O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 3 de julho de 2007

DIREITO À INDIGNAÇÃO/ PETIÇÃO

PAGAR O SERVIÇO MULTIBANCO
BANCA INGRATA


As taxas de Multibanco que se anunciam são verdadeiramente escandalosas.

Apesar dos lucros exorbitantes que a Banca continua a ter- cerca de 40% no ano passado -, beneficiando de uma taxa reduzidíssima de IRC, a consideração pelos seus clientes é nula.

Sucede que o legislador (os cidadãos em geral e na generalidade seus clientes) concede-lhe uma taxa de IRC de 15% sobre os lucros quando as outras empresas pagam 25%, sobrecarregando a carga fiscal a todos os outros contribuintes. Mesmo assim a consideração pelos seus clientes (os cidadãos, logo, o legislador) é nula.

Despudoradamente, pretendem ainda os Bancos passar a cobrar 1,50 € (um euro e cinquenta, cerca de 300 escudos na moeda antiga), por cada levantamento.

Recorde-se que o investimento nas máquinas multibanco destinou-se a reduzir custos fixos com pessoal, libertando assim a actividade muito mais lucros.

Se assim for, deveremos:
a) Pressionar o Governo e a opinião pública no sentido de passar a Banca a pagar o IRC à mesma taxa que as outras empresas.
b) Passar a utilizar mais os cheques (apesar do seu custo igualmente exorbitante), obrigando os bancos a contratarem mais pessoal para os seus balcões (dando mais emprego, prestações sociais) e entregar os nossos cartões.

É uma questão de cidadania, por um lado e por outro uma questão de hábito.
A nossa vida económica já existia antes do multibanco.
Para além disso, hoje em dia existem payshops em toda a parte, para as ditas despesas que ainda pagamos através de Multibanco.

É, por conseguinte, um dever de cidadania, assinar a petição contra as taxas de Multibanco.
Passar a informação para os seus contactos também.


http://www.PetitionOnline.com/bancatms/


Exerce o teu direito à INDIGNAÇÂO

Sendo um assunto que interessa a quase todos nós, participa assinando também!

10 comentários:

Cristina Caetano disse...

Obrigada pela tua visita ao meu "Nuvens". Foi muito bacana encontar um blog preocupado com o que acontece na sociedade.
O nosso papel de cidadão é mesmo esse: de reinvidicarmos os nossos direitos de forma pacífica e directa.
Um abraço!

Anónimo disse...

À preguiça que lhe deu o clima juntam os portugueses o fatalismo sorna que a tradição histórica lhes deu, e a cobardia física, vinda da dependência estrangeira e da esmolante miséria que Portugal tem vivido, desde o Senhor D. João IV. Nenhum país possuí, sob este ponto de vista, mais autómatos. A iniciativa particular escandaliza a nossa inércia. Qualquer vontade medianamente enérgica nos faz medo. E daqui dois males graves. O primeiro é aguardarmos toda a vida, por um fundo sebastiânico da raça, esse protector misterioso que, numa manhã de névoa, há-de vir pôr-nos a mesa, arranjar-nos emprego, mobilar-nos a casa, casar-nos rico, e que não vindo nunca, constantemente nos impede de ganhar a vida por um trabalho sólido e higiénico. O segundo é estarmos aptos a sofrer constantemente o jogo de um subalterno audaz que qualquer golpe de mão leve ao pináculo, e que,uma vez sagrado chefe, chicotei a seu gosto a caterva de humildes pulhas que nós somos.

Anónimo disse...

O anónimo deve estar a ver-se ao espelho!

Anónimo disse...

O anónimo deve estar a ver-se ao espelho!

Anónimo disse...

Também posso expresar o meu direito à indignação mas neste caso ainda sobre o seu post do direito à sombra.
Para que não me falta-se a sombra resovi alugar um tolde na praia de Armação e não é que não tive direito a um recibo conforme dita a lei.
O banheiro depois de muita insistência pasoume um talão que em termos fiscias não tem qualquer valor.
Será que estas actividades não tem que pagar os sus impostos, afinal não são só os bancos a fugir ao pagamento dos impostos.

Anónimo disse...

Os veraneantes julgan-se deuses e querem sempre um tratamento especial!
Se calhar queria um recibo diferente ao que é entregues às outras pessoas.
Da próxima leva um recibo embrulhado numa concha.

Anónimo disse...

Oh MARROQUINA tem tento

Anónimo disse...

Meu caro bloguer as opiniões que posta são na maioria dos casos muito válidas e subscrevo-as quase todas.

Mas infelizmente, vai ter que gastar muita tinta pois mudanças na forma de pensar e actuar dos portugueses é mais para a intervenção da Nossa Senhora de Fátima ou de um santo poderoso.

Sou da opinião que só um milagre pode salvar esta nossa sociedade habituada a viver dos esquemas e “esquemazinhos” e que encara a “chicoespertice” a coisa mais natural do mundo. Onde passar a perna ao vizinho é uma arma que faz parte do dia-a-dia dos portugueses.

A corrupção beneficia de uma grande tolerância o povo reage com muita dificuldade. Somos uma sociedade entorpecida que, sabendo que é na Administração Central e Local que se regista o maior número de casos de suspeitas de corrupção, se limita a reagir com a desconfiança.

Anónimo disse...

Compreendo a essência do seu raciocinio e em muito estou com ele, sobretudo na parte da fotografia do momento.
Não comungo no entanto do conceito de inevitabilidade deste "destino".
Preocupa-me mais que a chicoespertice a sua origem: a pobreza generalizada da origem dessas gentes que cedo ocupou os seus espiritos, já que os bolsos sempre estiveram desocupados.
Os cidadãos, em tese, tem o poder (e o dever) de alterar o que quer que seja, participando na gestão da coisa pública, a qual, como o nome indica, não é privativa de ninguém como a classe politica, enebriada, pensa.
Não é uma questão de esperança, é um direito e um poder dos cidadãos.

Anónimo disse...

Não há pachorra para a mal criadona da Adelina Capelo!!! Já agora, será que os Armacenenses que alugam os seus apartamentos com cheiro a mofo, em média, por mil euros as duas semanas passam recibo? Julgo que não, pelo que exorto os vereneantes a seguirem o spot publicitário da direcção geral dos impostos, peçam sempre recibo e facturas! Outra coisa, será que vale a pena passar férias num apartamento que cheira a mofo por mil euros por duas semanas, quando por esse preço vou passar férias às Caraibas com pensão completa e desfruto de piscinas e praias de qualidade, não como a de Armação onde tenho de pedir com licença 157 vezes antes de chegar à agua do mar para molhar os pés?!! Sejam mais inteligentes...

Correio para:

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