O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Assembleia Municipal recomenda à Câmara do Porto que isente ou reduza taxas aos comerciantes


por PEDRO SALES DIAS 29/01/2013 - 13:03

A Assembleia Municipal do Porto (AMP) decidiu ontem recomendar ao executivo da autarquia para que “analise a possibilidade de isentar ou reduzir temporariamente algumas taxas (reclames/toldos/utilização da via pública), ou mesmo impostos (IMI/derrama) ”. O ponto, aprovado por unanimidade, faz parte da proposta de recomendação “em defesa do comércio tradicional, da restauração e da hotelaria na cidade do Porto” apresentada pela CDU.

A proposta recomenda ainda a simplificação “do processo de licenciamento de estabelecimentos do sector”. “A cidade do Porto é o seu comércio e este está a definhar e vai morrer”, disse o deputado comunista Artur Ribeiro na apresentação da proposta. Todos os partidos admitiram, com a votação, a “profunda preocupação com a situação económica e social e as consequências no definhamento dos sectores do comércio tradicional e da restauração no Porto”.

A CDU pretendia ainda que fosse exigido ao Governo a reposição da taxa intermédia do IVA no sector da restauração, mas os votos contra do PSD, CDS e o voto de desempate do presidente da AMP chumbaram essa opção.

Os deputados municipais aprovaram ainda a recomendação à Câmara do Porto (CMP) para que “apoie a realização de acções de formação a pequenos e micro empresários” e “utilize todos os meios ao seu dispor, incluindo a candidatura a linhas de financiamento comunitário, para a concretização o quanto antes do projecto de requalificação do Mercado do Bolhão”.

A AMP aprovou também duas propostas do Bloco de Esquerda “para que o município avance com repostas integradas pela promoção do comércio”.

Na Assembleia Municipal estiveram ainda quatro associações empresariais representativas do sector, cujos presidentes falaram durante o período aberto ao público. Todos concordaram que o aumento do IVA para 23 por cento é um dos mais problemas para o comércio. O coordenador do Movimento Nacional dos Empresários da Restauração, José Pereira, salientou que “muitos responsáveis não têm uma verdadeira noção do que o sector está a viver” e sugeriu que a AMP criasse uma comissão para se inteirar dessa realidade junto dos comerciantes.
O que nos gostariamos de ver a sociedade civil do concelho "mexer-se" como assistimos no Porto.

Os problemas que afectam os comerciantes e de resto os demais neste concelho não tem agido na proporção dos seus problemas, que são de todos nós.

Sabemos que não se verificam milagres em Silves, ou no resto do pais, mas também sabemos que "quem quer vai, quem não quer manda...", razão pela qual, sendo o momento dificil, não será ultrapassável sem se verificarem alterações de comportamentos e práticas, em ordem a obter outros resultados.

No Porto e certamente noutros concelhos a sociedade civil toma iniciativas e tenta, junto da autarquia, a sua cooperação com a diminuição das dificuldades, na medida do que lhe será possivel.

Em Silves não temos noticia de acções semelhantes, sabendo nós de antemão que tal não se deve à ausência de dificuldades.

 Então como explicar a omissão nas sugestões e, ou, reinvindicações por parte dos comerciantes, aqueles que, estando profissionalmente organizados, em melhores condições estão para o fazer?

 Se sempre considerámos que uma "União Comercial de Armação" ou uma "União Comercial de Armação, Alcantarilha e Pêra" seria a forma mais eficaz de os comerciantes desta região se organizarem na relação com o Municipio, hoje em dia, face à crise, consideramos uma medida de elementar sobrevivência e merediana inteligência, visando a sua sustentabilidade!

A sugestão aqui fica para quem a quizer aproveitar em proveito de todos, empregadores e empregados!

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