O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Falta de investimento na reabilitação de condutas de distribuição de água provoca mais uma rotura: A INIQUIDADE REINA NO CONCELHO DE SILVES





A Câmara de Silves tem uma das taxas mais baixas de reabilitação de condutas, a nível nacional.
Os armacenenses e os demais investidores em segunda habitação, pagam todos os meses, na sua fatura da água, um valor referente à reabilitação das condutas, que a Câmara de Silves investe nas outras freguesias.
Por evidente falta de investimento, tivemos mais uma cratera com cerca de dois metros de diâmetro na rua Álvaro Gomes.
Passavam poucos minutos das 05h00 da madrugada de ontem quando uma conduta de abastecimento de água rebentou na Rua Álvaro Gomes, em Armação de Pera, no concelho de Silves, abrindo uma enorme cratera no pavimento.
A situação obrigou ao corte de água naquela zona. Segundo o CM apurou junto de moradores da zona, o buraco, de cerca de dois metros de diâmetro, "só não deu origem a acidentes porque naquela altura praticamente não havia trânsito.
Imaginem se tivesse ocorrido às 10 horas da manhã?
Devido à rotura da conduta, houve "muita água a escorrer pela rua", mas "não se registou qualquer inundação", confirmou ao CM o presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pera, Ricardo Pinto.
De acordo com o autarca, a rotura ocorreu numa zona perto dos Correios: "Já temos tido outras roturas na Vila, mas neste local foi a primeira vez", esclareceu, adiantando que os serviços da Câmara Municipal de Silves foram alertados e procediam, ontem, à reparação da conduta. "
A Rua foi encerrada ao trânsito pela GNR, por precaução, enquanto as obras durarem", referiu por sua vez ao CM o vereador Maxime Bispo, segundo o qual "os trabalhos deverão ficar concluídos até ao fim de semana".
Durante a manhã de ontem houve ainda um corte de luz em Armação de Pêra, mas sem qualquer ligação à rotura. A situação atrasou, contudo, os trabalhos de reparação da conduta. Quanto à reparação do asfalto, será feita ‘oportunamente". Recorde-se que em dezembro de 2014 um casal de idosos caiu num buraco na Rua D. João II, em Armação de Pêra, causado por outra rotura numa conduta de água.
Enfim, mais do mesmo, numa Vila que mais parece ter tido o seu desenvolvimento feito à imagem de uma localidade do tipo “Morro do Alemão” que numa estância de veraneio que é Armação de Pêra na Europa desenvolvida, como a taxa de IMI, comparativamente, o revela, à exaustão.
Mais uma vez nada temos contra o desenvolvimento e apetrechamento das infraestruturas do interior do concelho, como não podia deixar de ser, obviamente, porém consideramos que alguns dos cidadãos-contribuintes (no caso os de Armação de Pêra) não podem ser especialmente sacrificados com pesadas taxas para que outros possam dispor do mínimo de condições, acrescendo que, aqueles especialmente sacrificados permaneçem sem os mínimos de condições que, à sua custa, outros, mais cedo vão dispôr.
Naturalmente que tudo isto com base num pressuposto, pretensamente moral e sem duvida errado, de que os cidadãos-consumidores de Armação de Pêra são privilegiados que qualquer desmando podem suportar, assentando em evidente e exuberante demonstração de INIQUIDADE. O Senhor Presidente da Junta que reconhecidamente é um competente Mestre de Cerimónias que mira alcançar outros patamares do espetáculo autárquico, bem poderia ser também, já agora, um mandatário fiel dos cidadãos-eleitores, cujo mandato é um pouco mais extenso de obrigações substancialmente mais sérias.


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