O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
quarta-feira, 19 de março de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
NÃO QUERO MORRER…..NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!! NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO PARA JÁ SABER TUDO!
Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente, ordenadamente, no respeito das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.Sou dos que acreditam na invenção desta crise. Um “directório” algures decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito, decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz. Parece que alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à extrita e restrita sobrevivência.Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho. Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro entre os medicamentos e a comida. E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível. A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o milagre da multiplicação dos pães.Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de sair de casa, suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se de sangue, 5% dos sem abrigo têm cursos superiores, consta que há cursos superiores de geração expontânea, mas 81.000 licenciados estão desempregados. Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho. Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada” faz um milhão de espectadores. Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros. Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a buçalidade. Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados. Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes. Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno-almoço e almoço.E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome, envergonhadamente, matar a fome dos seus meninos.É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.
Júlio Isidro
Júlio Isidro
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politica nacional
domingo, 16 de março de 2014
sábado, 15 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
Portugal arrecadou mais de 1000 milhões na venda de passes de jogadores de futebol
6/3/2014 jornal oje Vitor Norinha
Portugal é um dos grandes players mundiais na transferência de jogadores e na última década o país vendeu mais de 1000 milhões de euros em passes de jogadores, afirmou Mário Figueiredo, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, durante a conferência do International Club of Portugal, que decorreu ontem em Lisboa.
O gestor adiantou que Portugal é, de acordo com um estudo encomendado pela Comissão Europeia à Universidade de Limoges, o único país europeu com um saldo positivo no balanço entre compras e vendas de jogadores. Mário Figueiredo realçou, no encontro do ICPT, que não são apenas os três grandes (Benfica, Sporting e Porto) a vender passes de jogadores.
Mas também os clubes do meio da tabela fazem vendas para o estrangeiro. Este modelo de negócio permite o equilíbrio de contas dos clubes que, sem este recurso, estariam em situação de insolvência.
Mário Figueiredo realçou o facto de o país apresentar um PIB modesto - 17.º lugar no conjunto dos países da UE - mas ter uma indústria de futebol forte, com a UEFA a colocar Portugal no 5.º lugar do ranking europeu de forma consistente. A França está atrás de Portugal no ranking da UEFA quando é a terceira economia europeia.
Esta situação é caso único na Europa "onde existe uma correlação entre o dinheiro e a performance desportiva", afirma. "Temos algo de especial, temos uma indústria de futebol altamente qualificada" e adianta que nenhum clube português faz parte dos 20 mais ricos da Europa, mas em termos de performance desportiva o Benfica está em 6.º lugar e o Porto em 11º. O que significa que a capacidade desportiva está acima da capacidade económica.
O gestor atribui este facto à globalização que também aconteceu no mundo do futebol. O principal exportador de jogadores de futebol é o Brasil e o facto de Portugal e o Brasil darem estatuto de igualdade permitiu a entrada de atletas da América do Sul no futebol europeu de muito milhões. Portugal ficou também a ganhar com brasileiros na seleção nacional, sendo que Portugal tem servido de "porta de entrada no mercado europeu".
Estes números serviram para Mário Figueiredo avançar com as suas ideias de renovação no futebol nacional. "Estamos overperforming", afirma, sendo que o modelo de 18 clubes na I Liga permitirá manter a nossa competitividade.
Três das 15 maiores transferências de sempre no mundo do futebol nos últimos anos aconteceram com atletas nacionais. O gestor sublinhou que "numa altura de crise, o futebol português é uma indústria exportadora e consegue ter uma balança de pagamentos positiva, o que outros setores não conseguem".
Os clubes de futebol em Portugal apresentam fracas receitas correntes, sendo que a receita extraordinária com a venda de passes de jogadores acaba por ser a principal receita. "Os nossos clubes vivem uma situação financeira frágil, com capitais próprios negativos e muitas vezes com os ativos de longo prazo a serem suportados por ativos de curto prazo".
Acrescenta que nos últimos anos de crise bancária os clubes têm muitas dificuldades em cumprirem com as obrigações. Os ativos dos clubes duplicaram nos últimos 10 anos, mas os passivos subiram muito mais, enquanto os capitais próprios tendem para níveis negativos.
O modelo tradicional de receita dos clubes são a bilheteira, o merchandising, a TV, os passes de jogadores e os prémios de participação em jogos.
Nas cinco grandes ligas europeias, com a Inglaterra à frente, as receitas são correntes através dos direitos televisivos de transmissão e jogos. Em Portugal, a receita televisiva tem pouco peso e os clubes estão dependentes das receitas extraordinárias, "fazendo talentos e vendendo-os", diz Mário Figueiredo.
Portugal é um dos grandes players mundiais na transação de passes de jogadores, posicionando-se consistentemente no 5.º lugar do ranking da UEFA, o que tem permitido ao país ter cinco a seis equipas em competições europeias. O gestor aproveitou o "palco" do International Club of Portugal para avançar com algumas das suas ideias para o futebol profissional.
Afirmou que a Liga renegociou os direitos televisivos com o operador, mas precisa de aumentar mais a receita oriunda das transmissões televisivas, ao mesmo tempo que tem de alargar a I Liga, renegociar o salário mínimo com o sindicato dos jogadores e gerar receitas dos jogos online.
Socorrendo-se do estudo de uma empresa alemã que trabalha para a UEFA, Figueiredo elencou os prós e os contras de reduzir a liga a 12 clubes, excluindo quatro. Disse que para estes clubes haveria um grave problema de finanças e que os conduziria à insolvência, tendo em conta o atual modelo de gestão dos clubes.
O caso Bosman teve impacto no modelo de transferência e, como já se disse, os clubes portugueses vivem destas receitas extraordinárias. Figueiredo citou um estudo que aconselha o aumento de número de clubes na I Liga para 18. Esta opção permitirá aos clubes aumentarem o número de passes de jogadores que poderão vender para o mercado externo. O maior número de clubes obriga a mais jogos na I Liga, sendo que a maioria das ligas europeias têm 18 a 20 clubes. Este facto tem a ver com competitividade, refere a mesma fonte.
quarta-feira, 12 de março de 2014
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sexta-feira, 7 de março de 2014
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