O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Um Banco que era Bom, já nos custa 3,9 mil milhões

O IGCP emitirá este ano mais 1,3 mil milhões de euros de dívida pública. Esta é uma das iniciativas do plano do IGCP actualizado no final da semana passada devido ao adiamento da venda do Novo Banco e comunicado aos investidores.

O adiamento da venda do Novo Banco deixou o Estado sem 3,9 mil milhões de euros, que deverão ser compensados com mais dívida, cancelamento do pagamento antecipado ao FMI e redução de depósitos, revela o organismo que gera a dívida pública numa nota enviada a investidores e disponibilizada no seu site.

O IGCP emitirá este ano mais 1,3 mil milhões de euros de dívida pública escreve o Diário Económico, citando a nota do instituto. O documento que inclui um novo mapa de financiamento – que actualiza um documento de 11 de Setembro – permite detalhar os planos de Cristina Casalinho para compensar os 3,9 mil milhões de euros de receita com que contava e que estavam previsto no Programa de Estabilidade.

No novo mapa desaparece o pagamento antecipado ao FMI de 2,2 mil milhões de euros, prevê-se a emissão de mais 1,3 mil milhões de euros de dívida (800 milhões em retalho e 500 milhões em obrigações), e o nível de depósitos – tratados frequentemente por "cofre" ou "almofada" – reduz-se em 400 milhões de euros, de 9 mil milhões para 8,6 mil milhões.

Estas alterações garantem ao IGCP exactamente os 3,9 mil milhões de euros que deixaram de entrar em 2015 pelo cancelamento da venda do Novo Banco, e que visavam compensar despesa financeira com empresas públicas, e empréstimos ao Mecanismo Europeu de Estabilidade. O IGCP prevê agora receber esse dinheiro em 2016.

Contas feitas, o IGCP planeia emitir este ano 20,1 mil milhões em obrigações (17,6 mil milhões já executados a que juntam mais 2,5 mil milhões a emitir até final do ano) e 3,8 mil milhões em dívida emitida no retalho, onde se incluem instrumentos como os certificados de aforro e nova obrigação de taxa variável que poderá ser emitida até final do ano.

O instituto considera que a alteração de circunstâncias "não altera significativamente a estratégia de financiamento do IGCP para o que resta de 2015, nem a projectada posição de caixa no final do ano" que adjectiva como ficando "bem acima dos 8 mil milhões de euros". Nos cinco parágrafos enviados aos investidores o IGCP dá ainda conta do plano de "revisitar a estratégia de pagamento antecipado ao FMI" e aumentar as emissões de médio longo e de retalho.

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