Gaspar e Passos na sua labuta diária, esticando o contribuinte até ao tutano. |
Quatro de junho é o Dia da
Libertação de Impostos, data simbólica em que os portugueses se libertam das
obrigações fiscais: cinco meses e quatro dias de trabalho, 155 dias, é o tempo
necessário para pagar todos os impostos e começar a retirar dividendos do
trabalho.
A tributação sobre os
rendimentos do trabalho está a aumentar e os trabalhadores portugueses são
obrigados, desse modo, a trabalhar cada vez mais dias, apenas para cumprir as
obrigações fiscais. Em 2013, são necessários 155 dias.
Segundo o relatório que
analisa a realidade da União Europeia – ‘The tax burden of typical workers in
the EU 27’, da autoria da organização New Direction, Fundação para a Reforma
Europeia, tornado público nesta sexta-feira – o dia 4 de junho é a fronteira
entre o trabalho com objetivo de pagamento de impostos. Só a partir desta data
os rendimentos do trabalho entram totalmente no bolso dos portugueses.
São mais de cinco meses de
trabalho para ‘alimentar’ a máquina fiscal, que exige cada vez mais dos
trabalhados. Em 2011, por exemplo, bastaria trabalhar até 29 de maio para
‘celebrar’ o Dia da Libertação de Impostos. No ano seguinte, houve um aumento
do fardo fiscal, sendo que só a 3 de junho os rendimentos se tornaram líquidos.
E em 2014, o Estado exige mais um dia de trabalho para cumprir as obrigações
fiscais.
A partir do dia 4 de junho,
todos os rendimentos do ano fiscal passam a líquidos, numa fasquia virtual, uma
vez que a taxação é feita ao longo do ano.
Num olhar sobre a União
Europeia, verifica-se que Portugal é o sétimo país onde os trabalhadores têm
menos horas de trabalho para o fisco. No ano passado, Portugal era nono
classificado.
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