O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Afinal, os Fazedores de Chuva, existem!



Numa cidade do interior da velha China, ocorreu uma seca terrível. Os rios, as barragens, os açudes iam secando; o gado, as cabras, os bodes, a vegetação, tudo ia morrendo.

O povo passava fome; com as crianças desnutridas intensificava-se a mortalidade infantil. Diante de tamanha calamidade pública, a Câmara dos Vereadores reuniu-se na busca de uma solução. Um dos Vereadores sugeriu que se contratasse um “fazedor de chuva” que ganhara fama na capital.

A Câmara autorizou o Vereador a fazê-lo. Ao chegar à cidade o fazedor de chuva, o presidente da Câmara perguntou quanto cobraria para realizar o milagre da chuva. O mítico milagreiro respondeu-lhe: a soma acertaremos depois.

Por ora, faço duas exigências: que me arranjem um lugar afastado da cidade, uma pequena cabana onde possa repousar e que me tragam diariamente um pão e um copo de água.
Atendidas as exigências, o fazedor de chuva, sozinho na cabana, concentrou-se em profunda meditação.

Passados 15 dias, as chuvas chegaram, os rios ganharam água, os açudes sangraram, o verde voltou à paisagem, os animais reanimaram-se, a alegria voltou às ruas.

A Câmara de Vereadores prestou todas as homenagens ao Fazedor de Chuva e quis saber como havia conseguido o extraordinário milagre.

Respondendo à natural curiosidade, disse: Ao chegar a esta cidade encontrei as pessoas completamente angustiadas, as mentes perplexas, alteradas, divididas, neuróticas.

Naquelas circunstâncias pedi o que de melhor vocês podiam oferecer e com maior sacrifício: uma cabana tranquila, o pão e um copo de água. Distanciado da neurose colectiva, concentrado, meditando, estava imune às tensões vividas pelo povo. Recebia o que precisava. E como estava inteiro, com a MENTE EM PAZ E NÃO DIVIDIDA, naturalmente fui atraindo as coisas boas. As Chuvas chegaram até mim e por extensão a toda a cidade e região.

Moral da estória: É certo que a divisão interna e a neurose, são a principal causa de nossos desajustamentos, da nossa infelicidade, mas os Fazedores de Chuva que existem em abundância não são os da fábula, nem os artistas que o vídeo exibe, pois daqueles já não há mais e estes assumem-se como pantomineiros.
Os Fazedores de Chuva que temos, aqueles cuja profissão é prometer a satisfação de necessidades legitimas, hoje em dia, deixaram de ser interpretes da esperança e converteram-se de solução em problema. São os que geram a frustração, a divisão, as tenções, a neurose colectiva, os desajustamentos e a infelicidade.
Porque estão longe dos responsáveis do poder na cidade da fábula. Os seus descendentes, hoje, não podendo recorrer a um Fazedor de Chuva que não existe, chamam esse papel para si, tão só para fazer crer que a Chuva virá, sabendo de antemão que ela só chegará, por obra e graça do acaso!

2 comentários:

Anónimo disse...

Acção "Falar Claro" em Silves

JSD de Silves organiza, no dia 17 de Abril, pelas 15h30, na sede do PSD em Silves, uma acção sobre técnicas de apresentação e oratória, com a presença de Nuno Matias, presidente da Comissão Política do PSD Almada, com o título "Falar Claro".
Segundo a Comissão Política da JSD de Silves, hoje em dia, é tão importante dominar o assunto de que se fala, como conhecer as técnicas de apresentação e oratória, daí que se justifique esta acção, durante a qual se darão "dicas importantes", como falar para uma plateia.
"Um estudo do jornal Sunday Times, que contou com 3 mil americanos, concluiu que, de todas as situações que possam causar medo / stress, falar em público é o que gera mais medo, com 41% das respostas. Não é o medo em si de falar, mas sim o medo da rejeição, de não serem aceites, porque a exposição é enorme! No entanto, é certo, e defendido por todos os profissionais da área, que qualquer pessoa pode falar bem, umas com mais facilidade que outras, mas com técnica, esforço, treino e dedicação não há obstáculos impossíveis de superar", acrescenta a JSD no seu comunicado.
Esta acção é fundamentalmente destinada a jovens : "Trabalhamos com o objectivo de apoiar os jovens de Silves no seu crescimento e afirmação, trabalhamos para que o seu futuro seja promissor, e é por isso que os convidamos a marcarem presença", concluiu a JSD Silves.

Anónimo disse...

Conferência, na Biblioteca Municipal JOSÉ MORGADO FALA SOBRE COMO “CUIDAR COM AFECTO, EDUCAR COM FIRMEZA”

2010-4-30 José Morgado, especialista em Educação, estará presente na Biblioteca Municipal de Silves, no próximo dia 30 de Abril, pelas 21h30, para realizar uma conferência onde analisará o tema: “Cuidar com afecto, educar com firmeza”.
José Morgado é Doutorado em Estudos da Criança, na área de Educação Especial e é Professor no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, tendo colaborado regularmente na organização de Programas de Formação de Professores. Para além disso, é Consultor de Projectos de Investigação e Intervenção na área da Educação, tendo já realizado diversas acções em Silves, sempre com grande sucesso e adesão por parte do público.

Esta acção é organizada pelo Sector de Educação da Divisão de Educação, Cultura, Turismo e Património da Câmara Municipal de Silves e todos os interessados poderão participar.

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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