O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 12 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O "fenómeno" da ribeira de Alcantarilha

Terá sido por causa da poluição(???)...



que agora, na ribeira de Alcantarilha, se vê disto?

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

POBRES DOS NOSSOS RICOS (Mia Couto)

A maior desgraça de uma nação pobre

é que em vez de produzir

riqueza, produz ricos.


Mas ricos sem riqueza.


Na realidade, melhor seria

chamá-los não de ricos mas de

endinheirados.


Rico é quem possui meios de

produção.


Rico é quem gera dinheiro e dá

emprego.


Endinheirado é

quem simplesmente tem

dinheiro, ou que pensa que

tem. Porque, na realidade, o

dinheiro é que o tem a ele.


A verdade é esta: são demasiados

pobres os nossos "ricos".


Aquilo que têm, não detêm.

Pior: aquilo que exibem

como seu, é propriedade de

outros.


É produto de roubo e

de negociatas.


Não podem, porém, estes nossos

endinheirados usufruir em

tranquilidade de tudo quanto

roubaram.


Vivem na obsessão de poderem

ser roubados.


Necessitavam de forças policiais

à altura.


Mas forças policiais à

altura acabariam por lançá-los a

eles próprios na cadeia.


Necessitavam de uma

ordem social em que houvesse

poucas razões para a

criminalidade.


Mas se eles enriqueceram foi

graças a essa mesma desordem ...

Cresce a miséria ao povo amordaçado


Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO
Soneto escrito em 1969.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

150.000 visitam o blog "CIDADANIA"



150.000 visitantes e cerca de 250.000 visitas são motivo de orgulho para a equipa que produz este sítio.

Gostaríamos de justificar mais visitantes e visitas, como também gostaríamos de ter produzido mais posts, o que não aconteceu não por falta de motivação e motivos, locais, regionais, nacionais e internacionais, para isso, mas, tão só, porque, infelizmente, esta actividade, sendo militante, não nos sustenta.

Deixamos no entanto uma certeza: vamos continuar porque os motivos que o justificam, para além de todos os que determinaram o blog e já enumerados bastas vezes, sucedem-se diariamente e, tudo leva a crer, vão engrossar.

Cá estaremos para o que der e vier!

A todos, amigos, colaboradores, visitantes e até detractores, o nosso sincero: bem hajam!



Os Alemães olham assim para os PIIGS’...

“O Estado não tem o direito de pagar a uns e não a outros”

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Vender o Algarve para pagar a dívida?



O Governo não é dono disto. Apenas administra temporariamente a coisa pública em prol do bem comum. Em tempos de aperto toma naturalmente poderes de excepção. Mas mesmo na emergência deve ter consciência daquilo que não lhe compete. Não basta ter permissão e vantagem. É preciso bom senso para saber que há coisas que ultrapassam a conjuntura. Como os feriados.

O anterior Governo, aquele que levou o País à beira da ruína, achou-se com direito a mudar coisas básicas da sociedade, simplesmente por ter maioria ocasional. Enquanto tratava mal daquilo que lhe competia, atrevia-se a mexer no que tinha o dever de respeitar. Porque a definição de casamento e os limites da vida não podem estar ao sabor de coligações de momento.

O modelo original de núpcias da Lei n.º 9/2010 de 31 de Maio deve-se a um conjunto de deputados que achou que uma simples votação, sem referendo, quase sem consulta e discussão, pode alterar um dado básico da civilização. No caso do aborto (Lei 16/ /2007 de 17 de Abril) ao menos houve referendo, mas seguido de fraude. Porque a pergunta a sufrágio era sobre a despenalização, mas o Governo sentiu-se com poder para estabelecer a liberalização e subsidiação do aborto. Para perceber a diferença, era como se a descriminalização do consumo de drogas aprovada há 11 anos (Lei n.º 30/2000 de 29 Novembro) implicasse a distribuição de heroína barata pelo Estado. Espantoso que esta supina desonestidade política não só tenha vingado, mas seja a única coisa intocável pelos cortes na Saúde do actual Governo.

Os extremos a que chegou o Executivo Sócrates são difíceis de igualar, porque ainda seria preciso referir a promoção do divórcio (Lei n.º 61/2008 de 31 de Outubro), manipulação de embriões (Lei 32/06, de 26 de Julho), etc. Mas o actual Governo, no meio das medidas duras da troika, já exorbita das suas funções quando se pensa com direito a mexer nos feriados.

As celebrações comunitárias que temos, com raízes culturais profundas, não são exageradas nem exigem reforma. Aliás o Governo não apresenta nenhuma razão específica para as alterações que pretende. Vai mudar os feriados, não por causa de problemas dos feriados, mas simplesmente para as pessoas trabalharem mais. Ora se a questão é laboral, lide-se com ela em termos laborais. Mexa-se no horário de trabalho ou cortem-se dias de férias, mas não se toque naquilo que recebemos em herança e que temos de deixar aos que nos sucederem. Será que também vamos cortar o hino para acelerar as cerimónias ou vender o Algarve para pagar dívida?

Os limites da política
por JOÃO CÉSAR DAS NEVES in DN de 7/11/2011

domingo, 6 de novembro de 2011

sábado, 5 de novembro de 2011

Os quatro pilares da economia portuguesa

Profecia...



Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".
Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

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Património Natural

Algarve