O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Habitação Municipal em Silves: Um retrato de abandono

Falar de habitação municipal no concelho de Silves é, infelizmente, falar de um problema estrutural, de décadas de inação e de falta de visão. A maior parte do parque habitacional municipal foi construída entre as décadas de 70 e 90 do século passado, maioritariamente na cidade de Silves. Desde então, pouco ou nada foi feito para expandir, requalificar ou sequer manter o que existe. Os números são gritantes: a habitação municipal representa apenas 0,3% do número total de alojamentos do concelho. Num país em que o parque habitacional público não chega sequer aos 2% — já de si um número embaraçoso, quando comparado com a média europeia de 9% segundo dados da Eurostat — Silves consegue fazer ainda pior. 0,3%… não sabemos se é para rir ou para chorar. Grande parte dos imóveis municipais está degradada, resultado de anos de ausência de manutenção. Mas o caso mais flagrante é o de Armação de Pêra, a freguesia com maior pressão habitacional do concelho. Aqui, o parque habitacional municipal resume-se a… um único imóvel. Sim, leu bem: um. Uma casa de função, atribuída a um funcionário municipal em regime de comodato. Enquanto isso, Armação de Pêra é precisamente o local onde predomina o residente arrendatário, que enfrenta preços cada vez mais incomportáveis. Pagamos impostos como os demais, mas recebemos zero em investimento nesta área crucial. Não há plano de expansão, não há construção de novas habitações públicas, não há reabilitação consistente do que existe. E este cenário não é fruto do acaso: são 12 anos de inação com a gestão de Rosa Palma, somados a 12 anos de Isabel Soares. Um quarto de século a ver passar os comboios, enquanto os problemas se acumulam. A habitação é um direito constitucional, mas em Silves tornou-se um privilégio inacessível. Chegou a hora de exigir mais do poder local e de colocar a habitação pública no centro das prioridades — porque continuar neste caminho é condenar o concelho a perder população, vitalidade e dignidade.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

NÃO EXISTE Política de Habitação Social em SILVES! Mas existo EU!


Assegurar o fornecimento adequado de habitação condigna é um dos principais pilares da construção de uma sociedade solidária em que todos possam desempenhar um papel activo. Neste sentido, pode dizer-se que o acesso à habitação é a chave principal da inclusão social.



Doze anos a marcar passo e hoje um programa eleitoral que sobre este assunto se resume a duas linhas:

Dar continuação à recuperação das habitações sociais existentes e promover a construção de habitação a custos controlados;

Eis tudo o que Isabel Soares tem para dar!

Uma politica de habitação, a existir, só pode ser bem sucedida se acompanhada por um conjunto de medidas que visem a coesão social de todos quantos habitam e trabalham no concelho de Silves.

A autarquia deveria liderar a mobilização dos actores sociais e promover o desenvolvimento de políticas sociais locais complementares às políticas públicas, centrando, como estratégias prioritárias, as da área da educação, acção social e habitação, de forma integrada no âmbito da rede social.

Deveria promover a integração de imigrantes e minorias étnicas no tecido social do concelho.

Como também apostar fortemente no trabalho da “rede social”, tomando a Câmara uma postura clara de liderança e atitude pró - activa, articulando a execução das políticas públicas e incentivando e apoiando a participação e o trabalho das instituições particulares no terreno.



Nos últimos doze anos Isabel Soares, na mira do lucro fácil em votos, cuidou de gastar mais em almoços passeios e bailaricos com os idosos do nosso concelho mas muito pouco numa verdadeira política de acção social.

Esperamos que o eleitorado dê a devida resposta ao malbaratar da receita num permanente "folclore", o qual, antes de evidenciar uma total alheamento aos défices sociais do concelho, demonstra à exaustão em que conta a Dra Isabel Soares tem a inteligência dos cidadãos e o lugar em que os coloca na sua lista de preocupações.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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