O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Aquecimento global multiplica polvos, chocos e lulas
24 DE MAIO DE 2016 - 07:20 (na TSF)
O número de polvos, chocos e lulas "aumentou significativamente nos últimos 60 anos", diz investigadora, que liga o aquecimento global à multiplicação destas espécies
O aquecimento global poderá estar a beneficiar cefalópodes como os polvos, os chocos e as lulas, cujas populações se têm multiplicado nos últimos decénios, indica um estudo publicado na segunda-feira.
Zoë Doubleday, investigadora do Instituto do Ambiente na Universidade de Adelaide, na Austrália, principal autora do estudo divulgado na revista Current Biology, considerou "notável o facto de se observar um aumento regular durante longos períodos em três grupos diferentes de cefalópodes em todos os oceanos do mundo".
O seu número "aumentou significativamente nos últimos 60 anos", precisou.
As tendências observadas nas pescas já tinham levado a uma crescente especulação sobre o facto de aqueles animais marinhos registarem uma forte proliferação devido a uma mudança no ambiente.
Os cefalópodes são conhecidos por terem um crescimento rápido, uma esperança de vida curta e fisiologias extrassensíveis, que poderiam permitir-lhes adaptarem-se mais rapidamente que outras espécies marinhas.
Para o estudo, Zoë Doubleday e outros investigadores reuniram e analisaram taxas de captura daqueles animais marinhos entre 1953 e 2013. Constataram que as populações de 35 espécies de cefalópodes aumentaram de modo contínuo.
Os cientistas consideram ser difícil prever a evolução do número de cefalópodes, sobretudo se continuar a aumentar a pressão ao nível da pesca.
O próximo objetivo dos investigadores é determinar os fatores responsáveis pela proliferação.
"Isso pode dar-nos uma visão mais clara e importante sobre o impacto das atividades humanas na alteração dos ecossistemas oceânicos", crê Zoë Doubleday.
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