O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
domingo, 9 de junho de 2013
Hoje em dia, quem quiser votos terá de se mostrar capaz e diferente. Antes das eleições!
Não é novidade para nenhum dos visitantes deste blog o facto de não sermos admiradores da via PSD na gestão da nossa autarquia, pelo menos da forma como se caracterizou nos últimos dezasseis anos.
Muitas das suas ações e sobretudo de suas omissões foram, tanto quanto o nosso talento alcançou, objecto de critica acesa e, no que daquelas respeitaram a Armação, acompanhada de soluções ou enfoques alternativos.
Não devemos deixar de registar que sentimos, uma ou outra vez, que as denúncias ou criticas, tiveram eco junto de alguns responsáveis e, até terão determinado correções que permitiram concluir que, escasso e difícil de imperar, o bom senso ainda se fez ver por estas bandas.
Qualquer candidatura a gerir um “equipamento” que vise a administração do interesse público tem começado sempre, naturalmente, pela identificação de cada um dos candidatos que cada partido escolhe para implementar a sua política, no caso autárquico, no concelho.
Pensamos porém que, os tempos e a profundidade da crise, já deveriam ter obrigado a “ajustamentos” nas praticas partidárias, imprescindíveis a este “estado natural” das coisas.
Não queremos acreditar que tudo se continue a passar, “como de antes, no quartel de Abrantes”!
A credibilização da atividade política não se dá. Conquista-se! Ora, o mero beneficio do descontentamento geral com os partidos do governo, como já vem sendo hábito na pequena realidade política nacional, não é conquista alguma! É sim e tão só, uma estranha forma de continuidade, que não afirma uma vontade construtiva do que se quer, mas uma vontade negativa do que se não quer!
Repetindo-se o mandato em branco, que tem caracterizado a maioria dos actos eleitorais, e o seu resultado está bem à vista de todos!
Importa por isso fazer diferente, se pretendermos resultados diversos!
Esperamos deste modo que os candidatos que se encontram em vias de apresentação pública entendam o momento histórico que o pais atravessa e se mobilizem para dar a público os seus programas de clivagem com as práticas ancestrais; Não carecem de ser radicais, mas têm de ser, necessariamente, diferentes, desde logo na discussão pública dos seus projetos.
Projectos realizáveis que respondam a necessidades efectivas e discussão pública dos mesmos. Enfim uma verdadeira revolução!
Isso é o que lucidamente esperamos, atento o desastre a que a perversão do sistema nos conduziu, dos candidatos de boa fé e dos partidos que os apresentam. No mínimo!
Não podem por isso “esconder” ideias executáveis para propagandear ideias que nunca executarão. Numa palavra têm de ser competentes e sérios, se pretendem seriamente desempenhar funções de direção e chefia dos destinos do concelho ou da freguesia.
Também não chegará ficarem pouco mais que calados prometendo que serão muito sérios e que farão sempre o melhor para as populações.
Esses predicados não são objecto de promessa! São exigências elementares para se candidatarem. Se por aí ficarem... é porque, de novo, nos pedem um cheque em branco.
Para esse peditório, os portugueses em geral e os armacenenses em particular já deram, bastas vezes!
Quem vier para obter o voto, terá de inspirar amplos consensos, devendo reunir múltiplos e variados apoiantes locais, em numero expressivo, que faça antever aos cidadãos eleitores atenção à diversidade e capacidade para o dialogo, evidenciando repúdio pela prosápia do altar e do autoritarismo paroquial.
Quem vier, ganhe ou perca, tem de evidenciar claramente um corte com o passado, colocando no cerne da sua projetada ação política o efetivo interesse geral, das populações, das terras e do concelho.
Caso contrário, para além de continuar a não granjear qualquer respeito por parte dos seus concidadãos, o que não seria novidade, apresentar-se-á como um contribuinte liquido do enterro da democracia e da esperança dos cidadãos num mundo melhor.
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3 comentários:
Armação de Pêra necessita de estabilidade e não de aventuras.
Queremos pessoas com experiência nas autarquias e que conheçam não só a freguesia como o concelho.
Pessoas que se relacionem com o clube a escola e outras organizações.
Mais do mesmo e se possível que seja um tentáculo do polvo que nos afixia e suga!
É essa a sua proposta sr Anónimo?
calculo os interesses que lhe interessam!muita obscuridade nas contas e falta de iniciativa e transparência nas acções!
Habilidades e chico-espertismo!
Estou tramado, não posso ser candidato à autarquia local, apesar de sócio do clube local não sou admirador do seu presidente nem tão da forma de gestão, apesar do "sucesso" proclamado por alguns, nomeadamente pelo atual presidente da junta e seus lacaios.
O artigo que não deixa de ser interessante é bem revelador, considerado tudo o que tem acontecido em termos eleitorais na nossa terra, do longo caminho que ainda temos de percorrer para atingirmos niveis culturais, sociais e economicos que façam de todos nós cidadãos verdadeiramente livres. Assim não sendo os charlatões irão presistir e ganhar eleições reclamando suas vitórias como sendo homens sérios e capazes , quando na realidade não passam de seres despresiveis sem qualquer respeito e dignidade por tudo aquilo que representam. Alguem que tenha a coragem necessária, a insenção que se impõem e a capacidade de observação para a temática que é a gestão autarquica obterá resultados de envergonhar qualquer charlatão, quanto mais um mero eleitor convencido que votava na defesa dos interreses da Terra, em gente séria e honesta.
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