O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Armação de Pêra:Desfile carnaval Trapalhão 2012






Armação de Pêra: Pieguices de um povo Foliâo!

Alguns visitantes, anos atrás, questionaram-nos por mail, acerca da razão de ser editorial da importância dada ao Carnaval neste blog.

Na altura, prometemos um dia explicar melhor a sua fundamentação, a qual haveria de ser necessariamente trapalhona em coerência com o tema.

Não é novidade para ninguém que este blog pretende estar atento às deambulações e vicissitudes do poder municipal local, por um lado para militantemente denunciar acções ou omissões que, uma vez conhecidas, o justifiquem, por outro, sendo um “órgão de comunicação de factos e opiniões”, visa, despudoradamente, apreciar, enquanto grupo de cidadãos livres, independentes e proactivos, as condutas politicas dos seus representantes, ora desmistificando conceitos “oficiais”, ora desmascarando comportamentos públicos que, objectivamente, pretendem fazer passar “gato por lebre”, como é o caso da manipulação da “proximidade” à população por parte daqueles que, na senda dos banhos de multidão, sabendo que não enganam todos, tentam fazer crer a todos que são como eles de “carne e osso”, com os mesmos problemas, e que, com mais responsabilidades, tudo fazem para os resolver, sobretudo as niquices.

Aproveitando o povo folião, neste período do ano, para mascarar-se daquilo que não é, simulando da forma caricatural como se apresenta uma profissão, um estado de saúde, um estado de espírito, uma atitude, uma vocação, um acto político ou legislativo ou criminoso malquistos, permitindo-se ridicularizar, evidenciar, denunciar ou condenar publicamente, em ambiente de folia, pela rua fora.

Ora, atentos os desvios comportamentais que caracteriza quase invariavelmente a prática política dos eleitos, no que ao cumprimento dos mandatos diz respeito, no período carnavalesco, deveriam vir mascarados de políticos, formalmente e a rigor, para evidenciarem da forma caricatural, como os verdadeiros foliões fazem, aquilo que não são!

Assim, até no Carnaval, a classe politica nos mente, com todos os dentes que tem!

Por isso o Carnaval é objecto da nossa atenção. Porque importa denunciar mais esta fraude na comunicação dos eleitos com os eleitores, evidenciando as suas múltiplas personagens.

Na verdade, para eles, Carnaval é todo o ano, porque as máscaras que usam no dia a dia não passam de meras caricaturas daquilo que fizeram crer aos eleitores que iriam ser ou fazer.

Mas, como é Carnaval e o blog também pretende fazer pelo turismo de Armação de Pêra o que pode, embora pouco, importará noticiar e dar destaque à presença de algumas escolas e enredos que hoje desfilarão, tentando motivar a presença dos de fora:

Para a abertura desfilará a Escola de Samba: “A Divida Eterna” que reciclou um tema velho de anos, com uma nova letra que vai estourar: “O Samba da Mandona”;

A “Escola da Trafulhice”, que não arreda pé do Concelho, vem de seguida, com o estafado “O Enredo da Viga de Ouro” que ainda mexe.

Chamamos à atenção para a quase esquecida “A Escola do Betão a Montes” que virá por ultimo, à laia de enterro, representando extratos da peça “O Mistério do Complexo Desportivo Desaparecido” que promete dar que falar.

Por tudo isto, venha a Armação que não se arrependerá:vai ter pieguices para dar e vender!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mandona no carnaval de Armação de Pêra de 2012



A comissão organizadora do Carnaval Trapalhão de Armação de Pêra garantiu-nos que a Mandona não vai faltar ao Carnaval.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nós Estamos num Estado Comparável à Grécia



Nós estamos num estado comparável, correlativo à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma ladroagem pública, mesma agiotagem, mesma decadência de espírito, mesma administração grotesca de desleixo e de confusão. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país católico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa – citam-se ao par a Grécia e Portugal. Somente nós não temos como a Grécia uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal e o museu humano da beleza da arte.

Eça de Queirós, in 'Farpas (1872)'

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Portugueses não sejam piegas…

"Uma piada é uma coisa muito séria."



«Nenhum Primeiro-ministro, no seu perfeito juízo, vem numa altura destas chamar piegas aos portugueses» com tantos sacrifícios que são pedidos aos portugueses. E, afinal, em que ficamos, depois de Vítor Gaspar, nos Estados Unidos, ter elogiado a resiliência do povo português. Ora, «os portugueses não podem andar aí a saltar de heróis do ministro das Finanças para piegas nas palavras do Primeiro-ministro»"
Constança Cunha e Sá

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Corredor de Pesca: A excepção que confirma a regra?

A tristemente celebre telenovela do Bar da Lota que obstrui o Corredor de Pesca e que agora não só ocupa parte do Balneário, como aparentemente vai passar a explorá-lo, promete continuar a dar que falar...

A dar que falar pela opacidade de métodos e processos em que a Junta e a Câmara são useiras e vezeiras.

Os seus titulares usam os seus poderes como se decidissem sobre propriedade sua, sem a mais pequena noção de que não passam de meros detentores de bens alheios cuja administração lhes foi temporariamente confiada para, dentro dos limites da lei a que se encontram adstritos, agirem no interesse da comunidade que os elege.

Esquecem com uma frequência frenética a elementaridade deste principio estruturante de qualquer democracia.

Esta gente abusa, maltrata a coisa pública, contribui decisiva e aceleradamente para o excesso de despesa, por acção e omissão, e nessa medida tem contribuído para a situação desesperada em que se encontram as contas públicas e, por via disso, o pais.

Impunes...continuam diletante, tranquila e incompetentemente a usurpar os poderes que não têm nos cargos que desempenham com legitimidade formal, mas com absoluto vazio substancial.

Estes pigmeus da classe politica nacional, fazem parte dela em tudo o que de mais negativo caracteriza a mesma, designadamente o extraordinário contributo para o acelerado delapidar do erário público, conseguindo eleger-se graças ao verdadeiro divórcio existente entre os cidadãos e os seus representantes, patente no peso habitual da abstenção, para o qual contribuem mediante a imoralidade da sua prática politica, instilando o alheamento na generalidade dos cidadãos, e ao sistemático pagamento dos favores políticos consubstanciados no voto, através da disposição de bens, direitos, concessões, subvenções e empregos públicos.

Com o conhecimento que temos de todos estes ingredientes e dos seus interpretes dificilmente a telenovela do Corredor de Pesca junto à Lota motivará grande expectativa, uma vez que ninguém espera surpresas.

No entanto quanto às surpresas, tal como quanto às bruxas cuja existência todos negam, há quem garanta que os espectadores podem aguardá-las....

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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