Francisco José
Viegas dedica esta quarta-feira um post no seu blogue ao actual secretário de
Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, onde lhe deixa um aviso sobre o que
fará se for abordado por um agente da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Num texto
intitulado, No Estado, o absurdo não paga imposto?, publicado no seu blogue A
Origem das Espécies, o ex-secretário de Estado da Cultura escreve que quer
“apenas avisar” Paulo Núncio, actual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais,
que se algum agente da Autoridade Tributária e Aduaneira o tentar fiscalizar
pelo eventual pedido de factura à saída de um estabelecimento de restauração, o
vai mandar “tomar no cu”.
“Queria apenas
avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira
tentar fiscalizar-me à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel
(quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura
das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má
criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a
minha detenção por desobediência”, escreve Francisco José Viegas.
“Ele, pobre
funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira
quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se
a Comissão Nacional de Protecção de Dados já deu o aval, depois que pague pela
informação a quem quiser dá-la”, justifica o ex-governante.
Francisco José
Viegas foi secretário de Estado da Cultura do Governo de Passos Coelho até
Outubro de 2012, data em que apresentou a sua demissão, invocando motivos de saúde.
In “Publico”
14/02/13, Rita Brandão Guerra.
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