O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CASINO: O RECONHECIMENTO PELO MELHOR JORNAL DO CONCELHO!

A propósito da noticia de primeira página no Jornal Terra Ruiva, motivada pelo interesse patrimonial do edifício do “Antigo Casino de Armação de Pêra” cuja Petição de Cidadãos tenta ver reconhecido, somos estimulados a uma reflexão modesta sobre o jornalismo na sociedade em que coexistimos.


Um orgão de informação, parte daquilo que muito chamaram de IV Poder, tem, pelo poder de influência que potencialmente tem, extraordinária responsabilidade social.


A questão tem tanta mais actualidade quanto é comum hoje ouvir dizer-se a muitos cidadãos, que se recusam a ver os telejornais.


Na verdade, no trilho da “guerra das audiências”, a informação é objecto de adaptações que habitualmente lhe retiram a essencialidade e a trivialidade macabra ocupa o espaço, transborda-o e inunda a percepção e inteligência dos destinatários fazendo-os libertarem-se do crânio onde residem, para poisarem em qualquer jangada que os afaste do “teatro de operações”: o alheamento!


Já há muito que alguém disse que, em palavras escritas, um telejornal não ocuparia meia folha de jornal! Nunca fizemos a experiência, mas temos qualquer coisa que nos garante que sim!


De facto, nos média, vivemos a era da comunicação, mas não certamente a da informação!


Temos para nós que um órgão de informação não pode deixar de dar espaço às mais variadas expressões da opinião, como não pode deixar de constituir um órgão de motivação e atenção. Privilegiando o essencial face ao acessório, na óptica dos interesses relevantes da comunidade que pretende servir informando.


Temos para nós que só órgãos de informação desta estirpe poderão suprir os défices de atenção, representação, educação e cultura da comunidade na sua relação vital com o poder politico, o qual tem as atribuições exclusivas de intervir directa e diariamente na vida dos cidadãos e da comunidade.


Sem órgãos de informação sérios nas suas atribuições, exigentes nas suas motivações e competentes nas suas informações, a comunidade dos cidadãos não deixará de existir, mas certamente que não será a mesma coisa!


O Jornal regional Terra Ruiva, poderá eventualmente não ser ainda tudo isto, mas não temos duvida de que, por este caminho, para lá caminha!


Bem hajam o jornal e todos aqueles que o produzem!

3 comentários:

Fábio disse...

Moro em Armação de Pêra e nunca vi este jornal a vender por cá, podem indicar-me onde o posso adquirir.

Anónimo disse...

Na papelaria perto da fortaleza...

Anónimo disse...

Infelizmente a verdade, é que a era da informação já lá foi. Vive-se a busca exaustiva da mediatização dos acontecimentos. É difícil saber até que ponto podemos confiar no que lemos ou no que ouvimos. A informação é agora uma mercadoria adaptada a uma sociedade virada para a emoção e para a comunicação e não propriamente para o verdadeiro e real. A oferta é muita e os jornalistas vêm-se a braços dados com uma crise de audiências. Tudo vale, o que interessa é vender.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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