O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Corredores da política concelhia na blogesfera

AÀGUAS PASSADAS NÃO MOVEM MOINHOS!


António Carneiro Jacinto no seu post in http :// servirsilves . blogs .sapo.pt, sobre o orçamento da Câmara de Silves com o título “Orçamento para 2007, Cena 1”, de entre outros dados interessantíssimos que comentaremos oportunamente, fez referência ao aumento brutal das tarifas cobradas pelo fornecimento de água e recolha e tratamento dos resíduos sólidos.

Porque esta questão, que se prende com um bem essencial, tem sido tratada nas gestões autárquicas, em geral, da mesma forma que outras de importância secundária, isto é tem sido gerida em função do marketing politico necessário a prolongar os eleitos no poder, através da sua reeleição, consideramo-la de primordial importância, o que, em nosso entender, justifica uma abordagem exclusiva quanto a esta matéria.

Com efeito, nas últimas décadas a maioria dos autarcas no poder, ou nas várias oposições, aliás como os sucessivos governos a nivel nacional, foram assobiando para o lado, cobrando na maioria dos casos tarifas que não cobriam os custos de exploração dos sistemas e muito menos a amortização dos investimentos que foram realizando, visando manter os eleitores o menos descontentes possível com a sua gestão, numa óptica sistemática de beneficiar a imagem do partido ou a própria, com vista à reeleição.

Hoje em dia, com muito menos fundos provenientes da União Europeia, e ainda com muitos problemas por resolver torna-se necessário investir muitos milhões de euros, investimentos estes que ou se adiam com todos os prejuízos dai advenientes para as populações, ou dada a sua imperatividade ou urgência realizar-se-ão e aquilo que não pagámos ontem vamos todos pagar amanhã com juros pesados, como hoje assistimos na pressão fiscal que todos sentem.

Os responsáveis pela governação do concelho de Silves não foram diferentes de outros autarcas e hoje a situação relativa à distribuição de água e drenagem dos esgotos é a que é.

O caso de Armação de Pêra é paradigmático: a vila foi “crescendo” (leia-se: degenerando) sendo todos os anos construídos edifícios, mas uma parte significativa das infra-estruturas foram construídas nas décadas de 60/70, constatando-se hoje problemas, designadamente:
· No sistemas de distribuição de água, o nível de atendimento é fraco especialmente durante os meses de Verão onde a determinadas horas do dia a pressão é insuficiente para fazer chegar a água às habitações mesmos aquelas situadas nos pisos mais baixos dos edifícios;
· No sistema de recolha dos esgotos, as habitações ou comércios situados em pontos baixos são frequentemente inundadas, como é o caso da rua Bartolomeu Dias; os sistemas de bombagem não têm capacidade suficiente e o mau cheiro é uma constante no Verão;
· O próprio funcionamento da ETAR de Pêra deixa muito a desejar, pois os esgotos são muitas vezes lançados na ribeira sem o tratamento adequado. Quando a ribeira necessita de ser aberta ao mar as águas balneares são contaminadas.
· Entendem agora os menos conhecedores porque é que Armação não tem a bandeira Azul?

Por isso relativamente a este assunto é necessário, antes de mais muita responsabilidade e seriedade no seu tratamento, porquanto não se deve correr o risco de dizer uma coisa quando se está na oposição e depois fazer o inverso quando se está no poder, o que não nos parece a melhor forma de fazer política, apesar de, infelizmente ser a mais habitual.

Na verdade, foi essa prática política generalizada que conduziu o Pais à situação presente.
Os eleitos – todos eles – na mira da reeleição, distribuíram o que havia e o que não havia, sem curarem de saber se existiam realmente condições ou riqueza que o permitisse sustentadamente, pois a preocupação única foi a de “comprar” votos e “depois de casa roubada, trancas à porta”.
Estão hoje bem à vista, através do sacrifício fiscal dos contribuintes, os resultados de trinta anos dessa prática politica.

Deste modo a problemática da determinação do preço da água (abastecimento de água e águas residuais) é particularmente delicada.
Os princípios a salvaguardar são vários e nem sempre concordantes.
Se por um lado o preço da água deve incorporar os custos incorridos na prestação desses serviços de modo a garantir a sustentabilidade económica das entidades gestoras e os custos ambientais e de escassez que lhe estão associados, por outro, a natureza essencial do bem água exige que o seu fornecimento às populações tenha em linha de conta a sua capacidade económica.

Pelo que, a fixação dos preços dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais deve ser encardo como instrumental para a sustentabilidade integrada da Câmara de Silves, da economia em geral, da sociedade e do ambiente.

Neste caso, permita-nos a sugestão, julgamos que deve analisar se o preço praticado pelo Município para estes serviços cobre os custos, designados como “financeiros”, suportados pela Câmara, e se gera eficiência na economia, se o preço cobre os custos ambientais e de escassez, e se o preço praticado assegura a acessibilidade de todos os cidadãos ao bem e contribui para a universalidade do direito aos serviços de água.
È que, será cada vez mais difícil, continuar a fazer politica da forma habitual e quem nela for insistindo, ou é cego ou está, declaradamente, de má-fé.

Em função do resultado desse estudo, cremos, deverá a sua candidatura formular opinião e bater-se por ela criticando este ou qualquer outro orçamento.
É que, até poderá concluir que o preço da água se encontra abaixo do custo! E, se assim for, é por ai que deverá criticar o dito cujo orçamento nesta sede.
Não indo por aqui, correrá o risco de ser apodado de politico de carreira, clássico e “déjà vu”, colocando em crise a credibilidade que à partida merece e a da sua candidatura, que pretende e se pretende diferente, pela via da verdade, bem como as expectativas que, tratando-se de uma figura de notoriedade nacional, a mesma gera nas populações do concelho.
Se nos permite finalmente, é a si que cabe decidir se quer ser um político do passado ou um politico com futuro!

15 comentários:

Anónimo disse...

Quem esteve muito tempo fora só pode meter água

Anónimo disse...

Será q a IS agora q o orçamento n foi aprovado aproveita a deixa e vai-se embora, cedendo o buraco a outro.

Anónimo disse...

Isso queriam vocês a Drª Isabel nunca foi de fugir aos problemas

Anónimo disse...

"O mais cego é aquele que não quer ver".D.Adelina devia dizer qunto é que a DªIsabel Soares lhe paga para a defender de uma forma tal que já ultrapassoun largamente a barreira do ridiculo.A democracia faz-se de debates politicos e sociais da confrontação de ideias e opiniões o que quer dizer, caso não saiba, que todas as pessoas têm o direito de exprimir a sua opinião e contribuir assim para a construção de um Pais que se quer cada vez melhor.Tenha juizo que já deve ter idade para isso.

Anónimo disse...

Relativamento a pagamentos estamos entendidos O FC só defende quem lhe paga, já deve estar a ver se cavalga em cima de algum candidato a candidato para ver se lhe arranjam algum taxo.
Olhe eu pessoalmente não conheço a Drª Isabel mas pelas obras que tem feito vejo que é uma mulher que sabe o que quer.
Exprimir opiniões não são só as suas que valem eu também tenho as minhas ainda bem que são diferentes isto é democracia.

Anónimo disse...

Agém me explica o q se passa com a camara de silves e os tais buracos?

Anónimo disse...

Não há nada para explicar é só fumaça.
Como não conseguiram ganhar nas urnas agora é só dizer mal.

Anónimo disse...

Esquerda não deixa governar a Drª Isabel Soares

A esquerda ao unir-se na Assembleia Municipal para não aprovar o orçamento não fez mais do que bloquear o desenvolvimento do nosso concelho.
A inrresponsabilidade dos partidos de esquerda põe em causa o bem estar das populações.
Se neste momento a Câmara Municipal de Silves se encontra em dificuldades muito se deve à lei das finaças locais aprovada pelo PS.

Anónimo disse...

O último anónimo das 20.03 não sabe o que diz. a lei das finanças locais ainda não entrou em vigor e a divida foi um acumular de "boa gestão" que a vossa Belinha fez.

Anónimo disse...

A Lei 42/98 e a 94/2001 deve ter sido aprovada pelos marcianos.
Agora que a lei aprovada em CM ainda é pior lá isso é ainda enterra mais Silves

Anónimo disse...

Caro Blogger,
Venho informar que estabeleci uma ligação entre o meu bloggue e o seu.
Caso não o queira agradeço que me informe e a ligação será retirada,
obrigado.
jps

Anónimo disse...

Com a promulgação da lei das finaças locais o Governo é responsável por marco negativo para todo o poder local e especialmente para o Concelho de Silves que sai muito prejudicado.

A a Lei das Finanças Locais,é um marco muito negativo para o poder local,por isso é contestado pelo PSD, PCP, BE e pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

É uma lei injusta, uma vez que mina a autonomia do poder local, não favorece a descentralização e prejudica as populações o que o governo quer é centralizar e controlar a partir de Lisboa.

Quando Silves se desenvolvia vêm as forças negativas do bota abaixo.

Anónimo disse...

Quando a incompetência é muita tudo nos atrapalha!

Anónimo disse...

Brincar com a água, hoje e no futuro, vai ser muito mais perigoso que brincar com o fogo...
Podemos continuar assim, cantando e rindo até à sepultura!

Anónimo disse...

Alguém me explica como é que "com Silves no Coração" foi parar tudo ao Viga D'Ouro?

Correio para:

Armação de Pêra em Revista

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