NÃO HÁ A CERTEZA de que uma ditadura corra perigo de morte quando lhe secam as fontes de rendimento. Do que há a certeza é que um ditador vive muito mais confortavelmente com fontes de rendimento a jorrar-lhe para os bolsos.
As razões são simples. A disponibilidade de dinheiro abundante permite ao ditador subornar as elites vinculadas ao regime, anestesiar a consciência crítica de sectores importantes da sociedade e, quando há ânsia de alargar o poder para além das próprias fronteiras do regime, manter estados vassalos e comprar as respectivas consciências mais convenientes no poder.
A ausência de dinheiro e de rendimentos confortáveis aumenta a necessidade de criar e manter um estado policial mais ou menos eficiente, cujo propósito mais importante é vigiar quem está perto do poder e agitar um forte aparelho de intimidação capaz de infligir um temor paralisante em todos os sectores da população.
Todas as ditaduras fazem isto ou algo parecido, compensando a sua própria incompetência repressiva com dinheiro para comprar lealdades e financiar o populismo redistributivo. Enfim, todos nós conhecemos este fenómeno e envolventes circunstâncias, mais perto ou mais longe de nós. Mas por que razão estou eu a pensar e a escrever isto, não me dizem?!
«24 horas» de 24 de Setembro de 2009
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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4 comentários:
Muito adequado ao que vivemos no conselho de Silves,felizmente as coisas mudaram com a costrução da barraca maldita.
Acusam descaradamente, de invejosos,os que se manifestam contra a ocupação do património natural de Armação de Pêra.
Que outro motivo pode ter o concessionário, para a loucura que está a cometer, senão a inveja de quem está na primeira linha?
Desta vez foram realmente longe demais.
Daqui para a frente todo o cuidado é pouco,este abuso despertou consciências.
Bendita "barraca Maldita",tirou o concelho de Silves do regime de ditadura que tão selvaticamente tem conseguido administrar.
As consciências pouco convenientes ao poder cada vez são mais,são válidas,sabem do que falam e não estão à venda.
Que beleza!
Cumprimentos
Tânia Oliveira
Será que as cobras (certas pessoas) , , um dia, bebem mesmo do próprio veneno?
É precisamente isso que se pretende,finalmente alguma lucidez.
Quando são cometidos crimes,que os criminosos sejam justamente responsabilizados, independentemente dos cargos que representam.
Certas pessoas julgam-se acima de tudo,podem roubar ,mentir,difamar,prejudicar, intimidar,que tudo lhes corre bem.
Como o sr. Adelina diz,um dia, inevitavelmente, bebem do próprio veneno.
Acreditamos todos na justiça,a que tarda, mas não falha.
Cumprimentos
Tânia Oliveira
Apoiado Tania Oliveira. Continue a lutar pelos valores e por armação.
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