O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Não me tirem Armação de Pêra


TORQUATO DA LUZ

Tirem-me tudo: os dedos, os anéis,
a reserva de sonho e de quimera,
mas não sejam cruéis,
não me tirem Armação de Pêra.

Não me tirem o resto da infância
que sei ter deixado aqui
nem esta luz que à distância
me segue desde que parti.

Não me tirem o verde-azul do mar
nem os barquinhos balançando à espera
dos turistas que hão-de ir visitar
as furnas de Armação de Pêra.

Mas sobretudo não me tirem este sol
e a caldeirada do Serol.

DO SEU BLOG OFÍCIO DIÁRIO

1 comentário:

Luís Ricardo disse...

Bom poeta e jornalista, natural de Alcantarilha, que bem o conheci e apreciei, como director do " O Jornal Novo", no Diário de Noticias e ainda na Agência Lusa.
Fez poemas lindos sobre Armação de Pêra e dos seus sentimentos e emoções.
Tenho saudades de o recordar. Tal como Moura Lapa, António Pereira, Cândido Guerreiro e outros, que tão bem teceram as palavras em harmoniosos versos, odes e poemas que glorificam Armação de Pêra e o Algarve.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

Visite as Grutas

Visite as Grutas
Património Natural

Algarve