O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Armação de Pêra:Como eu gosto dela!(...e eles não!)

Arte em Fotografia!


Autor desconhecido



Armação de Pêra. Estacionamento ou Despesa Pública para utilidade parqueada?






O parque de estacionamento municipal foi um investimento público de elevado montante.

O investimento público é realizado a expensas públicas, em resultado da receita auferida pelo estado (administração central ou local) através dos impostos em geral.

Dado que, habitualmente, a despesa pública anda mais lesta que a receita por via dos impostos, a administração pública, face à urgência de certas realizações, socorre-se da banca, obtendo aí os meios monetários para satisfazer as necessidades públicas.

Pagando prestacionalmente os respectivos juros e o capital auferido, através da receita dos impostos. Todas estas movimentações tem, necessariamente, inscrição orçamental e é por lá que são pagas.

Em conclusão, como hoje é transparentemente evidente, todas as despesas públicas são pagas, mais cedo ou mais tarde, pelos impostos, exclusivamente.

Isto é, pelo resultado daquilo que os contribuintes contribuem.

Compreende-se! A Administração pública realiza uma obra no interesse dos contribuintes e estes, escalonada e generalizadamente, pagam essa obra que satisfaz as suas necessidades!

Até aqui está tudo bem!

O que não está bem é a Administração pública fazer todas as obras que entende, independentemente da utilidade que virão a ter para o contribuinte o qual, em qualquer dos casos, as paga sempre pela via que já conhecemos.

Menos bem ainda está, a Administração pública fazer uma obra com uma utilidade discutível, pagar por ela através das contribuições dos cidadãos-contribuintes, e não a colocar ao serviço daqueles que a pagaram para da mesma retirarem a utilidade residual!

Esta é que é absolutamente intolerável e totalmente insana!

Estamos, claro está, a falar do Estacionamento Municipal de Armação de Pêra!

Aquele equipamento foi pago pelos impostos e mesmo que alguém ainda esteja a arder, não deixará de ser pago, certamente e independentemente dos prejuízos eventualmente causados ao fornecedor pelo atraso, portanto, do ponto de vista do contribuinte, se não está pago é como se estivesse!

Porém a razão pela qual foi construído – a utilidade pública – não se encontra satisfeita!

Utilidade pública esta que é a que resulta da sobrepopulação de Armação de Pêra, durante a época estival, a qual, graças a Deus se verifica invariavelmente, a bem da sustentabilidade económica da Vila e do erário público municipal, que vive quasi exclusivamente dos impostos cobrados nesta Vila.

Satisfação aquela que resultaria da disponibilidade do Parque de Estacionamento ao público, a fim do parqueamento automóvel, que se torna insustentável em Agosto em razão daquela sobrelotação.

Por conseguinte, a despesa foi realizada pelos contribuinte através da Câmara e a utilidade que a mesma devia visar, não se verifica!

Que qualificação merecerá então a gestão municipal face a este cenário?

Incompetente, porquanto não tem capacidade para colocar em uso um equipamento que qualquer pequeno comerciante medianamente activo tornaria operacional em 24 horas!
Ignorante, porquanto não compreende a natureza mais elementar das suas funções, a qual reside no serviço público que presta.
Esbanjadora, porquanto se sobrecarrega de despesa em activos que não usa.
Perdulária, uma vez que vira costas à única receita que o estacionamento pode realizar: a procura durante o mês de Agosto.
Irresponsável, porquanto se constitui num factor de entrave ao desenvolvimento, gerando mau estar e desagrado nos “clientes” de uma estância balnear cuja única receita é o turismo.
Disléxica, porquanto não enxerga que o turismo é objectivamente a maior industria exportadora do pais, a qual, para assim continuar a ser, carece de condutas particulares e públicas tendentes a cativar o turista em ordem a cá voltar.
Ingrata, já que morde na mão que lhe dá de comer.
Suicidária, porquanto, sem projecto alternativo, permite-se dinamitar os pilares da sua sustentabilidade.


Uma fonte inspirada nas famosas "águas do Cartaxo" do Evaristo!



Tal como Isabel Soares e a sua equipa, a fonte de Armação de Pêra secou!!!

Esta versão local da máxima humoristica: "Deste...já não há mais!" do saudoso António Silva, parece-nos adequada à situação!
Na verdade a utilidade deste equipamento que terá custado os olhos da cara ao contribuinte europeu e também ao nacional, encontra-se esvaida, em parte incerta, como o vinho do Cartaxo na cave do Evaristo, do Pateo das Cantigas!

Só que naquele caso, todos sabemos, que o popular Vasco Santana, pela via da perfuração atingiu a pipa onde o Evaristo guardava as famosas àguas do Cartaxo.

No caso da Fonte do Largo da Igreja, o mistério é mais denso e a solução, aparentemente, indecifrável!

Coisas da trama hollywoodesca da administração de Silves que pauta sempre os seus romances policiais pelo absurdo apoteótico e por um final melodramático!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Venda ambulante: A falta de fiscalização evidencia a sua desnecessidade absoluta a curto prazo!




É curioso verificar o elenco taxativo que consta do Edital respectivo.

Do mesmo fica patente que a venda ambulante de produtos contrafeitos não se encontra no elenco da venda permitida apesar de avultar por aí, desde logo no Casino.

A fiscalização da Câmara de Silves é inexistente. Provavelmente não lhes pagam horas extraordinárias, mas também provavelmente, quando se tratar da inevitabilidade de reduzir no pessoal, os respectivos serviços virão a alegar: Nós ou o caos!

Deviam lembrar-se da sua utilidade enquanto é tempo! Qualquer dia são mesmo desnecessários! Obras não existem, nem tão cedo existirão. As micro empresas, em agonia, mais cedo ou mais tarde, verão acentuadas as circunstâncias que os conduzem à morte, como tordos!

Para quê então manter a fiscalização, se a ASAE faz o resto?

Não seria curial flexibilizar os horários para que pudessem ter alguma utilidade?
É preciso ser-se engenheiro para aproveitar melhor os recursos humanos que nos custam os olhos da cara?

Brinca-se despudoradamente em Silves com os impostos dos cidadãos, como se de dinheiro mal ganho se tratasse!

Armação de Pêra: Festa Nossa Senhora dos Navegantes

Bebedouros: Não há água que lave a gestão miserável dos dinheiros públicos!




Gastou-se uma pequena fortuna na aquisição dos bebedouros. No contexto da reabilitação da frente-mar e pelo caminho que esta tomou, a sua aquisição fez todo o sentido.

Como aliás todas as papeleiras, as quais pecaram por poucas e pela sua reduzida capacidade. Na verdade, ou se encontram vazias, na maior parte do ano, ou são absolutamente exíguas quando realmente necessárias, durante o verão!

É também durante o verão que os bebedouros mais sentido fazem, desde que funcionem.

Se não estamos em erro, funcionaram, mal, durante o primeiro verão da sua utilização.

Os utentes, justificadamente, exploraram as suas valências para limpar os pés. Cedo se percebeu que, se os venderam para ambos os efeitos, o que se compreende, a sua instalação foi defeituosa já que não acautelou o efeito da acumulação da areia na canalização, problema que seria certamente resolvido sem necessidade de recorrer a um Prémio Nobel da Engenharia.

Os serviços (in)competentes da CMSilves que não acautelaram na fase do projecto para esta evidência, o mesmo fizeram na fase da execução da obra.

Detectado o problema tentaram resolvê-lo em prejuízo dos utentes, impedindo através de um dístico com ordem de proibição inscrita a utilização mais solicitada e deveras útil.

Decorrido mais um ano de utilização, os bebedouros revelam-se incapazes de satisfazer qualquer uma das utilidades para que foram construídos e adquiridos.

A única entidade com obrigação de repor aqueles equipamentos de utilização pública são os serviços da Câmara de Silves e, por conseguinte, ela própria.

Sucede que a Câmara de Silves é gerida por gente que zela sobretudo pelo seu emprego asilar e pouco mais.

Os interesses dos cidadãos, legítimos, pequenos, médios ou grandes não constituem objecto das preocupações da autarquia.

A despesa do município, não goza igualmente de qualquer zelo particular por parte de quem passa os cheques.

Sucede é que, para percebermos as dificuldades que o município e o pais passam, se não percebermos a leviandade da classe politica nos diversos poderes, dificilmente compreenderemos como sair deste atoleiro financeiro em que nos encontramos.

E como burro velho não aprende línguas, não podemos esperar de qualquer dos diletantes que têm tido as rédeas do poder em Silves, algum dia venham a converter-se à eficiência e à eficácia de uma gestão de um bom pai de família, ou a de um homem razoável!

Porquê? Porque ao contrário daqueles, qualquer um destes sabe que:

A ausência de dinheiro faz-nos pobres, mas o mau uso dele faz-nos miseráveis.(Augusto Cury)

domingo, 5 de agosto de 2012

Armação de Pêra. Sabotagem ao turismo!A frequência da recolha do lixo, segue o ritmo do aluguer das casas: de semana a semana ou à quinzena!



É confrangedor o "sangue frio" que a Câmara de Silves demonstra na execução das suas várias incumbências, designadamente na periodicidade que imprime à recolha de lixo, neste período balnear.

Não nos cansamos de lembrar da essencialidade do turismo para a economia da Vila, mas também do concelho! Será ainda necessário clamar pelo óbvio?

A omissão da Câmara de Silves no cumprimento das suas mais elementares obrigações é criminosa! Trata-se sim de um verdadeiro crime económico que deveria estar, talvez com mais propriedade que vários outros, sob a alçada da ASAE!

A dra Isabel Soares que, enquanto se batia por nova eleição, já não era dada ao rigor das suas funções essenciais (recordamos que a nossa batalha contra as lixeiras permanentes, tem mais de cinco anos), agora que lhe está vedada nova candidatura, por maioria de razão, está-se marimbando para a eficiência dos serviços e muito mais para o bem-estar das populações que jurou servir!

Esta pouca-vergonha, para além de caracterizar a péssima prestação da gestão de Isabel Soares, constitui uma verdadeira sabotagem ao trabalho de milhares de portugueses que se empenham no turismo e aos milhões de euros públicos que são investidos para captar visitantes.

Uma verdadeira lástima esta gestão autárquica que urge afastar a bem dos armacenenses, do turismo e do orçamente geral do estado!

Armação de Pêra: Casino Património de Interesse Municipal, pode muito MAIS!



O Casino de Armação de Pêra foi, há pouco, justamente classificado como património municipal.

Tal classificação vale por dizer que o município, em face das suas características e importância relativa considerou e decidiu protegê-lo de um destino perverso e da prevaricação em nome da conservação da memória colectiva e da sua significação.

Torna-se estranho, melhor, tornar-se-ia estranho, não fora conhecermos de “gingeira” as suas omissões sistemáticas perante Armação de Pêra, o município agir desde logo em conformidade, isto é, e para já, preservar o espaço, permitindo-lhe alguma valência social ainda antes do seu restauro, naturalmente, embora com algumas limitações.

Designadamente vedar-lhe o destino de bazar desordenado onde tudo se vende desde o relógio chinês à mercadoria contrafeita, como se do Roque Santeiro se tratasse!

Designadamente privilegiando uma discriminação positiva ao comércio dos produtos nacionais e, particularmente regionais, como a excelente e quasi exclusiva doçaria algarvia!

sábado, 4 de agosto de 2012

Armação de Pêra: Fernando e a bosta, no Jardim da Cimpor!




A menos de quinze (15) metros do “centro nevrálgico” dos serviços de limpeza da Junta de Freguesia (o edifício da antiga praça) encontra-se esta “bosta”, lindo exemplo do desprezo descarado do presidente da Junta pelo turista, o qual constitui a base da subsistência económica desta Vila!

Não que os sacrificados residentes não mereçam um ambiente saneado das excrescências, sobrecarregados por impostos agravados em resultado de viverem numa terra classificada como zona de luxo. Esses, mais que quaisquer outros, pois pagam gato por lebre.

De resto, num raio de mil metros, centrado naquele equipamento, as bostas(lixeiras execráveis a abarrotar) proliferam como cogumelos entre os mamarrachos de betão armado, neste"jardim da Cimpor", como se já não chegassem para mal dos pecados desta antiga "Praia Dourada"!

Que concluir desta triste realidade: que o snr. Fernando, presidente da junta, nem trata de justificar os impostos que o município arrecada aos autóctones, nem zela pela sustentabilidade da economia da terra (o turismo), como, neste particular das suas atribuições, lhe incumbe.

É uma verdadeira NULIDADE, no género; Nulidade de Bosta, na espécie!

O Criador, se não tivesse outras ocupações bem mais importantes, parafraseando Óscar Niemayer em 17.03.2012, no seu aniversário dos 102 anos, bem poderia dizer:

"Projectar a Baía de Armação de Pêra (referindo-se, o segundo, a Brasília) para os Políticos que vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores para vocês usarem como penico.”


Armação de Pêra: Ainda os Toldos e as regras dos políticos locais........


O executivo da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, na sua reunião de 26 de Abril, definiu e aprovou as regras para a atribuição dos toldos de que é legitima concessionária.

Ver aqui o edital

O que verificamos no terreno é que as concessões tem um número de toldos superior ao que está aprovado pela Capitania e ao que foi divulgado em Edital.


A UB3 (Mini-Golf) que deveria ter um máximo de 50 toldos tem instalados 60 e a UB7 (Pescadores) que deveria ter instalados 40, vai a ver-se e tem 52!




Já sabíamos da reduzida competência do snr. Presidente da Junta para levar por diante as suas atribuições.

Em boa verdade, estamos sempre à espera de mais uma...


No entanto compactuar com a sobrelotação das concessões, para além da cumplicidade inevitável, dá espaço para especulações muito mais degenerativas sobre um órgão local que se deve manter acima de qualquer suspeita!


O snr. Fernando tem sido uma verdadeira “marionette” da dra. Isabel Soares, a qual, em fim de carreira, o deixa à sua sorte, que é a das suas profundas limitações.


E é a esta administração, meus amigos, que estamos entregues. A quem pagamos, através dos nossos impostos, para zelar pelo que é domínio público, como se terra de ninguém se tratasse.


Para eles, que têm gozado de privilégios injustificáveis a que nunca tiveram, legitimamente, qualquer direito, a muito breve trecho, o nosso Adeus! Até nunca mais!


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Ética à colher para uma Classe política enfartada e amoral

Talvez os travesseiros tenham propriedades mágicas conhecidas, mas não explicadas. Talvez seja o olhar fixado no tecto do quarto. Talvez seja o silêncio da noite. Talvez seja por tudo ou por nada disso. O facto é que o encontro da cabeça com o tecido macio do travesseiro faz pensar. Projecta, como um filme, os pensamentos, acções e lembranças.

É nestes momentos de reflexão que se mede a distância entre a intenção e o facto. Reflecte-se sobre o certo e o errado. Analisam-se os fins e os meios. O travesseiro, ao contrário do que dizem, não é conselheiro. É juiz!



Muitas vezes, refere-se aos fins e aos meios como eticamente contraditórios. Os meios são apresentados como algo que necessariamente deve ser justificado por fins que busquem um bem maior ou um mal menor.

Os meios são as escolhas que se faz para atingir um (ou vários) fim (ou fins). Estas escolhas não são necessariamente dilemas éticos. Para ser um dilema ético, as opções disponíveis devem colocar em oposição ideias e valores morais que sejam eles também eticamente correctos, mas que estão num caso especifico, em contradição. Daí o dilema ético.

Escolhe-se entre dois caminhos correctos que não podem ser tomados simultaneamente. Por outras palavras, escolhe-se entre dois “certos”. Não existe dilema se uma das alternativas não é eticamente aceitável. Um dilema ético, por definição, envolve a escolha entre duas alternativas eticamente correctas, mas que se excluem mutuamente.

Não existe regra que resolva dilemas éticos. As escolhas dependem da cultura, da personalidade e das crenças de quem esta decidindo. Algumas pessoas favorecerão decisões que beneficiem o maior numero de pessoas. Outras adoptarão o valor ou principio que julgam mais importantes. E outras ainda farão aquilo que gostariam que fosse feito com elas nas mesmas circunstâncias.

Seja lá como for, se é impossível resolver dilemas éticos com clareza e antecipação, é pelo menos possível evitar o ético do antiético. Rushworth Kinder, do Institute for Global Ethics propõe três testes. Basta responder a três perguntas sobre a alternativa de acção.

Ela cheira mal?

Como você vai sentir-se se todos souberem do que você fez?

O que diria sua mãe disso?

Dilemas éticos ocorrem com qualquer um e fatalmente cobram preço impossível de evitar. Falhas éticas, entretanto, podem ser evitadas com o olfacto; um pouco de imaginação; e as sempre valiosas lições ensinadas pelas mães.

Baseado no livro: Kidder, Rushworth M. 1996. How Good People Make Tough Choices – Resolving the Dilemmas of Ethical Living. New York: Simon & Schuster

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Diferentes:Soluções simples que se apresentam como problemas complicados





Ao ouvi-los enche-se-nos o coração de humanidade, de harmonia, de um raro equilíbrio e balanço na complementaridade da diferença, estonteantes até à comoção, que revelam existirem outras lapidações para o homem e permitem experimentar a vertigem de um mundo melhor.

Ele está por cá, coabita, tímido mas evidente, latente portanto e algo nos garante que, uma vez estimulado, tem a susceptibilidade de dilatar, num abrir e fechar de olhos, o pequeno músculo de cada um de nós, provando a sua extraordinária capacidade de se expandir à dimensão do universo.

Correio para:

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