sábado, 12 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
POBRES DOS NOSSOS RICOS (Mia Couto)
A maior desgraça de uma nação pobre
é que em vez de produzir
riqueza, produz ricos.
Mas ricos sem riqueza.
Na realidade, melhor seria
chamá-los não de ricos mas de
endinheirados.
Rico é quem possui meios de
produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá
emprego.
Endinheirado é
quem simplesmente tem
dinheiro, ou que pensa que
tem. Porque, na realidade, o
dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiados
pobres os nossos "ricos".
Aquilo que têm, não detêm.
Pior: aquilo que exibem
como seu, é propriedade de
outros.
É produto de roubo e
de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos
endinheirados usufruir em
tranquilidade de tudo quanto
roubaram.
Vivem na obsessão de poderem
ser roubados.
Necessitavam de forças policiais
à altura.
Mas forças policiais à
altura acabariam por lançá-los a
eles próprios na cadeia.
Necessitavam de uma
ordem social em que houvesse
poucas razões para a
criminalidade.
Mas se eles enriqueceram foi
graças a essa mesma desordem ...
Cresce a miséria ao povo amordaçado

Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
JOSÉ RÉGIO
Soneto escrito em 1969.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
150.000 visitam o blog "CIDADANIA"

Gostaríamos de justificar mais visitantes e visitas, como também gostaríamos de ter produzido mais posts, o que não aconteceu não por falta de motivação e motivos, locais, regionais, nacionais e internacionais, para isso, mas, tão só, porque, infelizmente, esta actividade, sendo militante, não nos sustenta.
Deixamos no entanto uma certeza: vamos continuar porque os motivos que o justificam, para além de todos os que determinaram o blog e já enumerados bastas vezes, sucedem-se diariamente e, tudo leva a crer, vão engrossar.
Cá estaremos para o que der e vier!
A todos, amigos, colaboradores, visitantes e até detractores, o nosso sincero: bem hajam!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Vender o Algarve para pagar a dívida?
O Governo não é dono disto. Apenas administra temporariamente a coisa pública em prol do bem comum. Em tempos de aperto toma naturalmente poderes de excepção. Mas mesmo na emergência deve ter consciência daquilo que não lhe compete. Não basta ter permissão e vantagem. É preciso bom senso para saber que há coisas que ultrapassam a conjuntura. Como os feriados.
O anterior Governo, aquele que levou o País à beira da ruína, achou-se com direito a mudar coisas básicas da sociedade, simplesmente por ter maioria ocasional. Enquanto tratava mal daquilo que lhe competia, atrevia-se a mexer no que tinha o dever de respeitar. Porque a definição de casamento e os limites da vida não podem estar ao sabor de coligações de momento.
O modelo original de núpcias da Lei n.º 9/2010 de 31 de Maio deve-se a um conjunto de deputados que achou que uma simples votação, sem referendo, quase sem consulta e discussão, pode alterar um dado básico da civilização. No caso do aborto (Lei 16/ /2007 de 17 de Abril) ao menos houve referendo, mas seguido de fraude. Porque a pergunta a sufrágio era sobre a despenalização, mas o Governo sentiu-se com poder para estabelecer a liberalização e subsidiação do aborto. Para perceber a diferença, era como se a descriminalização do consumo de drogas aprovada há 11 anos (Lei n.º 30/2000 de 29 Novembro) implicasse a distribuição de heroína barata pelo Estado. Espantoso que esta supina desonestidade política não só tenha vingado, mas seja a única coisa intocável pelos cortes na Saúde do actual Governo.
Os extremos a que chegou o Executivo Sócrates são difíceis de igualar, porque ainda seria preciso referir a promoção do divórcio (Lei n.º 61/2008 de 31 de Outubro), manipulação de embriões (Lei 32/06, de 26 de Julho), etc. Mas o actual Governo, no meio das medidas duras da troika, já exorbita das suas funções quando se pensa com direito a mexer nos feriados.
As celebrações comunitárias que temos, com raízes culturais profundas, não são exageradas nem exigem reforma. Aliás o Governo não apresenta nenhuma razão específica para as alterações que pretende. Vai mudar os feriados, não por causa de problemas dos feriados, mas simplesmente para as pessoas trabalharem mais. Ora se a questão é laboral, lide-se com ela em termos laborais. Mexa-se no horário de trabalho ou cortem-se dias de férias, mas não se toque naquilo que recebemos em herança e que temos de deixar aos que nos sucederem. Será que também vamos cortar o hino para acelerar as cerimónias ou vender o Algarve para pagar dívida?
Os limites da política
por JOÃO CÉSAR DAS NEVES in DN de 7/11/2011
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Profecia...
Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".
Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
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