O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 22 de maio de 2016
Para certos Finlândeses de moral abjecta:"Toma lá que já almoçaste!"
No Expresso de sábado, soubemos que as coisa não vão bem para os lados da Finlândia. Naturalmente que sem qualquer prazer na constatação do facto, não podemos deixar de concluir aquilo que muitos proclamam a bandeiras despregadas e muitos mais à boca pequena: A austeridade, não constitui solução para esta crise!
O mesmo não poderemos dizer acerca da conclusão inequívoca que tal resultado, obtido em laboratório nórdico de inquestionável seriedade e rigor científicos, constitui como demonstração, também ela inequívoca da desonestidade intelectual de um conjunto de instituições e personagens que, com inusitada arrogância, se têm colocado no alto de pedestais de uma moralidade mais que duvidosa. Para eles, para a sua ignorância e sobretudo para as suas motivações mais profundas, o nosso sorriso que sublinha um :"toma lá que já almoçaste!"
"Finlândia: Cá se fazem cá se pagam
Lembram-se de Timo Soini, o líder de Os Verdadeiros Finlandeses, que queria expulsar a Grécia do euro e proibir que o seu país estivesse envolvido na ajuda internacional a Portugal? Pois passados sete anos eis a Finlândia, considerado o melhor país do mundo pela “Newsweek”, está a viver a maior crise desde há 30 anos.
Apesar de ter feito todas as reformas estruturais preconizadas pelo FMI, OCDE e Comissão Europeia, desde há três anos que a economia declina e regista o mais baixo crescimento europeu, que ainda será metade do grego em 2017. Por isso, Timo Soini defende agora que seja feito um referendo sobre a participação da Finlândia no euro, que culpa pela implosão da Nokia e pelas dificuldades da indústria de papel. E o Governo faz cortes nas despesas públicas, especialmente na saúde, eliminação de dois feriados e outros remédios conhecidos. A Finlândia fica no sul da Europa?
Nicolau Santos, in “Expresso”, 21 de Maio de 2016"
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