O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 23 de março de 2013

Cheia de passado mas sem futuro nesta União, a Europa do Sul devia procurar outras parcerias?


Mais preocupante que a verdadeira nulidade que os lideres europeus evidenciam é a verdadeira nulidade que as oposições a esses lideres, nos diversos países, demonstram à saciedade.

É assim pública e notória a ausência total de discurso portador de alternativas quer nos lideres quer nas suas oposições, ao status quo europeu e ao destino que levamos.

Engrossa por isso, com o mero decurso do tempo e o resultado das politicas adoptadas ou através de novas medidas desastrosas, o numero de críticos que, através de condenações com suporte histórico e económico-cientifico, ou através de condenações com base histórica-politica, todas acerca do curso das medidas europeias de natureza económico-financeiras e sobretudo dos seus efeitos, ou quanto ao percurso da manifesta involução politica a que se assiste na própria união, fornecem aos cidadãos base suficientemente séria para concluírem acerca da ilegitimidade dos seus representantes, nas diversas instâncias da decisão politica.

No actual contexto depressivo europeu, quem colheria facilmente os votos da maioria dos cidadãos-eleitores, seria certamente o Presidente Obama.

Obama, que não é só um excelente comunicador, é avaliado por alguns de nós, sobretudo pelas recomendações sensatas que tem feito à Europa e a alguns lideres europeus mais responsáveis, acerca da Grécia, a seu tempo, e mais recentemente acerca de Chipre, percepcionando em antecipação os resultados desastrosos das asneiras anunciadas e algumas executadas.

Pouco faltará, por este caminho, para o provável cisma da Europa do sul, a eventual criação de uma nova união e quem sabe, um sucedâneo de um Plano Marshall, do tipo Plano Marshall XXI, apadrinhado pelo Presidente Obama e pela Reserva Federal (com a Imprensa Nacional lá do sítio a trabalhar dia e noite em novos dollars) que permita ao sul da Europa não se converter, no médio prazo, numa extensão do norte de África.

Porque os europeus só precisam de lideres que achem que é possivel
O projecto americano de se criar um mercado comum EEUU/Europa constitui uma das ultimas e criativas tentativas do Presidente Obama fazer ver às abéculas europeias sobre quais são as verdadeiras preocupações com que lidar nos tempos que correm, isto enquanto as alimárias do Velho Mundo se mantêm centradas na missão histórica principal : a eleição de Madame Merkl ou Frau Poucochinha, como queiram.

Na verdade, o Chipre demonstrou o que vale e que tipo de garantias dá a União nos dias que correm.
Quem tem amigos destes não precisa de inimigos, sabe hoje qualquer europeu desta Europa.

E de facto, perante tal espectro, Babel por Babel, estar com os Americanos pode ser uma experiência bizarra, mas certamente bem mais estimulante...e democrática! Imagine-se ao que, lucidamente chegámos...

É evidentemente uma tese ficcionada, mas que seria preferível ao destino que vivemos e sobretudo ao que parece nos aguardar, disso não temos qualquer duvida.

Post Scriptum: 
1.- Não consta de nenhum manual de Ciência Politica que uma União de Estados tenha necessariamente de ser entre Estados fronteiriços;
2.- Não consta de nenhum manual do consumo que a felicidade automobilistica só se pode atingir num Audi, BMW, Porche ou Mercedes, nem que aquela seja inacessivel com um Fiat, Alfa Romeu, Chevrolet ou... Ferrari.

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