O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

"I Have a Dream" que Martin Luther King proferiu há 50 anos,"é uma grande peça da oratória cívica democrática"!

in: "Diário de Noticias" de hoje

O que distingue o célebre discurso "I Have a Dream", que Martin Luther King proferiu há 50 anos, é que "é uma grande peça da oratória cívica democrática, e não marketing político", sublinha o investigador José Luís Garcia.



Inquirido pela Lusa sobre a importância dessa mensagem de Luther King, emitida a 28 de agosto de 1963, no Lincoln Memorial, em Washington, num tom profético que utilizava por pensar que poderiam ser as suas últimas palavras, tal era a frequência das ameaças de morte que recebia por defender a igualdade racial nos Estados Unidos, o professor da Universidade de Lisboa foi contundente: "'I have a dream' não é um 'slogan', é a primeira enunciação de um discurso com muito sentido que tem a ressonância da voz comunitária".

"Este é um discurso muito importante por aliar um conteúdo forte com uma retórica extraordinária", defendeu o académico, doutorado em Ciências Sociais e investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Esse conteúdo "advém da invocação dos próprios princípios democráticos dos Estados Unidos da América, isto é, limita-se a dizer algo que hoje em dia nos parece muito óbvio, e que é: a população negra é cidadã daquele país e, como cidadã daquele país, tem de estar num plano claro de igualdade de oportunidades, no plano político, no plano cívico, no plano social", frisou.

Para José Luís Garcia, o que o discurso do prémio Nobel da Paz 1964 conseguiu foi "transformar aquilo que aparecia muitas vezes como apenas uma promessa, como uma espécie de situação hipócrita -- 'nós temos estas ideias, mas não as passamos à prática' -- numa plataforma para ser posta em prática, ou seja, rompeu com a hipocrisia da sociedade norte-americana".

"E é um discurso que trabalha muito bem isso, porque, numa altura em que havia discursos muitíssimo radicais, este não é radical nos conteúdos que exige, não pode ser classificado como um discurso marxista, ou um discurso comunista: é um discurso democrata e liberal que a única coisa que diz é 'passemos do discurso à prática', ou seja, sugere não uma agenda radical, mas uma agenda que, partindo das próprias promessas da democracia, deve ser atualizada", observou.

Por outro lado, do ponto de vista retórico, referiu, trata-se de um discurso "absolutamente extraordinário, porque tem a ressonância da voz comunitária, tem uma ressonância quase religiosa e um ritmo e um conjunto de repetições na construção das frases que são imediatamente capazes de gerar emoções".

"A própria ideia de 'I Have a Dream', a ideia de um sonho, é porque esse era precisamente o sonho que já existia nos Estados Unidos da América, que eram o mundo do Sonho Americano, e, portanto, o sonho era transformar o sonho em realidade", apontou.

"A formulação de 'I Have a Dream', ou seja, 'Eu tenho um sonho', é já uma formulação de tipo poético-religioso, de tipo mítico-religioso, extremamente emotiva e com uma grande capacidade de mobilização", e o resultado foi "um discurso emocionante, cheio de significado e claramente apreensível" que se tornou um marco na história dos Estados Unidos e transformou Martin Luther King num herói.

A passagem dos 50 anos do discurso de Luther King vai ser assinalada, na quarta-feira, no mesmo local onde o proferiu, pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

6 comentários:

Anónimo disse...

Armação de Pera: Desinfestação foi feita tarde demais

Poupança deu origem a praga

Corte na prevenção em Silves contribuiu para o aparecimento de praga de mosquitos.

Por:Rui Pando Gomes/José Carlos Eusébio

Correio da Manhã 28-08-2013



A decisão de não gastar dinheiro na contratação de uma empresa especializada para fazer desinfestações, entre fevereiro e maio, foi fatal e deu origem à praga de mosquitos que se tornou incontrolável, em Armação de Pera (Silves) e na zona da lagoa dos Salgados (Albufeira).

Ao que o CM apurou, todos os anos é contratada uma empresa especializada no combate de pragas. Este ano, apurou o CM junto de fonte da Câmara de Silves, a decisão foi "não gastar dinheiro em desinfestações". A aplicação de larvicidas foi feita por funcionários da autarquia, apenas em julho, ou seja, tarde demais. "Não foi feita nenhuma desinfestação até final de maio. A autarquia tem de assumir a falha", referiu ao CM a vereadora Rosa Palma, que pediu "os relatórios das operações de desinfestação e controlo de pragas, entre janeiro e julho", mas não obteve resposta. Uma das opções encontradas pela autarquia para matar os insetos foi usar um helicóptero Kamov, sem sucesso.

Já no lado nascente da lagoa dos Salgados, "foram aplicados larvicidas para matar os mosquitos antes de nascerem", garantiu ao CM o presidente da autarquia, José Carlos Rolo. A praga já está controlada.

Por aqui se vê quem defende os interesses do concelho de Silves. Tem que ser a Drª Rosa Palma a levantar o assunto o Serpa fica calado.

Anónimo disse...

Anónimo o Sr. anda distraído...

há meses que se fala disso, procure melhor!

Anónimo disse...

Há meses que se fala nisso mas o que fez o Serpa, sobre isto entra mudo e sai calado.
O Rogério Pinto manda vir o Komov.
Mas quem esclarece é a Dr.ª Roas Palma.
O resto é distracção!

Marco Santos disse...

Confirmo, o Dr. Serpa anda a apanhar bonés... tudo a passar-lhe à frente do nariz e o homem nada vê!!! Anda ele preocupado com a Requalificação da Ribeira de Alcantarilha... devia era deixar-se de fingimentos, porque esta situação das descargas de esgotos na Ribeira de Alcantarilha não são de agora, e tanto assim é que o Luís Ricardo do PS já tinha falado nisso em 2009, aquando das últimas eleições autárquicas! E o quê que o Serpa fez?!? mandou uma cartinha para os gajos do Ambiente e não lhe passaram cartão...

O facto da Ribeira de alcantarilha estar impedida de desaguar no mar, não é facto novo... assim é desde há muito tempo!

o facto de haver descargas de esgotos, não é facto novo... assim é desde há muito tempo!

portanto, temos águas paradas, com esgotos, que incubam mosquitos! Devia ter havido desinfestação antes do Verão e o Dr. Rogério Pinto decidiu não fazer...

O resultado está à vista! E quem levantou o problema acertadamente foi a Dr.ª Rosa Palma que desmascarou a mentira do PSD, enquanto o PS e o Dr. Serpa andavam a dormir, aliás, como tem acontecido desde há bons anos!

vigilante disse...

Está a contradizer-se , pois afirma e bem que Luís Ricardo na altura candidato a Armação e Serpa mandar cartas para o Ministerio do ambiente , parece que será correcto. Já que ao que parece o Sr Rogério para além de incompetente tem défice de atenção...
Os únicos que andam a fingir que estão a dormir são os Boys do PSD.
Não há mais ninguém a quem imputar culpas....

Anónimo disse...

Ó vigilante, não andas mesmo nada vigilante... acorda dieb, o Serpa e o Roger são dois tanguistas, formatados pelas cupulas desses dois grandes partidos do bloco central, PS e PSD, viveiro de manfios!

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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