O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

domingo, 27 de dezembro de 2009

QUANDO O TELEFONE TOCA...(Por insistência dos "Cotas":Musica para constituir família...)


O programa de rádio: "Quando o telefone toca!"foi extraordinariamente popular durante décadas.
Os radio-ouvintes telefonando para a estação de rádio do programa tinham que dizer uma frase (publicitária)e, dizendo a frase correctamente, podiam pedir a radiodifusão da música pretendida (o disco pedido).
Quando a televisão ainda não era o que é, cujas sessões terminavam cedo (pelas 24 horas)e os niveis de consumo não se aproximavam, nem de longe, nem de perto, daqueles que conhecemos hoje, a radio tinha muita audiência e, alguns programas destacavam-se pela sua grande popularidade. Foi o caso de "Quando o telefone toca!"

Tratando-se de Nostalgia, seleccionámos um conjunto de melodias extraordinariamente populares durante os anos sessenta cujo êxito se prolongou pelo inicio dos setenta.

Naturalmente que algumas letras estão muito conotadas com a época que, se foi caracterizada por verdadeiras revoluções do ponto de vista social ( o "Je t'aime moi non plus" durante vários anos após a sua edição ou não passava na rádio ou passava muito esporadicamente, fora de horas, uma vez que era atentatório aos bons costumes), convivia com um passado pesado de convenções, morais oficiais hipócritas e um espartilho religioso ainda muito presente). As melodias porém, duma qualidade que ainda pode pedir meças a muita musica que se faz hoje, venceram e a sua popularidade foi enorme.

A juventude consagrou-as nas suas "festas particulares", como "slows" que eram, aproveitando para deitar abaixo certas barreiras levantadas à comunicação e expressão dos afectos que a moral tradicional lhe impunha generalizadamente.










Tango

Nos teus braços

sábado, 26 de dezembro de 2009

Crime urbanístico


Será que não estará na hora de se fazer algo que moralize o nosso sistema político e a nossa sociedade?
Muito se tem falado nos últimos tempos da criação de um novo tipo de crime; o crime urbanístico. Este novo tipo de crime, que existe na maioria dos países da Comunidade Europeia, e que tanto tem dado de falar pelos resultados alcançados na vizinha Espanha, tem sido sistematicamente adiado em Portugal.


Carlos Anjos, Presidente da ASFIC

Aeroporto de Lisboa (23.12.2009)

Armação também merece animação!

Vontade e imaginação existem por outros lados, mas é coisa que falta a quem gere a Câmara de Silves!


Com o mau tempo a provocar atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos portugueses, uma dança inesperada no Aeroporto de Lisboa surpreendeu os passageiros e trouxe boa disposição a quem estava por perto.
Os "flash mobs" são aglomerações instantâneas de pessoas que combinaram previamente (geralmente por e-mail ou SMS) uma acção inesperada num local público. Estas "multidões", que geralmente escolhem praticar acções extravagantes como lutas de almofadas no meio de uma rua movimentada, acabam a acção combinada e dispersam-se naturalmente.
Algumas das pessoas envolvidas na acção de 23.12 no Aeroporto da Portela estavam atrás de balcões, fardadas, aparentemente nos seus postos de trabalho. Perto do final do vídeo, vê-se um dos intervenientes agitar uma bandeira da transportadora aérea TAP. Marketing ou verdadeiro "flash mob", quem viu ficou surpreendido.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

OS NATAIS DA MINHA INFÂNCIA por Luis Patrício

Dado o inequivoco interesse para a história dos anos 50 e 60 da nossa Vila, publicamos para memória futura, o relato do protagonista Luis Patricio, que nos fizeram chegar os Amigos de Armação de Pêra.
O dia de hoje, com o auxilio da memória e a leitura deste texto, poderá ganhar um significado acrescido de afecto e solidariedade, renovados à imagem de um passado humanamente mais salutar, do qual se nos impõe aproximar...


A quadra natalícia em Armação de Pêra nos anos 50 e 60 do século passado e os acontecimentos a ela associados, eram bem diferentes dos eventos e festejos de Natal actuais.
Mas eram muito solidários, humildes e sobretudo humanos.
O consumismo não fazia parte dos hábitos nem era economicamente comportável para a maioria dos habitantes desta pequena povoação (na altura).
Lembro-me de ver os meus pais partilharem com os familiares e amigos mais chegados, pequenas ofertas solidárias, dos produtos que colhiam na sua actividade de pequenos agricultores; como feijão, grão, azeite, figos, amêndoas, animais de capoeira e até carne de porco, quando havia matança.

Os que desenvolviam a sua actividade no mar, retribuíam com peixe seco e salgado, em caso de bom tempo, até com peixe fresco. Outros, em melhores situações de vida, presenteavam com frutas, bacalhau, bebidas de produção própria e do mais que as suas actividades e posses o permitissem. A miséria e a fome eram amenizadas, solidariamente e sem caridadezinha.

Não havia o hábito da celebração da consoada, as mulheres trabalhavam até tarde na confecção dos pastéis de massa tenra, das filhós e de outras iguarias para o dia de Natal, algumas famílias celebravam com uma pequena refeição a que designavam por “fazer a meia-noite”. A missa do galo não era nesse tempo celebrada em Armação de Pêra, porque não tínhamos igreja nem pároco, só em Alcantarilha é que era possível assistir à missa da meia-noite.

Para nós, os mais pequenos, vivíamos em euforia na esperança que o Menino Jesus se lembrasse de nós e do nosso sapatinho posto no fogão (ou lareira, para quem tinha) na noite de 24, não havia Pai Natal e sabíamos que eram os nossos pais que nos presenteavam, mas o espírito de curiosidade e o desejo de ter coisas novas para estrear no dia de Natal, deixava-nos excitados e éramos sempre os primeiros a sair da cama no dia seguinte. As prendas, eram mais ou menos comuns; um coelhinho de chocolate, meia dúzia de rebuçados, uma laranja, alguns figos torrados, umas meias ou cuecas e sobretudo a camisola de tricôt que a mãe fez durante meses e que será para estrear no dia de Natal.

O dia de Natal, era o ponto alto das festividades natalícias, para além da junção da família à mesa na degustação do galo, do peru ou do peixe seco demolhado e sobretudo no consumo das guloseimas que as nossas mães se tinham esmerado na véspera.

O mais o mais importante era ir visitar os presépios, e havia-os lindos! Feitos com arte e criatividade; o da Casa dos Pescadores feito pelas raparigas dos bordados. O da Dona Bia d’Gene, ou Dona Maria d’Eugénio na sua loja de roupas ao cimo da ladeira, casa que conhecia bem, porque o meu pai pela altura do Carnaval ia lá podar as parreiras e as roseiras. O presépio da “Preferida”, loja do Sr. João Roque e da Dona Cleunice, casal com sensibilidade e espírito artístico extraordinário. O presépio da nossa Escola Primária, no primeiro andar da Pensão Central, em que todos participávamos, uns na apanha do musgo e de arbustos decorativos, outros na confecção de bonequitos de barro e artefactos para o seu embelezamento, desde as estrelas até aos santinhos recortados dos postais de Natal, para além das cartas e postais com o desejos e sonhos de cada um. O presépio do Sr. Manuel Franco, era imponente! Enchia uma casa, ficava embevecido a admirá-lo, feito com tão bom gosto e criatividade, parecia um sonho.

E por último o presépio do Sr. Sargento Vitorino, era o mais distante mas o que maiores sensações de agrado e de espanto nos causava, não só pela minúcia dos seus pormenores, mas sobretudo pelas engenhocas, movimentos mecânicos e efeitos luminosos em que ele era mestre, que nos punha a sonhar e a imaginar como deveria ser a vida real numa aldeia da Galileia.


Com os desejos de um bom Natal.

Luís Ricardo

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Fusão nuclear única fonte de energia sustentável?

A fusão nuclear é a energia que segundo o físico Steven Cowley nos pode dar a esperança para ultrapassarmos a crise dos combustíveis fosseis?

ASSIM NÃO VAMOS LÁ!

Diário Económico:

“O debate quinzenal de ontem no Parlamento não acrescentou nada à vida dos portugueses. Pode mesmo acrescentar-se que os mais pessimistas estão a pensar que a sua vida vai andar para trás.

Há uma crise económica para resolver, há um défice orçamental para exterminar, há as dificuldades da economia portuguesa mas não foi isso que foi discutido de forma construtiva. Falou-se de tudo mas sempre pela rama. E o entusiasmo acabou por centrar-se mais uma vez nos problemas da relação entre José Sócrates e Cavaco Silva.

Sobre este ponto, é óbvio para todos que José Sócrates não gosta de Cavaco Silva, sentimento que é recíproco. O Presidente da República também não está muito interessado em convidar o primeiro-ministro para jantar lá em casa. Mas esta foi a decisão dos portugueses nas urnas e estes actores políticos têm de aprender a viver com ela. E na verdade, dá muito jeito aos dois.

José Sócrates tem mais um factor de vitimização. Está usar o truque que Cavaco Silva usou quando Soares habitava em Belém. É bom manter um foco de conflito para ganhar um álibi para as suas incapacidades em gerir o país com um governo de minoria. E, além disto, a esquerda não tem um candidato à altura de Cavaco Silva.

Já para o Presidente da República é importante manter o governo de minoria porque reforça o seu poder na vida política do país. E Cavaco Silva não pode dissolver o Parlamento, mandando o Governo ao chão, porque seria acusado de incentivar a instabilidade política e colocaria em xeque a sua reeleição. E este é o grande objectivo de Cavaco Silva: continuar como Presidente.

Assim, a grande inabilidade ontem na Assembleia foi da oposição, que conseguiu em algumas alturas encostar Sócrates às cordas mas sem nunca vencer o debate. E isto porque falhou algumas questões importantes. Fica apenas um exemplo: o Governo apresentou um Orçamento rectificativo e conseguiu fugir a um objectivo para o défice.

Nas palavras do ministro das Finanças, é um valor à volta dos 8%. É pouco claro.
O défice vai voltar a marcar a agenda política porque é um dos problemas mais graves que o Governo tem para enfrentar. Portanto, pede-se que seja transparente com os seus objectivos. E nesse aspecto, o Orçamento para 2010 vai ser uma peça fundamental. Mas a oposição também tem que estar mais preparada. Não basta apresentar medidas avulsas para contentar o seu eleitorado directo. Deverá obrigar o Governo a comprometer-se com uma estratégia de consolidação orçamental e ser também responsável por isso. Com as últimas eleições, o Parlamento passou a ter mais poder. Tem de saber usá-lo.
”

Cidadania:

O exemplo que os mais elevados representantes dos cidadãos dão é, na sua grande generalidade, lamentavelmente desleal, o que para alem de constituir um crime, o que já não é pouco, é verdadeiramente suicidário.

Que estes senhores, na busca dos Eldorados que a vida politica muitas vezes permite, se exponham a comportamentos antisociais, aos quais a justiça, mais ou menos lentamente, mais ou menos eficazmente, dará resposta, é uma coisa, triste mas um custo, mais ou menos elevado, que as democracias parece terem de pagar porquanto constitui o sistema, apesar de tudo, menos defeituoso que o homem criou.

Coisa diversa é a sociedade civil, perante as evidências que vêm a publico e apesar das mesmas, continuar a eleger estes mesmos mandatários para os representarem no fórum comunitário mais elevado – a Assembleia da República -!

É um comportamento, no mínimo, estranho, na óptica do que é a conduta humana comum e meredianamente saudável.
Na verdade, entre os humanos, conhecemos comportamentos desviantes, habitualmente em resultado de patologias identificadas como, por exemplo: o masoquismo, que, não sendo comum, tem as suas vitimas e carácter excepcional.

A classe politica porém consegue demonstrar que o excepcional, em Portugal, afinal é comum!

Convenhamos que já basta!

Alguma coisa terá de mudar em Portugal e, a ser assim como se imporá, sempre será melhor que seja por iniciativa dos cidadãos portugueses.

Será útil reflectirmos, todos, sobre esta inevitabilidade!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dar um pouco mais de ritmo a este Natal

Diana Krall-Jingle Bells

Porque o futebol não é só para homens

Marta. A melhor jogadora de futebol do mundo pela quarta vez reconhecida pela FIFA

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Os Natais

O nosso Natal


O outro Natal

Inverno

Para quem ainda não tenha dão por isso, hoje começou o Inverno

A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais esperança, nem menos esperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.
No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu esperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.

Fernando Pessoa


domingo, 20 de dezembro de 2009

Ser benfiquista é ter na alma uma chama intensa.....

Festa de Natal Amigos de Armação

Hoje a partir das 16h 30m festa de Natal da Associação Amigos d'Armação

Saab fecha portas ao fim de 72 anos



O fim da lendária marca de automóveis sueca, que fecha portas após 72 anos a fabricar dos melhores carros do mundo.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

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Património Natural

Algarve