O défice de participação da sociedade civil portuguesa é o primeiro responsável pelo "estado da nação". A política, economia e cultura oficiais são essencialmente caracterizadas pelos estigmas de uma classe restrita e pouco representativa das reais motivações, interesses e carências da sociedade real, e assim continuarão enquanto a sociedade civil, por omissão, o permitir. Este "sítio" pretendendo estimular a participação da sociedade civil, embora restrito no tema "Armação de Pêra", tem uma abrangência e vocação nacionais, pelo que constitui, pela sua própria natureza, uma visita aos males gerais que determinaram e determinam o nosso destino comum.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os Juizes, a constituição, os interesses gerais e os próprios!

Artigo de opinião


Desta vez o sindicato dos juízes teve uma acção meritória que eu saúdo, indicando a inconstitucionalidade da lei que “confisca” os subsídios.


A Constituição e a Lei não podem ser atropeladas por circunstâncias de problemas financeiros ou outros.
O que vemos na Europa hoje é a negação da democracia face à qual os políticos eleitos os quais parecem nada poder fazer, soçobrando perante o poder financeiro.


Demitem-se governos legítimos como na Itália e na Grécia e são substituídos por directórios tecnocráticos impostos pela Alemanha e a França.

Pena que os juízes não se tenham lembrado dos pensionistas da Previdência social que, como eu, irão também perder os seus subsídios, e tenham apenas falado na função pública, mas enfim! ...

É preciso não esquecer que numa casa de dois funcionários públicos se perdem 4 salários o que é violento mas o mesmo acontece numa casa de um pensionista do Estado e um pensionista da Previdência Social que perdem igualmente 4 salários (eu que o diga), apesar do Estado não gastar um tostão com as pensões da Previdência.

O que se chama a isto?

Por outro lado, as alterações propostas pela Ministra da Justiça no sentido de poupar dinheiro e apressar os processos, parecem-ma á primeira vista perigosos e violadores dos direitos e até verdadeira sonegação de justiça.

Aparentemente, os magistrados estão de acordo, já que não ouvi qualquer protesto.


O mesmo se diga da lei do enriquecimento ilícito que inverte o ónus da prova, que viola todos os princípios do Estado de direito. O único comentário negativo foi do PGR. Assim como nada se ouve sobre as custas judiciais que configuram uma negação de justiça aos cidadãos que não são suficientemente pobres para obter assistência, mas que não ganham o suficiente para sustentar um processo em tribunal.

Mas, voltando ao princípio, desta vez há que saudar a atitude, embora se critiquem outras omissões graves!

Na verdade o poder judicial só vem a terreiro em abono da constituição, de moto próprio, sem ser solicitado, quando se trata de zelar pelos seus interesses específicos, ainda que neles esteja acompanhado por centenas de milhares de outros funcionários públicos.

Bom seria que tomassem a sua condição de órgãos de soberania mais a sério e tivessem a mesma atitude quando outras inconstitucionalidades estão em curso.

Com a mesma legitimidade com que o fazem quando, a pretexto dos interesses de centenas de milhar de funcionários públicos, zelam pelos seus próprios interesses.


Jorge C.

2 comentários:

Anónimo disse...

Fugiu do presídio de Tomar

Um ex-militar da GNR não regressou à prisão após uma saída precária

Um militar da GNR de Armação de Pêra, condenado a nove anos de prisão por 11 crimes, entre os quais violação, falsificação e coacção, e que estava a cumprir pena no estabelecimento prisional militar de Tomar não regressou à prisão após uma saída precária.
O caso aconteceu no primeiro trimestre deste ano e é hoje noticiado pelo Correio da Manhã. A pouco tempo de sair em liberdade condicional, o recluso teve direito a uma saída precária de fim de semana autorizada pelo juiz do processo e de acordo com a lei.
Deveria apresentar-se novamente no presídio mas não o fez sendo desde então considerado fugitivo.
Miguel Soares, de 36 anos, foi condenado inicialmente a oito anos de prisão pelo Tribunal de Silves, por violação, falsificação, auxílio à imigração ilegal, três crimes de coacção agravada e cinco de abuso de poder. Depois de recurso judicial o Tribunal da Relação de Évora agravou a pena de prisão para nove anos.

Anónimo disse...

Armação de Pêra: Mulher de Miguel Soares ataca pai
“Tenho muito medo”

A mulher do ex-militar da GNR de Armação de Pêra que está há oito meses evadido do Estabelecimento Prisional Militar de Tomar (EPMT) tentou atropelar o próprio pai em Fevereiro deste ano. O progenitor, José Manuel da Silva Sequeira, 63 anos, apresentou queixa no Ministério Público de Silves e o processo está em instrução. "Tenho muito medo. Desconfio que possa ter sido a mando dele", disse ao CM o sogro do ex-GNR.

Miguel Soares, 36 anos, estava a cumprir pena de nove anos de prisão no EPMT, desde Janeiro de 2009 (ver apoios). O Tribunal de Execução de Penas de Coimbra concedeu-lhe uma licença de saída jurisdicional por sete dias (de 3 a 10 de Março deste ano) e o ex-GNR não voltou à cadeia. Era a quarta licença de saída desde Outubro de 2010.

José Manuel Sequeira acusa a própria filha, Vanda Soares, 37 anos, de o ter tentado atropelar, na manhã de 12 de Fevereiro deste ano, junto ao bar que explora em Armação de Pêra, o QB. No debate instrutório, na passada quarta-feira, Vanda negou os factos. O pai insiste na acusação e diz que é ameaçado pela filha desde Outubro do ano passado, quando recuperou o bar, que esteve nas mãos da filha e do genro enquanto durou o divórcio litigioso com a sua ex-mulher. Em 1999, José Sequeira saiu de casa, após – segundo alega – ter sido agredido pelo genro, pela filha e pela ainda mulher. Desistiu dessa queixa judicial a troco de uma promessa de divórcio amigável.

"Tenho vivido um inferno. É a pior dor para um pai", diz José Manuel Sequeira. O homem culpa o ex-GNR Miguel Soares pela "transformação" da filha e refere: "Ele estava lá dentro [na prisão] e dizia que me ia matar".

Correio para:

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