O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Despesa pública indecente...

Tivemos conhecimento muito recente do blog: madespesapublica@gmail.com!

Trata-se de um trabalho de recolha de informação de mérito invejável que urge divulgar.

Soubemos por seu intermédio que a Câmara de Almada, em Junho de 2011, em plena crise, se dá ao luxo de despender cerca de 80.000,00€ em... relógios de ouro!



Apesar de tudo o que temos dito acerca da despesa pública, esta noticia tem o supremo mérito de ainda conseguir surpreender-nos. Tal poder é capaz de não constituir um tão grande poder quanto o acabamos de avaliar. Mas se assim for, o tamanho da nossa ingenuidade é incomensurável.

Como é possível, em pleno ano de 2011, existirem alimárias carnívoras à solta com mão (tão ligeira) na despesa pública?

Portugal e outros países do sul, mas também do norte da Europa, em face da desregulação financeira (e económica) está a contribuir para uma nova etapa da união económica: a transferência de maior poder central para Bruxelas. Trocado por miúdos...revelando não dispor de capacidade para gerirmos as nossas finanças, teremos de adoptar a tutoria daqueles que “tapam os buracos” e com ela perdermos parte importante da nossa independência.

Se o fizéssemos por decisão politica devidamente sufragada, nada teríamos a opor conscientes das consequências da globalização e da necessidade premente de integrarmos um bloco económico com o peso do continente onde geograficamente nos encontramos.
Conformados a fazê-lo por incapacidade para sermos independentes económica e financeiramente é, no mínimo, lamentável.

A menoridade que tais circunstâncias revelam é autentica e mede-se em números astronómicos. Mas também se pode medir pelos verdadeiros crimes sociais de autoria politica institucional de esbanjamento dos dinheiros públicos e, ou luxúria perpetrados pelo Poder Local, conquista tão cara à liberdade, à democracia e ao 25 de Abril.

Este Poder Local não pode permanecer nas mãos de gente incapaz para segurar as rédeas que o conduzem.

Infelizmente, também em Armação de Pêra, sabemos bem da verdade que esta conclusão comporta.

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