O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Estórias com história

COMO NASCE UM PARADIGMA

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.

Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jacto de água fria nos que estavam no chão.

Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.
Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.

Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram.

Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo foi substituído, sucedendo o mesmo, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.

Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o sucedido.

Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.

Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."

"É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ÁTOMO DO QUE UM PRECONCEITO"
(Não liguem que o Alberto sempre disse maluquices…)

2 comentários:

Anónimo disse...

Ao que parece a relação entre Silves e Armação sempre foi assim.
Armação produz riqueza que é gasta em Silves.

Anónimo disse...

É verdade. O paradigma do poder autocrático, cultivado por quase cinquenta anos, ainda não foi ultrapassado, apesar da vivência democrática de 34 anos. Os macacos cá do burgo ainda punem quem quer subir a escada. Só não o fazem com aqueles que lá chegam a bater-lhes palmadinhas nas costas e promessas de felecidade eterna para todos. Desses aceitam tudo.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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