O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O pescador, a diferença e a Armação



No Blog Ignorância de Pedro Guilherme Moreira

O dossiê do pescador de Armação de Pêra dizia ser um claro caso de crucificação sem contraditório.

6 comentários:

Nortadas disse...

A comunidade de pescadores de A. de Pêra, quando analisada a situação em que está,é, de facto, um sério caso de irresponsabilidade politica.

Basta a qualquer um de nós dar um passeio pela praia dos pescadores para podermos constatar que os recursos que os pescadores do concelho de Silves tem ao seu dispôr, são poucos e insuficientes para garantir a sustentabilidade da comunidade.

A nivel governamental tudo foi feito para que as comunidades de pesca,que caracterizam as zonas costeiras nacionais, pudessem sobreviver.

A nivel local, concelho de Silves, tudo tem sido feito para que a comunidade de pesca de Armação de Pêra, continue parada no tempo, como se estivessem a viver noutra realidade, em nada semelhante, à dos concelhos vizinhos, que garantiram excelentes condições de trabalho aos pescadores e os protegem das dificuldades, que, qualquer um de nós, em perfeita consciência, terá de admitir como reais.

Existem, claramente, motivos para podermos afirmar, sem receio de existirem fundamentos contraditórios, que os pescadores de Armação de Pêra são um caso de crucificação.
O tempo deixará, bem à vista de todos, os motivos de toda esta situação, séria e que não poderá ser ignorada.

Anónimo disse...

A C.M.S. não está interessada nos pescadores, aqui não há mistérios, o que lhes interessa são os apoios de praia para os amigos.
O fim dos pescadores começou com a construção da barraca,ainda lá está, agora já existen outros projectos,tem de fazer uma limpeza ÉTNICA.
Uma limpeza tipo movimento nazi, sem dramas, na vida temos de ser practicos.

Anónimo disse...

A questão que deve ser colocada aos pescadores é que impostos já pagaram para poderem exigir da comunidade tudo o que lhes apetece.

Certas pessoas devem julgar que a câmara de Silves tem lá uma árvore das patacas que se abana e o dinheiro cai.

Nortadas disse...

Então não revele de forma tão grosseira a sua ignorância.

Os impostos pagos pelos pescadores são de 22% sobre os rendimentos,pagam segurança social, seguro de vida,obrigatório, e cumprem todas as exigências que as normas comunitárias exigem, que lhes custam, p´ra lá de uma fortuna por ano.
Anualmente são obrigados a pagar licenças, renovação de todos os requisitos relacionados com as medidas de segurança, tais como extintor, material de farmácia, que está a bordo, etc.

Depois tem a manutenção das embarcações, todos os motores são a 4 tempos, com tudo o que isto implica em termos de custos, pelo menos 2 vezes por ano tem de fazer reparações com fibra para proteger os barcos, que também tem custos elevados.

Terei de referir que uma embarcação custa à volta de 30.000 e e os motores, cada barco tem dois, tem um custo superior a 10.000 e, todas as embarcações tem um alador,para retirar as artes de pesca do mar, que necessita de outro motor.

Não menos importante e também essencial, são as artes de pesca, as redes, para ter uma pequena ideia, cada pano de rede custa, no minimo 15 e, sendo que dependendo da malhagem e da espessura do fio pode atingir facilmente os 50 e,só a rede.
Cada pano de rede tem o prumo e o corcho, o prumo é composto de corda com chumbo que é entralhado ao pano de rede e o corcho é composto pela corda com as boias que também é entralhado ao pano de rede.

Agora imagine o trabalho e o custo de uma arte de pesca, tá a ver como é ignorante ?

A praia dos pescadores tem uma pequena fortuna exposta pela areia, material, social e cultural, à mercê de todo o tipo de gente, sempre a lembrar ao pescador a sua própria fragilidade.

Ser pescador é fazer parte da origem e da história que vale a pena contar em A. de Pêra, ser pescador no concelho de Silves é ser crucificado.



Espero que tenha ficado um pouco esclarecida criatura...

Anónimo disse...

Pois, conversa fiada Nortadas.
Diz lá, e isso em euros dá quanto?
Da forma como defendes os moços deves ser daqueles que vão comprar o peixe pela porta do cavalo e te governas à conta de algum subsídio.

Nortadas disse...

Faz as contas.
É um trabalho que implca investimento permanente.
O peixe vendido pela "porta do cavalo", é o que não tem valor no mercado, chega a ir a 0 cêntimos.
Mas acredito que para uma criatura ignorante isto seja conversa fiada, o pesoal só vê aquilo que sabe, por Silves, veem o que precisam ver.
Existem muita gente que pensa que a C.M.S. tem lá uma árvore que se abana e o dinheiro cai, não estarás a falar da presidenta e seus funcionários?

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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