MUITA AREIA PARA A CAMIONETA DA Dra ISABEL SOARES
A praia de Armação de Pêra vai ficar UMA VEZ MAIS sem a BANDEIRA AZUL porque a Câmara de Silves optou por não apresentar uma candidatura a este galardão ambiental, que é concedido às comunidades/concelhos que fazem um especial esforço na gestão dos seus ambientes costeiros e fluviais e zonas balneares respeitando o ambiente local e a natureza. Não esquecendo a especial capacidade de gerar qualidade turística, essencial para a economia da terra!
O que, digamos em abono da verdade, não é de estranhar nesta gestão autárquica!
A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente às praias que se candidatam e que cumpram um conjunto de critérios. Para as praias são considerados 29 critérios, dos quais, 23 são imperativos e que abrangem quatro capítulos:
- Qualidade da Água;
- Informação e Educação Ambiental;
- Gestão Ambiental e Equipamentos;
- Segurança e Serviços.
QUALIDADE DA ÁGUA DE BANHO
Relativamente ao grupo qualidade da água para banho é imperativo cumprimento de quatro critérios:
- Todas as normas e legislação, sobre a Qualidade das Águas Balneares;
- Ausência absoluta de descargas de águas residuais industriais ou urbanas na área da praia. Tem de ser demonstrado que a água proveniente destas descargas não afectam o ambiente;
- Existência de Planos de Emergência, locais ou regionais, relativamente a acidentes de poluição na zona balnear;
- Inexistência de acumulação de algas ou restos de materiais vegetais arrastados pelo mar na zona balnear, excepto quando a referida vegetação se destinar a um uso específico, se encontrar num local destinado para esse efeito e não perturbar o conforto dos utentes da zona balnear.
-Infelizmente Armação de Pêra não cumpre nenhum dos quatro critérios citados, os parâmetros Microbiológicos que monitorizam a qualidade das águas balnear têm ultrapassado os valores guia especialmente quando a recolha das análises é efectuada quando a ribeira está aberta. Como nos referimos em textos anteriores na praia do Barranco do Olival é frequente escorrência de águas residuais provenientes da estação de bombagem de esgotos ai existente para a praia. A estação de tratamento de águas residuais que serve a nossa vila não tem capacidade para tratar de forma eficiente os esgotos de toda a população. E o plano de emergência ambiental utilizado pela câmara é deitar areia para cima do problema
INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
No caso da informação ambiental é necessário cumprir cinco critérios imperativos:
- Existência de informação afixada na praia e incluída no material para os turistas, sobre áreas sensíveis da costa, bem como sobre o comportamento a assumir nestas áreas sensíveis;
- Existência de entidades que afixem informação acerca da qualidade da água;
- Existência de entidades que afixem informação sobre a Campanha Bandeira Azul;
- Existência de entidades que afixem o código de conduta para a zona balnear e que divulguem essa informação ao público que a requisite;
- Realização de pelo menos 5 actividades de educação ambiental.
Sobre este capitulo estamos conversados.
GESTÃO AMBIENTAL E EQUIPAMENTOS
No caso da gestão ambiental é necessário cumprir oito critérios imperativos:
- Existência de um Plano de Ordenamento da zona balnear;
- A praia deve ser mantida limpa;
- Existência de recipientes para lixo, seguros e em boas condições de manutenção, - Existência de infra-estruturas devidamente licenciadas para recolha e tratamento de lixo;
- Existência de instalações sanitárias em número suficiente e em boas condições de higiene, com destino final adequado das suas águas residuais;
- Interdita a permanência e circulação de animais domésticos ou outros fora das zonas autorizadas;
- Todos os edifícios e equipamentos existentes na praia têm de se encontrar em boas condições de conservação;
- Inexistência na praia das seguintes actividades:
. Circulação de veículos não autorizados;
. Competições de automóveis ou de outros veículos motorizados;
. Descarga de entulho;
. Campismo não autorizado.
Temos um plano de ordenamento da zona balnear que não é cumprido, a utilização das instalações sanitárias pelos utilizadores da praia que não são consumidores dos apoios são a conta gotas e por especial favor.
SEGURANÇA E SERVIÇOS
- Existência de nadadores-salvadores em serviço durante a época balnear com o respectivo equipamento de salvamento.
- Existência de serviço de primeiros socorros na praia, devidamente assinalado.
- Inexistência de conflito de usos na praia. Se existirem áreas sensíveis na zona envolvente da praia deverão ser implementadas medidas que previnam impactes negativos sobre as mesmas, resultantes da sua utilização pelos utentes ou do tráfego para a praia.
- Existência de Planos de Emergência, locais ou regionais, relativamente a acidentes de poluição na praia.
- Existência de acessos seguros à zona balnear.
- A zona balnear deve ser vigiada por pessoal qualificado.
- Pelo menos uma das praias do Município tem de estar equipada com rampas e instalações sanitárias para deficientes motores, excepto quando a topografia do local não o permitir. Nos casos em que o Município apenas tem uma praia com Bandeira Azul, esta tem que cumprir os requisitos acima referidos.
Sabemos bem que Armação merece tudo isto e que a sua economia e o seu contributo para o orçamento do concelho, justificam isso e muito mais, em investimento na terra.
Infelizmente sabemos também, que isto é muita areia para a camioneta desta gestão autárquica.
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quarta-feira, 19 de março de 2008
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14 comentários:
Se a Isabel e o seu executivo, incluindo o Roger Pinto acham que a praia de Armação não merece bandeira azul, as pessoas de Armação , os visitantes e do concelho de Silves deveriam pensar sériamente em dar uma BANDEIRA VERMELHA á Belinha.
Amor com amor se paga.
Francisco
Uma boa ideia.
Os Armacenenses deslocarem-se a Silves e oferecer uma bandeira vermelha à Drª. Isabel e o seu executivo.
Deixem-se disso!... Só conversa.
No final, oferecem-lhe mais 4 anos de reinado, como prémio. Tudo conversa!
Armacenense realista
Dra Isabel,
A senhora pode fazer da sua vida e haveres o que bem entender.
Não pode nem deve fazer do património qualquer que ele seja, mas do património natural e da economia do concelho o que bem quer ou, sobretudo, não quer.
Torna-se uma devedora histórica deste concelho e dos seus habitantes.
Se tiver bom senso o melhor será, no minimo, não se candidatar mais a continuar a destruir o futuro do concelho.
Um amigo do Concelho
Cartão Vermelho para a Belinha. Apoiado
Cada vez que passo pelo blog fico impressionadíssimo com a foto, dada a posição incómoda em que a burrinha se encontra, pendurada no cangalho da "camioneta".
A pobre da burrinha não é culpada do excesso de areia que colocaram na "camioneta".
Tenham dó e retirem-na daquela infeliz posição antes que a LPDA tome conhecimento.
Têm razão a burrinha, perdão belinha não é culpada de estar naquela posição.
OS CULPADOS SOMOS NÓS.
Está nas nossas maõs a posição da burrinha, não hesites põe-à no chão.
Francisco
A verdade é que uma quantidade importante de areia para a camioneta da burrinha tem sido dada pelos Armacenenses.
Está na hora de cobrar-mos estas despesas.
Como se diz "ou trabalhas como deve de ser ou dás o pinote".
Oh Belinha, só tu não enxergas que enquanto estiveres ligada à carroça, os teus pés continuarão no ar, caminhando nas nuvens...
É com os pés no chão, na realidade à tua dimensão, em casa ou na escola para onde não queres voltar, que a tranquilidade pode voltar e a tua verdadeira dimensão retornar àquela com que nasceste.
37 militantes, num micro – universo de 112, votaram no passado Domingo, a única lista que apareceu a sufrágio para a Concelhia de Silves do Partido Socialista.
Como se esperava, não houve qualquer surpresa; aliás, para ser mais honesto e preciso, até houve enorme surpresa pelo facto de, em dois anos, o número de votantes ultrapassar a duplicação, ou seja, passou de 18 para 37. Como alguém diria …é obra.
A pequenez destes números trouxeram-me à memória algumas frases da entrevista que a reconduzida presidente da concelhia Lisete Romão deu ao jornal “Terra Ruiva” no mês passado: destaco a resposta da senhora quando lhe perguntaram se pensava recandidatar-se a esta mesma concelhia; -“ Neste momento estou num período de amadurecimento face a um número considerável de elementos do meu partido que me têm pressionado no sentido de me recandidatar às próximas eleições para a Comissão política”.
Reduza-se, foi o termo que utilizou neste blogue, um destes dirigentes, quando quis atacar Carneiro Jacinto. Provavelmente, quererá que o candidato C.J. se reduza à insignificância daquilo que eles representam (os números apresentados reflectem isso mesmo), parecendo ser a condição sine-qua-non, para que seja apoiado por essa medíocre trintena.
É a esta gente sem qualidade e partidária do status-quo que está entregue a oposição socialista no Concelho de Silves e cuja ambição se limita a esperar por 2013, …quando Isabel Soares já não se puder candidatar.
Chamem-lhe juízo de valor ou outra coisa qualquer, mas é esta a realidade do Partido Socialista Silvense e da “trintena” dos seus dirigentes votantes ou votantes dirigentes que, quanto a mim, merece uma reflexão.
Pois é...
Como diria Eduardo Prado Coelho:"Precisa-se de matéria prima para construir um País"
A Lisete ganhou as primárias por falta de comparência do outro candidato.
Como pode alguém querer ser presidente da câmara de Silves sem conseguir o apio do seu próprio partido.
Afinal só necessitava de convencer 38 dos 112 militantes socialistas e ao que consta nem uma dúzia arranjou para constituir uma lista.
Como diz JJJ no seu comentário é necessário matéria prima e esta não abunda para o lado do CJ.
Provavelmente o CJ quer transformar a democracia representativa em suposta democracia participativa e protagónica, conduzida pelo partido através da federação ou mesmo do Largo do Rato, limitando o poder dos militantes de Silves relativo à participação política.
É como se o voto do CJ fosse diferente do meu ou do teu.
A Lisete é boa rapariga, mas cheira-me que também não tem vida para estas andanças. Afinal só 37 é que a apoiam.
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