Mauricio Lima for The New York Times
Monica Alexandra, a psychologist, checked her phone as her mother and sister helped her before leaving for the airport. Many young Portuguese are choosing to pack their bags, with Portuguese-speaking and fast-growing former colonies like Brazil and Angola among their favored destinations. Ms. Alexandra is moving to Brazil, where she says she has job offers.
O site do "The New York Times" publicou uma fotogaleria comentada que dá a conhecer ao mundo os números que dão conta do colossal agravamento das condições de vida dos portugueses.
Retratos de sem abrigo, de idosos, de imigrantes pobres e de jovens de malas feitas para emigrar, das manifestações e dos confrontos em frente à Assembleia, ou de um cemitério e um edifício devoluto, surgem na fotogaleria intitulada "Portugal aprova mais um pacote de austeridade".
Realidade, que cá por Armação não é muito diferente do resto do país.
O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Um governo de "chicos espertos"
Governo impôs esta quinta-feira que 50% dos subsídios de férias e de Natal do próximo ano sejam pagos em duodécimos no setor privado. Os restantes 50% de ambos os subsídios continuarão a ser pagos nas datas e nos termos habituais.
Esta medida é mais uma a juntar às portagens na Via do Infante, ao aumento do IVA na restauração,e do IMI, que só vêm agravar ainda mais, a débil economia da vila de Armação de Pêra, que vive essencialmente do turista nacional.
Quando um Governo determina como devem as empresas gerir a sua tesouraria, quer dizer que estamos em termos económicos, mais perto de um regimes como o da Correia do Norte.
Este Governo está mais preocupado consigo e com os efeitos que terão nas folhas salariais o brutal aumento de impostos previstos para 2013, do que com as empresas ou com as famílias.
A esperteza saloia afirmou-se mais uma vez, estes governantes pretendem desta forma atenuar a revolta, que cresce de dia para dia,e que, com esta subida colossal será ainda maior.
No final do ano de 2013, os contribuintes vão perder cerca de 30% do seu rendimento por via fiscal. E isto vai provocar uma ainda maior redução do consumo, que só trará mais pobreza para a região.
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classe politica
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
Um tornado que serve o canditato Rogério Pinto
Rogério Pinto, que substituiu recentemente Isabel Soares na presidência do executivo de Silves, aproveita o tornado para lançar a sua candidatura à Câmara de Silves.
Em declarações ao barlavento afirma que: “Sei que tenho muita simpatia na comunidade não só do concelho de Silves, mas também dos próprios colaboradores da autarquia”.
Sobre as suas palavras recordamos Séneca
"Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável."
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politica municipal
sábado, 24 de novembro de 2012
Uma queixa incompleta...
Responsabilidade, transparência, coerência, eficiência e eficácia, são os cinco princípios básicos da boa governação, perfilhados por instituições supranacionais, consagrados nos manuais de ciência politica e comummente aceites como valores integrantes da constituição material de um Estado de Direito.
São assim de reter estes conceitos. Recordemo-los:
Responsabilidade: obrigatoriedade de cumprir princípios e deveres derivados de um cargo, assunção das consequências dos actos praticados;
Transparência: carácter do que deixa transparecer toda a realidade das coisas, do que exprime a verdade de um facto ou acontecimento sem o alterar;
Coerência: ligação, harmonia lógica, nexo entre diversos elementos de um conjunto de factos;
Eficiência: relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados;
Eficácia: medida em que as actividades planeadas foram realizadas e conseguidos os resultados planeados.
Digamos que a queixa que gentilmente nos chegou, via mail, foi bem estruturada, revela um posicionamento de cidadania e funda-se num leque de valores e princípios que têm pautado grande parte das intervenções deste Blog.
Não havia como, sabendo da sua existência, ignorá-la!
A limitação temporal para a prática do crime objecto da queixa, entre 1998 e 2011, porém, introduz um elemento de banalidade que contrasta vivamente com a elevação dos princípios e valores invocados para a sua fundamentação.
Na verdade, exclui propositadamente através daquela datação, por exemplo a gestão de Cavaco Silva, a qual, no entender de muitos, não só não correspondeu a uma “good governance”, como contribuiu decisivamente enquanto causa estrutural e geométrica do crescimento da despesa pública, bem como da degenerescência de sectores essenciais da nossa economia como a agricultura e pescas, por exemplo.
Ao sonegar expressamente o cavaquismo do folclore da gestão pública da classe politica portuguesa, o(s) autor(s) introduziu um vírus vulgar, muito comum na vida politica nacional: a partidarite, doença fatal desta democracia, que assume múltiplas formas, como a da partidocracia, que acantona os valores e os princípios do estado de direito nos livros de ciência politica e promove os desvalores do comércio eleitoral, dos postos institucionais, da desorçamentação e outros que tais, aos valores da democracia real!
Tendo a queixa dado entrada em 11 de Julho de 2012, excluiu também propositadamente, um conjunto de governantes com mais de um ano de governação que já tinham revelado suficientemente irresponsabilidade porquanto foram eleitos com base em propostas eleitorais que contrastaram com as medidas de gestão empreendidas, em absoluta incoerência.
Não constitui por conseguinte, uma queixa tão isenta quanto a natureza da sua fundamentação necessariamente exige!
São assim de reter estes conceitos. Recordemo-los:
Responsabilidade: obrigatoriedade de cumprir princípios e deveres derivados de um cargo, assunção das consequências dos actos praticados;
Transparência: carácter do que deixa transparecer toda a realidade das coisas, do que exprime a verdade de um facto ou acontecimento sem o alterar;
Coerência: ligação, harmonia lógica, nexo entre diversos elementos de um conjunto de factos;
Eficiência: relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados;
Eficácia: medida em que as actividades planeadas foram realizadas e conseguidos os resultados planeados.
Digamos que a queixa que gentilmente nos chegou, via mail, foi bem estruturada, revela um posicionamento de cidadania e funda-se num leque de valores e princípios que têm pautado grande parte das intervenções deste Blog.
Não havia como, sabendo da sua existência, ignorá-la!
A limitação temporal para a prática do crime objecto da queixa, entre 1998 e 2011, porém, introduz um elemento de banalidade que contrasta vivamente com a elevação dos princípios e valores invocados para a sua fundamentação.
Na verdade, exclui propositadamente através daquela datação, por exemplo a gestão de Cavaco Silva, a qual, no entender de muitos, não só não correspondeu a uma “good governance”, como contribuiu decisivamente enquanto causa estrutural e geométrica do crescimento da despesa pública, bem como da degenerescência de sectores essenciais da nossa economia como a agricultura e pescas, por exemplo.
Ao sonegar expressamente o cavaquismo do folclore da gestão pública da classe politica portuguesa, o(s) autor(s) introduziu um vírus vulgar, muito comum na vida politica nacional: a partidarite, doença fatal desta democracia, que assume múltiplas formas, como a da partidocracia, que acantona os valores e os princípios do estado de direito nos livros de ciência politica e promove os desvalores do comércio eleitoral, dos postos institucionais, da desorçamentação e outros que tais, aos valores da democracia real!
Tendo a queixa dado entrada em 11 de Julho de 2012, excluiu também propositadamente, um conjunto de governantes com mais de um ano de governação que já tinham revelado suficientemente irresponsabilidade porquanto foram eleitos com base em propostas eleitorais que contrastaram com as medidas de gestão empreendidas, em absoluta incoerência.
Não constitui por conseguinte, uma queixa tão isenta quanto a natureza da sua fundamentação necessariamente exige!
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Os Pobres que cortam a cabeça aos "reis"...
«Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres.
Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.
Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam.
Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:
- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.
O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente».
No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, a uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre.
Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:
- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.
Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto (esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro) de forma deletéria e irresponsável.
O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico:-- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho, o atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeo.
Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros
- O que é que o menino quer?, esta gente é assim, e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.
Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno.
O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais.
A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, eu tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse:
- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar, e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.
Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.
Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me.
E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis.»
António Lobo Antunes, Livro de Crónicas.
Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.
Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam.
Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:
- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.
O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente».
No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, a uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre.
Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:
- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.
Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto (esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro) de forma deletéria e irresponsável.
O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico:-- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho, o atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeo.
Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros
- O que é que o menino quer?, esta gente é assim, e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.
Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno.
O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais.
A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, eu tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse:
- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar, e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.
Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.
Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me.
E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis.»
António Lobo Antunes, Livro de Crónicas.
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domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Será que Paul De Grauwe vê melhor ou será que quem devia ver, vira a cara às evidências?
Paul De Grauwe escreve periodicamente no Expresso Economia. Por diversas vezes temos verificado que as opiniões de muitos cidadãos sem qualificação especifica são coincidentes, não na erudição ou na fundamentação, com a deste prestigiado professor belga, mas no essencial dos seus textos.
Decidimos pela publicação deste, que é um deles, e que parece de uma evidência merediana.
Se um capacitado técnico de tão elevado gabarito defende o que defende, resta-nos perguntar, sem conceder à muito habitual tese da conspiração, se haverá razões que a razão desconhece que justifiquem a tibieza nas acções e sobretudo nas omissões de multiplas entidades que não fazendo o que deveriam no interesse geral,poderão estar a curar de interesses especiais?
O Banco Central Europeu é a única instituição que pode evitar que o pânico nos mercados da dívida soberana empurre os países para um ‘mau equilíbrio’.
Torna-se cada vez mais óbvio que o Banco Central Europeu é a única instituição que pode estabilizar os mercados da dívida soberana na zona euro. Estes mercados têm sido de novo atacados pelo medo e pelo pânico, que provocam aumentos insustentáveis nas taxas de juro da dívida espanhola e italiana. Se ninguém fizer nada, Espanha e Itália serão empurradas para o incumprimento.
A natureza autoalimentadora destes desenvolvimentos é fulcral para entender a crise. Espanha e Itália são países solventes. No entanto, o medo e o pânico provocam duas coisas. Primeiro, levam para níveis insustentáveis as taxas de juro das obrigações governamentais destes países. Segundo, conduzem a quebras súbitas de liquidez que tornam impossível aos governos continuarem a pagar o serviço da dívida. Para evitar isto, os líderes políticos são forçados a encetar programas de austeridade excessivos, que levam a recessões profundas e ao colapso das receitas fiscais. O resultado é o agravamento da situação orçamental, não uma melhoria. O medo do default cria as condições que o tornam inevitável. Os países são empurrados para um ‘mau equilíbrio’.
O BCE é a única instituição que pode evitar que o pânico nos mercados da dívida soberana empurre os países para um ‘mau equilíbrio’, porque, como entidade emissora de moeda, tem uma capacidade infinita de comprar títulos governamentais. O facto de os recursos serem infinitos é central para lhe dar a capacidade de estabilizar as taxas das obrigações.
O BCE não manifesta vontade de estabilizar os mercados financeiros desta forma. A razão mais profunda para a relutância do BCE em ser credor de último recurso no mercado da dívida soberana tem que ver com o seu modelo de negócio. Este é um modelo em que o BCE tem como principal preocupação a defesa da qualidade da sua folha de balanço, isto é, uma preocupação em evitar perdas e mostrar liquidez, mesmo que isso conduza à instabilidade financeira.
É surpreendente que o BCE dê tal importância aos ganhos. De facto, esta insistência baseia-se num erro de compreensão fundamental da natureza dos bancos centrais. O banco central cria os seus próprios IOU. Assim, não precisa de liquidez para apoiar as suas atividades. Os bancos centrais podem viver sem liquidez porque não podem entrar em default. O único apoio de que um banco central carece é do apoio político do soberano que garante a natureza legal do dinheiro emitido. Este apoio político não precisa de liquidez. É enganador acreditar que um governo que pode entrar em incumprimento - e às vezes entra - precisa de fornecer capital a uma instituição que não pode entrar em default.
Tudo isto não seria problema se não fosse o facto desta insistência do BCE de ter liquidez positiva entrar em conflito com a sua responsabilidade de manter a estabilidade financeira. Pior, esta insistência tornou-se fonte de instabilidade financeira. Por exemplo, no sentido de proteger a sua equidade, o BCE insistiu em obter a condição de credor preferencial, seniority, na sua carteira de títulos governamentais. Ao fazê-lo, tornou estes títulos mais arriscados para os investidores privados, que reagiram vendendo. Isto também implica que se o BCE tivesse de assumir a sua responsabilidade de credor de último recurso, teria de abandonar a exigência de credor preferencial nas obrigações que compra nos mercados.
O modelo de negócio correto para o BCE é procurar a estabilidade financeira como objetivo prioritário (juntamente com a estabilidade dos preços), mesmo que isso o conduza a perdas. Não há limite para o volume de perdas que um banco central pode suportar, exceto o que é imposto pelo seu compromisso de manter os preços estáveis. Na presente situação, o BCE está muito longe desse limite.
Um banco central devia querer assumir essas perdas se ao fazê-lo estabilizasse os mercados financeiros. De facto, se estabilizasse com êxito os mercados, as perdas poderiam mesmo não chegar a ocorrer. Hoje, o medo das perdas paralisa o BCE. O BCE tem de afastar estes medos. Como disse Franklin Roosevelt num dos seus discursos de tomada de posse como Presidente dos EUA: “O único medo que temos a recear é o próprio medo.”
Por outras palavras, os investidores de hoje estão muito avisados quanto aos riscos, temendo ser apanhados numa crise que possa levar por água abaixo a sua riqueza. Num ambiente destes é importante que o banco central tenha vontade de correr alguns riscos, limitando dessa forma a extrema aversão ao risco que grassa no mercado. Se pelo contrário o BCE é igualmente, se não mais, resistente ao risco, os mercados financeiros não podem ser estabilizados. Porque tem bolsos sem fundo, é o banco central que em tempos de medo tem de se manifestar destemido. Esse é o banco central de que precisamos. Não um que se põe a fugir.
Decidimos pela publicação deste, que é um deles, e que parece de uma evidência merediana.
Se um capacitado técnico de tão elevado gabarito defende o que defende, resta-nos perguntar, sem conceder à muito habitual tese da conspiração, se haverá razões que a razão desconhece que justifiquem a tibieza nas acções e sobretudo nas omissões de multiplas entidades que não fazendo o que deveriam no interesse geral,poderão estar a curar de interesses especiais?
O BCE deve mudar o modelo de negócio
O Banco Central Europeu é a única instituição que pode evitar que o pânico nos mercados da dívida soberana empurre os países para um ‘mau equilíbrio’.
Torna-se cada vez mais óbvio que o Banco Central Europeu é a única instituição que pode estabilizar os mercados da dívida soberana na zona euro. Estes mercados têm sido de novo atacados pelo medo e pelo pânico, que provocam aumentos insustentáveis nas taxas de juro da dívida espanhola e italiana. Se ninguém fizer nada, Espanha e Itália serão empurradas para o incumprimento.
A natureza autoalimentadora destes desenvolvimentos é fulcral para entender a crise. Espanha e Itália são países solventes. No entanto, o medo e o pânico provocam duas coisas. Primeiro, levam para níveis insustentáveis as taxas de juro das obrigações governamentais destes países. Segundo, conduzem a quebras súbitas de liquidez que tornam impossível aos governos continuarem a pagar o serviço da dívida. Para evitar isto, os líderes políticos são forçados a encetar programas de austeridade excessivos, que levam a recessões profundas e ao colapso das receitas fiscais. O resultado é o agravamento da situação orçamental, não uma melhoria. O medo do default cria as condições que o tornam inevitável. Os países são empurrados para um ‘mau equilíbrio’.
O BCE é a única instituição que pode evitar que o pânico nos mercados da dívida soberana empurre os países para um ‘mau equilíbrio’, porque, como entidade emissora de moeda, tem uma capacidade infinita de comprar títulos governamentais. O facto de os recursos serem infinitos é central para lhe dar a capacidade de estabilizar as taxas das obrigações.
O BCE não manifesta vontade de estabilizar os mercados financeiros desta forma. A razão mais profunda para a relutância do BCE em ser credor de último recurso no mercado da dívida soberana tem que ver com o seu modelo de negócio. Este é um modelo em que o BCE tem como principal preocupação a defesa da qualidade da sua folha de balanço, isto é, uma preocupação em evitar perdas e mostrar liquidez, mesmo que isso conduza à instabilidade financeira.
É surpreendente que o BCE dê tal importância aos ganhos. De facto, esta insistência baseia-se num erro de compreensão fundamental da natureza dos bancos centrais. O banco central cria os seus próprios IOU. Assim, não precisa de liquidez para apoiar as suas atividades. Os bancos centrais podem viver sem liquidez porque não podem entrar em default. O único apoio de que um banco central carece é do apoio político do soberano que garante a natureza legal do dinheiro emitido. Este apoio político não precisa de liquidez. É enganador acreditar que um governo que pode entrar em incumprimento - e às vezes entra - precisa de fornecer capital a uma instituição que não pode entrar em default.
Tudo isto não seria problema se não fosse o facto desta insistência do BCE de ter liquidez positiva entrar em conflito com a sua responsabilidade de manter a estabilidade financeira. Pior, esta insistência tornou-se fonte de instabilidade financeira. Por exemplo, no sentido de proteger a sua equidade, o BCE insistiu em obter a condição de credor preferencial, seniority, na sua carteira de títulos governamentais. Ao fazê-lo, tornou estes títulos mais arriscados para os investidores privados, que reagiram vendendo. Isto também implica que se o BCE tivesse de assumir a sua responsabilidade de credor de último recurso, teria de abandonar a exigência de credor preferencial nas obrigações que compra nos mercados.
O modelo de negócio correto para o BCE é procurar a estabilidade financeira como objetivo prioritário (juntamente com a estabilidade dos preços), mesmo que isso o conduza a perdas. Não há limite para o volume de perdas que um banco central pode suportar, exceto o que é imposto pelo seu compromisso de manter os preços estáveis. Na presente situação, o BCE está muito longe desse limite.
Um banco central devia querer assumir essas perdas se ao fazê-lo estabilizasse os mercados financeiros. De facto, se estabilizasse com êxito os mercados, as perdas poderiam mesmo não chegar a ocorrer. Hoje, o medo das perdas paralisa o BCE. O BCE tem de afastar estes medos. Como disse Franklin Roosevelt num dos seus discursos de tomada de posse como Presidente dos EUA: “O único medo que temos a recear é o próprio medo.”
Por outras palavras, os investidores de hoje estão muito avisados quanto aos riscos, temendo ser apanhados numa crise que possa levar por água abaixo a sua riqueza. Num ambiente destes é importante que o banco central tenha vontade de correr alguns riscos, limitando dessa forma a extrema aversão ao risco que grassa no mercado. Se pelo contrário o BCE é igualmente, se não mais, resistente ao risco, os mercados financeiros não podem ser estabilizados. Porque tem bolsos sem fundo, é o banco central que em tempos de medo tem de se manifestar destemido. Esse é o banco central de que precisamos. Não um que se põe a fugir.
Paul De Grauwe, Professor da Universidade Católica de Lovaina, Bélgica, in Expresso de 04/08/2012
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Esclarecimento cristalino na "Hora da Verdade"
Por considerarmos uma análise pedagógica e esclarecedora sobre a situação real que o pais vive, decidimos publicar este artigo de Miguel Sousa Tavares, no último Expresso:
A HORA DA VERDADE
Com a falta de senso político que o caracteriza, Passos Coelho vem agora propor ao PS uma “refundação do acordo com a troika”. Para começar, explicou-se mal: ele não pretende refundar o acordo, pretende sim dar-lhe cumprimento integral - o que até agora não fez. Refundar o acordo seria fazer ver aos nossos prestamistas que, nestes prazos e com estes juros, e sem políticas que devolvam vida à economia, jamais teremos salvação. Mas não é isso que ele quer, já o disse várias vezes. O que ele quer agora é um parceiro que o ajude a ocupar-se da parte difícil e complicada do acordo assinado com a troika e que era, segundo ele, o seu próprio programa eleitoral. Porque, um ano e meio volvido, tudo o que o Governo executou do acordo foi a parte fácil: mudou a lei laboral, diminuiu ordenados e subsídios na função pública, começou a privatizar (e mal), e arrasou o país com impostos. A parte difícil - que era reformar o Estado, reduzi-lo a uma dimensão sustentável, evitar que ele continue a roubar a economia, as poupanças e os postos de trabalho - nisso, o governo de Passos Coelho não mexeu ainda, salvo algumas minudências. As célebres “gorduras”, cujo corte radical esgotava todo o pensamento económico de Passos Coelho, foram cortadas onde podiam ser (sobretudo na Saúde) e rapidamente vão parar, porque, ao contrário do que a actual maioria fazia crer anteriormente e do que a demagogia populista afirma, não há muito mais por onde cortar, sabendo-se que todos aceitam cortes desde que não sejam atingidos por eles.
Para se ter uma ideia daquilo de que se trata e daquilo com que estamos confrontados, vale a pena olhar algumas realidades factuais:
- A despesa anual do Estado é de 78.000 milhões de euros e a receita, após todos os desaustinados aumentos de impostos, é de 70.000 milhões. A diferença é o défice;
-Acumulados ano após ano, os défices formam a dívida, que, neste momento está em 119% do PIB e em breve chegará aos 124% - e que é a herança que esta geração se prepara para deixar às seguintes. O serviço da dívida, apenas com juros, gasta hoje praticamente tanto como a Saúde e só por si é responsável por 80% do défice. A “ajuda” que nos permite sobreviver serve apenas para pagar os juros do que devemos.
-75% da despesa do Estado são representados por transferências a favor de pessoas - sob a forma de salários, subsídios, pensões de reforma. Com o que resta, o Estado tem de cumprir todas as outras funções essenciais que o caracterizam, como a Defesa, a Segurança Interna, a Justiça, os Negócios Estrangeiros. Tem de apoiar a agricultura, a indústria, as pescas, a cultura, o desporto, as regiões. Tem de construir e manter estradas, hospitais, escolas, edifícios públicos e empresas públicas de transportes, crónica e largamente deficitárias. E tem de acorrer ao serviço da dívida. Pode dar-se ao texto as voltas que se quiser: o dinheiro não chega.
-75% dos portugueses, entre funcionários públicos, magistrados, professores, médicos, militares, bolseiros, subsidiados, apoiados e reformados, estão financeiramente dependentes do Estado, na totalidade ou em parte.
-Apenas metade dos portugueses paga imposto sobre o rendimento e apenas um quarto das empresas paga imposto sobre os lucros. Os 2% de portugueses que mais pagam de IRS respondem por mais de 25% do total da colecta. No escalão mais alto, juntando todos os impostos e contribuições directas, é possível entregar ao Estado 70% do rendimento - mesmo que ele provenha exclusivamente do trabalho. Pode sempre defender-se que é possível fazer os “ricos” pagar ainda mais, mas a experiência recente ensina-nos que isso não garante, antes pelo contrário, o aumento da receita fiscal. Chama-se a isto “a curva de Laffer”, o momento a partir do qual o aumento continuado de impostos tem como consequência a descida da cobrança. Até porque, como escreveu esta semana Paulo Rangel, corre-se agora o sério risco de restaurar, por instinto de sobrevivência, uma cultura de fuga ao fisco sem remorsos, que tanto tempo e trabalho deu a erradicar entre nós.
-Em 1960, um trabalhador entrava no mercado de trabalho aos 17 anos, trabalhava em média 41 e vivia dois anos reformado. Quarenta anos depois, em 2000, começava a trabalhar aos 21, trabalhava 36 anos e vivia 15 reformado. Embora alguma coisa de importante tenha sido alterada com a reforma introduzida pelo ministro Viera da Silva no anterior governo, mantém-se de pé a insustentável equação entre o número de anos que se trabalha e se desconta para a Segurança Social e o número de anos que se vive da reforma - com a agravante de a esperança de vida cada vez maior ser sustentada em custos clínicos crescentes, a cargo do SNS.
-Em 1960, Portugal tinha 40% de pessoas com menos de 25 anos, hoje tem 20%. Tinha 8% de pessoas com mais de 65 anos, hoje tem 20%. E só neste ano, 65.000 jovens, sem trabalho nem futuro, emigraram. Quando só tivermos velhos, desempregados e emigrados, quem pagará as pensões de reforma e o SNS?
É disto que falamos quando falamos da sustentabilidade do Estado social e da própria solvência do Estado. Era disto que Passos Coelho deveria ter falado há ano e meio. Em vez disso, calou-se e tratou de destruir a economia para continuar a sustentar um Estado que não se atreveu a reformar. Agora, com o abismo à frente, ele tenta convocar o PS para fazer o que não teve e não tem coragem de fazer sozinho. Agora, depois de ano e meio a hostilizar o PS, a maltratar e a trair a UGT e a CIP, que tudo fizeram para lhe facilitar a vida, depois de ter ignorado arrogantemente todos os avisos que recebeu de todo o lado, Passos Coelho tenta encontrar aliados entre os que tratou como inimigos e descartou como inúteis.
Temo que seja já tarde. A UGT irá em breve mudar de secretário-geral e não vem aí outro João Proença. A CGTP mudou para uma linha estalinista pura e dura, à semelhança do seu novo secretário-geral. A classe média, que o Governo reduziu a classe remediada, de certeza que não confia nele nem no seu círculo íntimo de terroristas económicos para restaurar a confiança. E a rua despertou, conseguindo até juntar as tropas comunistas saudosas de novo sequestro da Assembleia da República ao peculiar sindicalismo dos estivadores do porto de Lisboa, ao estilo do sindicalismo dos anos 30 em Chicago. Resta o PS e o PS está entalado: sabe que a reforma do Estado é essencial, se realmente quiser defender o Estado social para os verdadeiramente necessitados (foi, aliás, isso que Sócrates começou a tentar fazer e por isso foi derrubado); mas também não pode agora aceitar um pacto de regime com quem passou ano e meio a desdenhar todos os outros, a recusar ouvir qualquer discordância e, sobretudo, a demonstrar uma absoluta incompetência e impreparação para governar.
E, todavia, talvez não haja outro caminho, como corajosamente escreveu Francisco Assis (que desgraça para Portugal que a lógica da mediocridade partidária lhe não tenha permitido estar agora à frente do PS!). Ainda há quinze dias, toda a gente se declarava em estado de choque com o “massacre fiscal” anunciado por Vítor Gaspar. Disse-se, escreveu-se, gritou-se, e com toda a razão, que a economia não sobreviveria a tamanho assalto. Pois é disso que se trata: escolher entre a sobrevivência da economia ou a do Estado que deixámos inchar irresponsavelmente. Podia chamar-se a isto um dilema, mas, na verdade é um falso dilema. Por razões ideológicas ou de oportunismo político, muitos não querem saber de contas nem de factos e vão desejar que nada mude. Quem não paga, vai querer que os outros continuem a pagar - mas também que haja empresas e trabalho e poupanças e investimentos. Mas não vai haver nada disso, porque deixar tudo na mesma é o caminho certo da ruína a curto prazo - que é justamente (não se deixem enganar) a aposta política de quem nunca se conformou verdadeiramente com a democracia e a economia de mercado. E, por isso, não estamos perante um dilema. Estamos perante uma inevitabilidade que, por mais que nos custe, não pode deixar de ser enfrentada. E agora, à 25ª hora, é o último momento de o fazer.
Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia
in "Expresso" de 10.11.2012
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Miguel Sousa Tavares
domingo, 11 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Câmara de Silves: PSD de Silves já indicou o novo vereador permanente...
Ao contrário do que dizem as más línguas o PSD de Silves já encontrou o novo vereador permanente o seu lema é:
O que os sabidos não fizeram o burro vai fazer...
O que os sabidos não fizeram o burro vai fazer...
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politica municipal
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
O "rating" que os parta! Tribunal com eles!
É verdadeiramente interessante a noticia precedente sobre a justiça Australiana e a Standard & Poor’s. E não devia sê-lo!
De facto estas acções judiciais deviam “chover” nos tribunais de todo o mundo, desde muito antes de 2008, mas sobretudo depois de 2008 – com a bolha do imobiliário-!
Muitas instituições poderão ter deixado de pagar os seus serviços por deles terem prescindido. É claramente uma penalização dos mercados. Mas...terá sido suficiente?
Pensamos que não!
Os países e as instituições que carecem das notações das empresas de rating, pois carecem das mesmas para recorrerem ao crédito internacional “mantendo-se em jogo”, deixando de recorrer a tais fontes de “abastecimento” (saindo de jogo), deixaram de precisar das notações daquelas entidades e denunciaram os contratos.
Mas, não deviam ficar por aqui as consequências de uma actividade que, até podemos reconhecer a sua utilidade num sistema financeiro tal como se apresenta, não sendo exercida com o zelo e isenção necessárias, pode revelar-se autenticamente criminosa.
Todos sabemos das notações AAA que entraram rapidamente em insolvência ao primeiro abanão forte da crise do subprime.
Também ouvimos o que se diz acerca dos sócios das agências de rating e da diversidade dos interesses de que são titulares no mercado financeiro, muitas vezes cruzados quando não contraditórios e não menos vezes alavancados pelas notações daqueles ainda prestigiados faróis dos mercados do crédito planetário.
O que diríamos de um excelente cirurgião que insistisse em operar os seus pacientes bêbado ou drogado?
Diríamos que, em caso de fatalidade, deveria responder pelo resultado de uma acção culposa e indemnizar!
Podemos até sofisticar o exemplo: a operação era a um órgão vital e ninguém poderia garantir o seu sucesso! Sucederia o mesmo caso ele não zelasse por se apresentar na sala de operações na totalidade das suas capacidades técnicas e cognitivas.
Em que diferirá o caso do cirurgião adito a um qualquer vicio que lhe diminua as competências ao agir no âmbito da sua actividade especializada e o caso destas empresas que concedem notações de rating que determinam decisões de investimento pelo mundo fora exactamente baseadas naquelas informações privilegiadas?
As agências, enquanto sobreviver este sistema de desenvolvimento (e vamos lá ver se sobrevive...) são instrumentos necessários ao mercado financeiro global.
As agências em causa, através de uma enormidade de casos de notações levianas, senão de burla, causaram prejuízos incomensuráveis.
Agir sobre as agências de imediato retirando-as do mercado, ou manifestando a sua evidente incapacidade face às teias que as tecem, seria num caso, tarefa impossível pois pressupunha a capacidade politica global e concertada de o fazer e a capacidade técnica e económica de o poder fazer, ou criar um sistema alternativo que delas não carecesse, ou de as substituir por outras impolutas que teriam de recorrer aos mesmos meios humanos e técnicos que o sistema gerou.
Deste modo, os políticos do mundo, pouco ou nada se referiram ao contributo objectivo que as empresas de rating deram à crise de 2008 e aos seus episódios seguintes.
Medo de mexer nesta Caixa de Pandora que é o mercado financeiro global, foi o que foi...
Pudera! não fazem a mínima ideia de como a consertar ou sequer de como a regular.
Porém, os tribunais a quem qualquer um pode recorrer, podem e devem avaliar situações, com mais certeza quanto mais evidentes, geradoras do dever de indemnizar.
Os tribunais não estão condicionados pelos mercados, nem são objecto de notações. Acresce que são onde, com maior propriedade se aplica a lei dos cidadãos e não a lei do mercado, a do mais forte ou a da selva, constituindo por excelência o lugar onde é obrigatório fazer justiça.
A justiça civilizada da comunidade e dos seus valores, perante quem renunciou a servi-la dentro dos cânones, que conhecem o risco, a tolerância e a razoabilidade mas também a ganância, a burla e o embuste!
Seriam difíceis de executar as sentenças que viessem a ser condenatórias das agências de rating em causa? , diria um céptico. E depois? Sem prejuízo de não se dar por adquirida tal “impunidade”, não se contribuiria claramente para outro patamar de responsabilidade e competência para as funções dessas empresas, tornando tais decisões alavancas das opiniões públicas para outras exigências e pressão para uma futura regulação mais apertada e consentânea com o interesse global e comum.
Alguém acredita que o Tribunal Penal Internacional só se destina a prender um ditador louco e facínora? E o efeito preventivo e inibidor que gera nas condutas das bestas que se candidatam a serem por eles julgados?
Por tudo isso se estranha a falta de mais reações, em tribunal, como a do caso australiano! Quer seja em Portugal quer seja noutros países e, ou, instituições lesadas.
Ou talvez não!
É que, desse modo, pela omissão, não podemos saber que instituições gestoras dos dinheiros dos cidadãos, foram lesadas e em quanto!
Mas se assim for, teremos nesses putativos interessados verdadeiros cúmplices da acção potencial ou evidentemente criminosa daquelas agências!
De facto estas acções judiciais deviam “chover” nos tribunais de todo o mundo, desde muito antes de 2008, mas sobretudo depois de 2008 – com a bolha do imobiliário-!
Muitas instituições poderão ter deixado de pagar os seus serviços por deles terem prescindido. É claramente uma penalização dos mercados. Mas...terá sido suficiente?
Pensamos que não!
Os países e as instituições que carecem das notações das empresas de rating, pois carecem das mesmas para recorrerem ao crédito internacional “mantendo-se em jogo”, deixando de recorrer a tais fontes de “abastecimento” (saindo de jogo), deixaram de precisar das notações daquelas entidades e denunciaram os contratos.
Mas, não deviam ficar por aqui as consequências de uma actividade que, até podemos reconhecer a sua utilidade num sistema financeiro tal como se apresenta, não sendo exercida com o zelo e isenção necessárias, pode revelar-se autenticamente criminosa.
Todos sabemos das notações AAA que entraram rapidamente em insolvência ao primeiro abanão forte da crise do subprime.
Também ouvimos o que se diz acerca dos sócios das agências de rating e da diversidade dos interesses de que são titulares no mercado financeiro, muitas vezes cruzados quando não contraditórios e não menos vezes alavancados pelas notações daqueles ainda prestigiados faróis dos mercados do crédito planetário.
O que diríamos de um excelente cirurgião que insistisse em operar os seus pacientes bêbado ou drogado?
Diríamos que, em caso de fatalidade, deveria responder pelo resultado de uma acção culposa e indemnizar!
Podemos até sofisticar o exemplo: a operação era a um órgão vital e ninguém poderia garantir o seu sucesso! Sucederia o mesmo caso ele não zelasse por se apresentar na sala de operações na totalidade das suas capacidades técnicas e cognitivas.
Em que diferirá o caso do cirurgião adito a um qualquer vicio que lhe diminua as competências ao agir no âmbito da sua actividade especializada e o caso destas empresas que concedem notações de rating que determinam decisões de investimento pelo mundo fora exactamente baseadas naquelas informações privilegiadas?
As agências, enquanto sobreviver este sistema de desenvolvimento (e vamos lá ver se sobrevive...) são instrumentos necessários ao mercado financeiro global.
As agências em causa, através de uma enormidade de casos de notações levianas, senão de burla, causaram prejuízos incomensuráveis.
Agir sobre as agências de imediato retirando-as do mercado, ou manifestando a sua evidente incapacidade face às teias que as tecem, seria num caso, tarefa impossível pois pressupunha a capacidade politica global e concertada de o fazer e a capacidade técnica e económica de o poder fazer, ou criar um sistema alternativo que delas não carecesse, ou de as substituir por outras impolutas que teriam de recorrer aos mesmos meios humanos e técnicos que o sistema gerou.
Deste modo, os políticos do mundo, pouco ou nada se referiram ao contributo objectivo que as empresas de rating deram à crise de 2008 e aos seus episódios seguintes.
Medo de mexer nesta Caixa de Pandora que é o mercado financeiro global, foi o que foi...
Pudera! não fazem a mínima ideia de como a consertar ou sequer de como a regular.
Porém, os tribunais a quem qualquer um pode recorrer, podem e devem avaliar situações, com mais certeza quanto mais evidentes, geradoras do dever de indemnizar.
Os tribunais não estão condicionados pelos mercados, nem são objecto de notações. Acresce que são onde, com maior propriedade se aplica a lei dos cidadãos e não a lei do mercado, a do mais forte ou a da selva, constituindo por excelência o lugar onde é obrigatório fazer justiça.
A justiça civilizada da comunidade e dos seus valores, perante quem renunciou a servi-la dentro dos cânones, que conhecem o risco, a tolerância e a razoabilidade mas também a ganância, a burla e o embuste!
Seriam difíceis de executar as sentenças que viessem a ser condenatórias das agências de rating em causa? , diria um céptico. E depois? Sem prejuízo de não se dar por adquirida tal “impunidade”, não se contribuiria claramente para outro patamar de responsabilidade e competência para as funções dessas empresas, tornando tais decisões alavancas das opiniões públicas para outras exigências e pressão para uma futura regulação mais apertada e consentânea com o interesse global e comum.
Alguém acredita que o Tribunal Penal Internacional só se destina a prender um ditador louco e facínora? E o efeito preventivo e inibidor que gera nas condutas das bestas que se candidatam a serem por eles julgados?
Por tudo isso se estranha a falta de mais reações, em tribunal, como a do caso australiano! Quer seja em Portugal quer seja noutros países e, ou, instituições lesadas.
Ou talvez não!
É que, desse modo, pela omissão, não podemos saber que instituições gestoras dos dinheiros dos cidadãos, foram lesadas e em quanto!
Mas se assim for, teremos nesses putativos interessados verdadeiros cúmplices da acção potencial ou evidentemente criminosa daquelas agências!
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Justiça australiana considera Standard&Poor's culpada de enganar municípios do país
Um tribunal australiano deu razão a vários municípios do país que perderam 16 milhões de dólares australianos ao comprarem Fundos Rembrandt, um produto financeiro que tinha recebido a nota máxima por parte da Standard & Poor’s.
Segundo os magistrados, a decisão da agência de notação financeira de dar o triplo A ao produto criado pelo banco holandês ABN AMRO foi “desorientadora e enganadora”.
A S&P já anunciou que vai recorrer da sentença mas esta decisão abre um precedente para que arranquem mais processos como este, devido à actuação das agências durante a crise financeira que eclodiu em 2008, segundo o jornal Expansíon.
Esta decisão pode vir a ter “implicações a nível global”, sobretudo na “Europa e nos Estados Unidos, onde foram vendidos produtos semelhantes a bancos e fundos de pensões”, afirmou o advogado que representa as autarquias Piper Alderman.
A magistrada Jayne Jagot descreveu os Fundos Rembrandt como “grotescamente complicados, potencialmente muito voláteis e emitidos num momento em que as restrições de crédito eram adversas para o comportamento do produto”.
As 13 autarquias que compraram Fundos Rembrandt no final de 2006 perderam 93% do seu investimento em apenas dois anos, com a S&P, o ABN AMRO e a empresa australiana LGFS a serem consideradas culpadas por estas perdas.
In dinheirovivo.pt
Segundo os magistrados, a decisão da agência de notação financeira de dar o triplo A ao produto criado pelo banco holandês ABN AMRO foi “desorientadora e enganadora”.
A S&P já anunciou que vai recorrer da sentença mas esta decisão abre um precedente para que arranquem mais processos como este, devido à actuação das agências durante a crise financeira que eclodiu em 2008, segundo o jornal Expansíon.
Esta decisão pode vir a ter “implicações a nível global”, sobretudo na “Europa e nos Estados Unidos, onde foram vendidos produtos semelhantes a bancos e fundos de pensões”, afirmou o advogado que representa as autarquias Piper Alderman.
A magistrada Jayne Jagot descreveu os Fundos Rembrandt como “grotescamente complicados, potencialmente muito voláteis e emitidos num momento em que as restrições de crédito eram adversas para o comportamento do produto”.
As 13 autarquias que compraram Fundos Rembrandt no final de 2006 perderam 93% do seu investimento em apenas dois anos, com a S&P, o ABN AMRO e a empresa australiana LGFS a serem consideradas culpadas por estas perdas.
In dinheirovivo.pt
domingo, 4 de novembro de 2012
Na sequência de uma carreira de gestora brilhante, Isabel Soares nas Águas do Algarve!
“Em vias de abandonar o cargo de presidente de câmara poderá estar também Isabel Soares, de 58 anos, que desde 1997 lidera os destinos de Silves. No dia 5 de Novembro, tudo indica que será empossada como vogal executivo da Águas do Algarve. Ganha actualmente um valor semelhante ao de Desidério (nota da redacção: 2.500,00/mês). Passará a receber mensalmente, em termos globais, cerca de 4500 euros (salário, ajudas e subsídios). Tem direito a um BMW 318TD e poderá gastar cerca de 2000 euros por ano em telemóvel. “ in Correio da Manhã.
Diante desta noticia muitos cidadãos se questionam: terá sido a sua gestão, à frente dos destinos da autarquia silvense, exemplar? Sim porque só nesse pressuposto (o qual não se verifica porquanto lá deixa uma das maiores dividas autárquicas ao nível nacional) se poderia justificar vir a ser convidada para administradora, e logo executiva, das Águas do Algarve.
Alguns autarcas, daqueles que se mantêm no cargo para que se candidataram e foram eleitos durante todo o mandato, insistem em cumprir os seus mandatos em respeito pelos que os elegeram, o que, de resto, é exigível com exclusão dos casos de força maior, outros, pura e simplesmente, não!
Os mandatos da classe política, em geral, não são um encargo moral muito pesado para essa gente. A relação que se estabelece entre eleitos e eleitores é substancialmente resultado de uma interpretação perversa sobre o que é o mandato: passam logo de mandatários a mandantes! Depois de eleitos, não tarda até que os eleitores, para aqueles, não passem de um lote de espectadores surdos e mudos a quem não se prestam contas, duma ignorância atros e sem possibilidades de contribuírem para qualquer solução, constituem um problema. Numa palavra, velha do séc. 19 e da autoria de D. Carlos I, uma piolheira.
Para
alguns cidadãos mais ingênuos, mais que o prémio representado pelo aumento do salário,
ficou a surpresa acerca de tal nomeação. Na verdade, face às tão ameaçadoras
medidas de refundação do Estado e às razões graves que as “justificam” ainda
acreditaram que Gaspassos tivesse ousado refundar, ainda que mais pela via da
inevitabilidade imposta pela crise ou mesmo pela Merkl, do que por um revolucionário
corte nas práticas perversas da classe a que pertencem, a razão primeira da
crise do Estado: o compadrio, a cunha, o pagamento de favores políticos, que
conduziu à sobrelotação da administração pública directa ou indirecta (empresas
públicas) que importa, com as prestações sociais, em 76% do orçamento do lado
da despesa.
Mas
enganaram-se. Aí não há qualquer refundação pois as práticas continuam as
mesmas!
Ao que nos diz respeito, concelho de Silves, não nos parece que percamos muito – de facto a senhora presidente, apesar de sucessivamente reeleita, nunca foi pessoa de deixar, pelo obra feita, muitas saudades – mas, apesar de tudo, a ser substituída pelo snr. Vice-Presidente, consideramos que, segundo fontes próximas: “com a rédea solta, aquele senhor não tardará em mostrar-nos o pior do “soarismo” local, de má memória”. Aguardemos para ver, como diz o cego.
Mas...para já, para já, atentas as actuais atribulações da economia nacional, pública, privada ou mista: As Águas do Algarve que se cuidem...
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isabel soares,
politica nacional
sábado, 3 de novembro de 2012
Face às terapias do GASPASSOS o melhor é prevenir...
Hesitámos durante meses em publicar o texto abaixo,
o qual nos foi remetido com o pedido de divulgação.
Desde logo, por não ser matéria que tratamos, entendemos que, desconhecendo a sua origem – trata-se de um texto
brasileiro – não poderíamos garantir a sua fidelidade nem a qualificação das
fontes invocadas.
É certo que através duma leitura detalhada
constata-se tratarem-se de “bons conselhos” que qualquer amigo poderia,
informalmente, dar a quem quer bem, mas, uma vez mais, não encontrávamos, na
perspectiva da publicação, razão de contexto que a justificasse.
A crise, sobretudo a sua intensidade, porém faz-nos
antever cortes significativos nas funções sociais do estado. A saúde é um
sector onde, durante 2012, já se sentiram importantes alterações,
habitualmente, em prejuízo dos utentes.
E foi aqui, nas reduções de direitos dos utentes da
saúde pública, que encontrámos justificação para recuperar o pedido de
publicação, que já conta com mais de um ano.
Na verdade em matéria de saúde, em qualquer
circunstância, o melhor é sempre tê-la, e algumas pistas de inegável bom senso
para a conservar, parecem-nos, sobretudo atendendo ao “ajustamento” que o
Serviço Nacional de Saúde irá sofrer, da mais elementar prudência.
Eis
então os famosos 50 segredos das pessoas que nunca adoecem:
1.
Beber água mesmo sem ter sede – A
água está para o corpo humano assim como o combustível para o carro. Isso
porque, sem manter os nossos níveis hídricos sempre abastecidos, todo o
organismo sofre. O líquido ajuda a aumentar a saciedade, evitando compulsões
que podem levar ao sobrepeso e ao aparecimento de diversas doenças, ao mesmo
tempo que mantém a saúde do sistema renal. “É o baixo consumo de água que
resulta em urina concentrada e na maior precipitação de cristais, justamente o
que leva à formação das pedras nos rins”, adverte a nutricionista
Amanda Epifânio Pereira, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. Sucos
naturais, chás e água de coco também podem ser usados.
2. Ir
ao dentista regularmente – A
boca é como um espelho a refletir a saúde do organismo. Daí a importância de
permitir que um profissional a examine a cada seis meses. “Muitas
doenças sistêmicas, como diabetes, alterações hormonais e lesões cancerígenas
podem ser detectadas numa consulta de rotina”, diz o periodontista Cesário
Antonio Duarte, professor da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o
tratamento das cáries deixa o organismo protegido contra inúmeras doenças.
“Cáries não tratadas podem se tornar a porta de entrada para micro-organismos,
que poderão atingir órgãos nobres como coração, rins e pulmões”, alerta o
especialista.
3.
Ingerir mais nozes – Bateu
aquela fome de fim de tarde? Experimente comer duas unidades de nozes todos os
dias. Esse é um dos segredos dos adventistas da Califórnia. Cerca de 25% deles
comem nozes cinco vezes por semana. E diminuíram pela metade o risco de
problemas cardíacos.
4.
Temperar com alho – “Ele
melhora a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, a pressão arterial
e potencializa as nossas defesas”, afirma a nutricionista funcional Gabriela
Soares Maia.
5.
Comprar alimentos regionais – Se
puder privilegiar alimentos produzidos na sua região, sua saúde sairá ganhando.
Isso porque os produtos da safra, que não recebem uma grande quantidade de
conservantes, em geral, são muito mais ricos em nutrientes.. Agora, se você
puder ir pessoalmente à feira ou à quitanda do bairro, tanto melhor.
6. Comer
mais frutas – Aumentar
o consumo de produtos de origem vegetal é uma das medidas mais significativas
na prevenção de doenças crônicas. A prática foi observada em pelo menos quatro
das cinco Blue Zones e é fácil entender o porquê. “Frutas, legumes e
verduras possuem uma quantidade de vitaminas antioxidantes, boas gorduras e
fibras que supera em muito a dos alimentos industrializados”, diz
Isis Tande da Silva, do Ganep Nutrição Humana.
7.
Aprender a planejar – A tensão
constante é extremamente prejudicial à saúde. “Ela afeta o funcionamento do
sistema nervoso, hormonal e imunológico”, alerta o psicólogo Armando Ribeiro
das Neves Neto, professor da USP. Uma boa maneira de controlar essas reações é
não deixar todos os compromissos para a última hora. “Acostume-se a anotar
suas pendências em uma lista“, diz o especialista em produtividade pessoal
Christian Barbosa.
8.
Fracionar a dieta – Comer mais vezes ao dia e optar por porções menores é um
jeito inteligente de manter o peso estável. “Os jejuns prolongados desencadeiam uma fome tão intensa que
é fácil se exceder nas refeições”, explica a endocrinologista Ellen Simone
Paiva, do Centro Integrado de Terapia Nutricional. Quando dividimos a nossa
alimentação diária em cinco ou seis refeições, também estamos dando uma
forcinha ao processo de digestão e ao intestino, evitando sobrecargas.
9.
Aproveitar o contato com a natureza – Sinta o cheiro da grama molhada, escute os pássaros, sente-se
na sombra de uma árvore… Pratique essa terapia sempre que possível, já que ela
é altamente relaxante. “A vegetação transfere umidade ao ar e, portanto, o
ambiente fica ionizado negativamente. Isso provoca uma reação química no
organismo, gerando uma sensação de muita calma”, explica a arquiteta Pérola
Felipetti Brocanelli, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A psicóloga Solange Martins Ferreira, do Hospital Santa Catarina, garante
que as atividades ao ar livre também contribuem para recuperação de pacientes:
“Quando observam a natureza, eles tiram a atenção da doença”.
10. Levantar
peso – A ideia não é
apenas ficar forte. “Um dos principais benefícios é o aumento da densidade
óssea, auxiliando na prevenção da osteoporose e na reversão da
sarcopenia (diminuição no número de sarcômero, a unidade do músculo
esquelético). Isso evita a incapacidade funcional, muito comum em idades
avançadas”, diz Ricardo Zanuto, fisiologista e professor de Educação Física das
Faculdades Integradas de Santo André.
por Rita Trevisan e Giovana Pessoa
11.
Ser um voluntário – Se
você ainda não conseguiu um tempo para isso, é bem provável que não tenha
encontrado a causa certa. “Quando se apaixonar de verdade por um trabalho
social, acabará colocando-o na lista de prioridades“, garante o
especialista em produtividade pessoal Christian Barbosa. “Dedicar uma noite por
semana já é um bom começo”, diz Dan Buettner.
12.
Celebrar a vida – Não
espere algo de extraordinário acontecer, mas acostume-se a comemorar as
pequenas vitórias. Essa é a receita de longevidade dos italianos que vivem
na Sardenha, uma das Blue Zones. Eles chamam a atenção pela disposição que
têm para festejar tudo e todos.
13.
Cultivar a sua fé – “A
religião empresta sentido às buscas e conquistas do ser humano, dá uma nova
dimensão às vitórias e também às perdas. Além disso, orienta e ajuda as
pessoas a tomar decisões difíceis“, explica Jorge Claudio Ribeiro,
professor de Teologia da PUC-SP.
14.
Trocar o café pelo chá-verde – Ainda
que você precise do café para acordar, faça a substituição. Afinal, o chá-verde
também contém cafeína, que funciona como estimulante. O bom é que ele oferece
outros extras. “Diversos estudos mostram que a bebida atua na prevenção e no
tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson”, afirma a nutricionista Andréia
Naves.
15.
Pegar leve com as carnes vermelhas – Embora
sejam importantes fontes de ferro, são alimentos de difícil digestão e,
portanto, retardam o funcionamento intestinal. Então, se você é do tipo que não
pode viver sem um bifinho, contente-se com um filé médio por dia.
16.
Praticar mais atividade aeróbica – Pode
ser uma caminhada ou uma corrida. Esse tipo de exercício tem impacto direto
sobre os fatores de risco associados à hipertensão, ao diabetes e à obesidade.
“A prática regular melhora a força e a flexibilidade, fortalece ossos e
articulações, facilita a perda de peso e diminui o colesterol”, afirma Zanuto.
17.
Encontrar a sua tribo – Se
você gosta de esportes, certamente irá sentir-se bem com amigos que também
gostam. Portanto, faça um esforço para encontrar pessoas com quem possa
compartilhar e trocar ideias. “Uma das atitudes mais importantes para garantir
a longevidade é cercar-se de pessoas que vão lhe dar suporte e que conectam ou
reconectam você com o sentido maior que você dá à sua vida”, diz Dan
Buettner.
18.
Ser agradável – Facilita
a convivência social e cria vínculos com pessoas que poderão apoiá-lo quando
necessário. Mas como tornar-se uma pessoa agradável? O autor Dan Buettner
é quem responde: “Para isso, é preciso ser interessado e não apenas
interessante. Pessoas simpáticas perguntam a você como está em vez de
falarem apenas de si mesmas“.
19.
Definir seus objetivos – É
o que os moradores de Okinawa chamam de ikigai e os habitantes de
Nicoya nomeiam de plano de vida. Seja como for, o fato é que eles têm
muito bem definidas as suas razões de viver e investem nesses propósitos.
20. Conhecer
melhor a meditação – Ela
une exercícios para o equilíbrio. A prática tem ainda um efeito importante
na redução do estresse.
21.
Guardar o despertador na gaveta – Dormir
bem significa dar ao corpo a chance de se recompor totalmente. “Se você se
deita, dorme logo e acorda bem disposto, pode dizer que tem um sono de
qualidade”, ensina o neurofisiologista Flavio Alóe, do Centro de
Estudos do Sono do Hospital das Clínicas (SP). Quem não tem, corre um risco
muito maior de adoecer. “Aqueles que dormem pouco podem ter um aumento do
colesterol e dos triglicérides”, complementa Alóe.
22.
Apostar nos integrais – Não
basta comer pão integral. Com um pouco de criatividade, é possível incluir a
farinha e aveia integrais na preparação de inúmeros pratos. Quer um bom motivo
para fazer isso? Pois saiba que os alimentos não processados oferecem um aporte
muito maior de nutrientes. “No processo de refinamento, o germe dos grãos são
retirados, restando praticamente o amido”, explica a nutricionista Patrícia
Morais de Oliveira, do Ganep.
23.
Pensar na sua vocação – Fazer o que gosta é uma forma eficiente de afastar o
estresse. Além disso, é
interessante que o seu tipo de trabalho seja capaz de fazê-lo sentir-se
realizado. Por último, saiba que aquele que se empenha em uma carreira para a
qual há um sentido profundo, além da manutenção da renda, se sente mais
motivado a investir na atualização dos conhecimentos. E estudar, como já vimos,
é um santo remédio para o cérebro.
24.
Doar seus pratos grandes – A
população de Okinawa descobriu um jeito de comer 30% menos:
eles utilizam pratos de apenas 23 cm de diâmetro. “Há experiências
promissoras sendo realizadas por meio da restrição calórica orientada, que já
se mostrou capaz de aumentar o tempo de vida de animais de laboratório em 60%”,
afirma Ellen Paiva.
25.
Ter atitudes positivas – “As
emoções fazem parte daquilo que somos e, portanto, são capazes de provocar
reações físicas muito claras. As positivas curam e determinam uma maior e
melhor qualidade de vida”, diz Armando Ribeiro das Neves Neto.
26.
Emagrecer a despensa – Na
hora da compra, elimine os alimentos que possuem qualquer quantidade de gordura
trans e evite os que contêm gorduras saturadas. E por um motivo simples:
as chamadas gorduras ruins têm relação com o aumento dos níveis de colesterol
LDL e triglicérides, fazendo crescer o risco de infarto e de acidente
vascular cerebral. “Além dos industrializados, convém tomar cuidado com os
alimentos de origem animal, como carnes gordas”, alerta a nutricionista
Andréia Naves, da VP Consultoria Nutricional.
27. Saber
como usar a soja – Em
Okinawa, no Japão, o consumo de produtos da soja é o maior de todo o mundo. O
resultado? Dos cerca de 1 milhão de habitantes locais, mais de 900 pessoas já
passaram dos 100 anos. “O consumo frequente reduz os riscos de doenças
cardiovasculares”, afirma a nutricionista Renata C. C. Gonçalves, do
Ganep.
28.
Estudar sempre – Manter
as atividades intelectuais é uma maneira de garantir anos extras de vida e
muito mais saúde, principalmente nas idades avançadas. “Exercitar o cérebro vai
deixá-lo mais protegido contra doenças. Na prática, isso significa um risco
menor de limitações físicas, mesmo se algo der errado porque, nesse caso, a
recuperação será muito melhor”, explica o neurologista André Gustavo Lima, do
Hospital Barra D’or.
29. Ter
um dia só para você - Os
Adventistas do Sétimo Dia que vivem em Loma Linda, na Califórnia, recolhem-se
em suas casas aos sábados e aproveitam a ocasião para meditar e orar. E esse
parece ser mais um bom hábito que poderíamos nos esforçar em copiar. Afinal,
essas pessoas vivem de cinco a dez anos mais que o resto da população
americana. “Se for impossível fazer isso, tente conseguir pelo menos 15 a 20
minutos por dia para não fazer nada, ou melhor, para pensar apenas. É como
marcar uma reunião consigo mesmo”, diz Christian Barbosa.
30.
Apagar o cigarro – Quem
tem menos 40 anos e fuma até 20 cigarros por dia tem quatro vezes mais chances
de infartar. Agora, se o consumo for maior, o risco sobe 20 vezes. A explicação
é simples: as substâncias do cigarro levam à contração dos vasos sanguíneos, à
aceleração dos batimentos cardíacos, além abaixar o HDL, que age como um
protetor das artérias. por Rita Trevisan e Giovana Pessoa
31.
Ouvir a sua música – A
musicoterapeuta Maristela Smith, das Faculdades Metropolitanas Unidas
(FMU), tem uma receita interessante para quem quer tirar proveito da terapia da
música. “Faça um CD com as músicas que marcaram positivamente a sua vida para
criar a sua identidade sonora musical. Escute-o regularmente, principalmente
quando estiver precisando melhorar o astral”, ensina a especialista.
32.
Respirar com consciência – Quando
estiver precisando relaxar ou desacelerar seu ritmo, faça a respiração
completa. “Inspire calmamente o ar pelo nariz, contando três segundos. Então,
bloqueie a respiração por um tempo, retendo o ar, e expire pela boca em seis
segundos. Assim, você estará atuando diretamente sobre o sistema nervoso
autônomo”, ensina o educador físico Estélio Dantas, professor da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro.
33.
Curtir os animais – Mesmo
que não possa ter um em casa, descubra aqueles com os quais possui mais afinidades
e dê a si mesmo a oportunidade de tocá-los. Para a veterinária Maria de Fátima
Martins, professora de Zooterapia da USP, a convivência com os bichos é
uma rica fonte de benefícios psicológicos, físicos e sociais. Ela coordena uma
experiência de terapia assistida com animais em asilos. “O contato com os
animais tem melhorado a vida dessas pessoas. Para alguns idosos, a experiência
foi tão positiva que eles chegaram a diminuir o número de medicamentos que
tomavam”, conta.
34.
Ser muito mais ativo – Comece
descendo alguns pontos antes do ônibus. Fazer mais atividades a pé ou de
bicicleta, cozinhar, cuidar do jardim, brincar com o seu cachorro (fora de
casa), todas essas maneiras de se mexer são válidas. “Um dos segredos da
longevidade é encontrar meios de se manter sempre em movimento. De preferência,
concentre-se em atividades que também lhe dão prazer, e os benefícios serão
maiores”, sugere Dan Buettner.
35.
Desacelerar o ritmo – “Se
você não cria um tempo para estar bem, terá que ter tempo para se cuidar quando
ficar doente”, alerta Dan Buettner. O primeiro estágio do estresse é a fase de
alerta. Ele nos permite realizar muitas tarefas em pouco tempo e aí nos
sentimos bem. Porém, quando persistimos na tensão, o organismo entra em fadiga.
36.
Comer mais iogurtes – “Eles reforçam
a nossa imunidade”, explica a nutricionista Gabriela Maia, da Clínica
Patricia Davidson Haiat. O que as bactérias vivas contidas nesses
potinhos também fazem é melhorar o nosso humor. Afinal, é o intestino que
responde pela produção de 95% da serotonina de todo o corpo.
37. Investir
no ômega-3 - Peixes
de água fria (salmão, arenque, sardinha, atum), sementes de linhaça moídas e
óleos de peixe, de soja e de canola são ótimas fontes desse nutriente, que
têm ação comprovada na redução dos níveis de colesterol e de triglicérides,
além de ajudar no controle da pressão e de prevenir o risco de tromboses, que
danificam os vasos sanguíneos. O composto ainda é coadjuvante em tratamentos
neurológicos e de osteoporose.
38.
Controlar o álcool – A
curto e médio prazos, o álcool pode engordar, acelerar o processo de
envelhecimento e ainda aumentar a pressão arterial. A longo prazo, causa
dependência e ainda compromete o funcionamento de todos os sistemas do corpo,
com danos mais sérios para o fígado.
39.
Brincar com as crianças – É
uma excelente estratégia para tirar o foco das preocupações, aproximar a
família ou amigos e facilitar o contato intergeracional. E todos esses aspectos
estão associados à longevidade. Porém, para funcionar, é preciso que se tenha
um mínimo de afinidade com os pequenos.
40. Construir
o próprio jardim – Mexer
com plantas e flores pode ser um hobby interessante e saudável, desde que você
realmente consiga tirar prazer da atividade. “Esse tipo de passatempo é muito
válido para prevenir o estresse, tanto quanto fazer trabalhos manuais ou
cozinhar. Só não pode virar rotina e obrigação. Se a pessoa tem que cozinhar ou
cortar a grama todos os dias, por exemplo, isso passará a representar, na vida
dela, mais uma fonte de tensão. E aí os benefícios não virão”, explica Armando
Ribeiro Neto.
41.
Desfrutar do sol – Sentir
na pele o calor dos raios solares não é somente uma receita para adquirir
disposição e ânimo. Com cerca de 15 minutos de exposição, oferecemos ao corpo
algo que só o sol pode dar: a energia necessária para a síntese de vitamina D.
“O composto é importantíssimo na fixação de cálcio no organismo, prevenindo a
osteoporose, além de fortalecer o sistema imunológico”, afirma a
endocrinologista Bárbara Carvalho Silva, da Universidade Federal de Minas
Gerais.
42.
Perdoar mais – “Para
envelhecer bem, é preciso olhar para a nossa trajetória de vida aceitando os
erros cometidos e desculpando-se por eles. Da mesma forma, é interessante perdoar
aos outros, percebendo que não fomos apenas vítimas”, diz a psicóloga
Dorli Kamkhagi, colaboradora do Laboratório dos Estudos do Envelhecimento
do Hospital das Clínicas (SP). “Perdoar é retirar objetos pesados de uma
mochila que carregamos“, compara.
43.
Dar uma chance à laranja
- Uma única unidade é capaz de prover a necessidade que o nosso corpo
tem de vitamina C a cada dia. “Protege contra o câncer, afasta aquela gripe
chata e até ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente dos estragos
promovidos pelo sol”, diz a nutricionista Gabriela Soares Maia.
44.
Alongar o corpo todo - Os
problemas mais frequentes do aparelho locomotor, e que estão relacionados ao
envelhecimento, são a perda da mobilidade e a osteoporose. “O alongamento,
enquanto um treinamento da flexibilidade, é um dos principais fatores de
manutenção da autonomia funcional em idosos”, garante o educador físico Estélio
Dantas.
45.
Cochilar após o almoço -
Na Península de Nicoya, na Costa Rica, a sesta é um costume institucionalizado.
E, em muitas outras partes do mundo, as pausas para um cochilo também são
comuns. “Para quem dorme pouco, essa pode ser uma estratégia compensatória”,
diz o neurofisiologista Flavio Alóe. É como renovar as energias,
antes de recomeçar a jornada.
46. Priorizar
as pessoas amadas – Este é
outro ponto comum dos que vivem nas chamadas Blue Zones.
“Eles contam
com famílias fortes e se apoiam mutuamente“, conta Dan Buettner. Relações
verdadeiras nos protegem de situações adversas.
47.
Esquecer do sal – A
redução de seu consumo é imprescindível para prevenir e controlar a hipertensão
que, por sua vez, oferecem as condições favoráveis para que inúmeros problemas
de saúde progridam rapidamente, tais como a insuficiência renal e as
complicações cardíacas. “O sal em excesso faz o corpo reter mais líquido, o
que, além de causar inchaço, também aumenta o volume sanguíneo, elevando a
pressão nas artérias”, explica a nutricionista Andréia Naves. Para passar
bem longe desse drama, vale cortar o sal de cozinha que adicionamos aos pratos
durante a preparação, para colocá-lo apenas no momento de consumir, e sempre
usando o bom senso. Outra dica é reduzir o consumo de condimentos, pratos
prontos, embutidos ou enlatados.
48.
Praticar sexo com prazer – A
atividade sexual ajuda a aliviar as tensões, já que, durante a relação, ocorre
a liberação de endorfinas, substâncias que melhoram o humor. O sexo ainda faz
bem para a circulação. Por fim, vale como um excelente exercício e ajuda a
reforçar vínculos de afeto.
49.
Criar um tempo para a família – A
união e o apoio mútuo entre cônjuges, pais e filhos precisam certo investimento
de tempo e atenção. Mas como encontrar períodos livres para dedicar a essas
pessoas todo o carinho que merecem? “Vale programar um jogo que possam fazer
juntos, que permita confraternizar e trocar ideias“, diz Christian
Barbosa.
50.
Usar as dicas diariamente – Caminhar
só aos finais-de-semana ou encontrar mais tempo para os amigos apenas nos
períodos em que a rotina de trabalho sossega um pouco podem ser um bom começo,
na tentativa de transformar a sua vida para melhor. É preciso, porém, garantir
que mudanças pontuais se transformem em hábitos, para colher resultados
significativos no que diz respeito à saúde e à longevidade. “As pessoas que eu
conheci enquanto preparava o livro possuem diferentes segredos, mas uma
coisa que todas elas têm em comum é a disciplina; elas usam seus segredos
diariamente, ou seja, fazem da boa saúde uma prioridade, um hábito mesmo”,
finaliza Gene Stone.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Os motivos que levam a imagem da TDT a falhar em Armação de Pêra
Em Setembro publicamos um post onde relatamos as dificuldades que muitos residentes em Armação de Pêra tem para receber em condições o sinal da TDT.
Depois de muitos gastos na compra de novos equipamentos e pagamento a técnicos especialistas os problemas continuam.
A ANACOM como regulador do setor lava as mãos como Pitatos, ou "apoia" a PT comunicações, colocando a responsabilidade no utilizador, como pode ser verificado pela transcrição de e-mail enviado ao blog por um lesado residente em Armação de Pêra.
"Lembramos que dificuldades na receção do sinal relacionadas com problemas nos equipamentos e instalações (descodificadores, antenas, ligações, entre outros) são da responsabilidade de cada utilizador TDT."
Assim atua a PT e o regulador!
Para melhor se perceber o que se passa consulte aqui post colocado no blog TV DIGITAL EM PORTUGAL.
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más práticas
Interpretações gráficas sobre o momento histórico...
OOOoOO
Os credores de Portugal recebem mais uma tranche dos juros da divida... |
A governação portuguesa sabe muito bem o que quer e sobretudo por onde vai..... |
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