devido num sistema democrático como aquele que pretendemos ser?

Mas se as aquelas são verdadeiros tesourinhos deprimentes, naturalmente que a culpa não é do veículo que as publicita, mas sim da pobreza daquelas reuniões, atentos os dialogos, as razões apresentadas, os valores enunciados.

Vai para mais de um ano que comentámos um dessas actas e temos que reconheçer que o relato e a transcrição das mesmas, não sendo um primor, melhoraram bastante em termos da redação, o que, sendo uma obrigação, apesar de tudo, nos apraz registar. Não podemos dizer que as melhorias, do ponto de vista politico e da reprodução do teor politico do diálogo, sejam suficientes, mas, quanto a isso, a culpa, em princípio, não será do respectivo secretariado, pois o mesmo, não poderia ter relatado diálogos interessantes se os mesmos não tiveram lugar.

Falamos da acta nº 32 da reunião extraordinária da Câmara, do dia 10 de Dezembro de 2007.
E é sobre a mesma que vamos prosseguir.

Foram louváveis as propostas do vereador da CDU sobre a redução do impacte fiscal que por via municipal seria possivel atingir para os cidadãos do concelho e dos estímulos que tal instrumento poderia prosseguir.
Foram também exuberantes as confirmações evidenciadas, sobretudo tacitamente, pela Presidente da Câmara acerca da autêntica “bancarrota” em que a CMS se encontra.

A sofreguidão pela receita por parte daquela edil ficou, uma vez mais, bem patente e evidencia os “palpos de aranha” em que a sua gestão deixou as finanças da autarquia. Confirmada ficou também, como se ainda necessitássemos de confirmação, qual a ideia de desenvolvimento para o concelho que aquela primeira responsável tem:”sacar” pelo máximo a receita legalmente possível, para gastar sem parcimónia nem discernimento ao bel-prazer da sua politica caciqueira à boa maneira sul-americana.

A margem que a nova lei das finanças locais concede para empreender politicas foi, no caso de Silves, como dar “pérolas a porcos”…

O povo do concelho, é devido prestar justiça aos seus representantes da oposição autárquica, propôs várias medidas que poderiam contribuir para a melhoria do nivel de vida das populações, para incentivos à fixação de famílias no concelho, etc., etc..
A pouca margem que a lei permite concede a possibilidade de, em sede de orçamento, evidenciar politicas, ideias de desenvolvimento e, pouco ou muito, no possivel, contribuir para elas.
Só que a dimensão politica da Soberana de Silves é minúscula e a verdadeira depressão a que fez chegar as finanças do concelho sendo disso demonstração, são uma e a mesma coisa: uma lamentável expressão da insolvência de ideias, de ambições relevantes para as populações e concelho, de futuro !

Não podemos deixar de referenciar ainda o desprezo pelos direitos da oposição e dos eleitores seus representados, ao continuar a não apresentar os valores das avenças que a CMS suporta, adiando sine die a sua exibição, como se não tivessem os serviços de contabilidade da Câmara o dever de, mediante um simples “clic” imprimirem a listagem dos avençados!

Pobreza democrática a da edil: “tem havido muito trabalho e sê-lo-á entregue a seu tempo”, como se não fosse seu dever elementar, correr a apresentar dados que devem ser públicos, em vez de os conservar no seu alforge, como se fossem coisa sua!

Continuamos a considerar que:

a) O orçamento virtual que é apresentado para aprovação, não é suficientemente escalpelizado e as conclusões a que uma análise atenta e profissional conduziria, não é suficientemente divulgada pela oposição às populações, pelo que o irrealismo dos seus números e concepção não são devidamente descodificados perante os cidadãos-contribuintes, nem nas actas, em resultado da denúncia politica das respectivas mistificações.

b) As actas, únicos vestígios históricos dos factos, para o presente e futuro, continuam a não ser suficientemente elucidativas, quer do irrealismo dos números quer da irresponsabilidade na sua apresentação, quer da deslealdade da acção de os apresentar como credíveis e exequíveis!

c)As actas, que podiam e deviam, através das intervenções preparadas da oposição, registar, ainda que sintecticamente, breve status quo das organizações da sociedade civil cujo apoio da CMS é, expressa ou implicitamente, castrador da respectiva acção, não são elucidativas e deixam o cidadão menos atento permanecendo na ignorância sobre a demagogia da Presidente.

d) A maioria continua a pautar a sua relação com a oposição e as populações, nesta matéria essencial que é a dos dinheiros que o orçamento pretensamente devia disciplinar, pelo desprezo absoluto pelos direitos dos cidadãos, pelos deveres dos governantes, apanágios da conduta dos politicos que subentendem a total ignorância das populações e o seu alheamento absoluto.

e) Duas horas (9,30-11,30) continuam a ser suficientes para tratar do instrumento essencial da vida do concelho e seus cidadãos. Sem mais comentários!

Até quando continuaremos a assistir a esta representação irresponsável de uma pretensa gestão da coisa pública?
Até quando merecerá mais respeito público um simples artista cómico ou um mero ilusionista que um politico de carreira?

10 comentários:

Anónimo disse...

É triste e lamentavel este decadente concelho de Silves subjugado à incompetência que o domina e à indiferença dos partidos da oposição.

Anónimo disse...

“Para além da sua debilidade institucional no estatuto de partido da oposição, ESTE PS silvense, não tem credibilidade, nem força, nem vontade para mudar a situação, e são por isso responsáveis por um dos cancros mais virulentos do actual sistema político concelhio: a falta de qualquer vigilância institucional da governação. Este cancro é muito mais grave quando o executivo tem maioria absoluta e muito tempo à frente.
O estado do PS em Silves como partido de oposição, é um partido fragilizado, sem quadros, nem recursos humanos, preso a uma espécie de lobbie interno, agarrado como uma lapa à meia dúzia de pequenos poderes e subserviente de alguns empregos que lhe são concedidos por Isabel Soares, sem real influência na sociedade, minados pela mais diversas formas e descredibilizados. Precisam de uma grande volta, mas não são capazes (nem lhes interessam), de gerar as forças para essa volta, ainda que os seus dirigentes tenham consciência do seu estado devastado, o que é ainda mais grave. Esta é a principal responsabilidade da oposição PS na sua própria crise e na crise que atravessa o concelho de Silves”.
Dizia ainda “Silvense Atento” que: –“o Partido Socialista não pode ser confundido com a vintena de pessoas que constituem a sua direcção concelhia. O Partido Socialista não é, NEM PODE SER, salvo uma ou duas excepções, estes Presidentes de Junta e meia dúzia de chamados deputados municipais faz de conta, que têm assento na Assembleia e em especial o Presidente da mesa dessa Assembleia.. O Partido Socialista NÃO É o reflexo dos Vereadores que o representam no executivo camarário.”

Anónimo disse...

Deixem-se de carpir não existe oposição porque a Drª Isabel Soares fez e faz obra e governa o concelho de forma democrática e equilibrada, trabalha com os do seu partido mas também com todas as forças da oposição como é reconhecido por todos.

Anónimo disse...

Mais uma asneira Dona (o Adelina (o). Primeiro diz que não há oposição e depois diz que a sua patroa trrabalha com os do seu partido e também da oposição. Em que ficamos afinal? Existe oposição ou não?

Anónimo disse...

COM O PARAISO AQUI TÃO PERTO temos em Albufeira, aparentemente, um bom exemplo de uma administração que reune condições tais que catapultaram o concelho ao "melhor local para viver", segundo um estudo elaborado pelo INTEC(Instituto de Tecnologia Comportamental). A gestão de Silves bem podia lá ir tirar um cursinho...

Anónimo disse...

Três dezenas de pessoas estiveram ontem à noite frente à Sé de Silves numa vigília – manifestação, por causa das precárias condições em que se encontra a igreja matriz da cidade.
Exactamente 31 pessoas responderam à 1ª chamada que o novo líder da concelhia do PSD de Silves fez, desde que tomou posse.

O “grupelho” era composto por: Isabel Soares e seu marido (que chegaram cerca das 21h e 12m), a mãe de Isabel Soares, Dona Aliete e sua amiga Ascensão Loia, José Pedro Soares (filho de Isabel Soares e Líder actual do PSD concelhio), José Manuel Estiveira e sua mulher Leonor Mourinho, a mãe de Maria José Encarnação (Presidente da mesa da Concelhia do PSD concelhio), alguns membros dos Rotários de Silves e …mais alguns nomes bem conhecidos e que fazem parte do séquito da Presidente da Câmara.

Saliento que, com esta vigília – manifestação, (comunicada a sua realização às rádios e jornais e por estes divulgada), pretendia Isabel Soares lançar o seu filho Zé Pedro, e ao mesmo tempo exigir do Governo aquilo que a própria Isabel Soares não fez, quando o governo era PSD, tanto no tempo de Santana Lopes como no de Durão Barroso; este problema da Igreja de Silves não é de ontem ou de antes de ontem.

A ausência das pessoas de Silves fica-se a dever, não à falta de fé dos cidadãos, mas essencialmente, ao oportunismo mais uma vez demonstrado e que já não passa despercebido a ninguém.

Anónimo disse...

Ah grande Zé Pedro, não acertavas uma nos tempos da escola... demoraste uma eternidade para acabar o Secundário... nunca me hei de esquecer daquele exame de matemática em que na escolha múltipla resolveste escolher só um exercício porque era "escolha múltipla"... lol...

Com esta maltosa do PSD, a Sé vai ruir, é na certa...

Anónimo disse...

Os Armacenenses só verão a sua Vila sair do marasmo, quando o Doutor José Pedro Soares herdar o Trono. Aí, sim, terão progresso e o desenvolvimento.
Viva o Messias.

Anónimo disse...

Isabelinha devias ligar mais ao que diz a Maya, se tivesses escutado com atenção o que disse a famosa taróloga sobre ti a esta hora não eras presidente duma câmara que ajudaste a afundar.

Como sabes ela deitou as cartas e só viu desgraças, consultou os astros e viu tudo escuro, as tuas mãos confirmaram, mas tu não escutaste e agora andas a prosac.

Desiste mulher as previsões são ainda piores para 2008 e a partir do segundo semestre não vais conseguir pôr termo as dúvidas ou dualidades que te afectam, os teus sentimentos vão acabar com o resto, podes entrar na pior fase da tua vida.

Anónimo disse...

Estes ataque desesperados e pessoais à Drª Isabel Soares só demonstram a falta de ideias da pseudo esquerda, para contrapor ao que tem sido feito por todo o concelho de Silves.
Donde virá o dinheiro para financiar estas campanhas vergonhosas? Quem estará a instigá-las?
O povo há-de saber, e dará nas urnas a resposta adequada.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

Visite as Grutas
Património Natural

Algarve