O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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segunda-feira, 30 de junho de 2025

PARTICIPE HOJE NA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ARMAÇÃO DE PÊRA – POR RUAS MAIS LIMPAS E SEGURAS!

📣 Moradores de Armação de Pêra! Hoje é dia de fazermos ouvir a nossa voz! 💬 A Assembleia de Freguesia realiza-se hoje, 30 de junho, às 21h30, na sala polivalente do edifício da Junta de Freguesia. Queremos ruas limpas, seguras e bem cuidadas para todos nós – e isso só será possível com a participação da comunidade. 👥 A presença de cada um é essencial para exigir melhores condições na nossa freguesia. 📍 Junta-te a nós e mostra que te importas com Armação de Pêra! 🗓 Hoje, 30 de junho 🕤 21h30 📌 Sala Polivalente da Junta de Freguesia PARTICIPA! Juntos fazemos a diferença. 💪

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Vila do Bispo é o município mais transparente do Algarve


POR PEDRO LEMOS • 9 DE FEVEREIRO DE 2017
in: Sul Informação

Vila do Bispo é o município mais transparente do Algarve, tendo ficado em 13º num ranking de todos os municípios do país, relativo a 2016, feito pela organização não-governamental (ONG) Transparência e Integridade Associação Cívica (TIAC).

Para esta classificação, foram avaliados critérios como a contratação pública, os planos e relatórios ou a transparência económico-financeira definidores do Índice de Transparência Municipal (ITM), que, em Vila do Bispo, foi de 92,86%.

Quantos aos outros concelhos algarvios, Alcoutim é o segundo mais bem posicionado, estando na 24ª posição, num total de 308 municípios, seguido de Portimão, em 38º. Depois vem Aljezur (40º), Loulé (78º), São Brás de Alportel (80º) e Tavira (81º). Olhão surge no lugar 126, Vila Real de Santo António em 130, Lagoa na posição 139 e Silves em 170.

Para o fim ficam, então, Albufeira (243º), Faro (248º), Monchique (263º), Lagos (275º) e, na cauda da classificação dos municípios algarvios, Castro Marim, na 297ª posição.

O resultado do ITM, que serve de critério para estas posições, reúne, no total, 76 indicadores agrupados em sete dimensões.

À contratação pública, planos e relatórios e transparência económico-financeira, juntam-se outros critérios como a relação com a sociedade, informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município, os impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos, e a transparência na área do urbanismo.

A análise é feita através da informação disponibilizada aos cidadãos nos portais das Câmaras Municipais. Quanto ao bom resultado, a Câmara de Vila do Bispo, que é, até, a autarquia mais transparente abaixo do Rio Tejo, diz que este facto «reflete os objetivos do executivo liderado por Adelino Soares e que assenta no esforço de implementar uma gestão municipal rigorosa e transparente».

Por exemplo, nos indicadores transparência económico-financeira, relação com a sociedade e transparência na área do urbanismo, Vila do Bispo obteve 100% na classificação.

A TIAC tem como missão combater a corrupção, sendo a representante em Portugal da rede global anticorrupção Transparency International.

Conheça os ITM de cada município algarvio:
Albufeira: 36,12 %
Alcoutim: 87,77 %
Aljezur: 78,57 %
Castro Marim: 24,72 %
Faro: 35,44 %
Lagoa: 50,00 %
Lagos: 30,63 %
Loulé: 65,80 %
Monchique: 33,10 %
Olhão: 53,57 %
Portimão: 78,85 %
São Brás de Alportel: 65,52 %
Silves: 45,74 %
Tavira: 65,25 %
Vila do Bispo: 92,86 %
Vila Real de Santo António: 52,74 %

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Numa situação limite: inovação e proactividade, o que se espera da sociedade civil!


Em Barcelona, na região da Catalunha, em Espanha, o restaurante «La Trobada» decidiu começar a oferecer refeição a quem trabalhar uma hora no estabelecimento.

O projeto, divulgado recentemente pela TVI24, envolve também 30 associações de caridade e a câmara municipal e destina-se a desempregados há mais de dois anos que vivam agora abaixo do limiar da pobreza. Estes novos «clientes» podem trabalhar na cozinha, servir às mesas ou limpar o espaço.

«O papel deste restaurante é um pouco diferente dos bancos alimentares, mas é um complemento. Destina-se a pessoas que querem recuperar e fortalecer a autoestima e que querem melhorar a situação em que vivem no dia-a-dia. Isto dá-lhes esperança para o futuro», conta o proprietário do estabelecimento, Xavier Casas.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Pregando aos Peixes, como Santo António!


Os textos que publicamos hoje, da autoria de Paul Degrauwe e Medina Carreira são extraordinários.

Extraordinários porquanto correspondem ao tipo de informação, séria, sustentada e desapaixonada que a delicadeza e a profundidade da crise que atravessamos, Portugal e a Europa, exigem, fazendo-o ainda com raras clareza e concisão, também por aí exibindo contraste suficiente para qualquer cego, ver, o que só é atingível em resultado de muita competência e trabalho.

Trata-se também de informação estruturada e estruturante de que os cidadãos carecem para melhor equacionarem o contexto que condiciona dramaticamente a sua existência.

Em contraste com o “ruído” que caracteriza o essencial da informação que lhes é oferecida ou instilada quer pelos interesses tácticos da classe política quer pelos interesses comerciais dos órgãos de difusão publicitária também chamados, impropriamente na maior parte das vezes, de comunicação social.

Remadores contra a maré da comunicação sem conteúdo relevante, estes analistas merecem um elogio expresso por parte dos cidadãos-eleitores-contribuintes, na certeza de que são expoentes de uma intervenção/participação de que as comunidades carecem e da qual não podem prescindir se se tratar de mudar de paradigma, coisa que nos parece de uma inevitabilidade alucinante.

Infelizmente pregam aos peixes, como Santo António!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Hoje nasceu uma esperança em Silves!


Após meses de preparação e discussão, foi hoje formalmente constituído, no Cartório Notarial de Silves, o MMS – Movimento MAIS SILVES, um movimento independente que tem no horizonte as próximas Eleições Autárquicas, a realizar no final de 2013.
O MMS nasce da convicção de um grupo de cidadãos, das mais variadas crenças e ideologias, de que o próximo Mandato Autárquico é fundamental para a definição do que serão as próximas 5 décadas do concelho de Silves. O MMS nasce do desejo de que a população de Silves tenha uma palavra a dizer sobre o seu futuro. O MMS nasce com 5 grandes propósitos:
1 – Motivar e estimular a sociedade civil, tendo em vista a sua participação activa da vida política, cultural, social e desportiva, no concelho de Silves.
2 – Sensibilizar os cidadãos no sentido de serem mais exigentes e críticos, relativamente aos agentes políticos lembrando-lhes a necessidade imperiosa, como regra, de adoptarem os valores da ética, da transparência, do espírito de missão ao serviço da causa pública.
3 – Auscultar a população, representada ou não, pelas forças vivas, e pelos vários sectores de actividade, por forma a elaborar um diagnóstico da realidade socioeconómica do concelho, de forma precisa e concisa.
4 - Formular um plano de acção, com base no diagnóstico, que seja realista e exequível, que não venda ilusões, nem crie falsas expectativas, que identifique claramente os caminhos  a trilhar para que se possa encetar um novo modelo de desenvolvimento que mostre que Silves tem um futuro viável, restaure a esperança nos descrentes e nos mais frágeis socialmente, sendo uma lufada de ar fresco que contribua para a elevação da auto-estima dos Silvenses.
5 – Contribuir para que haja mais qualidade de vida, combatendo as formas de exclusão com base num modelo político assente na cultura do trabalho, da exigência, da responsabilidade e do mérito.
Já no próximo mês de Março o MMS convocará uma Conferência de Imprensa onde dará a conhecer os seus propósitos, o seu calendário de acções e os seus rostos.

Para mais informações contactar: Paulo Silva – 965450840 ou mais.silves@mail.com
Facebook: www.facebook.com/mms.silves
Twitter: www.twitter.com/mmssilves
Blog: http://mms2013.blogs.sapo.pt

O blog CIDADANIA congratula-se com a iniciativa da Paulo Silva, entre outros fundadores, o que já constitui uma promessa séria de idoneidade, nascida hoje, em Silves - o Movimento Mais Silves - e, como tudo indica, aberto à participação de todos os silvenses.

Esta iniciativa da sociedade civil do concelho, a avaliar pelos principios enunciados, poderá congregar cidadãos que pretendam participar na politica concelhia, usando dos poderes de cidadania que lhes assistem, em coerência com os valores que lhes são subjacentes, por conseguinte em manifesto contraste com as velhas práticas dos velhos politicos quem têm caracterizado as últimas décadas.

Razões de sobra para nos congratularmos com o nascimento do Movimento Mais Silves, a quem desejamos as melhores venturas na prossecução dos seus declarados propósitos!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Assembleia Municipal recomenda à Câmara do Porto que isente ou reduza taxas aos comerciantes


por PEDRO SALES DIAS 29/01/2013 - 13:03

A Assembleia Municipal do Porto (AMP) decidiu ontem recomendar ao executivo da autarquia para que “analise a possibilidade de isentar ou reduzir temporariamente algumas taxas (reclames/toldos/utilização da via pública), ou mesmo impostos (IMI/derrama) ”. O ponto, aprovado por unanimidade, faz parte da proposta de recomendação “em defesa do comércio tradicional, da restauração e da hotelaria na cidade do Porto” apresentada pela CDU.

A proposta recomenda ainda a simplificação “do processo de licenciamento de estabelecimentos do sector”. “A cidade do Porto é o seu comércio e este está a definhar e vai morrer”, disse o deputado comunista Artur Ribeiro na apresentação da proposta. Todos os partidos admitiram, com a votação, a “profunda preocupação com a situação económica e social e as consequências no definhamento dos sectores do comércio tradicional e da restauração no Porto”.

A CDU pretendia ainda que fosse exigido ao Governo a reposição da taxa intermédia do IVA no sector da restauração, mas os votos contra do PSD, CDS e o voto de desempate do presidente da AMP chumbaram essa opção.

Os deputados municipais aprovaram ainda a recomendação à Câmara do Porto (CMP) para que “apoie a realização de acções de formação a pequenos e micro empresários” e “utilize todos os meios ao seu dispor, incluindo a candidatura a linhas de financiamento comunitário, para a concretização o quanto antes do projecto de requalificação do Mercado do Bolhão”.

A AMP aprovou também duas propostas do Bloco de Esquerda “para que o município avance com repostas integradas pela promoção do comércio”.

Na Assembleia Municipal estiveram ainda quatro associações empresariais representativas do sector, cujos presidentes falaram durante o período aberto ao público. Todos concordaram que o aumento do IVA para 23 por cento é um dos mais problemas para o comércio. O coordenador do Movimento Nacional dos Empresários da Restauração, José Pereira, salientou que “muitos responsáveis não têm uma verdadeira noção do que o sector está a viver” e sugeriu que a AMP criasse uma comissão para se inteirar dessa realidade junto dos comerciantes.
O que nos gostariamos de ver a sociedade civil do concelho "mexer-se" como assistimos no Porto.

Os problemas que afectam os comerciantes e de resto os demais neste concelho não tem agido na proporção dos seus problemas, que são de todos nós.

Sabemos que não se verificam milagres em Silves, ou no resto do pais, mas também sabemos que "quem quer vai, quem não quer manda...", razão pela qual, sendo o momento dificil, não será ultrapassável sem se verificarem alterações de comportamentos e práticas, em ordem a obter outros resultados.

No Porto e certamente noutros concelhos a sociedade civil toma iniciativas e tenta, junto da autarquia, a sua cooperação com a diminuição das dificuldades, na medida do que lhe será possivel.

Em Silves não temos noticia de acções semelhantes, sabendo nós de antemão que tal não se deve à ausência de dificuldades.

 Então como explicar a omissão nas sugestões e, ou, reinvindicações por parte dos comerciantes, aqueles que, estando profissionalmente organizados, em melhores condições estão para o fazer?

 Se sempre considerámos que uma "União Comercial de Armação" ou uma "União Comercial de Armação, Alcantarilha e Pêra" seria a forma mais eficaz de os comerciantes desta região se organizarem na relação com o Municipio, hoje em dia, face à crise, consideramos uma medida de elementar sobrevivência e merediana inteligência, visando a sua sustentabilidade!

A sugestão aqui fica para quem a quizer aproveitar em proveito de todos, empregadores e empregados!

domingo, 13 de janeiro de 2013

A requalificação do Cabral sob mira (telescópica)! Contrapartidas também, sem nunca esquecer os prejudicados!

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O “escândalo” da compra da praia em Armação teve honras de telejornal.

Entrevistado o snr. Cabral revelou-se incrédulo acerca do facto de ter conseguido adquirir a tal praia (pasme-se!) e reafirmou a intenção de a doar ao Estado, de onde nunca devia ter saído dizemos nós, mediante certas contrapartidas, o mais rapidamente possível.

O presidente, emprestado, da Câmara, nada adiantou de novo, guardando de Conrado o prudente silêncio, no que ao essencial diz respeito, reafirmando a regularidade do sucedido e o final feliz que espera.

Um pescador, reformado, em síntese, revela a utilidade do sucedido pleno de “ses”. Se o homem comprou sem oposição de ninguém, se se propõe requalificar a zona e nada põe em causa quanto aos interesses instalados, designadamente os dos pescadores, se o homem até se propõe garantir um tractor, se...., se..., se...

Restam as “más línguas” que afinal, iguais a si próprias, resumem-se a isso mesmo, o mal dizer, em prejuízo de quem “só quer o bem de todos “e até se dispõe a pagar, pesado, por isso, mesmo tende de debater-se com a incompreensão de muitos.

Como já dissemos antes, admiramos a inteligência, sobretudo quando conjugada com o trabalho ou com qualquer espécie de avanço empresarial, cientifico, social, cultural, do qual, qualquer um, assim o possa, retire ilação proveitosa.

A humanidade tem evoluído por essa via! Não há razão lógica para militar contra a “metodologia” da evolução!

Entretanto, a propósito deste episódio, contactámos um arquitecto, pessoa de qualificação e isenção, com experiência de muitos anos na maior Câmara do Pais e nenhuma ligação a Armação de Pêra, com vista a recolher uma opinião independente.

Percebemos que uma vida profissional de frustração de expectativas, fundada ora na irracionalidade da gestão dos recursos, ora nos desvalores que o investimento público objectiva e frequentemente salvaguarda, condicionou a opinião desse técnico respeitado, dando corpo a um realismo pragmático.

Concentrando-se no objecto principal das suas preocupações e habituado a estas lides, focou-se: a requalificação de uma zona pouco mais que abandonada, passando pela inevitabilidade do retorno do “lote” à propriedade pública, salvaguardados que estejam os direitos que na mesma se encontram enraizados (caso dos pescadores), considerou que nos devemos concentrar no projecto propriamente dito, pois é aí que poderá haver matéria de controvérsia que poderá justificar oposição frontal.

Curiosamente, sem a mesma qualificação técnica, os pescadores entrevistados, de algum modo, ao expressarem a sua opinião, foram tão práticos quanto o nosso qualificado amigo arquitecto. Se..., se...., se...., então muito bem!

Que concluir então?

1º.- A perversidade da gestão politica e institucional e a opacidade dos procedimentos, de que Silves é um expoente, é um dado de tal forma instituído que já não faz parte da metodologia de abordagem de um qualquer facto público, por parte, quer de cidadão comum, quer de um cidadão com especial qualificação técnica e cultural;

2º.- Certamente em resultado das constantes violações dos princípios elementares conformantes de uma comunidade organizada em Estado de Direito, os quais caíram em desuso, se é que alguma vez estruturaram a sociedade portuguesa.

3º.- A adopção da postura “do mal o menos” impera, denotando que no confronto dos princípios com a correlação de forças que caracteriza a realidade, vivemos já, se é que alguma vez deixamos de viver, numa sociedade do “salve-se quem puder”.

4º.- Nesta conformidade, a forma mais eficaz de salvaguardar o essencial, é precisamente fazer sair da toca o projecto que o snr. Cabral tem certamente em carteira, de há muito, para ampla discussão pública.  
Sem nunca esquecer a expropriação como fiel da balança!




5º.- Sem perder de vista os interesses específicos em presença e a salvaguarda dos mesmos, designadamente os interesses da pesca artesanal, ou a Kubata, a qual deve poder prosseguir a sua exploração, ainda que adaptadamente, isto é, podendo ser deslocada no âmbito de uma arranjo urbanístico que mereça a aprovação pública, permitindo que a oferta se mantenha na sua especificidade e mercado, os quais são um activo da oferta turística armacenense, quer o snr Cabral assim o entenda, quer não, o que pouco importará deste ponto de vista.

6.- A luta pela transparência e pelas praticas típicas de uma comunidade organizada democraticamente são imperativas, tanto mais quanto as ameaças à mesma forem tão escandalosamente opacas como esta!

7.- Importa assim dar curso a toda a indignação que tal moscambilha motiva, sob pena de perdermos o Norte enquanto comunidade.
E uma comunidade sem Norte, não é uma Comunidade, é um conjunto de animais tresmalhados sujeitos a um destino para o qual em nada contribuem.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Introspecção de blogue.




Colocam-nos e coloca-se-nos, com alguma frequência, a questão de saber da utilidade do combate político através deste blogue, sobretudo acerca da sua eficácia.

Emocionalmente qualquer um de nós responderia que teria bastado a classificação do Casino como Imóvel de Interesse Municipal, neste concelho que tem idolatrado o deus betão e promulgado o dano estético como regra, e no pressuposto de que por essa via se reduziu o leque de atentados de que aquele poderá ser alvo,  para justificar este trabalho que vem sendo desenvolvido há seis anos.

É certo que não se ficou por aí a utilidade prática desta janela de inconformismo donde bradamos ao bom senso, à preservação da Vila, à sua maior qualificação enquanto destino turístico, à eficiente e eficaz recolha dos lixos, à equidade na distribuição relativa da despesa pública, à má aplicação dessa despesa, à injustiça fiscal na fixação de valores patrimoniais nos imóveis de Armação de Pêra e a sua expressão em sede de IMI, ao futuro sustentável da economia da Vila, sem esquecer a sustentabilidade da pesca artesanal e os seus agentes devotos, etc. etc.

É também certo que muitas vezes o fazemos com, apesar de domesticada, patente violência estética, na razão directa das asneiras a que assistimos e do dolo ou negligência que as enfermam. E são demais para um território tão exíguo, acreditem!

Diremos que é o mínimo que uns quantos cidadãos, conscientes dos seus poderes e pró activos, podem fazer pela sua comunidade local.

Por seu turno, a comunidade nacional tem merecido, cada vez mais, que brademos ao mesmo bom senso, porquanto a asneirada, as “imparidades” e a deslealdade da classe politica permanecem firmes no seus postos, pouco lhes importando o volume sonoro das nossas acusações, reclamações ou reivindicações, ou mesmo de outros bem mais ouvidos.

Toda esta dialéctica sempre com expressão local, mais esbatida hoje em dia dadas as circunstâncias, pois com menos dinheiro a politica do espectáculo, pelo espectáculo e para o espectáculo, já perdeu a sua Guest Star, que o publico insistiu em ver no palco, para mal das contas concelhias e do preço do ingresso de cada espectador que vai aumentando até ao fim do espectáculo.

O Alberto João tem vários seguidores por esse pais fora, mas continua único.

Quem diria que a falta de dinheiro público poderia ter alguma utilidade?

O que tem então faltado que justifique colocar-se a questão da utilidade da existência deste Blogue?

Apesar de alguns estimulantes comentários, embora esporádicos, e apesar de sabermos que não somos um meio de comunicação de massas, temos uma interacção da comunidade aquém do que esperávamos ao fim de alguns anos de participação. Nada que nos surpreenda mas, apesar disso, não deixa de causar algum dano na equipa.
 
Será tal facto motivo para virmos menos vezes à janela ou para a entaiparmos?


Vocês e o futuro dirão...Se calhar tudo isto não passa de um fim de domingo chato!






sábado, 18 de agosto de 2012

Entrevista(Parte VI) uma administração transparente e participada



BC – Como disse o turismo é um campo extenso e será naturalmente a iniciativa privada que terá de dar os passos necessários, se nisso tiver interesse, o que pode uma limitada Junta de Freguesia fazer mais?
X – A Junta tem meios limitados, desde logo, nas suas atribuições e competências. Pode, no entanto, assumir-se como elemento catalisador visando aumentar o investimento, logo a oferta, logo a procura. Tudo faremos desde que ao nosso alcance.
É claro que o rumo que o “desenvolvimento” de Armação prosseguiu marcou-a indelevelmente num determinado sentido que não é, digamos, o mais consensual.
Esse caminho trouxe muitas limitações que impedem soluções variadas. É certo que continuamos a ter o Mar e o Sol, a beleza da baía, mas no concelho já pouco sobra e o que sobra tem projectos aprovados de muito duvidoso interesse que só a crise conseguiu suspender.
De qualquer forma pensamos de grande utilidade a existência de mais um ou dois hotéis, geradores de emprego e, desde que integrantes duma cadeia internacional, úteis na captação de turismo do norte da Europa, no qual Armação, se comparada com Albufeira, não é muito atreita.
No âmbito da “microeconomia” da Junta, posso garantir-lhe que será possível evitar o espectáculo degradante das filas para alugar toldos, a qual pelo ridículo é tema de todos os telejornais. É, a troco de nada, publicidade que Armação dispensa bem.
Não tenho qualquer dúvida acerca da criação de um sistema decente de respeitar as solicitações, no respeito pela sua ordem de chegada, sem obrigar os cidadãos a tamanho despropósito.

BC – Estamos prestes a concluir esta entrevista, gostaria de deixar algumas ideias-força que caracterizarão a sua eventual candidatura?
X – Claro que sim, e começando por agradecer a oportunidade resta-me deixar sublinhado que pretendemos cortar com o passado, de todos os pontos de vista, retirando do passado, se quiser, o grande empenho e dedicação à sustentabilidade económica da Vila, ao melhoramento das condições para o desenvolvimento da sua principal actividade: o turismo, só claramente patente no seu pioneirismo.
Para isso e para o resto faremos questão de ser uma administração transparente e tão participada quanto possível no interesse da Vila e da sua comunidade de cidadãos.

Entrevista(Parte V) Uma panóplia de iniciativas, qual delas a mais útil!



BC – Tendo esse pendor económico na sua gestão, qual será o primeiro passo?
X - A leitura económica da gestão da Junta não desvirtua a acção convencional que as populações esperam da mesma e decorre da legislação em vigor. Mas, para responder à sua pergunta, devo esclarecer que se impõe desde logo, uma auditoria às contas dos exercícios anteriores. Não vejo razão para tantos atrasos na apresentação das contas do último exercício e só isso é revelador de procedimentos que muito provavelmente terão de alterar-se.

BC – E que outras iniciativas tem em carteira?
X – Uma das que mais me motiva, apesar de saber das dificuldades com que virei a deparar-me, é o estimulo à constituição de uma associação de comerciantes.
Os interesses da iniciativa privada devem ser conhecidos dos poderes públicos para que estes ao agirem no concelho ou na Vila, possam consultar aqueles que conhecem directamente a economia real e com isso potenciar as intervenções, no interesse da Vila . Pretendem retirar-se para a economia de Armação de Pêra todas as sinergias possíveis decorrentes de uma articulação mais eficiente entre os interesses públicos e privados até onde a sintonia nas acções e intervenções for possível, sempre adentro da legalidade e do bom senso.

BC – A intenção é boa, mas o histórico individualismo dos comerciantes não augura grande futuro para essa iniciativa?
X – Temos consciência da realidade e das dificuldades em alcançar esse objectivo, mas gostaríamos de partir com algum optimismo e só depois de tentarmos, expondo as vantagens evidentes na união nos objectivos comuns, saberemos o que concluir.
Os comerciantes são habitualmente gente esclarecida e objectiva que tem hoje em dia dificuldades acrescidas face à crise. Quem sabe não descobrirão algumas vantagens na unidade na prossecução de vantagens colectivas?

BC – E no turismo tem algum projecto em carteira?
X – É um domínio ambicioso, pela sua extensão. Mas, mesmo aqui, dentro das limitações orçamentais existentes, como noutros casos, é sempre possível com meios reduzidos fazer mais e melhor, de tão básico que é o trabalho entre comas que tem sido desenvolvido.

BC – Quer concretizar?
X – Desde logo o Lixo, como já tive oportunidade de referir. Se se revolucionar a recolha do lixo, estaremos a dar um passo de gigante pelo turismo nesta Vila, mas não só. Todos sabemos das limitações que as guias turísticas têm na oferta de programas aos turistas. Ora, Armação, infelizmente, para além do Sol e Mar, tem muito pouco mais para oferecer, porém a Baia de Pêra tem património natural digno de ser visitado: são as velhas visitas às grutas. Elas existem mas, com um pequeno empurrão no marketing e publicitação, pode fazer toda a diferença.
As guias profissionais precisam de um mínimo de profissionalismo administrativo para poderem “vender” o produto “Passeio às Grutas”. Fornecendo-lhes esse centro de marcações, o mercado dos interessados poderá ampliar-se enormemente, com vantagem para a oferta turística e para os marítimos que se queiram dedicar a essa tarefa sazonal que pode melhorar em muito o seu rendimento.
O nosso papel aqui será de mero facilitador para um patamar de negocio diverso no interesse de todos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Entrevista (Parte IV):Temos três objectivos: melhorar, depois melhorar e por fim melhorar e um só “timing” : o mais rapidamente possível!



BC – E que tipo de relações pretende manter com os munícipes? Tem em vista alguma inovação?
X – Naturalmente que sim. Vamos instituir uma linha verde para recebermos todas as reclamações e sugestões dos munícipes.
Sabe que trabalhar com princípios e um programa de acção torna tudo fácil no âmbito das relações com os cidadãos. Uma vez estabelecido e conhecido um modus operandi tudo fica facilitado.
As gestões baseada num pressuposto balofo de autoridade versus submissão o qual, apesar de ultrapassado há séculos ainda é um modelo a que muitos aderem para esconder as suas limitações e dar curso a alguns complexos de inferioridade , torna tudo mais difícil e é o caminho mais curto para a frustração. Desde logo dos próprios e de seguida de todos os outros.

BC – E consigo vai ser diferente?
X – Exactamente como lhe disse anteriormente. Temos três objectivos: melhorar, depois melhorar e por fim melhorar e um só “timing” : o mais rapidamente possível!

BC – Há quem defenda que devemos ir devagar quando temos pressa?
X – Compreendo. O nosso “timing”: o mais rapidamente possível, se por um lado parece uma corrida é logo seguido do termo “possível” que é o travão do realismo a que queremos subordinar a nossa acção, como também já tínhamos referido a propósito da politica que pretendemos implementar na Junta.
Deste “timing” o que pode ser retido para o futuro é que não faremos amanhã, aquilo que puder ser feito hoje!
Convenhamos que, no contexto da história recente da Vila, fazer o que nos incumbe e em tempo é, lamentavelmente, ousado e inovador!

BC – E quanto à actividade piscatória da Vila, tem planos?
X – Nessa matéria temos igualmente ideias devidamente sedimentadas. Os pescadores directamente ou através de quem os represente terão da Junta toda a solidariedade e cooperação.
Tudo o que por parte da Junta for necessário, possível e dentro das suas atribuições e competências, será prestado a esta actividade ancestral que entendemos imprescindível, na sua exacta medida, a Armação e à economia nacional. É uma questão de principio e se me permite a imodéstia, de elementar inteligência.

BC – Mas cabem nas atribuições da Junta essa abordagem económica da sua acção?
X – Meu caro senhor, em que pais e em que conjuntura é que o snr. vive? Tudo hoje tem, como já devia ter tido já que somos um pais, objectivamente, subdesenvolvido, um pendor económico que urge acautelar. Naturalmente que subordinado ao poder politico, mas será sempre um crime deixar a economia subjugada ao poder administrativo ou aos devaneios da actividade politica. Por isso estamos onde nos encontramos.
Quero viver num pais de valores e os valores, por si sós, impõem um ritmo que temos a obrigação de acompanhar e o dever de preservar.
A receita que suporta o Estado social não se faz com empréstimos mas com a criação de riqueza liquida: a produção!

Entrevista (Parte III): não é mais possível repetir os modelos de gestão antigos e invocar inocência



BC – Ser-se rigoroso nas contas e realizar um trabalho que se veja, não é bem a receita habitual?
X – Está a tocar num outro ponto quente da vida politica nacional. Na verdade a incompetência e, ou, a negligência passaram a ser branqueadas com mais um chafariz, uma piscina, um estrada ou um ginásio! As famosas inaugurações...
No presente contexto encontramo-nos mais próximos de concluir que as soluções antigas estão estafadas e que não é mais possível repeti-las e invocar inocência.
Os meios são escassos e milagres...só em Fátima. Não consta que por Silves eles alguma vez tenham ocorrido.

BC – Então a que tipo de gestão se propõe na freguesia?
X – Perdoe-me, mas eu diria de outro modo, sem qualquer pretensiosismo, a que tipo de politica me proponho!

BC – Pois seja, que politica pretende implementar, a ser eleito?
X – Uma politica de realismo, implementada com muita determinação, potenciando os meios disponíveis ao limite, seguindo um “caderno de encargos” predeterminado por uma análise sustentada e participada dos problemas.
Encontrado o naipe dos problemas, e depois de devidamente hierarquizados, a única opção será atacar a fundo as soluções através de um trabalho empenhado e sério.

BC – Certamente que terá algum exemplo para concretizar melhor?
X – Concerteza! Posso dar-lhe já um exemplo paradigmático. O lixo. Não é possível assentarmos a economia de Armação no turismo e mantermos a Vila nesta lixeira.
Qualquer que seja o futuro, caso me candidate e seja eleito, durante o meu mandato acabo com o lixo, nem que seja comigo a ajudar!
Não cremos que o problema seja de tal forma complexo que não tenha uma solução razoável com os meios disponíveis e pelos vistos, muita determinação. É um problema antigo mas se o resolver, como considero ser possível e desejável, constituirá um beneficio novo para a nossa comunidade e para a sustentabilidade económica da Vila.

BC – E que tipo de relações pretende estabelecer com o Município?
X – Boas. Na medida do possível! Terá a minha cooperação empenhada quando a sua acção se destinar a resolver, ou a ajudar a resolver problemas essenciais da Vila.
Terá a minha reivindicação intransigente quando puder resolver ou ajudar a resolver um problema essencial da Vila e não o faça por negligência, despeito, indiferença, irresponsabilidade, “partidarite” ou qualquer outro desvalor semelhante.
Terá a minha colaboração quando a sua intervenção puder concorrer para resolver ou ajudar a resolver e não disponha de todos os meios, mas seja patente a sua vontade de o fazer.
Armação de Pêra encontra-se no concelho de Silves e só por isso não deve nada a ninguém! Concorre para as receitas do concelho em medida significativa e não deve reivindicar , como será compreensível, o retorno integral do que aqui é arrecadado, uma vez que o concelho é composto de várias localidades que não recolhem receitas semelhantes embora tenham custos públicos elevados.
O que Armação não vai tolerar, e eu com ela, será continuar a ser descriminada nos impostos, como é o caso do IMI, como localidade de luxo em virtude de ter infraestruturas que afinal não tem!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Entrevista (Parte II):O xico-espertismo é a contrafacção da inteligência!



BC – Mas os partidos são um mal necessário?
X – Claro que são necessários. Não há democracia sem partidos ou sem classe politica. O problema não reside nas instituições democráticas, e seus modelos de abordagem dos problemas. O mal está nos vícios e descaminhos das suas vocações. O mal é, se quiser, da contrafacção!

BC – Mas, como é possível, “furar” esse cerco da contrafacção?
X – Pelo trabalho sério, dedicado e esclarecido. Se assim não for não teremos futuro!

BC – Mesmo na Oposição?
X – Sobretudo na oposição. Quem se pretende candidatar tem de conhecer os “dossiês” e conhecendo-os...não há como não tomar posição. Os governos tem de se preparar exactamente na oposição.

BC – E no poder?
X – No poder haverá que agir atacando, com seriedade e elevado sentido de responsabilidade, os problemas e, avaliando sempre com rigor os interesses predominantes em causa, agir em conformidade com os mesmos, na medida do orçamentalmente possível.
Só uma pedagogia do exemplo, tão participada quanto possível, permitirá augurar um futuro melhor, designadamente através de representantes do povo mais fieis aos mandatos.

BC – Você é um ingénuo ou um candidato sem qualquer perspectiva de êxito?
X – Nem uma coisa, nem outra, se me permite. É precisamente na centração nessa dualidade que se perde o concurso de excelentes mandatários para a causa pública.
Até quando vamos conceder ao xico-espertismo a aura de inteligência? O xico-espertismo é a contrafacção da inteligência!

BC – Mas convenhamos que quem não promete não augura uma conquista eleitoral. É uma regra de ouro na politica, ou não?
X – É verdade que assim costuma ser, sobretudo ao nível nacional. Os nossos dois últimos primeiros-ministros prometeram não aumentar os impostos e foi o que se viu. Porém, ao nível local, sobretudo ao nível da Freguesia, penso que o “pulso” do candidato é medido, ou pode, ou deve, ser medido com outro rigor.

BC- Mas, olhemos o exemplo de Armação de Pêra, o Presidente da Junta, que será um bom homem, jamais revelou qualquer competência para o cargo, jamais apresentou quaisquer resultados, nem as contas dentro dos prazos legalmente estipulados apresenta, para além de absolutamente ausente no que às principais questões da Vila diz respeito, será que os eleitores de Armação lhe mediram o pulso, para usar a sua terminologia, e o reelegeram por mérito?
X – Claro que não. O efeito das marcas partidárias e do posicionamento das pessoas em função de lealdades ao emblema não são bons conselheiros e só por sorte correm o risco de acertar.
Este é um dos “handicap” gerado pela “clubite” partidária, isto é, alguma falta de maturidade democrática.
Com o peso da má gestão dos Governos a entrar pelo bolso adentro dos portugueses, acredito que esta maturidade vai sofrer um aperfeiçoamento rápido.
As pessoas vão passar a querer saber melhor o que os eleitos fazem com o seu dinheiro! Melhor ainda: as pessoas começam a saber agora que é o seu dinheiro que mantém todo o circo em que as gestões perdulárias têm vivido. Que é em si e na sua capacidade de contribuir que assenta o pais. E que se se desperdiça é sempre o mesmo que paga: o cidadão-contribuinte.
O futuro é inevitavelmente mais participativo. E esses senhores começam a perceber que o exercício dos cargos vai passar a fiar mais fino!

BC – Mas vai demorar certamente?
X – Só demorará o que a comunidade dos cidadãos permitir!

BC – Voltemos a Armação. Se vier a candidatar-se e tiver êxito, vai ser o Vítor Gaspar da nossa história?
X – Não. Longe disso. Pode ser-se rigoroso nas contas sem se ser financeiro! Isto é: economicamente míope.

Entrevista a um candidato diferente(Parte I)



Iniciamos hoje a transcrição da entrevista com um, ainda potencial, candidato à Junta de Freguesia de Armação de Pêra, conforme prometido.
Dada a sua extensão publicamo-la fraccionadamente correndo o risco de assim se esbater o interesse jornalístico da mesma.
O “candidato” escolheu manter o anonimato, o que respeitámos e designamo-lo por Snr. “X”. “BC” designa, naturalmente o Blogue Cidadania!

BC- Boa noite senhor X! Agradecemos a sua presença no BC.
X – Boa noite, eu é que agradeço a oportunidade que o BC me deu de poder divulgar os meus pontos de vista à comunidade.

BC- Já decidiu candidatar-se à Junta de Armação, com tanta antecedência?
X – Para ser objectivo, ainda não. Apesar do impulso que tento controlar pela via da racionalidade, ainda não tomei a decisão definitiva.

BC – Então o que fazemos aqui, hoje?
X – As circunstâncias verdadeiramente indecentes criadas pela gestão autárquica, no seu todo, em Armação de Pêra, indignam qualquer cidadão minimamente preocupado. A questão que se coloca a muitos deles é a de saber se têm efectivamente condições de dedicar à salvaguarda dos interesses comunitários todo esse tempo.

BC – É só uma questão de tempo?
X – Claro que não!

BC – Então que mais?
X – Outra questão, não menos importante, é se podemos viver com o ordenado que o Orçamento de Estado prevê para o cargo. Se o orçamento pessoal permite ser ajustado a tal rendimento.

BC – Pois, pois, aí reside um dos problemas da classe politica! Os mais qualificados não se sentem atraídos pelo rendimento de um cargo público?
X – Muitos dos que poderiam vir por bem, não podem aceitar reduzir drasticamente o orçamento das suas famílias. Outros ou não vêm por bem, ou já são ricos.

BC – Quer dizer que só poderemos ter políticos competentes e sérios se forem ricos?
X – Nada disso. O problema não se pode reduzir a uma síntese dessa natureza e sobretudo desse teor.

BC – Então em que ficamos?
X – Ficamos em que muitos dos que podiam ajudar nas áreas de maior exigência técnica, e que são realmente necessários se quisermos dar um salto qualitativo, só pagos a peso de ouro! Outros, pelas suas competências especificas, não são “controláveis” nem sequer “partidarizáveis”, nada vocacionados para “YES MAN”, não se encontram, desde logo, no espectro do convite para tais incumbências.

BC – Mesmo ao nível local, a dinâmica das coisas é essa?
X – Ao nível local, tudo se passa como no Portugal dos Pequeninos. O sistema ajusta-se à dimensão das coisas, e o principio aplica-se mas em ponto pequeno.

BC – Essa “leitura” esgota o tema?
X – Claro que não! Pois o que sucede é que a ausência no jogo do poder de cidadãos mais capazes deixa o campo livre aos mais poderosos, qualquer que seja o domínio multifacetado das expressões do poder. Pode até ser o poder de dispor do seu tempo. Abrir diariamente uma sede partidária em “Freixo de Espada à Cinta” e servir os cafés à meia dúzia de militantes que lá aparecem semanalmente, pode conduzir alguém à Assembleia de freguesia, municipal ou até à Assembleia da República.

BC – E quem tem esse tempo para dar ao Partido?
X – Desde logo quem estiver desocupado, ou quem tiver muito pouca ocupação!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Petição pela Classificação do CASINO: O Seguro morreu de Velho!

Tivemos recentemente acesso ao Regulamento Municipal nº 40/2008 de 18 de Janeiro, publicado no DR, 2ª Série, nº 13 de 18/1/2008, cujo texto original traremos brevemente, e consideramo-lo, como é habitual em Portugal, um documento legislativo de significativo interesse para a Vila, não fosse ele o Plano de Pormenor de Armação de Pêra, mas praticamente desconhecido da generalidade dos interessados graça ao "segredo" convenientemente mantido, para que assim todos permanecam: no obscurantismo.

Independentemente das matérias gerais que enfoca e sobre as quais não temos competência para avaliar e desse modo formular uma opinião, outras há que contemplam assuntos mais próximos do conhecimento comum. Falamos naturalmente de Património Cultural (artº 43º), no qual segundo o Plano de Pormenor de Armação de Pêra (PPAP), se compreendem os Imóveis Classificados e os Imóveis de interesse Não Classificados.

Mais adiante, no artº 45º do mesmo instrumento legal, o legislador (CMSilves) define expressamente “O Casino da Praia (Av. Beira Mar)”, como imóvel de interesse Não Classificado.

Esta “classificação” ( “imóvel de interesse Não Classificado”) por via Regulamentar já protege o edifício do Casino, impedindo intervenções que não respeitem os materiais e pormenores construtivos representativos da sua linguagem
arquitectónica e época de construção, assim como a sua composição
volumétrica, o que nos confere, aprioristicamente, alguma tranquilidade...

Mas “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte”, como dita a sabedoria popular, é à Câmara Municipal de Silves que cabe pronunciar-se sobre as intervenções propostas para estes imóveis, com vista à sua salvaguarda e valorização, o que, justificadamente, não nos deixa ficar tranquilos por muito tempo, mas, pelo contrário, permanentemente alerta...

As recentes noticias que relatam que o Casino está inscrito na verba das receitas do Orçamento Municipal ou equivalente, é bem demonstrativo sobre a tranquilidade a que temos direito, a qual é, naturalmente, nenhuma!

Alguns, bem intencionados ou só ingénuos, ainda pensam tratar-se de um mero expediente, artificial, para equilibrar o depauperado Orçamento Municipal, visando obter por essa via entre outras, o logro das autoridades e dos cidadãos mais atentos e, ou, preocupados, sem grande risco da venda se vir a concretizar.

No entanto, num Pais onde a Lei cede a qualquer dificuldade financeira, legitima ou menos legitima, adaptando-se, quer pela violação simples, quer complexa, quer por outras vias mais formais que as legitimem, à posteriori, não podemos deixar à lei, sobretudo sobre estes interesses, o zelo pela nossa tranquilidade.

E o mesmo, infelizmente, se pode dizer quanto à aplicação da mesma pelos tribunais, que são constituídos por homens e mulheres não poucas vezes mais obedientes à sua agenda política ou aos interesses conjunturais do Governo que lhes paga o ordenado que aos mais sãos valores integrantes da constituição material de um Estado de Direito, o que também adverte os cidadãos interessados a conservarem os olhos bem abertos perante o exercício do poder de disposição por parte daqueles que efectivamente o detêm, ao caso a senhora presidenta da edilidade: Isabel Soares e seus seguidores.

Daqui que se deva partir, agora, depois do conhecimento do regulamento e das suas disposições protectoras do futuro do Casino, ainda mais sustentadamente, até à CLASSIFICAÇÃO DO CASINO COMO IMÓVEL DE INTERESSE MUNICIPAL, porque “todos os cuidados são poucos” na presente conjuntura que agrava todas as características estruturais da nossa Classe Política.

Razão acrescida, para além das já citadas, para a concretização da iniciativa da petição pela classificação do Casino como imóvel de interesse Municipal é o envolvimento da população, nativa ou não, mas amiga da Vila, a qual por esta via é chamada a participar e a defender aquilo em que acredita e que ama, reduzindo a margem de manipulação que o poder municipal usa e abusa frequentemente, tratando os cidadãos da Vila como se de fantoches abúlicos se tratassem.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

...batendo as asas pela noite calada... vêm em bandos, com pés de veludo...» Os Vampiros do Século XXI:

Recebemos de um visitante um texto, com pedido de publicação, que merece divulgação:


A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos

seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer

corar de vergonha os administradores - principescamente

pagos - daquela instituição bancária.

A carta da CGD começa, como mandam as boas regras

de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em

oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço

qualidade em toda a gama de prestação de serviços,

incluindo no que respeita a despesas de manutenção nas

contas à ordem.

As palavras de circunstância não chegam sequer a

suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo

parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de

contas, o estimado/a cliente é confrontado com a

informação de que, para continuar a usufruir da isenção da

comissão de despesas de manutenção, terá de ter em cada

trimestre um saldo médio superior a EUR1000, ter crédito

de vencimento ou ter aplicações financeiras associadas à

respectiva conta.

Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente

de pensionistas e reformados, são abertas por imposição

legal.

É o caso de um reformado por invalidez e quase

septuagenário, que sobrevive com uma pensão de

243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário

de 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi

forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da

Segurança Social para receber a reforma.

Como se compreende, casos como este - e muitos são

os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza -

não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela

CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar despesas de

manutenção de uma conta que foram constrangidos a abrir

para acolher a sua miséria.

O mais escandaloso é que seja justamente uma

instituição bancária que, com 100% de capital público, isto é,

de todos nós, ano após ano apresenta lucros

fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo

quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar

Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver

que contribua para engordar os seus lautos proventos.

É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa,

como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a

pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.

Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos

servem sob a capa da democracia, em que até a esmola

paga taxa.

Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer

resquício de decência, com o único objectivo de acumular

mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso.

Medita e divulga... Mas divulga mesmo por favor...

Cidadania é fazê-lo, é demonstrar esta pouca vergonha que

nos atira para a miserabilidade social.

Este tipo de comentário não aparece nos jornais, tv's e

rádios... Porque será???

Eu já fiz a minha parte. Faz a tua!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A EDP UMA VEZ MAIS: APELO À RESISTÊNCIA DOS CIDADÃOS MILITANTES

Solicitaram-nos a publicação de um apelo de cidadãos com vista à multiplicação da sua difusão.

Não precisarão os seus promotores de solicitá-lo segunda vez porquanto desde já se encontra publicado e assinado por baixo por todos os colaboradores deste Sítio.




Passem a todos os vossos Contactos: Vamos exercer o nosso PODER de cidadãos consumidores! 


PROPOSTA:



Começar DIA 20 DE NOVEMBRO ÀS 15 HORAS e continuar todos os domingos… 
 
a nível nacional, vamos, todos nós consumidores domésticos, desligar TUDO durante uma hora (os nossos congeladores aguentam mais do que isso quando há uma "anomalia" na rede que nos deixa sem energia e as baterias dos nossos portáteis também);



- vamos repetir a acção até a EDP ter de nos PEDIR para parar com a coisa.

Na qualidade de bons cidadão, que todos somos, pararemos mas só se os preços forem ajustados de forma a que os lucros da EDP se acertem pelo razoável, pelo socialmente justo e pelo moralmente correcto. 



A EDP já teme os prejuízos desta medida na escala dos vários milhões de portugueses, que estão conscientes do abuso a que estão sujeitos.

Já recebi este email 17 x nos últimos dias...CONTINUEM A PARTILHAR 
 


A EDP mantém um nível de lucros totalmente incompatível com o estado do país e com os sacrifícios exigidos a todos nós.

A EDP tem mais poder que o Governo de Portugal e conseguiu (vá-se lá saber por que vias...) impedir uma medida que visava minorar os brutais aumentos da energia que se estão a verificar e que vão, certamente, aumentar ainda mais os ditos lucros.

A EDP mantém um monopólio (não de jure, mas de facto) uma vez que a concorrência não oferece aos consumidores domésticos (por exemplo) taxas bi-horárias. 


Espalhem a ideia ... veremos no que dá... Os cidadãos em geral que pouco ou nada tiveram que ver com a causa da situação económica que vivemos, poderão ter um papel fundamental na gestão das consequências da mesma e sobretudo na RESISTÊNCIA aos aproveitamentos de alguns, sobretudos daqueles que gozam de posição dominante no mercado de bens de primeira necessidade, a coberto da austeridade que a crise determina.

Foi e é à conta da omissão dos cidadãos exercerem o seu papel na comunidade que chegamos onde nos encontramos!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Despesa pública indecente...

Tivemos conhecimento muito recente do blog: madespesapublica@gmail.com!

Trata-se de um trabalho de recolha de informação de mérito invejável que urge divulgar.

Soubemos por seu intermédio que a Câmara de Almada, em Junho de 2011, em plena crise, se dá ao luxo de despender cerca de 80.000,00€ em... relógios de ouro!



Apesar de tudo o que temos dito acerca da despesa pública, esta noticia tem o supremo mérito de ainda conseguir surpreender-nos. Tal poder é capaz de não constituir um tão grande poder quanto o acabamos de avaliar. Mas se assim for, o tamanho da nossa ingenuidade é incomensurável.

Como é possível, em pleno ano de 2011, existirem alimárias carnívoras à solta com mão (tão ligeira) na despesa pública?

Portugal e outros países do sul, mas também do norte da Europa, em face da desregulação financeira (e económica) está a contribuir para uma nova etapa da união económica: a transferência de maior poder central para Bruxelas. Trocado por miúdos...revelando não dispor de capacidade para gerirmos as nossas finanças, teremos de adoptar a tutoria daqueles que “tapam os buracos” e com ela perdermos parte importante da nossa independência.

Se o fizéssemos por decisão politica devidamente sufragada, nada teríamos a opor conscientes das consequências da globalização e da necessidade premente de integrarmos um bloco económico com o peso do continente onde geograficamente nos encontramos.
Conformados a fazê-lo por incapacidade para sermos independentes económica e financeiramente é, no mínimo, lamentável.

A menoridade que tais circunstâncias revelam é autentica e mede-se em números astronómicos. Mas também se pode medir pelos verdadeiros crimes sociais de autoria politica institucional de esbanjamento dos dinheiros públicos e, ou luxúria perpetrados pelo Poder Local, conquista tão cara à liberdade, à democracia e ao 25 de Abril.

Este Poder Local não pode permanecer nas mãos de gente incapaz para segurar as rédeas que o conduzem.

Infelizmente, também em Armação de Pêra, sabemos bem da verdade que esta conclusão comporta.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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