Por: Marina Pinto e Pedro Zagacho Goncalves, in :Correio da Manhã de 02.05.2017
Criança de sete anos fica sem conhecer identidade do pai.
Uma mulher alemã, que ficou grávida depois de manter relações sexuais com um prostituto, perdeu a batalha legal para descobrir o nome desse homem. Segundo a BBC, um tribunal de Munique decretou que o hotel onde passaram três noites, em 2010, não tem de lhe revelar o nome do presumível pai da criança. O tribunal alega que o direito do homem à sua privacidade é mais importante do que o pedido de pensão de alimentos que a mulher fez. A sentença foi mantida após recurso e o caso encontra-se agora encerrado.
A alemã, cuja identidade não foi revelada, apenas conhece o acompanhante por ‘Michael’. Contudo, outros três homens chamados ‘Michael’ pernoitaram naquele hotel na mesma altura. Segundo a sentença, cada um dos quatro ‘Michaels’ tem direito "a controlar as suas próprias informações e a proteger o seu casamento e a sua família".
Nove meses depois da estadia no hotel, nasceu Joel, agora com sete anos, que fica sem conhecer a identidade do pai. O tribunal decidiu que a falta de detalhes que a mãe da criança fornece sobre o homem levanta o risco de os dados pessoais "serem simplesmente divulgados ao acaso".
"Nem sequer é certo que o nome ‘Michael’ é de facto o nome do homem em questão", defendem os juízes. O uso de pseudónimos é frequente entre os prostitutos.
As leis de privacidade alemãs estão entre as mais estritas da Europa. Algo que é, em parte, um legado da história. Recorde-se que durante o regime nazi, e mais tarde sob o domínio comunista do leste alemão, houve graves abusos dos direitos humanos. Nesse período, os cidadãos alemães estiveram sob apertada vigilância por parte do governo.
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
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quarta-feira, 3 de maio de 2017
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Brasileira troca carreira de Advogada pela de prostituta de luxo
Cláudia de Marchi conta tudo, sem pudores, no seu site e
nas redes sociais.
In: JCM de 25.02.17
Estudou direito, exerceu
advocacia, chegou até a dar aulas de direito constitucional
numa universidade do estado de Mato Grosso, no Brasil. Mas, aos 34 anos,
Cláudia de Marchi largou tudo para abraçar uma nova profissão: a
de acompanhante de luxo.
Fê-lo com toda a convicção e não
tem qualquer problema em assumir a decisão no seu site pessoal e nas redes
sociais, onde publica relatos muito vívidos das suas experiências, acompanhados
de fotos muito ousadas.
A decisão começou a desenhar-se
em janeiro do ano passado, quando foi demitida.
"Eu tomei essa decisão
depois de sair do magistério, quando fui demitida sem justa causa, por questão
de egos nestas instituições particulares", conta à Folha de São Paulo
No verão do ano passado, entregou
a carteira profissional de advogada e mudou-se para Brasília. Nada a prendia à
vida anterior. "Tanto no casamento quanto nos meus namoros, o sexo era o
que havia de mais especial, então resolvi aproveitar só a cereja do bolo",
conta ao jornal brasileiro.
No início, Cláudia usava um
alter ego para a sua atividade. Mas depressa abandonou Simone Steffani
para assumir a sua nova ocupação com o nome que usava na vida "real".
Explica no seu site pessoal que se fartou de disfarces:
"Fato é que o já conhecido
codinome [nome de código] Simone Steffani nasceu para preservar o meu lattes,
meus familiares distantes, enfim, aqueles cuja existência pouco me interessa,
mas que, por desventura do destino, carrego o sobrenome. Meu pai, mãe e tias
maternas, ou seja, quem realmente me ama, sempre soube do meu novo ofício.
Minha mãe, minha melhor amiga e companheira, como apoiadora feminista number
one".
No texto em que se apresenta,
Cláudia revela uma desarmante sinceridade: "A intelectualizada
ex-professora e advogada há 11 anos com a acompanhante de luxo que adora sexo
oral, engolir porra e fazer anal intenso. Simone era um disfarce, mas quem
existe é a Cláudia de Marchi".
E deixa um aviso aos moralistas:
"Esta sou eu, Cláudia de Marchi, uma ninfomaníaca seletiva que desperta
sensações diversas, porém nunca mornas, que adora incomodar aos hipócritas e as
recalcadas e recalcados de plantão e que, acima de tudo, é contente consigo
mesma, dorme como um anjo e tem orgasmos múltiplos! Aliás, uma rara mulher cujo
corpo, cavidades e mente foram projetados para dar e receber toda e qualquer
forma de prazer. E, quer saber?! Eu tenho o melhor trabalho do mundo! Está
incomodado? Se retire. Obrigada".
O site inclui até uma tabela de
preços em que Cláudia indica que cobra 600 reais (182 euros) por hora, 2 mil
reais (600 euros) por dois dias de acompanhamento ou 1200 euros por cada
pernoita - que especifica serem realizadas no horário das 22h00 às 08h00 e
só em "hóteis de qualidade".
E para que os acham muito caro, a
acompanhante também tem uma mensagem: "Não gostaste dos valores
pecuniários aqui relatados queridinho? Adapte-se à tua situação econômica e
procure alguém que tu possas pagar sem barganhar e, consequentemente, faltar
com o respeito para com o profissionalismo alheio. No universo do sexo pago da
Cláudia, não existe tolerância a pechincha".
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Dossier Prostituição
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
A intimidade na prostituição em 24 imagens
Por: Marta Leite Ferreira in Observador de 17/1/2017
A Galeria de Belas Artes Daniel Cooney revelou as imagens de
profissionais do sexo que estiveram em exposição em Nova Iorque durante o
último verão. Vinte fotógrafos aceitaram expor as fotos que captaram
prostitutos e prostitutas com quem trabalharam de perto, ora no exercício da
sua profissão, ora na intimidade de quem vende o corpo em troca de dinheiro.
A
ideia, explicou Daniel Cooney ao Observador, é mostrar o envolvimento desses
fotógrafos com os prostitutos que os inspiraram. E fizeram-no recuperando fotografias
mais antigas da profissão para entender como é que ela evoluiu ao longo do
tempo (afinal, é a mais velha do mundo).
De acordo com o organizador do evento, que agora publicou as
fotografias na Internet, “enquanto muitos dos fotógrafos fornecem um vislumbre
das mais íntimas atividades, também contam histórias das pessoas retratadas e
abrem uma porta para inúmeras perceções do comportamento humano”.
A exposição sediada em Nova Iorque não deverá regressar às galerias,
mas pode agora ser vista online.
Explore
as imagens nesta fotogaleria. Pode ver
outras a partir de
este link.
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Dossier Prostituição
quarta-feira, 13 de abril de 2016
O futuro da prostituição?
"França aprova lei que proíbe pagar por sexo
Os deputados da câmara baixa francesa aprovaram esta quarta-feira uma legislação que torna ilegal pagar por sexo e que impõe multas de até 3750 euros a quem comprar serviços sexuais. Os que forem declarados culpados desse crime terão ainda de participar em aulas para aprenderem mais sobre as condições que as prostitutas enfrentam no seu trabalho.
A lei foi aprovada na câmara baixa com 64 votos a favor, 12 contra e 11 abstenções. Sublinha o "Le Monde" que esta legislação estava a ser debatida há mais de dois anos por causa de diferenças de opinião entre a câmara baixa e a câmara alta do Parlamento francês. Durante o debate final, cerca de 60 prostitutas manifestaram-se frente ao Parlamento, em Paris, com cartazes onde se lia "Não me libertem, eu tomo conta de mim própria", noticiou a AFP.
Ao longo destes dois anos de discussão, membros do sindicato de trabalhadores do sexo, o Strass, disseram que, a ser aprovada, a legislação iria ter um impacto negativo nas condições de vida de entre 30 e 40 mil prostitutas do país. Os que apoiam a medida dizem que é o melhor instrumento para combater as redes de tráfico humano que operam dentro e fora de França.
"O aspeto mais importante desta lei é que garante acompanhamento às prostitutas, dá-lhes documentos de identificação porque sabemos que 85% das prostitutas aqui são vítimas de tráfico", disse à Associated Press Maud Olivier, deputada do Partido Socialista que patrocinou a lei sob a qual fica mais fácil para prostitutas estrangeiras obterem autorização de residência temporária em França se aceitarem procurar outros empregos.
França segue assim o exemplo da Suécia, que se tornou um dos primeiros países do mundo a criminalizar os que pagam por sexo e não as prostitutas. As autoridades suecas têm garantido que o número de mulheres nas ruas na principal área de prostituição de Estocolmo caiu desde que a legislação foi aprovada."
Fonte:Expresso 07.04.2016
Os deputados da câmara baixa francesa aprovaram esta quarta-feira uma legislação que torna ilegal pagar por sexo e que impõe multas de até 3750 euros a quem comprar serviços sexuais. Os que forem declarados culpados desse crime terão ainda de participar em aulas para aprenderem mais sobre as condições que as prostitutas enfrentam no seu trabalho.
A lei foi aprovada na câmara baixa com 64 votos a favor, 12 contra e 11 abstenções. Sublinha o "Le Monde" que esta legislação estava a ser debatida há mais de dois anos por causa de diferenças de opinião entre a câmara baixa e a câmara alta do Parlamento francês. Durante o debate final, cerca de 60 prostitutas manifestaram-se frente ao Parlamento, em Paris, com cartazes onde se lia "Não me libertem, eu tomo conta de mim própria", noticiou a AFP.
Ao longo destes dois anos de discussão, membros do sindicato de trabalhadores do sexo, o Strass, disseram que, a ser aprovada, a legislação iria ter um impacto negativo nas condições de vida de entre 30 e 40 mil prostitutas do país. Os que apoiam a medida dizem que é o melhor instrumento para combater as redes de tráfico humano que operam dentro e fora de França.
"O aspeto mais importante desta lei é que garante acompanhamento às prostitutas, dá-lhes documentos de identificação porque sabemos que 85% das prostitutas aqui são vítimas de tráfico", disse à Associated Press Maud Olivier, deputada do Partido Socialista que patrocinou a lei sob a qual fica mais fácil para prostitutas estrangeiras obterem autorização de residência temporária em França se aceitarem procurar outros empregos.
França segue assim o exemplo da Suécia, que se tornou um dos primeiros países do mundo a criminalizar os que pagam por sexo e não as prostitutas. As autoridades suecas têm garantido que o número de mulheres nas ruas na principal área de prostituição de Estocolmo caiu desde que a legislação foi aprovada."
Fonte:Expresso 07.04.2016
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Dossier Prostituição
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Amnistia Internacional passa a defender descriminalização da prostituição
12/8/2015, in Observador,
por Sara Otto Coelho
A decisão é
polémica e a votação dividiu-se. Para além do fim da repressão contra os
trabalhadores do sexo, a Amnistia também vai lutar pelo fim da repressão contra
clientes e proxenetas.
O projeto
de resolução apela ao estabelecimento “de um quadro legal no qual todos os
elementos do trabalho do sexo serão despenalizados” foi adotado durante o
Conselho internacional da ONU, que reuniu em Dublin cerca de 400 delegados,
anunciou a AI. A ONG discutiu o tema durante dois anos e não
quis precisar o número de delegados que votaram a favor da moção. A secção
francesa, por exemplo, tinha colocado diversas reservas.
Ao considerar
que “a criminalização do trabalho do sexo entre adultos com consentimento pode
conduzir a um aumento das violações dos direitos dos trabalhadores do sexo”,
a ONG vai desencadear uma campanha pela supressão da repressão contra os
prostitutos e prostitutas, mas também contra os clientes e os proxenetas.
Este ponto
foi o que motivou a principal controvérsia. Assim, a ONG Equality Now, que
defende os direitos das mulheres, está de acordo para que termine a repressão
contra os trabalhadores do sexo, mas opõe-se firmemente a que esse seja o caso
para clientes, proxenetas e proprietários das casas. “Legalizar aqueles
que exploram pessoas prostituídas não é a melhor forma de proceder”,
considerou Esohe Aghatise, da Equality Now, porque “a procura comercial pelo
sexo alimenta o tráfico” de seres humanos.
A Amnistia
reconhece ser um tema “extremamente complexo” mas considera que os
trabalhadores do sexo, “um dos grupos mais marginalizados do mundo”,
beneficiarão com a despenalização. E esclarece que esta política não tem a ver
com proteger os proxenetas”. A ONG também sublinha que esta resolução não põe
em causa o seu envolvimento contra o trabalho forçado e o tráfico de seres
humanos.
Descriminalização,
não legalização
A
diversidade de legislação na Europa comprova tratar-se de um assunto longe de
ser consensual. Há dois meses, a França juntou-se à minoria de países europeus
que sancionam os clientes de prostitutos ou prostitutas, onde se incluem Suécia
e Noruega. Na maioria dos restantes países da Europa, que na generalidade
punem o proxenetismo, a prostituição é regulamentada (Alemanha, Áustria,
Holanda, Bélgica), ou tolerada.
Em
Portugal, a prostituição não é uma atividade ilegal. No entanto, não é
permitido a terceiros lucrar, promover, encorajar ou facilitar a prostituição,
o que faz com que a prostituição organizada (bordeis, grupos de
prostituição ou outras formas de proxenetismo) seja ilegal.
Descriminalizar a
prostituição significa que “os trabalhadores do sexo já não estão a violar a
lei. Não são forçados a viver à margem da lei e há uma maior possibilidade de
os seus direitos humanos serem protegidos”, explica a Amnistia na sua página.
Nos casos em que a prostituição é legalizada, o Estado entra no jogo com leis e
políticas de regulamentação. É por isso que a ONG afirma que os trabalhadores
do sexo que consultou preferem a descriminalização, embora deixe claro que a
Amnistia não se opõe a uma possível legalização.
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Dossier Prostituição
quarta-feira, 4 de março de 2015
As prostitutas argentinas passam fatura. Estas não servem para o IRS, as seguintes talve
5/5/2015, in Observador, por João Pedro
Pincha
Na Argentina a prostituição não
é proibida, mas também não é permitida. As faturas que as prostitutas andam a
distribuir não têm valor legal, mas servem para chamar a atenção para o
problema.
“Sexo oral: 20 euros. Quer
número de contribuinte na fatura?” O diálogo é fictício mas as prostitutas
argentinas bem gostariam que não fosse. Para chamar a atenção para o vazio
legal em que a prostituição se encontra na Argentina, uma associação de
mulheres do setor lançou uma campanha em que são distribuídas faturas por
serviços sexuais aos transeuntes de Buenos Aires.
![]() |
Retirado do site da AMMAR |
A iniciativa da Associação de
Mulheres Meretrizes da Argentina (AMMAR) visa “eliminar o grande estigma” que
existe relativamente à prostituição naquele país, disse
ao jornal espanhol El Mundo Georgina Orellano, secretária-geral da
AMMAR. “É um trabalho como qualquer outro e nós, que o exercemos, somos também
trabalhadoras com direitos e obrigações”, defendeu a responsável, que decidiu
lançar a campanha simbolicamente a 1 de maio, Dia do Trabalhador.
Nesse dia, aproveitando um
comício de uma central sindical argentina, representantes da
AMMAR estiveram num estádio de Buenos Aires a manifestar-se e a distribuir
os modelos de faturas que gostariam que se tornassem realidade. Nesses modelos,
um serviço de sexo oral (a ‘francesa’ que aparece na imagem) custa 200 pesos
(cerca de 20 euros) e um serviço completo ronda os 500 pesos (ou seja, 50
euros).
O nosso setor sempre foi criminalizado e
estigmatizado. Há muito preconceito relativo ao nosso trabalho e queremos que a
sociedade não nos veja como vítimas, mas sim como sujeitos de direito e como
classe trabalhadora”, escreveu
a AMMAR numa entrada de blogue.
Nesse texto, a
AMMAR defende igualmente a criação de uma lei que enquadre a atividade
laboral sexual e insta os apoiantes da campanha a fazerem o download da
fatura e a partilharem uma versão própria nas redes sociais. Associadas ao
reconhecimento da prostituição como trabalho estão outras reivindicações: a
possibilidade de poderem passar faturas pelos serviços prestados e a criação de
uma obra social, por exemplo.
A luta das prostitutas argentinas pela
legalização do trabalho sexual já é longa e a criação destas faturas é apenas
mais um passo. Na Argentina, a prostituição está num vazio legal: nem é
proibida nem é legal. Para colmatar isso, a AMMAR promoveu,
ainda em setembro do ano passado, uma discussão pública que visava regularizar
a situação de milhares de mulheres. Só em Buenos Aires, a capital do país, a
associação diz ter mil sócias, das quais 86% são mães.
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