Os
textos que publicamos hoje, da autoria de Paul Degrauwe e Medina Carreira são
extraordinários.
Extraordinários
porquanto correspondem ao tipo de informação, séria, sustentada e desapaixonada
que a delicadeza e a profundidade da crise que atravessamos, Portugal e a
Europa, exigem, fazendo-o ainda com raras clareza e concisão, também por aí
exibindo contraste suficiente para qualquer cego, ver, o que só é atingível em
resultado de muita competência e trabalho.
Trata-se
também de informação estruturada e estruturante de que os cidadãos carecem para
melhor equacionarem o contexto que condiciona dramaticamente a sua existência.
Em
contraste com o “ruído” que caracteriza o essencial da informação que lhes é
oferecida ou instilada quer pelos interesses tácticos da classe política quer
pelos interesses comerciais dos órgãos de difusão publicitária também chamados,
impropriamente na maior parte das vezes, de comunicação social.
Remadores
contra a maré da comunicação sem conteúdo relevante, estes analistas merecem um
elogio expresso por parte dos cidadãos-eleitores-contribuintes, na certeza de
que são expoentes de uma intervenção/participação de que as comunidades carecem
e da qual não podem prescindir se se tratar de mudar de paradigma, coisa que
nos parece de uma inevitabilidade alucinante.
Infelizmente
pregam aos peixes, como Santo António!
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