O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Ficção Política

(Grande entrevista ao candidato ideal à Presidência da Câmara de Silves)
Parte I


Porque se candidata a Presidente de uma autarquia como Silves?

As populações deste concelho necessitam de voltar a ter esperança e de acreditar num futuro melhor, este concelho não pode continuar a ser notícia pelas piores razões. Não queremos mais Vigas de Ouro, obras inacabadas, escolas sem cantinas, orçamentos irrealistas.
Quero ser, sustentadamente, o candidato da esperança e da verdade.

Que medidas se propõe tomar para o desenvolvimento sustentado de Armação de Pêra?

Eu vejo o desenvolvimento de Armação de Pêra assim como o de todas as outras freguesias deste concelho de forma integrada que se deve fazer em conjunto e não de forma desarticulada.
Vamos ter um plano estratégico que englobará todas as freguesias e determinará o desenvolvimento que preconizamos para o Concelho e por conseguinte para Armação de Pêra.

Plano estratégico para o Concelho?

Sim, claro. Este Concelho não pode continuar a ser gerido na lógica da Maria que vai com as outras!
É preciso definir, o mais consensualmente possível, um rumo e segui-lo com vontade, participação e determinação.

Mas isso é um trabalho para anos, não?

A elaboração, discussão participada e aprovação pelos órgãos autárquicos estimo que demorem cerca de ano e meio.
Agora a sua implementação isso sim é um trabalho para mais que um mandato e por isso mesmo urge iniciar a inversão do rumo que as coisas tomaram.

Mas o que está a dizer aos silvenses é que vai estar “parado” durante dois anos?

Fique a população descansada que não vou ficar parado, tenho que “arrumar a casa”, e olhe que não vai ser uma tarefa fácil. Mas, uma vez que estamos em Armação de Pêra, posso dizer-lhe que não vou ficar à espera de nenhum plano para racionalizar até à eficiência a recolha dos lixos. Como não posso deixar de saber que o Mercado não reune as exigências legais e que tem de ser adaptado em conformidade.

Mas até onde irá e por onde passará esse “seu” plano estratégico?

A sociedade portuguesa em geral e o nosso concelho em particular apresentam défices significativos nos mais diversos domínios. O nosso objectivo é, na medida das nossas possibilidades e ao nível das responsabilidades que teremos na gestão concelhia, reduzir e nalguns casos extinguir esses mesmos défices.

Concretize!

Sinteticamente posso dar-lhe conta de meia dúzia de preocupações centrais e incontornáveis: a cidadania, a economia, o urbanismo, a solidariedade, o património, e a cultura.
Um documento desta natureza tem de ser necessariamente participado, principio do qual não abdicamos, e o qual constituirá um dos seus objectivos primordiais, que será o de fomentar o espírito de cidadania e a componente relacional da vivência urbana.
Outro domínio sobre o qual incidirá esse trabalho de planeamento será o de qualificar e diversificar o perfil das actividades económicas do concelho, assim como consolidar redes de equipamentos e serviços de apoio à actividade económica.
Também não poderá largar de vista a promoção das solidariedades e da integração social, ou a valorização e criação e recriação do património edificado, ou não. E, naturalmente, o plano estratégico terá de rever totalmente as filosofias urbanísticas e promover as consequências das conclusões a que chegarmos face ao que existe.
Não tomaremos nunca decisões ao sabor da direcção em que o vento soprar, queremos um plano tão consistente quanto possível, com vista a uma governação sustentada e de interesse público, ao serviço de um desenvolvimento harmonioso das populações e do concelho.

Mas, trocando por miúdos, o que poderá resultar, no concreto, das conclusões desse plano?

A sua pergunta não tem resposta fácil, já que tudo depende dos levantamentos a efectuar, os estudos e os objectivos do plano, apesar de os termos em vista, a sua implementação prática constitui sempre um assunto sério. No entanto posso adiantar-lhe algumas soluções tipicas para problemas típicos que são também comuns ao nosso concelho. Em matéria de cidadania, não tenho dúvidas em implementar orçamentos participativos. Quanto à disciplina de economia do concelho considero que a necessidade da criação e fixação de empresas, micro, pequenas e médias, justificarão a criação de alguns parques empresariais, estrategicamente localizados, que possam fazer afluir ao concelho, iniciativa, inovação, serviços, emprego e receita, Quanto ao urbanismo, assunto mais controverso e trabalhoso, apenas lhe posso adiantar que pretendemos estimular os concursos de ideias. Em sede de solidariedade e inclusão, sem prejuízo do apuramento das necessidades com rigor, posso garantir-lhe que iremos incentivar o voluntariado em muitos domínios, através da criação de condições para o estabelecimento no concelho de associações que trabalham no pais estas áreas. O nosso património terá uma politica especifica que o recuperará e manterá, dando-lhe as valências necessárias a essas finalidades. Estimularemos e reforçaremos também a vida cultural no concelho e a criatividade artística, sem qualquer dúvida.

E o turismo, esqueceu-se do turismo?

Nem de longe, nem de perto, algumas das medidas que acabámos de referir já tem em vista a materialização da oferta turística. Mas, nessa matéria, será do urbanismo que virão as maiores surpresas. Espere para ver!

4 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Deixem-se de fitas, candidata ideal é a Isabelinha Soares.
Venham mas é para o Carnaval.

Anónimo disse...

Mas já existe outro candidato?

Anónimo disse...

Existe outro candidato e ao que parece neste blog também já existe censura!

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