sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
2011: Quem vai ao mar, avia-se em terra!
Vai sair 2011!
Sobre 2011 já muito se tem falado e pouco ou nada de bom!
Já se dizia o mesmo de 2010. E, na verdade, não foi um ano bom: o desemprego que o diga!
Mas também não foi o ano péssimo que muitos auguravam.
Já quanto ao ano novo que está prestes, não tendo qualquer expectativa fundada de que venha a ser melhor que o ano velho, estamos em crer que, a par do agravamento de muitas situações cuja fragilidade é patente, muitas outras se virão a revelar positivas, em resultado das medidas que cada um de nós, particulares ou empresas, face ao prenúncio do desastre, vai tomar ou continuar a desenvolver.
Importante é, para quem pensar ir ao mar, aviar-se em terra!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Novo Ano, Nova Vida! E Nova Imagem para o mesmo conteudo!
Aproximando-se o número de visitantes dos ambicionados 100.000 e, decorridos que estão quatro anos de existência, considerámos ser altura de alterar o aspecto gráfico do Blog CIDADANIA.
A intenção foi refrescar a sua imagem pública, preparando-a para, pelo menos, outros tantos anos.
Mas também foi a de reforçar graficamente a expressão de alguns valores pelos quais temos pautado a intervenção.
Se o conseguimos ou não, só saberemos se nos derem a Vossa opinião, a qual aguardamos com natural curiosidade.
Bem hajam todos, porque justificam o empenho e o trabalho. Muito obrigado!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Armação de Pêra: Finalmente a passadeira foi pintada mas…
Gastam-se assim recursos, escassos, a fazer coisas sem qualquer utilidade.Depois corta-se na receita das freguesias ou aumentam-se os impostos. A velha receita de Isabel Soares demonstra as limitações do executivo em matéria de gestão do concelho e do seu orçamento com disciplina, rigor e competência.
Nós queriamos uma terra amada e pensada, por gente competente! Infelizmente saíu-nos a fava!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Armação de Pêra: Restaurante Rocha da Palha livre de perigo por uns tempos…
Hoje pela manhã, a areia foi reposta junto ao restaurante tentando evitar males maiores.
Obras: qualidade da treta...
São os abatimentos da calçada, em resultado de deficiente compactação do solo, são as poças de àgua, consequência de falta de drenagem adequada, etc...
A fiscalização da obra, para cuja minúcia várias vezes reclamámos, foi, no mínimo tímida, para os mais moderados. Para os mais inflamados, revelou, no mínimo, temor reverencial, pela sociedade empreiteira.
Seja o que fôr que tenha sido, uma coisa parece ser evidente, caso tivesse sido rigorosa e firme a fiscalização, não se verificavam à vista desarmada os defeitos que se constatam.
Para mal do orçamento municipal, quando Deus quiser que se preocupe com a adequada manutenção, para mal dos armacenenses e visitantes, certamente em qualquer dos casos e desde já.
Salvo se se reclamar e com veemência as garantias a que a empreiteira está obrigada. Mas será que, apesar de, patentemente, se justificar o accionamento das garantias, a C.M. de Silves (Dona da Obra) já o fez? Ou será que o irá fazer?
domingo, 26 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
A PEDAGOGIA DO EXEMPLO:ONDE VIRES GALHOFA PÕE RESPONSABILIDADE.ONDE VIRES BIZARRIA, PÕE CIDADANIA!
Estamos porém certos de que as comunidades mais a Norte da Europa, ou outras derivadas destas (EEUU) tem práticas ancestrais com resultados bem mais impactantes.
Em acções de caridade e solidariedade, os Franceses dão 0,14% do seu PIB, os Alemães 0,26%, os Britânicos 0,73% e o Americanos 1,7% do PIB.
Os Portugueses por seu lado, entre 2005 e 2007 doaram, via IRS, 3,5 milhões de Euros para caridade/solidariedade, cerca de 0,002 do PIB e outros 7 milhões por vias directas, tudo somado, 0,006% da riqueza.
É caso para concluirmos que a acção dos banhistas, para além de destemida é também profundamente pedagógica.
Notícia para ser divulgada nos mass média como exemplo de cidadania e não como bizarria de gente extravagante!
Aguardemos para ver!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Prendas para todos...
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Na Cozinha com Isaltino!
Através de um visitante do Blog, chegou-nos este tesourinho deprimente, perante o qual, qualquer um, não deixará de rir com vontade.
Dizer ou fazer coisas sérias, a brincar, é uma forma, também portuguesa, de criticar.
O período que vamos atravessar é, na sua origem, de alegria e, as coisas sérias só em muito raros casos, aceitam intervalos.
Este filme adaptado permite rever coisas sérias e rir. O que, convenhamos, não é obra pouca.
Divirtam-se!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Orçamento da Câmara de Silves para 2011 chumbou...
Tal como os observadores mais qualificados previam, o orçamento foi chumbado!
A administração PSD, chefiada por Isabel Soares, em plena crise economica e financeira, do pais e do concelho, evidencia, para quem duvidas tivesse, a incompetência politica a que nos habituou...
Só em sede de coerência, é impossivel assacar-lhes quaisquer intermitências...de facto tem sido uma administração exemplar na ausência absoluta de um projecto sustentável para o concelho, na incapacidade de gerir sustentavelmente os recursos orçamentais, na incontinência da despesa inconcebível e irreprodutivel, na arrogância com que abusa do poder democrático que lhe foi eleitoralmente atribuido, na sobranceria com que encara as suas responsabilidades prospectivas.
É dificil reunir numa só administração autarquica tanta mediocridade!
A proposta orçamental entretanto chumbada é prova da deriva esquizoide dos seus autores que, sem qualquer rebuço ou vergonha, propõem à aprovação um orçamento verdadeiramente "religioso". Isto é, do lado da receita, só se Deus quizesse é que tais previsões algum dia viriam e ingressar nos cofres da autarquia, sabendo-se de antemão que, do lado da despesa,dada a natureza rigida do seu peso e a voracidade dos seus executores,mesmo que Deus não quizesse,a sua incontinência seria incontornável!
Agrada-nos saber que Deus deixa a César o que é de César porquanto, nessa conformidade e uma vez que César já não é César, quem tem de o pôr na ordem somos nós, os cidadãos. Foi para isso que implantámos os regimes democráticos e os Estados de Direito.
É certo que o regime que adoptámos permite que verdadeiras anedotas, travestidas com a indumentária institucional, podem ser timoneiros da embarcação comunitária. Mas permite também denunciar as suas limitações, incompetências e maus resultados!E sobretudo permite que outros, melhores, tomem o seu lugar, administrando capazmente a coisa pública.
Infelizmente não é disso que se trata, quando falamos de responsabilidades concelhias que se vencem todos os dias!E a já demonstrada insusceptibilidade para o bom senso e disciplina orçamental por parte desta gestão autárquica constitui um verdadeiro desastre para o concelho!
Pena é que Isabel Soares insista na soberba de ser muda e não mudar, como se fosse susceptivel de, por aí, ainda vir a ter algum futuro politico relevante e não inverede por se conciliar com o bom senso da contratualização, adoptando uma liderança do interesse público compaginável com as dificuldades económicas que até os cegos vêem!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Ex-Trabalhadores desempregados da Alicoop pagam dívidas
"Estamos a viver uma situação aflitiva", desabafa Fátima Sequeira, ex-trabalhadora da Alicoop. Ela e mais cerca de 250 colegas subscreveram, em 2008, créditos bancários no valor de 1,7 milhões de euros para ajudar a empresa, e agora estão com dívidas que muitos não conseguem pagar.
Os trabalhadores da Alicoop estão marafados por terem de pagar as dívidas contraídas pela administração.
"Na altura, foi-nos dito pela administração que não havia problemas, que ficávamos com cotas e que quando saíssemos da Alicoop deixaríamos de estar vinculados ao compromisso bancário"
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Portugal é mesmo um pais sui generis!
Aqui acontecem coisas verdadeiramente únicas e muitas vezes para orgulho dos seus naturais, quer sejam dignas de admiração e apreço, quer sejam desprezíveis.
Bastaria recordar a estória de Alves dos Reis e a célebre impressão das 200 mil notas de 500 escudos (cem mil contos)(quase 1% do PIB Português à época -1925-), que é recordada amiúde como um feito digno de exemplo.
Ouvimos recentemente, com lamento, que aquela que foi a maior burla de todos os tempos, a de Alves dos Reis, teria sido ultrapassada, em valor relativo, pelos montantes atingidos no caso BPN, restando-nos, nas palavras do “avaliador”, o facto de ter(em) sido um(ns) português(es) o (s) seu (s) autor(es).
Estes “feitos” são invocados, meio a brincar, meio a sério, mas, pretendendo o contador desvincular-se da evocação expressa de admiração perante a amoralidade, acresce-lhe uma conclusão aparentada com a moral do tipo:”Quem rouba os Bancos, empresta a Deus!”, repudiando implicitamente o aplauso a uma acção do mesmo tipo perpetrada no património de um pobre, o que seria condenável, desprezível, imoral portanto e, desse modo, voltando a integrar-se no domínio do “socialmente correcto”.
Andando por cá há uns anos, temos assistido a bastantes evocações desta natureza e vemos, ouvimos e lemos outras mais que caminham no mesmo sentido e direcção.
Aquilo a que ainda não tínhamos assistido era ao financiamento bancário massivo, de uma empresa tecnicamente falida, pelos seus trabalhadores...
Esta, meus Senhores, coloca bem o nosso concelho no âmago da “tugalidade” a que nos referíamos! O que, por qualquer razão, não será de estranhar!
E, ao seu autor moral, no mais elevado nível da artistice nacional! É obra! E de grande fôlego!
A natureza do assunto é tão fértil que nos deixa sem saber por onde começar.
Diz o Correio da Manhã que desses trabalhadores/financiadores, no desemprego, vêem-se agora a contas com as obrigações decorrentes dos avales prestados, perante a credora Caixa Geral de Depósitos que não teve pudor em reclamar dos mesmos os seus créditos.
Pudor que não teve desde logo ao aceitar tal engenharia financeira, para libertar os fundos, garantidos por economias domésticas cuja receita assentava exclusivamente no emprego instável numa empresa em falência técnica- a financiada-! Convenhamos que se tratou de uma operação de financiamento sui generis
Será que também reteve para si, hipoteca bastante, para garantir os empréstimos, a principal credora Caixa Geral de Depósitos? Parece que sim, que é a principal credora hipotecária! Resta saber se tal garantia abrange os financiamentos aos trabalhadores? Se sim, a atitude é abaixo de vergonhosa!
Mas, antes de continuar a cascar na CGD, importa avaliar a moralidade desta massificação do crédito extensível aos trabalhadores.
Dando como certo o que consta da noticia do CM, de que os trabalhadores deram o seu aval aos empréstimos parcelares no pressuposto de que, uma vez cessado o contrato de trabalho, cessaria automaticamente a sua responsabilidade, estaremos face a um caso de policia, já que se trataria de crime de burla!
Mistificação a que se deu curso assente – disso não temos qualquer dúvida – no pressuposto da ignorância dos avalistas quanto à natureza do aval!
O autor moral deste logro não pôs à disposição dos trabalhadores um advogado que esclarecesse a natureza da responsabilidade que aqueles assumiam? Se o fez, o esclarecimento não foi cabal!
O autor moral deste logro, na sua azafama salvadora, não deu contra garantias aos trabalhadores: Porque não uma segunda ou terceira ou quarta hipoteca?
Porque não acções representativas do capital da empresa, designadamente as de sua propriedade? Porque não um aumento de capital?
Porque não hipoteca do seu património pessoal? Porque o não tem na sua titularidade? Esta pergunta carece de resposta pública porquanto a massificação do dano a tanto obriga!
Voltando à CGD: quem aprovou esta operação? Será útil saber o seu nome para se saber se ainda tem poderes para tratar assim o dinheiro do Banco dos contribuintes.
A novela porém ainda não terminou. Parece que do grupo de empresas nem todas têm património, mas todas têm dividas!
E há bancos sem garantias hipotecárias! E a maioria dos trabalhadores são empregados da empresa ou empresas que têm património.
Parece também que os Bancos têm-se batido pela fusão das empresas. Trata-se de garantirem os seus créditos à conta das empresas que têm património. Trata-se de fazer hoje, o que deveriam ter feito quando concederam os créditos, à posteriori portanto!
Só que a maioria dos trabalhadores que, pela Lei, se encontram garantidos, antes do credor hipotecário, nas empresas que têm património, se permitirem tais fusões, bem podem dizer adeus aos seus privilégios, com os quais “honrariam” as suas obrigações bancárias de garantes.
Vender o sonho da viabilização e a miragem do emprego é a melhor engenharia para a Banca entretanto ir assegurando à posteriori o que não fez à anteriori, nas costas dos trabalhadores que neste caso, foram muito para além da exploração que consta dos livros.
O que é que andam a fazer os sindicatos pelos interesses dos trabalhadores? Politica?
A CGD por seu turno, se obedecer aos interesses corporativos reclamados pelos seus colegas banqueiros, aceitando a fusão, operará um mal maior já que, para além da aprovação desta operação bizarra, criará condições de incumprimento definitivo aos seus clientes trabalhadores/financiadores/avalistas, os quais à conta dos privilégios, ainda poderiam honrar as dividas que lhes impingiram!
Por seu lado, o autor moral deste “genocídio” não se pode gabar de ter ludibriado os Bancos, não podendo assim autoproclamar-se de autêntico “Herói Tuga”, mas tão só de o ter feito no património dos pobres, logo um verdadeiro “Vilão Tuga”. Espera-se, justamente, que por tal acção, ainda que criminalmente seja relevada, seja proscrito socialmente com todas as consequências!
Este é Portugal no seu melhor!
sábado, 18 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
1970-2010: Quantas transformações 40 Anos podem provocar!
1970: O Director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
2010: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
1970: Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matraquilhos.
2010: A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar, O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar a Manuela Moura Guedes à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
1970: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
2010: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalina. O Jaime parece um zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
1970: O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
2010: Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o 'Você na TV' do Manuel Luís Goucha.
1970: Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
2010: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com uma pena de até 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se da janela do seu prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.
1970: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um segue para sua casa. Amanhã são colegas de novo, na escola.
2010: A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revoltar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo africano.
1970: Viajas num avião de TAP, dão-te de comer, convidam-te a beber seja o que for, tudo servido por hospedeiras de bordo espectaculares, num banco que cabem dois como tu.
2010: Entras no avião a apertar o cinto nas calças, que te obrigaram a tirar no controle. Enfiam-te num banco onde tens de respirar fundo para entrar e espetas o cotovelo na boca do passageiro ao lado e se tiveres sede o hospedeiro afeminado apresenta-te um menu de bebidas com os preços inflacionados 150%, só porque sim. E não protestes muito, senão, quando aterrares, enfiam-te o dedo mais gordo do mundo pelo cú acima para ver se trazes drogas.
1970: O professor espetava duas valentes bofetadas bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque 'alguma deves ter feito...!'
2010: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
1970: Não se passa nada.
2010: As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
1970: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.
2010: Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborréia e caganeira.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Em Armação de Pêra o Ódio conecta mais os indivíduos que os Afectos?
Alguns dos comentários que são feitos a alguns textos deste blog podem conduzir a concluir que, o ódio, a inveja ou o desejo de vingança, a coberto da evocação de uma certa justiça, são as únicas motivações que levam certas pessoas a aparecerem" à luz do dia"!
Estão vivos. Poderemos concluir!
Embora aparentemente insusceptíveis, nuns casos da racionalidade que os agregue, noutros, de afectos que os emocionem, encontram nos comentários que produzem neste Sítio, provavelmente, a única janela de comunicação com o exterior da sua carapaça de betão, ou, talvez só de papel!
O menor sopro os desperta, enquanto, o amor e a amizade continuam tranquilamente a dormir, mesmo sob o trovão e os relâmpagos.
Adaptado de Arthur Schnitzler, in 'Relações e Solidão'
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Os Ejaculadores Precoces e a alimentação da Galinha!
Ainda a propósito do último post e sobretudo de alguns comentários recolhidos, será útil adiantar algo mais.
Um dos problemas do regime menos defeituoso que o homem concebeu – o regime democrático – é o da duração dos mandatos.
Se por um lado, a natureza da democracia tem implícita a renovação ou a sonegação da confiança concedida aos eleitos, pendularmente, ao fim de períodos considerados suficientes – no caso português, de quatro anos – por outro, os eleitos, na ânsia de se reelegerem, durante esses períodos privilegiam os resultados visíveis, ainda que muitas vezes, materialmente falsos, em detrimento de politicas cujo resultado somente seja visível alguns anos depois da conclusão dos seus mandatos, habitualmente mais consistentes que aportariam resultados mais amadurecidos e perenes.
Daí que sejam por sistema procurados grandes investimentos, e, ou, grandes investidores, pois serão eles que, ao nível do emprego ou da balança comercial, mais probabilidade têm de apresentar resultados estatísticos significativos, num curto espaço de um mandato.
Muitas vezes, sem se saber por quanto tempo, uma vez que os investidores “profissionais” têm a tendência – que se compreende – de optar pelo que for melhor para as suas organizações, mantendo-se activamente atentos pelas ofertas que outros estados lhes possam apresentar na mira de captarem esses mesmos “motores” de produção de números estatísticos.
Não têm por isso tempo, nem paciência, para perder na análise do pequeno investimento da micro, pequena e média empresa!
Acontece é que, é exactamente este núcleo da actividade empresarial que emprega quase 70% (setenta por cento) do emprego! Em Portugal como, aliás na Alemanha, ou Estados Unidos!
Estranho não é? Esta importância é transversal, pelo menos, no mundo Ocidental!
Mind-of-an-entrepreneur
Porque será então que não se perde mais tempo com esta gente? Porque se legisla e obriga esta gente a uma panóplia de obrigações como se de grandes empresas, cheias de meios, se tratassem? (Esta é não só a nossa opinião como a de muitos pequenos empresários que conhecemos, mas também de Ferraz da Costa, ex líder da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa) e industrial com alguma dimensão, a quem ouvimos recentemente em programa televisivo exactamente o que acabamos de afirmar)?
Porque a classe politica tem a paciência e a diligência de um jogador e não de um empresário!
Enfim, autênticos ejaculadores precoces!
Só lhes interessa o Euromilhões e não uma estruturação paciente de uma economia sustentável!
Porque o tempo que assumem ter para mostrar resultados é curto e querem mostrá-los (independentemente da sua efectiva materialidade) a tempo de se reelegerem!
( o que aliás constitui, curiosamente ou não, a causa primeira desta crise: os resultados a qualquer custo)
Não compreendem que qualquer agente económico, qualquer que seja a sua dimensão, produz riqueza, rendimento e receita para o Orçamento do Estado Social que todos gostam de preservar.
Qualquer que seja a sua dimensão! Uma vez que: “É grão a grão que a galinha enche o papo!”
Por isso, nunca esperemos por um investimento que a todos resolva todos os problemas porque isso é a esperança de um viciado no jogo!
E sabemos bem onde esse vicio conduz os seus dependentes!
Pescadores: um dia poderemos querê-los e não tê-los...
Por conseguinte, a melhoria das condições de exploração da actividade piscatória de Armação de Pêra, se conseguirmos conservar a sensatez e nos mantivermos sãos, é uma batalha dos sensatos contra o império dos alucinados que têm confiscado a decisão comunitária, malbaratando-a num permanente jogo de fortuna ou azar que têm sido os seus mandatos!
domingo, 12 de dezembro de 2010
A necessidade gera o Engenho! À atenção do consumidor!
A Turquia tem, desde 1 de Janeiro de 2007 uma nova moeda, a “nova Lira Turca” (Yeni Turk Lirasi), a qual substituiu a estafada Lira antiga a quem retiraram nada menos que 6 (seis) zeros.
Olhando a nova Lira, estranhamente ou não, vemos que se assemelha, à milionésima, com a moeda de 2 Euros europeia.
De facto, têm exactamente a mesma aparência (uma parte de cobre central rodeada por um anel de níquel) e, não só, mas também, sensivelmente, a mesma medida.
A face principal da moeda reproduz a figura do seu herói nacional Ataturk, tal qual muitos euros apresentam os seus: Rei de Espanha, da Bélgica, etc..
A diferença mais evidente é que, em lugar dos 2 Euros, tem 1, em tudo semelhante ao 1 da moeda europeia.
Segundo os especialistas a Lira Turca é uma imitação juridicamente inatacável da moeda de 2 Euros, sendo certo e sabido que o valor da mesma é de apenas 0,4 euros (quarenta cêntimos) se fosse aceite na Europa o que, de todo em todo, não sucede, pelo que o seu valor efectivo é zero.
Os amigos do alheio porém, estão deliciados com o facto, uma vez que os pagamentos em máquina ou os trocos geram receita significativa se se dedicarem a ludibriar o próximo.
A circulação destas Liras vai sendo detectada na Europa, sobretudo nos países de maior imigração turca, o que, não sendo o caso de Portugal, não nos dá qualquer garantia de defesa.
Na verdade nada impede um Xico-Esperto de importar uma tonelada destas Liras, por “tuta e meia” e fazer um negocio da China!
Atenção portanto!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Os Apoios de Pesca, a economia, o estado social, a administração pública, a Classe Politica e a LEVIANDADE.
PODEM SER ENTENDIDAS como caprichos de indigentes, intoleráveis por virem de quem vem, gente sem instrução que a coberto da democracia se dão ao luxo de importunar os poderes instituídos, não percebendo o quanto incomodam com minudências o labor da classes dirigentes que mal dormem de tantas preocupações com a gestão da coisa pública ao mais elevado nível, para a qual foram escolhidos, por mérito, capacidade de sacrifício, de empreendimento, de administração, de idoneidade, de competência, de trabalho, de responsabilidade, e que aceitaram tais elevadas incumbências deixando para trás carreiras de sucesso profissional e económico certos, em evidente prejuízo do bem estar pessoal e das suas famílias.
MAS TAMBÉM podem ser entendidas como sintomas da vertigem que assolou a nossa sociedade nas últimas décadas, transmutando desvalores em valores e com isso convertendo o poder politico num fim em si mesmo e não mais num instrumento de gestão dos interesses da comunidade, da sua economia e bem estar.
HÁ NAQUELAS pequenas/grandes questões, claramente, um enquadramento económico que é devido.
A pesca artesanal não é uma actividade lúdica (sem qualquer critica às actividades lúdicas ou à expressão económica que actualmente assumem). É uma actividade ancestral, de natureza económica, desenvolvida por profissionais, que se insere num sector, as pescas, no qual a balança comercial de Portugal com o exterior, apresenta um significativo e, quanto a nós, evitável défice.
O défice da balança comercial de Portugal com o exterior é um dos eixos do mal na origem da situação deplorável em que se encontra a nossa economia.
Ora, se é certo que os pescadores de Armação de Pêra nunca irão resolver o problema do défice da balança comercial de Portugal, não é menos certo que, desde que não hajam milagres económicos (e não existe um único dado objectivo que permita supor que irão existir) será com o contributo das exportações da nossa indústria cuja capacidade não nos permite sonhar muito alto e sobretudo, dizemos nós, com a diminuição das importações que poderemos equilibrar aquela balança comercial.
A redução das importações, não será certamente no sector dos têxteis e vestuário, no qual os chineses estão de pedra e cal e para durar, assentes em condições especificas que não podemos reproduzir, mas em sectores como a pesca, no qual temos condições de concorrer, no mercado nacional, com qualquer outro pais fornecedor.
Esta conclusão parece-nos de uma evidência meridiana e está suficiente e competentemente estudada pelo saudoso Prof. Ernâni Lopes em trabalho recente acerca da economia do mar e da sua virtualidade para contribuir para nos tirar do atoleiro em que nos encontramos.
TRATAR POIS AS CONDIÇÕES ideais para a manutenção e desenvolvimento da pesca, qualquer que seja a dimensão que uma exploração assuma, é estupidez e, hoje, também, acção contrária ao interesse nacional.
Por estas ou por outras razões menos nobres mas igualmente contribuintes do interesse da economia nacional: “O Governo aprovou hoje(18.02.2010), na generalidade, um decreto que pretende simplificar os procedimentos no âmbito do Programa Operacional da Pesca (PROMAR) até 2013, visando facilitar o acesso a financiamentos da União Europeia por parte dos pescadores.
Segundo o executivo, o decreto irá permitir que transitem para o PROMAR as candidaturas aprovadas na sequência da publicação da portaria que reabriu o prazo para apresentação de projetos ao Regime de Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura no âmbito do terceiro quadro comunitário de apoio e que não puderam ser objeto de decisão final de concessão de apoio por insuficiência de dotação financeira nesse programa.
“O decreto permite ainda que a competência da outorga dos contratos de atribuição dos apoios possa ser delegada nos diretores regionais de agricultura e pescas e, no caso de haver condições técnicas para o efeito, que a sua formalização seja dispensada”, acrescenta o Governo.
De acordo com os dados do executivo, no PROMAR os apoios disponíveis são de 326 milhões de euros e poderão permitir alavancar um investimento na ordem dos 440 milhões de euros.”
A CRISE QUE VIVEMOS constitui, no entender de observadores bem informados, uma ameaça séria ao Estado Social tal como o defendemos hoje, o qual, em seu entender, terá amputações sérias, o mais tardar no ano de 2015.
TAMBÉM SABEMOS e só desconhece quem quer manter-se numa realidade virtual ou manter-nos no obscurantismo, que são as prestações salariais e sociais do OGE, as quais representam quase 80% (oitenta por cento) da despesa que são responsáveis pelo estado calamitoso do défice.
SABEMOS também que dependem do Estado, directa e indirectamente cerca de quatro milhões de portugueses, tal é a importância da sua dependência mutua (Classe politica/ eleitorado) e a pouca significância da economia privada.
Razões mais que suficientes para se respeitarem como merecem, aqueles que daquela dependência se encontram apartados, uma vez que não constituem factores da despesa, mas essencialmente factores da receita.
OS PESCADORES, em geral e os de Armação de Pêra em particular, merecem, hoje mais que nunca, esse respeito acrescido sobretudo por parte daqueles que, qualquer que seja a qualidade da sua prestação profissional, encontram-se abrigados das intempéries da economia por uma garantia de emprego e rendimento salarial que só o Estado pode conceder!
NA VERDADE o futuro do Estado Social, depende mais das garantias que as actividades privadas possam dar no emprego da população, que das garantias que o Estado possa dar no emprego dessa mesma população, por razões que a mais elementar linearidade aritmética exibe à exaustão, se a natureza da rigidez do défice do OGE não fosse suficiente!
SENDO JÁ TARDE continua a ser necessária, tão imediatamente quanto possível, a administração pública entender que cada cêntimo que investe deve ser tratado como bem alheio por se tratar de parte da riqueza nacional, contribuição dos cidadãos contribuintes.
Logo desde a concepção de uma obra pública, passando pelo lançamento do concurso, pela adjudicação, pela fiscalização, pela recepção e pelo exercício atempado dos direitos de garantia.
O estado de conservação dos Apoios de Pesca de Armação de Pêra e a sobranceria com que são tratadas as melhorias necessárias, são evidencia sintomática do zelo com que o investimento público é tratado e da importância que aquelas Araras dão à economia e ao trabalho.
A DEGENERESCÊNCIA DA DESPESA também passa por aí e o investimento público não é coisa que exista para satisfazer as necessidades cinéfilas das inaugurações, como de meros cenários se tratassem, como é já, lamentavelmente, habitual.
O investimento público deve servir as necessidades da comunidade e não as necessidades dos políticos que, por coincidência, estão ou pretendem estar no poder à época!
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA tem por conseguinte, através da sua competência técnica, rigor e profissionalismo, reduzir sempre que possível a despesa decorrente do investimento mal concebido, mal lançado, mal fiscalizado, mal mantido ou mal defendido, evitando tais omissões, inclusivamente quando resultem das conveniências politicas habituais, sob pena de responsabilidade disciplinar e criminal, quando for o caso.
À CLASSE POLITICA, merecedora habitual da nossa dura e fundamentada critica, bastará recordar que não se encontram no poder pela graça de Deus, mas graças aos votos da comunidade que juraram servir.
E NÃO É SERVIR a comunidade nem a economia, hoje em dia mais que nunca, desprezar ou apoucar:
- qualquer activo da nossa economia, como são os profissionais da pesca e o seu trabalho, profissão tanto mais rara, quanto necessária;
- qualquer iniciativa privada, qualquer que seja a sua dimensão, que seriamente contribua sustentadamente para conservar a actividade piscatória e reduzir as importações, como a Associação dos Pescadores de Armação de Pêra pretende com a sua sobrevivência,
- quaisquer circunstâncias que tenham enquadramento e cabimento, que sejam passíveis de reter na economia portuguesa, pela sua aplicação efectiva, fundos estruturais da comunidade europeia, como a candidatura da Associação de Pescadores de Armação ao Promar e o seu deferimento implicará, (devendo para tanto fazer-se aportar àquela candidatura os meios técnicos, enquadramento e participação financeira pública, necessários),
- quaisquer actividades geradores de emprego, cuja conservação legalmente lhe incumba, em beneficio abstrato do Estado Social que ambicionamos.
COMO NÃO É RAZOÁVEL por não ser concebível num quadro de racionalidade económica, não prover às condições elementares de funcionamento dos balneários da Lota, permitir a obstrução do corredor de pesca ou a sua iluminação medieval, não criar condições logísticas e de trabalho através de estacionamentos próprios ao serviço da actividade piscatória, não assegurar a formalização urgente da candidatura ao Promar aos Pescadores de Armação de Pêra, desprezando o emprego, a actividade piscatória, a economia do pais e até os fundos europeus que ingressariam, privando o desenvolvimento da actividade de meios essenciais, como a carrinha e o tractor.
COMO TRATAR estas reivindicações da Associação de Pescadores como se aumentos salariais em tempos e recessão e decréscimo de actividade, se tratassem, é, para além de míope e poucochinho, um exercício de tirania e não de poder democrático esclarecido!
COMO INSISTIR em não encarar com responsabilidade e eficiência estas necessidades, satisfazendo-as, para além do patente contraste com a atitude de autarquias como Lagoa ou Albufeira para falar das mais próximas ou Sesimbra que nos parece exemplar, faz suspeitar que são razões persecutórias, pessoais ou politicas (no mais deplorável sentido do termo), que se encontrarão na motivação de tal omissão.
COMO CONTINUAR ASSIM, nas presentes (e futuras) condições, é prova cabal de que esta gentinha acredita, DOLOSAMENTE, que será possivel continuar como lapas, à mesa do Orçamento, sem uma economia que o sustente, logo... à conta de mais endividamento!
ENGANAM-SE redondamente!