O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Desabafos de um Armacenense indignado!

Nós, os “Armacenenses”, somos uma comunidade quase residual numa imensa população que habita Armação de Pêra. Dai, talvez a explicação para a fraca expressão de bairrismo e amor pela dignidade, história e património de Armação de Pêra. Somos poucos; muitas vezes mal informados e na maioria das vezes conformados com a rapinagem, degradação e roubo, a que os bens públicos em Armação de Pêra são submetidos. Umas vezes por indiferença, outras por egoísmo, outras ainda, por incapacidade e submissão…ai vão as parcelas da praia, do rio, dos bens da Junta de Turismo, das cedências urbanísticas, das ruas, dos passeios, da beleza e do pitoresco públicos…a passarem, como que por artifícios de gente maquiavélica, de Armação de Pêra e usufruto público, para propriedade e exploração de interesses particulares!

Somos os responsáveis pela guarda, preservação e melhoria, de um património inestimável, que nos foi legado p’los nossos antepassados e que temos a obrigação moral: de descendentes de “Armacenenses”,de defender e o entregar incólume às gerações que nos precedem.

É pois, como “Armacenense” indignado que lanço um apelo às consciências adormecidas, para que se insurjam com veemência contra mais um atentado que “os vampiros” estão a engendrar para se apossarem de parte da praia de Armação de Pêra!

Por erro, ou vazio legal sobre a delimitação do Domínio Público Marítimo, uma faixa da praia foi revindicada como propriedade particular por herdeiros de uma antiga família de proprietários de prédios confinantes com a praia. O tribunal Administrativo julgou procedente a sua acção e deu-lhes posse de uma faixa da praia que vai desde a Lota até à margem da ribeira. A ARH- Administração Regional Hidráulica do Algarve e a Câmara Municipal de Silves negociaram com os “novos proprietários da praia” a cedência da parcela atribuída pelo tribunal, de forma que a praia voltasse à sua propriedade original: propriedade púbica!

Acordaram os valores da transacção e anunciaram à comunicação social a boa-nova e a bondade das instituições públicas na defesa do património de todos. Já havia dinheiro do Estado, disponível para a escritura! A escritura não chegou a ser feita!
Agora aparece-nos uma “eminência parda” que em nome de um grupo hoteleiro com interesses na referida faixa da praia – negociou lá uma concessão de ensino de surf, com cerca de 10 m2 onde instalou um restaurante, “apoio balnear” com algumas centenas de m2, – a dizer que a praia é sua, que os Apoios de Pesca estão na sua propriedade! Que o campo de futebol – ocupado há mais de 40 anos pelo Clube de Futebol “Os Armacenenses”- também é seu!

Nós sabemos que essa “eminência parda” e os seus tentáculos familiares e outros têm hipotecado vários espaços da Praia de Armação de Pêra a interesses privados! Por este andar qualquer dia cobrem-nas entrada para pisar a areia, tomar banho no mar e os pescadores serão afastados para nascente da boca do rio.

A escritura desta tramóia ainda não foi feita, mas poderá estar eminente.
As entidades que deveriam defender os interesses de Armação de Pêra – Câmara Municipal de Silves, Junta de Freguesia, ARH-Algarve e Clube de Futebol “Os Armacenenses”- não o fazem: por cumplicidade, defesa de interesses obscuros, incompetência ou desconhecimento, não mexem uma palha em defesa do património que lhes foi entregue para guarda, preservação, melhoria e dignificação.

A intrujice que nos querem fazer engolir, vem travestida de “melhorias para o desporto, nas condições dos apoios de pesca e até no ambiente” não passam de ilusões para nos enganar e tomar de assalto a Nossa Praia! A Camara de Silves e a ARH-Algarve que cumpram o que se comprometeram! Façam a escritura da posse da Praia e entregam-na a Armação de Pêra! Já chega de sermos usurpados!

O orgulho “Armacenense” já por diversas vezes soube responder à chamada quando a dignidade e os interesses de Armação de Pêra estão ameaçados. É pois chegada a hora de fazermos ouvir a voz da nossa indignação!

Luís Ricardo

11 comentários:

Anónimo disse...

Nem você sabe da missa a metade.
O Cabral tem dinheiro para gastar, e é muito. Antes do Verão já tinha estado varias vezes na Kubata (que eu vi). Alguma coisa correu mal com o Ricardo e ela passou o verão a mandar a ASAE fechar a Kubata. Ele sabe muito e como vos levar.Quem pagou o alcatrão até à praia dele? E a passadeira em frente ao Buzio (esse que se ponha a pau).

Anónimo disse...

Por isso vão voltar a perder as eleições!
Fazer a defesa da abertura duma barraca sem as mínimas condições higiénicas, que põe em causa a saúde pública, só da cabeça desta gente.
A praia era privada, um investidor adquire e entrega a estado, propõe-se a fazer investimentos e vem para aqui dizer que é mau.
Faz falta o bom senso a muita gente.
Ficaram parados no tempo!

Corre Costas disse...

Corrupto!!! escondes-te no anonimato?

Anónimo disse...

PJ investiga morte de homem em Silves


A Polícia Judiciária está a investigar as circunstâncias em que ocorreu a morte de um homem cujo corpo foi encontrado na terça-feira em São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves.

"Nesta altura decorrem investigações para determinar as circunstâncias em que ocorreu a morte" do homem, de 67 anos, disse à Agência Lusa fonte policial, escusando-se a revelar mais pormenores.

O corpo do homem, de origem britânica, foi encontrado na terça-feira à tarde, por um popular num terreno de que era proprietário, no Monte da Renda, na freguesia de São Bartolomeu de Messines (Algarve).

De acordo com o Centro Distrital de Operações de Socorro de Faro, o alerta foi dado por volta das 17 horas, tendo a Guarda Nacional Republicana sido chamada ao local, mas as investigações passaram para a alçada da PJ.

um morador de Armação disse...

Este pessoal só pensa em dinheiro, desde que façam alguma coisa por Armação de Pêra mesmo que para isso tenham recorrido a subornos e outras coisas mais para esta gente está tudo bem.
Não sou de cá, mas o meu filho já foi registado como armacenense, tenho pena desta terra ,muita pena do que lhe vão fazer.

Para não falar da futura marina de armação, que provavelmente irão fazer....

Anónimo disse...

Estando esse Sr. Cabral envolvido está tudo dito. Tudo poderia ser feito com transparência e sem negociações duvidosas mas o estilo mafioso e dono de tudo vai imperar.
Para contribuir para a sociedade e o seu bem estar, dispensam-se jogadas deste nível efetuadas por quem tudo ultrapassa. Neste negócio todos ficarão comprometidos se não for rapidamente esclarecido e os envelopes não existirem. Se o povo gostar assim como vai, nada há a fazer, ajoelhem-se.

Anónimo disse...

Concordo. O modus operandi e forma de estar desse Cabral são ascorosos. Vamos ver até quando existirão vozes contra, com o aproximar das eleições e começarem a ser distribuidos os "apoios financeiros".

Anónimo disse...

Todo este processo tem por base uma mentira e fraude, qualquer tribunal que tenha decidido favoravelmente aos interesses da familia Santana Leite cometeu uma ilegalidade, penso que é possivel demonstrar que assim é, para isso basta conhecer todo o processo que tem inicio com um decreto de 1864(dominio publico hidrico) passando depois por 1913, depois por 1936, depois por 1990 e ainda por 2004 e ainda provar que os concessionarios que assinaram, se assinaram, contratos foram coagidos ou foram oportunistas, não conhecendo a realidade só podem ter agido de má fé. Estou disponivel para dar a conhecer a minha teoria sobre o assunto. Tive acesso a documentação que a maioria das pessoas desconhece, bem como a factos passados aos quais a familia Santana Leite se agarrou para dar cobertura legal à ilegalidade praticada.
Qualquer compromisso que a Freguesia O Municipio e o Clube de F. "Os Armacenenses" possam vir a assumir com a Vila Vita Park será o continuar da mentira da fraude e de certeza não defenderão os verdadeiros interesses de Armação de Pera.
Se a Vila Vita Park quer ter uma atitude de benemerita que o faça sem contrapartidas e colabore com as autoridades locais para a requalificação da zona.

Luís Ricardo disse...

Agradeço ao Anónimo de 3/1 das 23h09, toda informação que nos vislumbrou: que a ponha ao serviço da luta contra esta fraude que se procura engendrar com a praia de Armação de Pêra.
Ponha-nos ao corrente das suas investigações, tanto através do blog cidadania ou para o meu e-mail
lpatricioricardo@sapo.pt
Luís Ricardo

Anónimo disse...

AH!AH!AH!
Agora são os tribunais que cometem ilegalidades!
Por este andar a culpa da ilegalidade é do Rei D. Carlos!
Estamos em 2013 e sem dinheiro, deixem-se de invenções, este país e especialmente Armação necessita é de pessoas que querem investir.

Anónimo disse...

PENSAR AINDA NÃO PAGA IMPOSTO

A Kubata, é um problema das autoridades que fiscalizam o cumprimento das regras do POOC, das autoridades para as actividades economicas e ainda dos proprietários.
Os tribunais desde que existem nem só cometeram ilegalidades mas também atrocidades.
O decreto é do reinado de D. LuisI e foi uma medida inovadora, o problema está nos que vieram muito depois dele, no caso concreto, a srª Isabel Soares e o srº Fernando Santiago que não souberam ou não quisseram defender o interesse público.
Os investimento da Vila Vita Park ou de outro qualquer investidor são sempre bem vindo, desde que respeitem as regras, como é evidente.
Estarmos em 2013 é uma verdade absoluta, considerando o calendário gregoriano, mas também é verdade que não estamos em 1940.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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