O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vitória democrática no IMI e muito trabalho democrático por fazer...

Da Assembleia Municipal de Silves desta feita realizada na freguesia de São Bartolomeu de Messines, iniciada a 28 de Setembro e continuada em 29, resultou a rejeição da proposta aprovada em reunião de Câmara no sentido do aumento da Taxa de IMI, para o máximo legalmente permitido.

Temos por variadas vezes manifestado o despropósito do aumento da receita como solução única para fazer face a uma despesa incontinente e sem controlo.

Senão temos sido ouvidos, pelo menos constatamos que muita gente pensa como nós. O resultado, em sede de IMI, que saiu da Assembleia Municipal, é prova disso.

Sucede que, pelo facto de não vermos adoptado o facilitismo de continuar com o remédio habitual para o padecimento orçamental, nem por isso ficamos mais descansados.

Na verdade a despesa está lá e mais cedo ou mais tarde terá de ser honrada. A cargo dos mesmos ou de quem lhes suceder na vida contributiva.

Por isso, só a conjugação da consagração de um tecto para a receita, como agora se fez com o IMI, com uma redução racional e progressiva da despesa, poderá trazer a tranquilidade orçamental, que todos ambicionamos e temos por direito.

Esta pequena vitória dos representantes dos cidadãos-eleitores na Assembleia Municipal, no que ao sacrifício dos cidadãos-contribuintes do concelho diz respeito, é, sem duvida estimulante, mas desacompanhada de medidas tendentes à redução da despesa, corre o risco de se perder no seio da catástrofe orçamental.

Importa por isso que as forças da oposição façam agora o seu trabalho no que à racionalização da despesa importa realizar.

6 comentários:

Anónimo disse...

Não se esqueçam que sem dinheiro não se fazem obras.
Querem espaços verdes, complexos desportivos, mais isto e aquilo, onde é que vão buscar o dinheiro.
Nestas coisas é necessário ter sentido de responsabilidade.

Anónimo disse...

Quem terá feito a cama ao Dr. Fernado Serpa?

Armacenense Ferrenho disse...

ò Sr. 1º Anónimo, em resposta á sua pergunta, vão buscar dinheiro ao mesmo sítio onde vão buscar para pagar óperas e jazz, feiras medievais, excursões, festas e festarolas para a 3ª idade! Ó pensa que estes nobres feitos são de borla??? Só não vê quem não quer ver! Deveríamos continuar nós a pagar, não é? Como a crise é pequena....

Anónimo disse...

Exº Senhores

Se cada funcionário publico desperdiçar uma folha de papel por dia quantas resmas não se desperdiçam? Acontece que cada funcionário deve desperdiçar varias folhas por dia.
Quantas resmas de papel não se jogam fora diariamente sem qualquer utilidade e porque não anualmente?
Quantas luzes (dos computadores, dos monitores, luzes de apoio, Etc ) por todos esses institutos públicos e organismos do estado estão neste momento acessos?
Quando não se esta a gastar diariamente e mesmo anualmente?
Será que colocar painéis solares para converter em energia solar em eléctrica nos telhados de todos os organismos do estado quanto não se ia poupara em electricidade?
Acredito que em Silves o que se gastou no JAZZ ou ópera, dava para fazer esses investimentos.
Aqui a já algum tempo alguém falou em enviar as cartas da Câmara por mail aos munícipes. Porque não implementar isso a todos os níveis? Quanto não iam poupar em correios?
Todos nós recebemos as cartas de pagamento da água por correio porque não por mail, como faz a EDP e mais empresas privadas, quanto não se ia poupar.

Possivelmente o que falta nos executivos camarários é vontade de inovar e poupar.

Com os melhores cumprimentos

Joaquim Santos

Anónimo disse...

Como alguém já disse, é altura de acabar com o regabofe das festas, festinhas e festarlas, promovidas por quem só pretende dividendos eleitoreis a fim de continuar a ter mordomias de toda a espécie.
Assentem os pézinhos na terra, asssumam as responsabilidades pelos desvarios e trabalhem em prol de todos e não só para alguns lambebotas.
Acabem com as admissões de mais empregados para a Câmara.
Arranjem trabalho para os que já lá estão e andam a entupir corredores à espera do dia das eleições.

Contribuinte roubado disse...

A verdade é que pago mais de IMI por uma velha casinha de r/c que possuo numa aldeia do concelho de Silves do que pelo amplo andar que tenho no centro de Lisboa.
Isto resulta da abusiva avaliação da casinha, feita há uns anos, conjugada com a taxa de IMI em vigor no concelho algarvio por decisão da Câmara da srª Soares.
Uma vergonha!

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