O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 28 de agosto de 2016
Intervencionismo absurdo (Manuela Ferreira Leite, in Expresso de 27.08.2016)
Se há um sector da economia que mais tem contribuído para a criação de riqueza, com efeitos tanto a nível nacional como regional e local, é, sem duvida, o turismo, contribuindo, além disso, direta e indiretamente, para a criação de emprego.
A evolução é visível em todos os indicadores desta atividade, permitindo reduzir o défice da balança comercial, o que é benéfico para as contas externas nacionais.
Certamente que esta evolução tão positiva resulta de politicas concretas há já alguns anos e também de factores externos que têm favorecido a atração e pelo nosso pais.
Perante estes factos inegáveis, é incompreensível que se pretenda impor qualquer tipo de restriçãoo a esta actividade, tomando medidas que podem limitar o seu desenvolvimento natural.
A recente ideia do Governo de introduzir limitações ao aluguer de apertamentos para fins turísticos é não só lesiva dos direitos de liberdade de escolha do cidadão como prejudicial à atividade, porque se os turistas procuram esta modalidade é porque a consideram atrativa.
Esta intromissão do Governo é defendida em nome de uma hipotética necessidade de preservar as zonas históricas da cidade para os residentes nacionais.
Trata-se de um intervencionismo primário que só pode criar dificuldades a um sector em desenvolvimento.
Corrijam o que está mal, deixem em paz o que corre bem.
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2 comentários:
A geringonça vai dar cabo do que resta.
Ricardo
As festas acabam dia 8 de setembro é altura para pensares noutros voos, aproveita e faz disto bandeira.
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