O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Compromisso com a Verdade e a Transparência
Nos últimos dias, temos sido questionados por vários armacenenses sobre qual o valor do salário do presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, um dos quatro candidatos ao cargo nas próximas eleições autárquicas.
Porque acreditamos que a política local deve ser feita de forma transparente, com respeito pelos cidadãos e pelos recursos públicos, esclarecemos:
De acordo com a Lei nº 169/99, de 18 de setembro, e a Lei nº 11/96, de 18 de abril, nas freguesias com entre 5000 e 10 000 eleitores ou com mais de 3500 eleitores e uma área superior a 50 km², o presidente da junta pode exercer o seu mandato em regime de meio tempo, com remuneração assegurada pelo Orçamento de Estado.
No caso de Armação de Pêra, essa condição aplica-se.
Assim, o presidente da junta, caso opte pelo regime de meio tempo, recebe anualmente, entre salário, subsídios de férias e Natal, e despesas de representação:
13.490,98 euros pagos pelo Estado.
Este valor não é fixado localmente, nem resulta de qualquer decisão dos candidatos — é definido por lei e pago com dinheiro público.
Porque acreditamos que os armacenenses merecem saber quem os representa e em que condições, não fugimos a esta e a nenhuma outra pergunta.
Estamos aqui para servir — com responsabilidade, com seriedade e com total transparência.
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Administração Pública,
Eleições Autárquicas
Noite de Alegria e União: Baile na Fortaleza anima Armação de Pêra
A histórica Fortaleza de Armação de Pêra encheu-se de vida na noite de ontem com o animado baile organizado pelo Agrupamento de Escuteiros 598. O evento, marcado por muita alegria, música e espírito comunitário, reuniu dezenas de pessoas num ambiente acolhedor e festivo à beira-mar.
A iniciativa, que já começa a tornar-se uma tradição no calendário local, teve como principal objetivo fortalecer os laços entre a comunidade e angariar fundos para as atividades escutistas. Desde famílias inteiras a visitantes de férias, todos foram contagiados pela energia positiva e pela boa disposição que se fez sentir do início ao fim.
A música ao vivo garantiu que a pista de dança estivesse sempre cheia, enquanto as bancas de petiscos e bebidas tradicionais ofereciam sabores irresistíveis. O pôr do sol sobre o mar deu o tom perfeito ao início da festa, tornando o cenário verdadeiramente inesquecível.
"É maravilhoso ver a nossa Fortaleza transformada num espaço de convívio e celebração. Os escuteiros estão de parabéns pela organização impecável e pela forma como acolheram todos com tanto carinho," afirmou uma das participantes.
O Agrupamento 598 de Armação de Pêra demonstrou, mais uma vez, o seu compromisso com a comunidade local, promovendo não apenas momentos de diversão, mas também valores como união, solidariedade e serviço.
A noite terminou com muitos sorrisos e memórias felizes — e a promessa de que, haverá mais.
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Festividades Locais
Sugestão Cultural de Última Hora!
Dado o estado das ruas, do lixo, das ervas e da insegurança em Armação de Pêra...
Achamos que só falta uma coisa para fechar este mandato com chave de lata:
Bruno Alves podia muito bem pedir ao ilustre José Vieira, dirigente da ACRAP, que incluísse a nossa "Marcha da Esperança (Ou Não!)" como o testamento oficial de fim de mandato!
Afinal, se há cheiro a lixo, buracos nas calçadas e ervas até aos joelhos... que seja ao menos com música e rima!
Porque se é para rir para não chorar, que seja com coreografia!
Armação de Pêra merece mais que promessas: merece uma marcha que diga tudo… a cantar!
Marcha da Esperança (Ou Não!)
(Refrão)
Bruno Alves, oh vem ver,
O que há em Armação de Pêra a acontecer!
Junto acreditamos,
Mas já nem sabemos se choramos!
Lixo nas ruas a cheirar tão mal,
Calçadas com buracos — que infernal!
Ervas por cortar, parece o matagal,
E a insegurança já virou normal!
(Estrofe 1)
Em Armação de Pêra há sol e mar,
Mas também há lixo por todo o lugar!
A cada passo, buraco no chão,
E erva alta até no paredão!
(Refrão)
Bruno Alves, oh vem ver,
O que há em Armação de Pêra a acontecer!
Junto acreditamos,
Mas já nem sabemos se choramos!
Lixo nas ruas a cheirar tão mal,
Calçadas com buracos — que infernal!
Ervas por cortar, parece o matagal,
E a insegurança já virou normal!
(Estrofe 2)
À noite o medo é companhia,
Na terra onde devia haver alegria.
Até os turistas já vão reclamar,
Do cheiro a lixo junto ao calçadão do mar!
(Refrão final)
Bruno Alves, há solução?
Ou Armação vai ficar na desilusão?
Junto acreditamos,
Mas agora, será que acordamos?
Lixo, insegurança e matagal,
A vila merece algo sem igual!
Com marchas vamos recordar,
Que o povo canta... até limpar!
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Eleições Autárquicas
quinta-feira, 17 de julho de 2025
"Radhica Tira Média de 20 no Secundário — Nacionalistas Sofrem Reação Alérgica à Excelência Alheia"
Armação de Pera, 2025 — Radhica, filha de emigrantes, chegou a Portugal há apenas seis anos, sem saber uma palavra de português. Esta semana, ao divulgar-se que terminou o 12.º ano com média de 20 valores nos exames nacionais, iniciou-se o que já está a ser chamado de “Crise Nacional da Autoestima Lusitana”.
A Reação Nacional: Um Misto de Choque e Ressentimento
"É um escândalo! Isto não é meritocracia, é bruxaria socialista multicultural!", afirmou um popular opinionista de sofá com um diploma tirado em PowerPoint durante uma conferência do Chega em Santa Comba Dão. “Como é que uma filha de estrangeiros, sem padrinhos nem quotas de canal de YouTube, consegue ultrapassar o Joãozinho, que há três anos estuda para Filosofia com vídeos do Tiago Paiva?”
Radhica, que chegou a Portugal sem saber distinguir ‘carro’ de ‘caril’, agora sabe mais gramática portuguesa que muitos deputados da Assembleia. Os resultados impressionaram até a máquina de correção dos exames, que inicialmente sinalizou as respostas como “estatisticamente impossíveis dentro do sistema de ensino público”.
A pandemia de acéfalos: uma realidade bem portuguesa
Enquanto isso, nas redes sociais, rebentam em fúria os comentários de “patriotas”, “nacionalistas” e “amantes de Portugal com aversão à leitura”. A média de Radhica parece ter causado uma onda de dissonância cognitiva — condição neurológica que, segundo especialistas, se agrava em contacto com dados, factos ou pessoas que leem livros.
“Esta gente vem para cá tirar os nossos 20’s!”, exclamou outro crítico online, que frequentou três semanas de um curso de filosofia numa universidade privada e ainda pensa que Camões lutou nas trincheiras da Segunda Guerra Mundial.
Portugueses no estrangeiro: 40 anos na Suíça, francês ao nível de menu de restaurante
"Não é justo!", diz também o Sr. Manuel, emigrante há 42 anos na Suíça, que se orgulha de nunca ter aprendido mais do que “croissant” e “bonjour madame”. “A gente lá fora não precisa dessas coisas. A língua é uma arma de opressão, e se aprendermos francês, depois temos que pagar impostos.”
Ciência, dados, e o eterno problema do “achismo patriótico”
O caso Radhica trouxe também à tona a verdadeira clivagem do país: não entre esquerda e direita, mas entre quem respeita dados e evidências científicas e quem constrói o mundo a partir de vídeos de TikTok e grupos de WhatsApp com teorias sobre como o português médio já nasce com doutoramento no ADN.
A última palavra: de Radhica, claro.
Confrontada com o alarido em seu torno, Radhica limitou-se a dizer:
“Estudem. Leiam. E não achem que amor a Portugal é fechar portas — é abrir livros.”
Fontes do Ministério da Educação confirmam que estão a estudar transformar esta frase no novo lema das escolas públicas. Fontes do Chega confirmam que estão a estudar se ela poderá ser deportada por excesso de méritos.
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más práticas
Quatro rostos para o futuro de Armação de Pêra: conheça os candidatos à Junta de Freguesia
Nas próximas eleições autárquicas, a freguesia de Armação de Pêra será palco de uma disputa entre quatro candidatos com percursos distintos, experiências diversas e propostas que prometem marcar o futuro da comunidade local. Dois nomes já foram apresentados publicamente, enquanto outros dois estão em fase de confirmação por parte das respetivas forças políticas.
Bruno Miguel Alves (PSD – Coligação Juntos Acreditamos)
Aos 39 anos, Bruno Miguel Alves é gestor de marketing e comunicação e desempenha atualmente funções como tesoureiro da Junta de Freguesia. Apresentado pela Coligação Juntos Acreditamos, liderada pelo PSD, Bruno Alves surge como o candidato da continuidade, apostando numa imagem moderna e na valorização da experiência adquirida ao longo do atual mandato. A sua candidatura promete “proximidade, eficiência e inovação na gestão local”.
António Morgado (Chega)
Com 63 anos, aposentado da Polícia de Segurança Pública (PSP), António Morgado representa o partido Chega nesta corrida autárquica. Apresentado já oficialmente, o seu discurso tem-se centrado na defesa da ordem, da segurança e da transparência nos assuntos da Junta. Morgado apresenta-se como uma “voz dos cidadãos descontentes” e diz querer “recuperar a confiança dos armacenenses na política local”.
Manuel Nobre Oliveira (Independente pelo PS)
Embora ainda não tenha sido oficialmente apresentado, é já certo que o Partido Socialista irá apoiar a candidatura independente de Manuel Nobre Oliveira, aposentado da função pública. Com um perfil discreto mas conhecido entre vários setores da comunidade, Nobre Oliveira pretende representar uma alternativa centrada na limpeza urbana, coesão social e no reforço dos apoios às famílias e aos idosos.
Francisco Alberto (CDU)
Francisco Alberto é pescador e canalizador, conhecido pelo seu envolvimento ativo na vida cultural e tradicional da freguesia. Foi um dos organizadores dos jogos tradicionais realizados durante as Festas de Nossa Senhora dos Navegantes e é um dos rostos da tradicional procissão pelo mar. A sua candidatura pela CDU pretende dar voz aos trabalhadores e promover o reforço dos serviços públicos, com especial atenção à habitação, pesca e cultura local.
Um futuro em aberto
A freguesia de Armação de Pêra prepara-se para escolher entre quatro caminhos diferentes. Jovens e experientes, técnicos e populares, todos os candidatos trazem consigo visões distintas para o desenvolvimento local. Resta agora aos eleitores analisar as propostas, comparar os percursos e decidir quem será o próximo presidente da Junta de Freguesia.
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Eleições Autárquicas
quarta-feira, 16 de julho de 2025
A Matemática e o Futuro de Portugal: Uma Reflexão Necessária
Os resultados da 1.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário revelam uma realidade preocupante: enquanto disciplinas como Português e Biologia registaram melhorias significativas nas médias — passando, respetivamente, de 11,1 para 12,6 valores e de 9,9 para 12,4 — a disciplina de Matemática A sofreu uma descida acentuada. A média desceu de 12,1 para 10,5 valores, e 42% dos alunos não conseguiram sequer alcançar a positiva. Este dado não pode ser ignorado, sobretudo num país que ambiciona crescer sustentadamente e afirmar-se num mundo cada vez mais competitivo e tecnológico.
A Matemática é muito mais do que uma disciplina escolar: é uma linguagem universal, uma ferramenta de pensamento crítico, de resolução de problemas e de inovação. Está na base de áreas estratégicas como a engenharia, a economia, a medicina, a inteligência artificial, a cibersegurança, entre muitas outras. Um país que negligencia a formação matemática dos seus jovens compromete o seu próprio futuro.
Estes resultados devem servir de alerta, não apenas para o sistema educativo, mas para toda a sociedade. Não se trata de culpabilizar os alunos, os professores ou os programas curriculares, mas de refletir profundamente sobre o que está a falhar. Será o ensino demasiado teórico e descontextualizado? Será a pressão dos exames um entrave à aprendizagem significativa? Teremos políticas de apoio eficazes para alunos em dificuldades?
Se queremos uma sociedade mais justa, preparada e competitiva, é imperativo valorizar a Matemática desde os primeiros anos de escolaridade, promovendo metodologias ativas, o uso de tecnologias educativas e um ensino que mostre a aplicação prática do conhecimento. Também é fundamental investir na formação contínua de professores e reforçar o apoio aos estudantes que apresentam maiores dificuldades.
Portugal precisa de jovens capazes de pensar de forma lógica, crítica e criativa — e a Matemática é uma das chaves para essa capacidade. Melhorar os resultados nesta disciplina não é apenas uma questão académica: é uma questão de desenvolvimento nacional.
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modelo de desenvolvimento
Ussumani Djumo volta a brilhar e sagra-se Campeão Nacional nos 110m Barreiras
Ussumani Djumo, natural de Armação de Pêra, voltou a conquistar o lugar mais alto do pódio. Desta vez, a vitória aconteceu no Campeonato Nacional de Atletismo de Clubes da 3.ª Divisão masculina, onde o jovem atleta, em representação do Clube de Atletismo Olímpico Vianense (CAOV), venceu os 110 metros barreiras com um excelente tempo de 14,36 segundos.
A competição, que ficou marcada por grandes momentos de emoção, dedicação e espírito de equipa, teve em Ussumani um dos seus maiores destaques. A sua prestação foi decisiva para os 122 pontos alcançados pelo CAOV, contribuindo para o sucesso coletivo da equipa de Viana do Castelo.
O desempenho de Ussumani Djumo confirma o seu talento, a sua disciplina e a paixão com que encara cada prova. Com determinação e orgulho, vestiu a camisola do CAOV e demonstrou, mais uma vez, por que é considerado uma promessa do atletismo português.
Com esta conquista, o nome de Ussumani Djumo volta a colocar Armação de Pêra e o Algarve em evidência no panorama nacional do desporto. A sua terra natal agradece e não esquece — Ussumani é, sem dúvida, motivo de orgulho para toda a comunidade.
terça-feira, 15 de julho de 2025
Mais de 40% do IMI arrecadado em Silves vem de Armação de Pêra, mas a vila continua a ser deixada para trás
Armação de Pêra é, sem dúvida, uma das maiores fontes de receita do concelho de Silves. Só em impostos municipais sobre imóveis (IMI), estima-se que a vila contribua com mais de 40% do total arrecadado pelo município. Este número impressiona, sobretudo quando se percebe que os custos de manutenção e exploração de infraestruturas na freguesia são, proporcionalmente, mais baixos do que em outras zonas do concelho.
Isto deve-se, em grande parte, à elevada densidade habitacional da vila e ao seu desenvolvimento urbano mais verticalizado. Edifícios multifamiliares concentram um maior número de contribuintes por área, o que gera receitas mais elevadas para a autarquia com menos custos por habitante em termos de infraestruturas (ruas, iluminação, saneamento, entre outros).
No entanto, quando se olha para os investimentos realizados pela Câmara Municipal de Silves, o retorno para Armação de Pêra está muito aquém do que seria esperado. Falta de manutenção adequada, poucos equipamentos culturais e desportivos, insuficiente ordenamento urbanístico, ausência de estacionamento estruturado e escassez de espaços verdes são queixas recorrentes dos residentes.
A explicação, ainda que não oficial, parece ser política: Armação de Pêra tem menos peso eleitoral. O que conta, na prática, para decisões estratégicas e orçamentais do município é o número de eleitores e não o volume das receitas. Sendo assim, freguesias com mais votantes, mesmo que contribuam menos para os cofres da autarquia, acabam por receber mais atenção e investimento.
Este desequilíbrio levanta uma questão fundamental de justiça territorial e de gestão pública eficiente: é aceitável que uma freguesia que tanto contribui para o município seja constantemente relegada nas prioridades políticas?
Os moradores e contribuintes de Armação de Pêra têm razões legítimas para exigir mais. Mais transparência na aplicação das verbas, mais equidade na distribuição de investimentos e, acima de tudo, mais respeito pelo papel essencial que a vila desempenha na economia do concelho de Silves.
A continuar assim, Armação de Pêra corre o risco de ser vista apenas como uma fonte de receita — e não como uma comunidade que merece qualidade de vida e desenvolvimento à altura daquilo que entrega.
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Impostos
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Corrida à Câmara de Silves com novas coligações e rostos conhecidos
A corrida autárquica em Silves ganha forma com a confirmação de novos candidatos e coligações que prometem dinamizar o debate político local. Entre as novidades destaca-se a criação da coligação “Juntos Acreditamos”, que junta o PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal. A aliança é liderada por João Garcia, de 46 anos, engenheiro agrónomo, que assume o desafio de conquistar o município com uma proposta de mudança e gestão reformista.
No campo da esquerda, está em articulação a possibilidade de uma coligação inédita entre o Livre, Bloco de Esquerda e PAN, que poderá apresentar uma candidatura conjunta com foco em políticas ambientais, justiça social e participação cidadã.
O Partido Socialista aposta em Sofia Belchior, advogada de 50 anos, que pretende dar continuidade a projetos estruturantes e reforçar o investimento social no concelho. Já a CDU será representada por Luísa Conduto, nome histórico do partido na região, mantendo a tradição comunista de presença ativa no município.
O Chega apresenta José Paulo Sousa, advogado de 63 anos, como cabeça de lista. A candidatura aposta num discurso de rutura com o sistema político atual, defendendo uma maior segurança e redução da carga fiscal local.
Com este leque de candidaturas, Silves prepara-se para um ato eleitoral marcado pela diversidade ideológica e pela entrada de novas forças e alianças no panorama autárquico local. A campanha promete debates intensos sobre o futuro do concelho, especialmente em áreas como habitação, turismo sustentável, agricultura e serviços públicos.
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Eleições Autárquicas
Apagão em Armação de Pêra Deixa Vila às Escuras e Prejudica Economia Local
Falta de energia elétrica durante 3 horas causou caos na restauração, afetou turistas e levanta questões sobre a responsabilidade da E-Redes.
Na noite de ontem, Armação de Pêra viveu mais um duro golpe à sua frágil economia local: um apagão elétrico que durou cerca de três horas, entre as 20h e as 23h, deixou a vila literalmente às escuras. O incidente afetou milhares de residentes e turistas, interrompeu o funcionamento de dezenas de restaurantes e cafés, e provocou transtornos de ordem social e segurança.
Restauração obrigada a fechar: prejuízos avultados
O corte de energia ocorreu num dos horários mais críticos do setor da restauração — a hora do jantar. Muitos estabelecimentos foram obrigados a fechar as portas, devolvendo reservas e recusando clientes, num momento em que a vila recebe milhares de veraneantes. Segundo alguns empresários locais, os prejuízos desta única noite podem atingir centenas ou mesmo milhares de euros por estabelecimento.
“Já tínhamos a sala cheia e a cozinha a funcionar quando tudo parou. Ficámos sem luz, sem fogões elétricos, sem caixas registadoras, sem nada. Tivemos de mandar os clientes embora”, lamenta António Caixinha, proprietário de um restaurante no centro da vila. “Depois dizem que o Algarve está cheio, mas com prejuízos destes, não sei como aguentamos.”
Impacto social: pessoas presas em elevadores
Além dos danos económicos, o apagão teve também consequências sociais significativas. Houve relatos de várias pessoas presas em elevadores de edifícios residenciais e turísticos, incluindo idosos e crianças. A avaria elétrica aconteceu numa hora em que muitos veraneantes ainda regressavam da praia, criando um clima de insegurança e confusão.
“Foi um susto tremendo. Estava com as minhas filhas no elevador quando a luz foi abaixo. Ficámos ali às escuras durante 15 minutos até conseguirem abrir a porta manualmente”, contou uma turista do Alentejo, hospedada num apartamento turístico.
Uma vila em dificuldades: mais um golpe
Armação de Pêra tem enfrentado desafios económicos nos últimos anos, agravados pela sazonalidade e pela concorrência de outras zonas turísticas. Este apagão vem agravar ainda mais uma situação já frágil, onde muitos pequenos negócios dependem do curto verão para equilibrar as contas do ano inteiro.
E-Redes: e agora?
A empresa responsável pela distribuição de energia elétrica, a E-Redes, ainda não divulgou um comunicado oficial detalhado sobre as causas da avaria. No entanto, a população e os comerciantes locais exigem respostas. É legítimo perguntar se há um plano de contingência eficaz e se a manutenção da rede elétrica na zona tem sido feita com o rigor necessário para evitar incidentes desta magnitude.
“O que aconteceu ontem foi grave. Não foi só um incómodo, foi um prejuízo direto e uma falha num serviço essencial. A E-Redes tem de explicar o que correu mal e garantir que não volta a acontecer”, afirma o presidente da associação de comerciantes locais.
Conclusão
O apagão de ontem em Armação de Pêra foi mais do que um simples contratempo: foi um reflexo de vulnerabilidades técnicas, económicas e sociais que precisam de ser urgentemente discutidas. Com o verão em pleno e os turistas a encherem a vila, é essencial garantir estabilidade e confiança — algo que ontem, infelizmente, falhou.
Se quiser, posso adaptar este texto para um tom mais informal, para redes sociais, ou mais técnico, para uma análise crítica mais aprofundada sobre infraestrutura elétrica. Deseja alguma dessas versões também?
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energia
domingo, 13 de julho de 2025
Magia, Energia e Espírito de Equipa Marcam a I Gala de Ginástica Acrobática em Armação de Pera
O Pavilhão Desportivo da Escola Básica 2,3 Dr. António da Costa Contreiras, em Armação de Pera, encheu-se de cor, ritmo e talento no passado dia 12 de julho, ao acolher a I Gala de Ginástica Acrobática.
O evento, promovido pela Associação de Ginástica de Silves (AGS), contou com o apoio da Junta de Freguesia de Armação de Pera e da Câmara Municipal de Silves, e reuniu dezenas de espetadores numa vibrante celebração do desporto e da arte do movimento.
Ao longo da gala, clubes convidados como o Acro Albufeira, o Acro Lagoense e o Acro Ourém encantaram o público com atuações repletas de coordenação, força e expressividade, demonstrando o alto nível da ginástica acrobática nacional.
Para Nuno Silva,presidente da AGS, o balanço foi claramente positivo.
“Foi muita magia, foi muito bonito. É ter aquele orgulho entre os clubes, entre os miúdos, entre o presidente, é espetacular”, afirmou, manifestando ainda a vontade de repetir a experiência: “Para o ano, se Deus quiser, vamos voltar outra vez.”
O responsável destacou ainda a singularidade desta disciplina:
“A acrobática tem uma coisa que as outras modalidades não têm: é feita em equipa, um atleta não pode entrar sozinho.”
A gala ficou assim marcada não só pela beleza das performances, mas também pelo espírito de união e cooperação que caracteriza a ginástica acrobática. Com a promessa de regressar no próximo ano, a iniciativa deixou no ar a certeza de que este será apenas o primeiro de muitos momentos de celebração da modalidade no concelho de Silves.
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Governo recua: Bolas de Berlim mantêm cotação livre nos areais do país
Ministério do Ambiente confirma que, apesar da especulação, a economia das bolas continuará a ser regulada pelo “mercado e pelo calor”.
Depois de meses de debate aceso entre consumidores, concessionários e um grupo informal de senhores de chapéu de palha e geleira azul, o Governo decidiu não tabelar o preço das bolas de Berlim vendidas nas praias portuguesas. O Ministério do Ambiente declarou que “a liberdade de preço das bolas é um pilar do nosso modelo costeiro-liberal”.
A proposta, que chegou a ser discutida em círculos internos como "PLBB" (Plano de Limitação da Bolacha com Berlim), foi abandonada após um estudo indicar que tabelar bolas de Berlim podia provocar “instabilidade térmica e açucarada” nos areais.
“Se o calor está nos 35ºC e a bola vem com creme fresco, isso é um luxo — e o luxo paga-se”, afirmou um vendedor de bolas com 20 anos de experiência e uma tendinite crónica no ombro. “Além disso, é o único produto que resiste ao sol sem derreter a dignidade.”
Medidas corretivas: sim, mas com moderação
O Governo confirmou, no entanto, que irá avançar com medidas corretivas para garantir que as praias cumprem requisitos básicos: segurança balnear, casas de banho funcionais, limpeza do areal, e a mítica presença de um gabinete de primeiros socorros onde ninguém nunca foi visto, mas cuja existência é reconfortante.
No meio destas exigências, há quem questione: e as bolas de Berlim? Estão incluídas na categoria de “bens essenciais”? Para já, o Ministério é cauteloso. “Estamos a analisar o papel da bola de Berlim na dieta estival do cidadão médio. Não descartamos integrá-la no cabaz de calorias públicas”, declarou fonte oficial.
A reação da oposição
A oposição acusou o Governo de “inércia açucarada” e exige uma “estratégia nacional para a bolaria balnear”. “Não podemos continuar a viver num país onde uma bola custa 1,50€ em Espinho e 3,20€ em Carcavelos”, disse um deputado entre duas lambidelas num gelado de morango.
Mercado livre, cintura apertada
Enquanto isso, os banhistas continuam a ser surpreendidos pela economia de mercado comestível. “Aceito pagar o que for pela bola — mas exijo que venha com a areia incluída”, diz uma veraneante resignada, já habituada ao crocante extra entre os dentes.
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sábado, 12 de julho de 2025
Tudo se Pode em Armação de Pêra?
Armação de Pera, terra mágica onde tudo é possível. Hoje, sábado, assistimos a mais um episódio da série “Faz o que te der na real gana”, com o fecho da Avenida Beira-Mar por obra e graça de um empreiteiro iluminado.
Sim, leu bem: uma das principais vias da vila foi fechada sem polícia, sem sinalização, sem vergonha na cara — apenas porque, aparentemente, era mais cómodo para quem lá anda a martelar paredes.
Agora, sejamos justos: quem somos nós, meros cidadãos, para exigir respeito por regras básicas? Afinal, para que servem as autorizações da Câmara de Silves, a presença da GNR ou aquela coisa aborrecida chamada “licença de ruído”? Burocracias, claro. Impedimentos inúteis para os verdadeiros donos da vila.
E a fiscalização? Provavelmente a descansar depois de uma semana exaustiva a não fiscalizar coisa nenhuma.
Porque em Armação de Pera é assim: se tiveres uma obra, tens passe livre. Fecha ruas, incomoda os moradores, barulha o sábado inteiro — ninguém te chateia.
É um privilégio viver num local onde o espaço público pode ser transformado em estaleiro privado com um simples gesto de arrogância. Onde o interesse individual atropela o coletivo com a naturalidade de quem sabe que não vai acontecer… nada.
Parabéns à Câmara de Silves pelo novo modelo de gestão urbana: “cada um faz como quiser”. Funciona lindamente — para uns poucos. Os outros que desviem caminho e aprendam a conviver com o ruído e o desrespeito.
Afinal, é verão. Está sol. E tudo se pode em Armação de Pera.
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Ritmos Contagiam Armação de Pêra em Festival de Percussão
Desfile vibrante pela Avenida Beira Mar reúne quatro grupos de excelência
Armação de Pêra foi ontem palco de uma explosão de ritmo e energia com a realização de um animado festival de percussão, que trouxe à Avenida Beira Mar quatro dos mais entusiasmantes grupos do panorama nacional.
O desfile, que decorreu à noite, atraiu milhares de curiosos e amantes da música de percussão, que se deixaram contagiar pelo pulsar dos tambores e pela vibração envolvente das batidas. Participaram no evento:
Clube da Batucada de Messines – conhecidos pela sua energia contagiante e ritmos afro-brasileiros, deram início ao desfile com grande entusiasmo;
Bombos do Paço de Canas de Senhorim – representantes da tradição popular portuguesa, marcaram presença com o seu inconfundível som poderoso e marcial;
Porbatuka de Almada – trouxeram uma fusão moderna de estilos e uma coreografia envolvente, demonstrando grande dinamismo;
Percutunes de Tunes, os anfitriões da noite – encerraram o desfile com um espetáculo vibrante, demonstrando a força da percussão local e a hospitalidade da freguesia.
O evento, foi um verdadeiro sucesso, promovendo não só a cultura musical como o convívio entre grupos de diferentes regiões.
"É muito bom ver a rua cheia, a população envolvida, e os grupos a darem o seu melhor", disse um dos organizadores. Muitos presentes expressaram o desejo de que o festival se torne uma tradição anual.
Com o som dos tambores ainda a ecoar nas ruas, Armação de Pêra despede-se de mais uma noite inesquecível, celebrando a união, a arte e o poder da percussão.
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Armação de Pêra: Ficou de Fora Outra Vez?
Então o Presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, veio ao Algarve. Grande iniciativa — chama-se “Parlamento Próximo”. A ideia é aproximar os políticos das pessoas. (Sim, também me ri um bocadinho quando li isso.)
No meio do passeio, esteve na Praia Grande, Lagoa dos Salgados, e falou-se muito de ambiente, biodiversidade e natureza. Tudo temas importantes, claro. Mas e Armação de Pêra? Ah, pois é… parece que esteve incluída na visita. Mas só no papel. Porque na prática, ficou mais uma vez ali no cantinho, tipo primo que ninguém convida para a ceia de Natal.
Agora a pergunta: onde estavam os nossos representantes locais? O presidente da junta? O tal tesoureiro que quer ser candidato nas próximas autárquicas? Foram apanhados pelo GPS avariado? Estavam a fazer contagem de gaivotas? Ou simplesmente acharam que não valia a pena aparecer? Porque os armacenenses cá andam — e não são invisíveis (apesar do lixo nas ruas parecer estar a tentar engolir-nos).
A verdade é que perdemos uma bela oportunidade. Tínhamos políticos de topo a passear cá, a ver coisas e a fazer aquela pose de “estamos muito atentos”. Era o momento perfeito para dizer: “Olá, bom dia, bem-vindos à realidade!” Mostrar o lixo nas ruas, os contentores a rebentar pelas costuras, os passeios que são mais trampolins do que passeio. Mas não. Ficámos caladinhos. Discretos. Quase zen. Ou ausentes, vá.
Se o objetivo era parecer que está tudo bem em Armação de Pêra... parabéns, missão cumprida. Mas para quem cá vive, está longe de estar tudo bem. E o pior é que não foi por falta de oportunidade. Foi por falta de comparência. E não me venham com desculpas, que o trânsito estava normal.
Enquanto se fala de recifes e peixinhos felizes no fundo do mar (e ainda bem que se fala!), por cá tentamos não tropeçar nos sacos de lixo enquanto vamos comprar o pão. A biodiversidade de Armação de Pêra neste momento resume-se a ratos, gaivotas e turistas perdidos a tentar perceber se isto é mesmo um destino de férias ou um episódio do “Lixo Total”.
Por isso, da próxima vez que vierem cá falar de ambiente, tragam também quem nos representa de verdade. E tragam vassouras. Muitas.
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