A Câmara de Silves tem uma das taxas mais baixas
de reabilitação de condutas, a nível nacional.
Os armacenenses e os demais investidores em
segunda habitação, pagam todos os meses, na sua fatura da água, um valor
referente à reabilitação das condutas, que a Câmara de Silves investe nas
outras freguesias.
Por evidente falta de investimento, tivemos
mais uma cratera com cerca de dois metros de diâmetro na rua Álvaro Gomes.
Passavam poucos minutos das 05h00 da
madrugada de ontem quando uma conduta de abastecimento de água rebentou na Rua
Álvaro Gomes, em Armação de Pera, no concelho de Silves, abrindo uma enorme
cratera no pavimento.
A situação obrigou ao corte de água naquela
zona. Segundo o CM apurou junto de moradores da zona, o buraco, de cerca de
dois metros de diâmetro, "só não deu origem a acidentes porque naquela
altura praticamente não havia trânsito.
Imaginem se tivesse ocorrido às 10 horas da
manhã?
Devido à rotura da conduta, houve "muita
água a escorrer pela rua", mas "não se registou qualquer
inundação", confirmou ao CM o presidente da Junta de Freguesia de Armação
de Pera, Ricardo Pinto.
De acordo com o autarca, a rotura ocorreu
numa zona perto dos Correios: "Já temos tido outras roturas na Vila, mas
neste local foi a primeira vez", esclareceu, adiantando que os serviços da
Câmara Municipal de Silves foram alertados e procediam, ontem, à reparação da
conduta. "
A Rua foi encerrada ao trânsito pela GNR, por
precaução, enquanto as obras durarem", referiu por sua vez ao CM o
vereador Maxime Bispo, segundo o qual "os trabalhos deverão ficar
concluídos até ao fim de semana".
Durante a manhã de ontem houve ainda um corte
de luz em Armação de Pêra, mas sem qualquer ligação à rotura. A situação
atrasou, contudo, os trabalhos de reparação da conduta. Quanto à reparação do
asfalto, será feita ‘oportunamente". Recorde-se que em dezembro de 2014 um
casal de idosos caiu num buraco na Rua D. João II, em Armação de Pêra, causado
por outra rotura numa conduta de água.
Enfim,
mais do mesmo, numa Vila que mais parece ter tido o seu desenvolvimento feito à
imagem de uma localidade do tipo “Morro do Alemão” que numa estância de veraneio
que é Armação de Pêra na Europa desenvolvida, como a taxa de IMI, comparativamente, o revela, à exaustão.
Mais
uma vez nada temos contra o desenvolvimento e apetrechamento das infraestruturas
do interior do concelho, como não podia deixar de ser, obviamente, porém consideramos que
alguns dos cidadãos-contribuintes (no caso os de Armação de Pêra) não podem ser
especialmente sacrificados com pesadas taxas para que outros possam dispor do
mínimo de condições, acrescendo que, aqueles especialmente sacrificados
permaneçem sem os mínimos de condições que, à sua custa, outros, mais cedo vão dispôr.
Naturalmente
que tudo isto com base num pressuposto, pretensamente moral e sem duvida errado,
de que os cidadãos-consumidores de Armação de Pêra são privilegiados que
qualquer desmando podem suportar, assentando em evidente e exuberante demonstração de INIQUIDADE.
O Senhor Presidente da Junta que reconhecidamente é um competente Mestre de Cerimónias que mira alcançar outros patamares do espetáculo autárquico, bem poderia ser também, já agora, um mandatário fiel dos cidadãos-eleitores, cujo mandato é um pouco mais extenso de obrigações substancialmente mais sérias.
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